Cap 04 reescrito



NOTA DA AUTORA: Harry Potter e Senhor dos Anéis não me pertencem, não to ganhando nem um centavo por esse fic, Agradecimentos serão feitos no fim do cap. Aproveitem e comentem a fic ok?

Would you dance?

If I asked you to dance?

Would you run?

And never look back?

Would you cry?

If you saw me crying?

Would you save my soul tonight?

Would you tremble if I touched your lips?

Would you laugh?

Oh please tell me this.

Now would you die?

For the one you love?

Hold me in your arms tonight.

Chorus:

I can be your hero, baby.

I can kiss away the pain.

I will stand by you forever.

You can take my breath away.

Would you swear?

That you'll always be mine?

Would you lie?

Would you rub in mind?

Am I in too deep?

Have I lost my mind?

Well, I don't care you're here tonight.

Chorus:

I can be your hero baby.

I can kiss away the pain.

I will stand by you forever.

You can take my breath away.

You can take my breath away

[HERO –Henrique Iglesias]

Cap 04: Uma pequena surpresa e grandes reencontros. PARTE IV

Harry olhava para o pergaminho a sua frente, as palavras estavam todas na sua cabeça, mas ele não conseguia passar aquilo para o papel. Olhou para Hermione que estava bem a sua frente e parecia muito concentrada em escrever sua redação, resolveu não ariscar um sermão da amiga e levantou-se, resmungando um ‘ vou andar’.

Vários pensamentos ocupavam a mente do moreno e talvez por isso ele não conseguisse concentrar-se nas tarefas. Desde que chegara a escola, há quase dois meses, sua ex-namorada Cho Chang dava um jeito de o encontrar sozinho e sempre deixar claro que tinha intenção de reatar o namoro.

O moreno ainda sentia uma atração pela oriental, embora o namoro dele tivesse terminado muito conturbado e cheio de pontos mal explicados, ela ainda mexia com ele de certa forma ou talvez mexesse com os hormônios, pensou com um sorriso sacana no rosto.

Andava sem rumo pelo colégio e quando notou estava em frente à sala-precisa e uma pesada porta de madeira estava à mostra. Entrou e viu um salão repleto de espelhos; caminhou por entre eles, vendo cada um refletindo sua imagem de formas diferentes.

Parou quando se viu em frente a um espelho que há muito tempo não via, o espelho de Ojesed, aproximou-se do espelho e tocou a moldura. A madeira parecia esquentar ao toque da sua mão, parou de tocá-la assim que sentiu a ponta dos dedos esquentarem de mais.

Distanciou-se alguns passos e olhou para o centro do espelho, viu-se ao lado de seus amigos e ao lado de outra pessoa cujo rosto e corpo estavam coberto por uma pesada capa azul-escura com bordados em prata que subiam da barra até o que ele julgava ser as pernas da pessoa.

Desviou os olhos do espelho e já estava caminhando em direção a porta quando notou um brilho dourado ao seu lado direito chamou a atenção, caminhou cautelosamente até o local e se viu diante de um imenso espelho, a moldura que parecia ser feita em madeira branca era adornada por desenhos, em alto relevo dourado, de flores e folhas contornadas por floreios.

Deu dois passos em direção do objeto e uma estranha névoa branca começou a formar-se dentro do espelho. Mais um passo, vozes começaram a soar de dentro do objeto; outro passo, a nevoa começava a dissipar, mas as vozes continuavam; mais um passo, agora podia notar que as vozes cantavam uma melodia suave e alegre; levantou a mão e tocou a superfície fria do objeto, a imagem de um jardim se formava.

Tirou a mão do espelho, mas o jardim do espelho parecia unir-se a sala onde o moreno estava cada vez mais, em pouco tempo ele se viu no jardim, mil pensamentos lhe ocorreram, mas nenhum lhe parecia plausível.

Risos infantis surgiram junto com crianças de não mais que seis ou sete anos, logo viu que todas eram meninas com longos vestidos brancos, os longos cabelos presos em únicas tranças, adornados por delicadas coroas de flores.

