Capitulo 1
Um dia de babá...
- Lily. Lily acorda. ACORDA SUA ANTA! – Lily ouviu alguém gritar em seu ouvido.
- O QUE? RUIVAS, MULHERES E CRIANÇAS PRIMEIRO! – Ela gritou, levantando-se. Quando viu Morgana e Giovana rindo na sua frente, ficou corada. – Suas... Que amigas, hein!
- Agora eu vejo como sua mãe sofre Lily. – Disse Giovana – Te acordar assim todo dia é tarefa para fortes.
- Haha. – Fez Lily, sarcasticamente. – O que as traz para minha casa, essa hora de um sábado?
- Saiba que o seu “essa hora” não tem fundamento. São dez horas a manhã.
– Respondeu Morgana - Vamos dar uma volta de patins? – Completou.
- Ok. Então, eu vou só tomar uma ducha e me trocar. O Arty vai?
- Vai. Só que ele ficou esperando na sala. Ele disse que preferia não ir para o seu quarto, querendo evitar uma... Hum... Cena constrangedora - Falou Giovana.
- Ah, tá. Pois vocês vão se juntar a ele. – Informou a ruiva, empurrando as meninas do quarto, uma tarefa que ficou mais fácil porque elas estavam de patins.
Depois de uma boa ducha e de se arrumar para o passeio, Lily desceu as escadas de sua casa com um pouco de dificuldade, por causa dos patins.
- Aleluia! – Exclamou Artemis, quando Lily patinou até o lado do sofá onde ele estava – Sua mãe saiu para fazer compras e deixou uma vitamina em cima da mesa para você tomar antes de sair, ok?
- Ok. – Ela respondeu. Pegou a vitamina e tomou-a toda em pouco tempo.
- Como você toma essa vitamina tão rápida? – Exclamou Giovana.
- Costume. – Sorrio Lily, limpando com as costas da mão um “bigode” cor-de-rosa que havia ficado como marca da vitamina. – Vamos?
- Uhum – disse Morgana afirmando com a cabeça.
Saíram com alguma dificuldade pela porta, afinal o chão de taco de madeira era escorregadio, fazia com que os pés delas fossem a uma distância maior do que o corpo poderia cumprir.
Como a avenida em que moravam era uma subida, decidiram descer, pois lá em baixo havia um parque onde casualmente iam andar de patins ou bicicleta.
Era um parque bem grande, onde havia um campo de Futebol Americano em um dos núcleos, um bosque para as pessoas fazerem piqueniques, e uma ciclovia, onde as pessoas podiam fazer caminhadas, andar de bicicletas, de patins e de outros diversos meios de “transporte”.
Ao passarem pelos grandes portões, foram até a ciclovia e começaram a conversar enquanto várias pessoas os ultrapassavam de bicicleta:
- E o seu diário do mal, Lils? – Perguntou Giovana se apoiando em Lily já que havia de desequilibrado.
- Pare de falar que ele é do mal! Só porque tinha um só na loja! Que saco! – Censurou Lily.
- Tá bom. Mas que estresse! Calma, Lily, relax! – Disse Giovana.
- Ok, calma, Lily, você não vai acreditar, mas você tem que acreditar, porque é verdade, então você tem que acreditar, mas se você só acredita vendo olha para lá! – Disse Morgana desesperada.
Eram as lideres de torcida. Marlene, Dorcas e Emmeline. Estavam fazendo um de seus números acrobáticos. Marlene era a que estava no topo da pirâmide, e as outras duas estavam logo abaixo. Marlene agitava os pompons sem parar, enquanto os garotos da escola jogavam.
- Ai meu Deus. – Exclamou Artemis. – Porque a Lily não iria acredi...
- EU NÃO ACREDITO! – Gritou Lily – ELAS ME PERSEGUEM! ISSO NÃO É POSSIVEL!
Mas não dava mais para eles voltarem. Marlene já havia visto eles, e estava descendo da pirâmide, formada somente por garotas de sainhas curtas e tops.
