Capitulo 11 – Desencontros que

Capitulo 11 – Desencontros que



Capitulo 11 – Desencontros que o coração dá.

Sirius viu Hermione surgir, pela passagem da casa dos gritos, seu coração bateu mais rápido, ela estava linda, os cabelos soltos, formavam a moldura exata para o rosto dela, um anjo...
Ela parou perto dele, e arrumou uma rusga imaginaria na roupa, mal sabia ela que estava perfeita como sempre.
Estava com uma saia jeans escura, com uma blusa também preta e um sobretudo de couro, escuro, completando o visual com cachecol preto e branco, e botas, ah como ele adorava mulheres que sabiam como usar botas, ela era uma...
E a mais cara em seu coração, se controlou para não sair do esconderijo e abraça-la, mais ela se foi em direção, ao lugar que ele queria estar.
Restando pra ele, continuar escondido, da única pessoal que ele queria ver.

Hermione sorria, enquanto abria a porta, estava juntando toda coragem que possuía, pois pretendia dizer que o amava, mas se deparou com um recinto vazio...
Ela olhou ao redor e não havia sinais de Sirius, tudo estava como sempre mais ele não estava lá. Procurou um recado ou algo do tipo e nada encontrou.
Sentiu um aperto no coração, ao pensar na possibilidade de algo ter acontecido com ele. Mas sua mente relaxou ao ver bicuço surgir, calmo e vim cumprimentá-la, era obvio que Sirius devia não ter suportado e saído para dar uma volta afinal era natal...
Ela sentou em silêncio e ficou esperando por ele, com pensamentos doces e felizes, chegou até a pensar algumas coisas indecorosas, e seu rosto ficou vermelho, ele tinha o dom de deixá-la encabulada mesmo sem estar presente ela disse.
Já haviam se passado duas horas, e Sirius não retornará fazendo com que a insegurança retornasse com força total, Hermione estava ficando desesperada, ele não devia sair e se afastar tanto.
Ela começou a andar em círculos, foi quando sua mente foi para a alternativa que ela estava evitando com tanto cuidado, e se ele estivesse se afastando dela? E se ele tivesse se arrependido de demonstrar algo ontem? Será que ele realmente demonstrará algo? Ela não tinha mais certeza de nada.
- Sirius o que está acontecendo? – ela perguntou para o vazio e não obteve resposta.

E como sempre, que nossos corações se vêem envoltos de duvidas nada surge para amenizá-las, pelo contrario... Hermione deixou seus olhos recaírem para o presente que ela dera a Sirius, a moldura que sempre teria os sonhos e desejos do dono, que sempre traria marcada nela, as pessoas que ele mais amava, e foi com uma dor, estranha e cortante, a ela ver que não era a mulher que estava ali, abraçada, pedindo apoio e sendo consolada por Sirius, e como em um filme de terror, tudo começou a fazer sentido, as palavras dele, como ele sempre citava algo sobre ela, o carinho que ele emanava ao simplesmente dizer o nome dela, como ela pudera ser tão burra?
- eu estou aqui pensando que de alguma forma você também poderia estar sentindo o que eu sinto, mais pelo visto, esse amor só habita o meu coração, o seu já tem dona, não é Sirius...
Ela dizia como um sussurro, quase inaudível.
Ela sentou-se com o porta retrato nas mãos e ficou relembrando o que ocorrerá com ela, procurando o erro...
Ficou claro na mente dela, que ele não lhe dera um olhar apaixonado e um abraço terno de quem está mostrando sem palavras o que sente, ela confundira os sentimentos dele, porque ela estava apaixonada...
Lágrimas escorreram dos olhos castanho, divididos pela incerteza, nunca se sentira tão triste ou magoada, e pior nem poderia colocar a culpa em Sirius, ele não lhe prometera nada, não lhe dissera nada, fora ela cega pelo sentimento que virá o que não existia...
Fora ela que amará que se entregará ao sentimento, não ele, ele estivera feliz, por estar com uma amiga no natal, lhe abraçara como abraçaria Harry, Lupin... Mais ela confundirá tudo...
- e agora o que eu vou fazer, será que ele está se afastando, pois percebeu algo? Eu tenho que fazer algo... Não posso perdê-lo.
Quando ela levantou em busca de um lenço para secar as lágrimas seus olhos recaíram em um pergaminho, onde estava escrito com esmero o nome daquela que era sua rival, e de quem nem ao menos ela podia ter ódio.
Líllian Evans Potter.
Uma lágrima caiu manchando o nome Evans.
Seu coração a mandou sair imediatamente, pois não sabia se ia suportar vê-lo agora.
E foi ainda com lágrimas no olhar que ela fez o caminho, conhecido dessa vez sem alegria, em seu coração.


Sirius viu Hermione surgir no caminho para ir embora e pode ver claramente as lágrimas escorrerem no rosto dela, quis ir até ela e abraça-la murmurar desculpas, pois sabia que era o causador da dor dela, mas ele tinha tomado uma decisão e nada nem mesmo seu coração ferido o faria voltar a trás.
Quando ela sumiu, levando com ele o cheiro de Madressilva, Sirius voltou à forma humana, caminhando lentamente para seu refugio, que agora não parecia mais doce e querido, não havia ali, a garota de seus sonhos.