Olhou em volta e viu alguns adultos próximos, eles cantavam e dançavam em volta de um casal, resolveu aproximar-se, quem sabe elas poderiam lhe dizer onde ele estava ou o levar até alguém que sabia.

-Quando crescer serei tão forte quanto ela! -uma das crianças disse, correndo até onde ele estava. –Serei a melhor guardiã que já foi vista! -a menina, uma pequena ruiva de olhos cinzentos, disse e o atravessou como se ele fosse um fantasma, indo em direção o outro lado do jardim com as outras meninas atrás.

Acompanhou as crianças, se aquele espelho era uma espécie de penseira, ele ficara realmente curioso pra saber a quem aquela lembrança pertencia.

Harry observava as crianças correrem de um lado para o outro, todas estavam tão alegres, que não notaram uma mulher de aparentemente quarenta e poucos anos aproximar-se e ficar olhando-as.

-Elas são tão lindas, não acha senhor Potter? –o moreno tomou um susto quando a mulher falou com ele. –Não ache que vou responder suas perguntas, você não está realmente aqui, isso é apenas uma de minhas lembranças mais felizes. –ela continuou sem o olhar, o olhar fixo nas crianças, mas um leve sorriso trocista brincava nos lábios. –Ah propósito, meu nome é Galadriel, e aquelas meninas são minhas aprendizes, agora vá criança, volte para o seu tempo! -ela disse e com um gesto de mão dela, Harry se viu sendo arremessado para fora do espelho.

x-x-x-x-x-x-x-x

Os fios ruivos estavam presos em um coque firme no alto da cabeça, alguns fios soltos batiam no rosto à medida que girava ou avançava o corpo em alguma direção. Sentia os braços doerem pelo peso da espada, mas tinha que recuperar seu antigo desempenho, ficara praticamente metade do mês de Setembro e boa parte do mês de Outubro acamada e agora ela parecia uma criança que nunca havia treinado espadas, ouviu a porta a suas costas ser aberta.

-Você não deveria estar descansando, criança? -uma voz forte e levemente rouca perguntou as suas costas.

-Tenho que... recuperar minha antiga... forma física... mestre Halbar! [N.T: Lê-se Ralbar] - ela disse abaixando a espada e virando-se para o antigo guardião.

-Entendo, mas não gostaria de treinar com alguém, ao invés de apenas agitar a espada no ar? -o homem perguntou em um claro tom divertido, fazendo-a corar e abaixar a cabeça.

-Ainda não estou pronta, para treinar novamente com alguém, mal agüento o peso da espada. –Virginia confessou ainda encarando o chão, ouviu passos aproximarem-se, mas não se moveu. –E amanhã volto pra escola. –completou.

-E como você espera recuperar suas forças e sua confiança, se não tentar e enfrentar as derrotas, Virginia? –ele perguntou erguendo o rosto dela, obrigando-a a olhá-lo.

Halbar Rowster, além de ser pai adotivo de Helena e um dos mestres dúnedain¹, era um homem com cinqüenta anos bem vividos, tinha o sangue totalmente bruxo, mas preferia usar a magia apenas em casos extremos.

Tinha os cabelos castanhos e alguns poucos fios brancos já começavam a aparecer, a pele morena pela exposição ao sol, contrastava com os olhos amarelados como os de uma águia. Apesar de a idade continuar avançando impiedosamente, ainda tinha o corpo forte e ágil, típico dos guerreiros ‘forjados’ na escola Militar de Gondor.

-Fiquei sabendo do sermão de duas horas que minha filha passou em você. –ele comentou, tirando-a de seus pensamentos e a guiando até a porta.

-Na verdade foram mais de quatro horas. –Gina disse fazendo uma careta, ficara com as orelhas pegando fogo de tanto ouvir de como não deveria ariscar-se daquela maneira e nem executar feitiços complicados e o todo o blá blá blá de sempre. –Ela ficou o dia todo brigando comigo, só parou quando tinha que comer... e mesmo assim, me olhava daquele jeito que dá vontade de pular da janela mais próxima, do que ficar olhando pra ela. –confessou, fazendo-o gargalhar.