- Cabelo! Você por aqui? E, nossos perdedores, como vocês andam bem de patins, não? – Provocou Marlene com um sorriso maldoso no rosto.
As outras duas estavam chegando às costas de Marlene, gargalhando.
- Sabe o que vocês parecem? A loira e a ruiva falsa? Duas hienas! Só sabem rir das provocações de Marlene. Vocês não têm personalidade própria não? – Defendeu Morgana.
- Pelo menos nós não temos metade do cabelo roxo. – Disse Emmeline. Era uma garota ruiva de olhos castanhos. O seu cabelo ruivo era “comprado”, como Giovana adorava dizer.
- Mas nós não compramos a cor de todo o nosso cabelo, não é? – Disse Giovana indo até Emmeline e a empurrando.
“Como eu queria que uma bola pegasse na cabeça dela bem agora!”, desejou Lily.
- Quem é você para falar isso da minha a... – Nesse exato momento uma bola de futebol pegou bem do lado direito da cabeça de Marlene.
Lily boquiabriu-se. Como aquilo era possível? Ela havia acabado de pensar naquilo, e seu desejo se realizou!
- Opa, foi mal Lene. – Desculpou-se Sirius estendendo as mãos para pegar a bola.
- Não foi nada Si... Então como eu dizi... – Dizia Marlene quando percebeu que Lily e seus amigos haviam ido embora. – Cadê os perdedores?
- Foram embora... – Disseram a duas soltando ainda risinhos abafados.
- E VOCÊS DEIXARAM?! – Gritou Marlene histérica batendo os pés no chão, - Argh! Que raiva!
Enquanto Marlene dava um ataque de histeria, do outro lado do parque, Lily, Morgana, Giovana e Artemis riam muito do acontecido.
- Vocês viram aquilo? Foi muito bem feito para a vaca da Marlene! Ah, que é? É verdade, nem vem falar que não é! – Disse Morgana reprimindo gargalhadas, enquanto se apoiava em Artemis.
- Morg, Morg... Você não sabe que não se deve rir da desgraça alheia? – Disse Artemis sério. – Mas que foi muito engraçado foi! – E soltou uma sonora gargalhada. E assim as outras três começaram a rir junto
- Ela deu muito azar! – Exclamou Giovana – E viram como ela baba pelo Black? Ele acerta uma BOLADA na CARA dela e ela não faz nada!
- Realmente... – Concordou Morgana. Depois ela virou seu olhar para Lily – Você está calada, Lily! O que houve?
- Er... Nada! – Ela apressou-se em falar. Artemis estreitou os olhos.
- Tem certeza?
- Absoluta! – Disse ela sorrindo. – Que tal um sorvete?
- Ok... – Responderam os outros, ainda meio desconfiados.
Eles patinaram até uma sorveteria que ficava na praça, a Florean Fortescue. Eles se sentaram numa das mesinhas da sorveteria.
- Eu vou lá comprar os sorvetes. – Disse Morgana – Nem precisa falar o sabor! Eu sei que a Gi ama flocos, a Lily pistache, o Artemis baunilha e eu brownie, claro! – Ela sorriu, indo a direção à “barraquinha” de sorvetes.
Depois de pegar os quatro sorvetes com dificuldade, ela se virou com dificuldade, principalmente por causa dos patins.
- Alguém pode me ajudar? – Ela sorriu sem graça. Ia dar mais um passo, mas escorregou – AA! – Gritou, vendo a hora de se espatifar no chão com quatro tipos de sorvetes diferentes na roupa, quando sentiu uma mão segurá-la nas costas e outra em um dos braços. Ela viu que os amigos a olhavam com os olhos arregalados, então viu quem era seu “salvador”.
- Mais cuidado, garota. – Ele disse, sorrindo.
- Remus Lupin!? – Ela exclamou.
- Em carne e osso. Por que esse susto?
- Ahn... Nada! – A garota disse, corando levemente – Obrigada! E... Será que dá pra me soltar? – Perguntou, sem graça.