Ele pegou e viu o pergaminho, notando uma lágrima dolorida caída em cima do nome, passou os dedos e sentiu ainda morno o pergaminho com o contato com a lágrima.
- eu acho que ela não leu o pergaminho todo, pois se lesse, a minha farsa e tentativa de fuga teria se perdido.
Ele largou o pergaminho aberto, jogando em direção da lareira e voltou sua atenção ao porta retrato se assustando ao ver a cena ali, era o dia em que Lily, tinha descoberto sobre a caçada que Voldemort queria fazer contra ela e o filho, ele a abraçara na tentativa de consolá-la, mas ela só se acalmou quando James veio e com palavras de amor a consolou afinal Sirius era só um dos melhores amigos, James era o amado.
Pegando porta retrato, deitou na cama, na tentativa vã de dormir, mas as lembranças de Sirius teimavam em surgir o alerta da prima... Aquele pesadelo fora um sinal, para que não se deixasse levar, pelo coração, ele era marcado pelo ódio e pelos planos de vingança de Bellatrix e Voldemort, não podia se dar ao luxo de amar, jamais se desculparia se algo acontecesse a Hermione por que ele a amava, ela já corre a risco demais sendo a melhor amiga de Harry, não precisava correr mais por ser a mulher que o fazia feliz, ele não poderia suportar viver em um mundo cuja presença dela, não estivesse, ele preferia vê-la em outros braços, do que morta nos braços dele, muitos já haviam encontrado o fim por culpa, de um fio de sangue, tirado inadvertidamente, por ele...

- sabe almofadinhas, aposto que você gostaria de não ter feito aquele corte no belo rosto de Bella, se soubesse que isso ia fazer sua vida um inferno, afinal, ter aquele maníaco em sua cola, por uma gota de sangue não é mole, não...
- você não sabe o quanto eu gostaria de não ter feito isso, meu irmão...
- Guarde minhas palavras, pois não importar o tempo que levarei, não importa quantas vidas gastarei, você nunca conhecerá a felicidade, enquanto eu estiver vivo. E sua vida será minha para ser dada a Bella, para que ela se vingue.

Aquelas palavras na voz doce de Narcissa ficaram presas em sua mente, relembrando o motivo de ele ter se afastado de Hermione, fora por amor a ela... Era certo que voldemort estava vivo, suas forças estava a cada dia maior, e era possível ver os movimentos dos comensais se organizando a guerra recomeçaria e ele seria um troféu, de guerra, mas ela, ele jamais permitiria que sofresse, voldemort jamais saberia que ele a amava.
- mas por um minuto apenas, um segundo eu gostaria de não precisar fazer isso, gostaria de tocar os lábios dela, mostrar o quanto eu a amo... Se eu pudesse fazer isso, eu seria feliz... Pois pela primeira vez eu amo e sou amado, pela primeira vez eu vi nos olhos de quem eu amo, o mesmo que há nos meus... E só precisaria de uma chance para fazê-la feliz.

Era incrível pensar que ele, que nunca fizera rompantes românticos estava agora sofrendo de um amor impossível, como sempre, mas que dessa vez só tinha um único impedimento, os próprios erros do passado...
Ele ergueu o porta retrato, onde uma Adorável, Hermione lhe sorria, segurando o cachecol que teimava em querer voar, com o vento...
- Por Merlin, como eu posso amá-la tanto assim, e não poder ficar com ela? Será que em outra vida eu xinguei o senhor? Ou coloquei feijãozinhos de todos os sabores na sua barba, por que eu acho que esse é maior castigo que já me foi imposto...

Enquanto tentava dormir, e tira-la do pensamento Sirius tentava acha um motivo pra tamanha falta de sorte, amar alguém e por ela também ser amado, mas não poder estar ao lado... Essa solidão era a maior de todas.
Não a solidão irremediável, mas aquela que não podia ser desfeita.

Ele dormiu um sono triste, enquanto um pergaminho sumia magicamente, das brasas da lareira, envolto em uma aura de amor. E nele havia essas palavras...

Minha querida Líllian Evans Potter.