-Minha filha sabe mesmo como por alguém na linha, não? –Halbar perguntou orgulhoso. –Ela se parece muito com os pais dela. –lembrou-se saudoso.

-Como os pais dela morreram? –a ruiva perguntou, só agora vendo que estava se aproximando de seu quarto.

-Defendendo o rei Hector, quando o acampamento de treino foi atacado nas terras ermas. –ele disse com pesar. –Mas você sabe disso, estava lá.

-Desculpe mestre. –ela pediu, abaixando a cabeça.

-Está tudo bem. Mas porque essa pergunta agora? -ele perguntou franzindo o cenho. –Você lembrou-se de algo criança?

-Todos dizem que, dos que estavam no acampamento, somente eu e Estel escapamos com vida. –a ruiva começou, abrindo a porta do quarto.

-Isso mesmo criança, somente vocês escaparam. –o Halbar confirmou, vendo-a entrar no quarto e fazer sinal para que ele entrasse também.

Virginia fechou a porta, depois que o mestre dúnadan entrou no quarto, com um delicado gesto com a mão direita pediu que a acompanhasse a varanda. Suspirou alto, vendo as estrelas iluminarem a noite, a lua nova brilhava e uma fina coroa avermelhada a circulava, fazendo-a se arrepiar.

-Virginia. –o homem a chamou, fazendo-a virar-se e o olhar.

-Há algum tempo... venho sonhando com pedaços do dia que Estel e eu chegamos aqui, depois do ataque. –a ruiva confessou. –Eu... eu tinha quatro ou cinco anos, mas me lembro de uns poucos detalhes. Lembro do medo, do frio da noite, dos gritos, o acampamento incendiando... mas não lembro dos rostos deles.

-Deles quem menina? -o homem perguntou.

-Havia um casal que nos acompanhou até que vocês nos achassem... acho que eram eles mestre Halbar, acho que os pais de Helena escaparam naquele dia. –a ruiva disse.

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Flashback

“Eles corriam pela orla da floresta, ele tinha que protegê-la, jurara para si mesmo quando tinha apenas sete anos, ele daria a vida dele se fosse preciso. A fez subir em uma arvore e quando teve certeza que ela já estava no alto e em segurança, virou-se a tempo de ver um imenso warg³ caminhar até ele.

As presas a mostra, com saliva venenosa gotejando, não era a visão mais adorável, o bicho era quase do seu tamanho, mas ele não poderia fraquejar, a segurança de Virginia estava em jogo, abaixou-se levemente e pegou um punhal que estava preso a bota.

O bicho avançou pulando em sua direção, obrigando-o a jogar-se para o lado e rolar no chão para afastar-se, tentou levantar-se rapidamente, mas foi surpreendido por outro ataque da besta que havia pulado sobre se, derrubando-o e mordendo-o no braço esquerdo, que ele havia posto à frente do rosto para tentar se defender, fazendo-o soltar um grito de dor, conseguiu cravar o punhal no pescoço do animal antes de tudo começar a ficar turvo.

-ESTEL! -ele ouviu a voz de Virginia gritar e logo um clarão de luz cegou-o, sentiu o animal o soltar. –Estel!Fala comigo. –ele ouvia a ruiva falar, a voz dela estava se afastando. –Estel...por favor...não me deixa! -ela pedia enquanto chorava, mas a voz dela estava tão longe agora e logo em seguida caiu em um mundo de escuridão.

-Ao meu senhor eu juro proteção, lealdade. – ele ouvia a voz falar distante, sentia que alguém segurava uma de suas mãos, o ombro esquerdo ardia e latejava. - Fidelidade, sinceridade e obediência. – Algo lhe molhava a mão aos poucos, e a voz ficava mais próxima, notou que era uma voz feminina em tom choroso. - Que minha alma esteja ligada a sua... que meu corpo lhe sirva de escudo quando for necessário... que minhas armas lhe sirvam... e... –a voz estava agora ao seu lado, era a voz da sua ruivinha, tentou abrir os olhos, mas estava sonolento ainda, sentia um calor agradável começar a subir por todo seu corpo através da mão que Gina segurava. -e que nunca se voltem contra você... que minhas boas ações sejam... recompensadas como melhor te agradar... e que minhas faltas sejam punidas, mesmo que seja... com minha vida.

-Estrela... não... precisa fazer... o juramento. –conseguiu falar, ainda que de olhos fechados, apertando a mão da menina.

-Que seja assim... até que a morte me leve...ou meu senhor me... liberte – quase riu quando ela continuou, ignorando-o, finalmente conseguiu abrir os olhos.

-Então terei que... –ele iria libertá-la do juramento, não ia deixá-la se arriscar.

-Shii! -ela pediu colocando delicadamente dois dedos sobre os lábios dele, fazendo um pequeno choque passar pelo seu corpo. –O ada disse pra você descansar. –ela informou com a voz chorosa, ele segurou a mão que estava calando-o e depositou um beijo na palma.

-Eu fiz você chorar. –ele disse, levando uma das mãos ao rosto dela e limpando o rastro de lágrimas, odiava quando ela chorava principalmente quando ele era o motivo.

-Me desculpa. –ela pediu. –Se eu tivesse obedecido ao ada... você não tinha ido atrás de mim... e não estaria assim.

-Está tudo bem. –ele disse, puxando-a levemente, fazendo-a deitar ao seu lado. –Está tudo bem. –”ele repetiu ouvindo-a chorar, até que adormeceram um ao lado do outro, abraçados.”

FIM DO FLASHBACK

Acordou angustiado, o coração batia descompassado, o som de Virginia chorando nos seus braços ainda ecoava em seu pensamento ‘até que a morte me leve’ as palavras pareceram ser sussurradas ao seu lado, virou-se rapidamente e viu apenas as cortinas tremulando contra o vento que passava pela janela aberta.

Levantou-se em um pulo e, sem se preocupar se estava apenas com a calça do pijama, saiu rapidamente do quarto, correu pelos corredores da escola militar de Gondor, sabia dos perigos de sair aquela hora da noite sem armas, mas pouco importava se estava correndo perigo, tudo o que ele queria era ver se Virginia estava bem.

Desceu as escadas que levavam aos estábulos correndo, parou em frente a um belo cavalo negro de intensos olhos prateados, assim que o cavalo o viu deu um relincho alto, como se feliz em o ver, abriu a porta da baia e pôs-se ao lado do animal.

-Preciso da sua ajuda, mellon-nîn. Preciso que me leve a casa do lorde Elrond agora. –ele sussurrou ao animal, que balançou a cabeça para cima e para baixo e batendo o casco no chão. –Obrigado. –o dúnadan agradeceu montando o animal em pelo.

Pôs o cavalo a andar e assim que saiu do estábulo forçou o cavalo a correr, parou próximo aos portões do colégio, que estavam sob a vigilância de alguns alunos da faculdade de Aurores, escondeu-se nas sombras do muro do castelo e esperou a troca de turno que aconteceria dali pouco tempo.

Alisava a crina do cavalo, uma forma de acalmar o animal e a se próprio, a sensação de perigo ainda estava latente, sorriu sarcástico, era incrível como os alunos da escola militar de Gondor vigiavam melhor do que aqueles homens, certamente eles nunca enfrentaram uma situação de perigo real, caso contrário ele já havia sido descoberto.

Quase riu ao ver a troca de guarda dos futuros aurores, eles haviam deixado o portão desprotegido tempo suficiente para que Elessar passasse por ele sem ser visto, assim que se viu a uma distância segura da escola, o capitão da casa das armas forçou novamente o cavalo a correr.

Quase vinte minutos passaram até que ele avistasse os portões de Imladris, parou enfrente aos portões que logo foram abertos por oito elfos fortemente armados.