Eu sei que faz muito tempo, que não lhe escrevo, nem ao meu amigo Pontas, mas eu ando com a cabeça em outro mundo...
Sabe eu tenho um novo amor...
Lembra quando me disse que um dia eu encontraria alguém que me faria feliz? É... Eu encontrei, ela é perfeita, parece um pouco contigo, provavelmente vai ser monitora e monitora chefe como você. Será que é meu destino amar, garotas decididas, inteligentes e que gostam de me mandar não aprontar?
É certo que são as melhores garotas.
Eu nunca lhe disse que te amava em silêncio, mas eu sei que você sabia... Pontas talvez, nunca tivesse percebido, mas era porque confiava em nós. E me orgulho de mesmo te amando jamais ter feito algo, que poderia magoar meu amigo, tirando o fato de que você se tornou um alvo por minha causa, mas sabe que nunca tive intenção, eu morreria por vocês, você sabe disso né?
Mas essa garota é diferente, o amor que sinto por ela, não é o que senti por você é mil vezes maior, na noite passada eu vi nos olhos dela, um brilho que nunca mais acreditei que seria pra mim, ela me ama, também eu pude ver. Nunca fui muito bom pra falar de sentimentos, mas com ela eu sinto que minha alma conversar, é automático.
Nunca estive mais feliz, foi por isso que quando acordei me lembrando de tudo o que houve no passado eu tomei a decisão mais difícil da minha vida, eu vou me afastar dela, quer dizer voltarei a tratá-la como amiga, mas guardarei o que sinto pra mim...
Afinal eu sou muito bom em esconder o que eu sinto não?
Esse amor será meu alicerce, eu vou destruir aquele que te matou e ao Pontas, pode contar com isso, estarei ao lado de Harry.
É engraçado e sei que você vai rir, mas ela é amiga do seu filho, sim ela é mais nova que eu, mas sinto que é até mais madura que eu, é a bruxa mais inteligente que eu conheci, ela supera você, acredite, e é grifinória.
Sinto que talvez Harry venha a amá-la, e mesmo que isso me destrua eu prefiro vê-la feliz e viva, com outro do que ferida ao meu lado.
Estou meio depressivo hoje não...

Sei que você iria me dizer, se você a ama, e ela também te ama, largue este medo e vá atrás dela, você é ou não é grifinorio... Vai ser infeliz e deixa-la infeliz...
Eu sei que você falaria isso, mas é muito difícil, eu não posso perdê-la entende? Assim pelo menos posso tê-la como amiga, talvez este seja o meu destino ter a mulher amada como amiga.
Destino cruel pode dizer.

Só escrevi essa carta, pois Lily, você é minha melhor amiga, e nunca esquecerei como lhe amei, mas hoje, diante do amor que sinto por Hermione, eu compreendi o amor que uniu você ao James...
Isso é o real amor, aquele que você me disse que ficara para sempre em mim...
Hermione...
Este é o nome dela, da mulher que será sempre a senhora do meu coração.

Eu ficarei por aqui hoje Lily, eu estou cuidando do Harry ele está bem, mas sabe que ele herdou os genes de arrumar encrenca de James, mas estou de olho, mande um beijo e um abraço pra meu irmão e diga que na próxima escreverei para ele também, amo vocês.
Obrigado pro me deixar desabafar com você.

De seu amigo Sirius.

Hermione foi direto ao dormitório, e se jogou na cama fechando o dossel, e jogando um feitiço que impedia de seu choro ser ouvido...
Ela chorava por ter um amor não correspondido, e por ter deixado isso acontecer, ela deveria ter sido mais lógica, mas era impossível não amá-lo, disso ela tinha certeza, ele era o que faltava da alma dela, trazendo leveza e brincadeira, onde só havia seriedade, ele lhe mostrará que algumas regras eram pra serem quebradas por uma boa causa, por amor... Era irônico que ele fizera o que Harry e Rony tentavam fazer a anos, a fizera ser mais livre, ela decidira que não se afastaria dele, ela guardaria esse amor pra ela, e o teria como amigo, ela sempre fora uma ótima garota pra esconder sentimentos, seria difícil, mas ela tentaria.
Com o coração apertado sofrendo de um amor impossível, ela mergulhou em um sono inquieto e dolorido, cheios de pesadelos, onde ela se via sozinha sem o amor de Sirius.

- Sirius... Eu te amo... E nada vai nos separar...

Ela sussurrava entre os sonhos, o desejo mais caro em sua alma...


E em outro dormitório no outro extremo do castelo, dois jovens dormiam o sono aconchegante dos apaixonados, nem sabiam das dores que o amor causava em outros corações, eles estavam juntos com os corações batendo no mesmo ritmo.
Draco despertou, sentindo o toque quente e sutil dos braços da namorada, que repousavam em sua barriga, os cabelos longos dela, estavam tão unidos ao dele, que se não fosse pela cor seria difícil dizer onde um começa e outro termina, podia sentir a respiração dela em seu pescoço, e soube que nada o deixaria mais feliz na vida.
Ainda podia sentir o cansaço gostoso que se apoderava do corpo, tocou a pele sedosa dela, e sorriu fechando os olhos, dormiu, sentindo sua pele junto à dela.
Foi tomado novamente pelo sono fácil de um homem exausto de amar.
Ele sabia que acordaria feliz, pois tinha ao seu lado a “Sua Garota”.

E mesmo dormindo os jovens sorriam e brindavam o seu amor.

Era o tempo de amar, mas ninguém sabe os caminhos tortuosos que o coração traça, por isso longe dali onde o casal era feliz, existia outro casal, que sem saber compartilhavam a mesma dor, por motivos diferentes mais a dor da ausência não decorrente da perda ou do desamor, mais a presença do amor ausente, longe do toque e do olhar, do amor que existia e não tinha espaço pra viver...
Mas esse também não era o fim, apenas uma longa e dolorosa volta, pois se há amor, só existe um caminho.

Fim do capitulo 11.
Vivian Drecco® - Antes do Véu. © 2006


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