-Sou eu, Aragorn Elessar! -ele identificou-se, fazendo os elfos abaixarem as armas e abrirem caminho pra ele. –Elnor, por favor, chame Lorde Elrond e peça para que ele vá até o quarto de Virgínia. –ele disse a um dos elfos, enquanto desmontava do cavalo e começava a andar em direção a escadaria que levaria a casa do lorde elfo.

Entrou na casa e começou a correr em direção o quarto da ruiva, assim que se viu no corredor dos quartos avançou em direção o quarto da ruiva, parou em frente à porta dela, respirou fundo, tentou abrir a porta, mas sentiu a mão queimar ao tocar a maçaneta, afastou-se da porta e com um gesto brusco de uma das mãos a fez explodir.

Estel atravessou a ante-sala do quarto e entrou no local onde estava a cama da ruiva, olhou em direção onde a garota deveria estar e só viu os lençóis brancos desarrumados, andou até a varanda e a viu caída de bruços, no chão.

Com passos rápidos aproximou-se e ajoelhou-se, ela usava uma camisola de seda negra com detalhes e alças de renda vermelha, ela possuía arranhões em parte do ombro direito e antebraço, a espada, que ele lhe dera de presente no ano anterior, estava caída ao lado do corpo, ele a virou com cuidado e a ergueu nos braços, levando-a para a cama, sentia a seda molhada e olhando rapidamente para a fenda da camisola que deixava uma das pernas a mostra e a viu ensangüentada.

Deitou-a com cuidado apoiando a cabeça dela nos travesseiros, as mãos tremiam, enquanto ele afastou um pouco a fenda da camisola, revelando as pernas e coxas com vários arranhões pouco mais profundos que os do antebraço, afastou-se dela e correu até o quarto que era destinado a ele na casa de Lorde Elrond, pegou um pote com emplasto de ervas cicatrizante que sempre guardava na mesa de cabeceira, uma bacia com água e uma toalha de rosto.

Assim que voltou rapidamente para o quarto da ruiva e colocou-se ao lado dela, pegou um pouco do emplasto e diluiu na água da bacia, molhou a toalha levemente e começou a limpar os ferimentos, tentava manter seus pensamentos concentrados em curá-la.

-Acho bom você ter uma boa desculpa para estar no meu quarto. –a voz doce de Virginia o ‘acordou’ de seus delírios.

-Encontrei você caída e machucada, estou limpando os ferimentos, eu juro que não tentei nada, até porque não tem motivo pra eu tentar alguma coisa não é mesmo?Não que você não seja atraente, você é, mas...

-Shi... você fala de mais. –ela o interrompeu sorrindo.

-Desculpe. –ele disse vermelho. –Mas...não é fácil cuidar de você assim.

-Assim como? -ela perguntou trocista.

-Com você fazendo insinuações!Aliais como você consegue se ferir tanto? -Ele perguntou no mesmo tom. –E como conseguiu se ferir desta vez?

-Alguém invadiu meu quarto, não consegui ver o rosto, mas consegui ferir o invasor no rosto! -ela disse e respirou fundo. –Vou ficar de cama de novo? -ela perguntou tentando levantar-se e quase caindo.

-Acho que sim. –ele respondeu quando a segurou, o dúnadan ficou vermelho.

-Pelo amor dos céus Estel, você vai ficar com vergonha de mim? -ela perguntou impaciente. –Vou ter que te lembrar que você já me viu com menos roupa do que essa camisola? -ela perguntou rindo, enquanto ele a fazia deitar-se novamente.

-Não! Eu...eu só... ê tem razão. –ele disse recobrando o alto controle. -Lembra que você começou dormir com um ursinho azul? –ele perguntou, mudando de assunto, fazendo-a rir.

-Lembro... você o queimou! –Gina disse fazendo uma careta em desagrado, o moreno notou que a voz dela estava estranha.

-Foi um acidente! –Elessar defendeu-se, tentando disfarçar sua preocupação, passando o ungüento nos arranhões das pernas.

-Claro que foi! O meu ursinho que estava na minha estante do quarto de bonecas, acidentalmente, foi parar na lareira do seu quarto. –ela disse irônica, a voz agora estava em tom mais baixo.

-Ok, eu confesso, queimei o bicho, mas eu só tinha oito anos e você me obrigou quando me trocou por aquela coisa! -não houve resposta, ela apenas estremeceu quando ele tocou levemente a coxa direita. –Desculpe, doeu muito? -o moreno ergueu as sobrancelhas quando ela não respondeu novamente, levantou-se levemente olhando o rosto dela e a viu pálida com os olhos fechados fortemente.

-Não... eu não vou... –ela murmurava.

-Gi. –ele a chamou, mas ela não abriu os olhos. –Virginia abra os olhos! -ele mandou, sacudindo-a pelos ombros, quando notou que lágrimas começavam a cair dos olhos dela. –Droga ruiva, o que você tem? –Aragorn se perguntou verificando a temperatura dela, ela estava fria como gelo, aproximou o ouvido do peito dela e conseguiu ouvir o coração batendo fracamente, parou de súbito quando notou que os arranhões no antebraço agora formavam linhas negras que subiam lentamente pelo braço.

O capitão da casa das armas não hesitou em tirar uma grossa tira do lençol e amarrar no local, para evitar que o veneno, ou seja lá o que fosse, avançasse.

-O que houve? -uma voz forte soou no quarto, fazendo-o virar-se em direção a porta e ver um elfo alto, de pele muito clara, cabelos negros e intensos olhos acinzentados.

x-x-x-x-x-x-x-x

-VOCÊ O QUE? -Hermione gritou, fazendo Harry encolher-se na poltrona.

-Cara, não acredito que você quer voltar com a Chang! –Rony disse surpreso.

-Ora, vamos, não é o fim do mundo! –o grifinório se defendeu. –Além do mais, se não der certo eu termino de novo.

-Harry, você esqueceu que ela usou poção de sedução pra que vocês namorassem naquela época e que depois, quando você mais precisava dela, ela simplesmente terminou com você? -Hermione perguntou, olhando-a com os olhos crispados.

-Não Mi, eu não esqueci! -ele disse, abriu a boca pra se explicar melhor mais foi interrompido por Rony.

-Deixa Mione, a vida é dele. E ele sabe o que é melhor! -Rony disse abraçando-a pelos ombros.

Harry a viu suspirar alto e deixar-se cair nos braços do noivo, o moreno percebeu que a amiga não estava preocupada por causa da sua intenção de voltar com Cho, desde a manhã que a grifinória parecia estar com os nervos à flor da pele, ia perguntar o que estava acontecendo quando uma coruja negra entrou pela janela do Salão Comunal e deixou um envelope negro no colo do ruivo.

-Não, a minha irmã não. –o ruivo murmurava enquanto lia a carta.

-Rony, o que foi amor? –Hermione perguntou, sem receber nenhuma resposta coerente do rapaz, o moreno viu o amigo deixar a carta cair no chão logo em seguida.

-Ron? –Harry chamou o amigo, Ron apenas balbuciou algumas palavras incoerentes, Harry pegou a carta no chão e deslizou os olhos pelas letras em tinta prateadas.

A passagem da mulher gorda abriu, chamando sua atenção, e por ela apareceu à figura de Minerva McGonnagoll, o senhor e da senhora Weasley, a mulher ruiva mostrava sinais de um forte abatimento, estava mais magra e tinha o rosto manchado por lágrimas, ela era apoiada pelo marido que também estava claramente exausto.

-Ronald, Harry, Hermione, arrumem suas coisas. –o patriarca dos Weasley disse, com a voz cansada.

-Pai...a Gina...ela...

-Eu sei Ron. –Artur interrompeu o filho. –Eu sei.

Harry queria perguntar o que estava acontecendo, mas foi arrastado escada acima por um Rony bastante nervoso. Assim que chegou ao dormitório viu o amigo começar a jogar suas coisas dentro do malão de qualquer jeito, pouco se importando se estava misturando pergaminhos com blusas e tinteiros abertos.

-Rony, calma, vai ficar tudo bem. –o moreno tentou acalmar o amigo.

-Eu não sei Harry. – o amigo disse em um tom cansado. –Tem coisas sobre a minha família que eu nunca contei pra você e pra Mione. –o ruivo confessou sentando-se na cama e colocando a cabeça entre as mãos. –Não porque eu não confie em vocês, eu confio minha vida. –ele completou rapidamente. –Mas é porque eu não tenho... permissão. –o jovem Weasley disse enfatizando a ultima palavra.

-Você está sobre o feitiço do segredo? -o moreno perguntou surpreso sentando-se na cama em frente a do amigo.

-Todos da minha família estão, na verdade todos recebem o feitiço do segredo assim que completam seis anos de idade. –ele respondeu em um tom cansado. –Eu não agüento mais isso, queria muito contar, queria mesmo, mas se eu contar...

-Você vai sofre algum tipo de punição mágica. –Harry completou.

-Eu posso perder meus poderes. –Ron respondeu triste.

Harry levantou-se da cama e tocou o ombro do amigo, dando um aperto gentil, e sem mais palavras começou a arrumar o malão, notou que o amigo havia recomeçado a arrumar o próprio malão.

Algum tempo depois todos estavam em frente os portões de Hogwarts quando Guilherme e Carlos Weasley apareceram. O mais velho dos irmãos Weasley’s fez uns riscos no chão enquanto murmurava palavras em um idioma que ele desconhecia.

O moreno sentiu Ronald segurar fortemente seu braço, o grifinório olhou para o amigo e viu Carlinhos segurar o braço de Hermione, um vento forte começou a soprar e em seguida uma forte luz os envolveu, fechou os olhos fortemente.

Sentiu Rony o soltar e abriu os olhos lentamente, Harry viu-se em um imenso hall com altas colunas e uma escada em mármore branco. Um homem alto, de pele morena e cabelo levemente grisalho presos em um rabo de cavalo baixo, descia as escadas rapidamente e logo abraçou o Sr. e Sra. Weasley.

-Ela está no quarto, Elessar, lorde Elrond e lordes EL estão examinando-a. –o homem disse rapidamente.

-E Legolas? -Gui perguntou preocupado.

-Já mandamos chamar, ainda não sabemos o que a atacou, se for algo que ousou sair da floresta das trevas Legolas saberá nos dizer. –o homem respondeu. –Venham comigo, vou levá-los até o quarto dela.

Todos seguiram pelo caminho indicado pelo homem. Harry olhava para os lados e observava cada detalhe da decoração. As paredes brancas e altas, juntamente com longas pilastras de mármore branco, sustentavam o teto esculpido em grandes abóbodas. O rapaz notou que as pilastras tinham desenhos em alto relevo de galhos e folhas que as circulavam.

Pararam em frente a uma grande porta de mogno negro, com o desenho de uma grande arvore, a porta abriu e um homem de aproximadamente vinte e cinco anos surgiu. O homem tinha a pele muito branca, os cabelos tão loiros como fios de ouro caiam sobre um dos ombros, ele tinha o rosto de traços fortes e marcados com uma expressão severa, os olhos azul turquesa transmitiam incerteza.

-Lorde Glorfindel. –Harry ouviu o Senhor Weasley falar.

-Não é hora para formalidades, Arthur. –o loiro falou e puxou o patriarca dos Weasley para um abraço.

-Podemos vê-la? –Molly perguntou. Harry apenas observava em silêncio, nem ao menos sabia o motivo de estar ali.

-Preciso perguntar a Elrond antes. –ele respondeu, soltando Arthur Weasley. Harry teve a impressão de ver o ruivo enxugar o rosto rapidamente.

-Está tudo bem, Glorfindel. –um homem alto de cabelos negros, olhos acinzentados e pele tão clara quanto a do loiro surgiu logo atrás do loiro. –O ada que mandou trazê-los. –o homem concluiu. –Entrem. –ele pediu, indicando o caminho.

Eles entraram no quarto e Harry mais uma vez ficou impressionado com o lugar, ela uma ante-sala simples, mas bastante aconchegante, as cortinas estavam abertas iluminando o local com a intensa luz do dia.

Uma porta lateral foi aberta por uma senhora de meia idade, a mulher tinha a expressão bastante preocupada e cansada, tinha os cabelos presos em uma longa trança que caia sobre o ombro esquerdo, os quase escassos fios negros contrastando com os fios brancos, ela usava um longo vestido negro e uma capa azul escuro com um brasão prateado.

-Madame Lafaiete, como está minha filha? -A senhora Weasley perguntou preocupada.

-Aconteceu o que temíamos Molly. –a mulher falou dando um passo para o lado e dando a visão de uma enorme cama de dossel.

Gina dormia no centro da cama abraçada a um rapaz de cabelos negros na altura dos ombros e pele branca, o grifinório fechou as mãos dentro dos bolsos da calça que usava, sentia uma enorme vontade de ir lá e tirar o rapaz ‘na base de porrada’ de perto da ruiva.

–Com tantos ataques acontecendo, a magia da pequena foi afetada. –a mulher disse, fazendo-o virar a cabeça tão rápido que chegou a sentir uma dor incomoda no pescoço. –Eu pedi que o conselho fosse reunido o mais rápido possível.

-Mas o que exatamente está acontecendo com a Gina? -Rony se manifestou pela primeira vez, desde que chegaram, o moreno agradeceu internamente que ele tenha perguntado isso.

-Os poderes de sua irmã saíram de controle. Foram despertados antes do tempo e em conseqüência estão aumentando mais rápido do que ela pode agüentar, e isso está matando sua irmã. –a mulher esclareceu.

-E Elessar? -Carlos Weasley perguntou.

-O príncipe pode tentar conter os poderes de sua irmã, mas não sabemos até quando. –ela respondeu e soltou um suspiro cansado.

Harry não acreditava no que estava acontecendo, fazia tanto tempo que não via sua amiga,e agora que finalmente a encontrava ela estava morrendo.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

NOTA DA AUTORA: Obrigada a todos pela paciência e pelos comentários.

GLOSÁRIO:

Dúnedain¹ = No legendário de Tolkien, os Dúnedain (singular: Dúnedan, “homem do oeste”) eram uma raça de Homens descendentes dos Numenoreanos que sobreviveram à Queda de sua terra natal e vieram para Eriador na Terra-média, conduzidos por Elendil e seus filhos, Isildur e [Anárion]]. São também chamados de Homens do Oeste e Homens do Poente (traduções diretas dos termo em Sindarin). Se assentaram em Arnor e Gondor.

O nome Westron para Dúnedain era simplesmente Adûn, “ocidental”, mas esse nome era raramente utilizado, sendo reservado aos Numenoreanos que eram amigos dos Elfos: os outros, sobreviventes hostis da Queda, eram conhecidos como os Numenoreanos Negros.

TRADUÇÃO DA MÚSICA: HERO –HENRIQUE IGLESIAS

Você dançaria?

Se eu te pedisse pra dançar?

Você correria?

E nunca mais olharia para trás?

Você choraria?

Se me visse chorando?

Você salvaria a minha alma hoje à noite?

Você tremeria se eu tocasse seus lábios?

Você sorriria?

Oh por favor, me diga isso!

Agora,

Você morreria pela pessoa que você ama?

Agarre-me em seus braços esta noite!

Refrão:

Eu posso ser o seu herói, baby

Eu posso te beijar e a dor ir embora

Eu vou esperar por você para sempre

Você pode tirar o meu fôlego

Você juraria?

Que você vai ser sempre minha?

Você mentiria?

Passaria na sua mente?

Eu tenho sumido tão profundamente?

Eu tenho perdido minha mente?

Bem, eu não me importo, você está aqui esta noite

Eu posso ser o seu herói, baby

Eu posso te beijar e a dor ir embora

Eu vou esperar por você para sempre

Você pode tirar o meu fôlego

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