- Solta ela, Remus. Você pode pegar alguma doença. – Zombou Sirius.
Morgana ficou vermelha e pegou seu sorvete de brownie, o enfiando na testa de Sirius. Este ficou boquiaberto e não conseguiu falar nada, mas James, Remus e Peter quase caíram no chão de tanto rir.
- Obrigada de novo...
- Depois dessa? Eu é que te agradeço! – Riu mais Remus, zombando de Sirius, que lançava um olhar fulminante em direção à Morgana.
Ela patinou até a mesa e encontrou seus amigos rindo.
- Morg, essa foi demais. – Falou Giovana. – Que tal uma foto? – Ela sorriu marota e tirou um celular da pequena bolsinha que levava. – Hey, Black! – Ela chamou, e Sirius que ainda estava com o sorvete na testa, virou-se – Diga Xis!
- Vinean! – Ele gritou, tirando o sorvete da testa e correndo em direção à mesa.
- Evacuar, galera! – Falou Artemis, levantando-se e patinando para longe, junto dos outros.
Eles patinaram até o outro lado do parque.
- Mas eu fiquei sem sorvete! – Disse Morgana, fazendo beicinho.
- Pelo que você fez, você merece todos os sorvetes possíveis! - Disse Lily, estendendo sua casquinha – Pode pegar um pouquinho. – Depois Giovana e Artemis fizeram o mesmo.
- Gente. Imaginem segunda feira, no jornal da escola a foto do Sirius com um soverte na testa?! – Exclamou Giovana – Vai acabar com a reputação dele, né Morg?
- Oh, sim! Vai ser demais!
- Eu não posso esperar para segunda. – Disse Lily – Mas, a Meadowes também trabalha no jornal, não é? Vocês acham que ela vai deixar vocês colocarem isso?
- Ah, ela vai... – Disse Artemis, dando um sorriso vampiro.
- O que você fez, Arty?
- Bom... Teve uma festa que eu fui e ela estava lá. Primeiro: Ela estava sem maquiagem. Segundo: Ela ficou bêbada. Terceiro: Ela “ficou” com o maior nerd da escola. Quarto e melhor: Eu tirei fotos.
As meninas estavam de boca aberta.
- Se ela não deixar, a gente vai fazer chantagem?
- É a vida, babys. – Ele respondeu, dando um sorriso maroto.
- Artemis, você é d-e-m-a-i-s! Que bom que você é nosso amigo!
- Eu estou do lado dos mocinhos. Quer dizer, mocinhas.
- Mas você é um mocinho bem malvado?
- Os fins justificam os meios.
- Vai, Maquiavel. – Ironizou Lily. – Uau gente. Já é meio-dia.
- Ah, Lily, não vai pra casa! Vamos ficar aqui? É tão legal! – Pediu Giovana.
- Não dá, gente. Eu sou babá, lembram? Hoje eu tenho que tomar conta de um bebê. E eu nem sei qual o casal! Então vou logo pra casa. Mas o celular vai ficar ligado! – Então ela saiu patinando em direção à sua casa, acenando.
Depois de alimentada, banhada e perfumada, Lily tocava a campainha da casa em que passaria o resto da tarde.
Uma mulher com cabelos castanho-escuros e olhos verdes atendeu a porta e sorriu.
- Lily Evans, certo? Eu sou Luana Potter... – Lily gelou ao ouvir esse nome.
- P-potter?
- Sim! – Ela disse – Querida, eu e Alan já estamos quase atrasados. Tem comida na geladeira, perto do telefone estão os números para contato, a Laura está dormindo, mas se ela acordar a mamadeira está dentro do armário da cozinha! Ah, e as fraldas ficam no banheiro, certo? – A mulher falava muito rápido, o que deixou Lily meio zonza.
- Ahn... Certo...
- Bom, agora temos que ir. Vamos, Alan! – Ela disse, saindo e indo a direção ao carro. Lily rezava baixinho, desejando que fossem outros Potter, que fossem de outra família. Mas quando Alan Potter apareceu descendo as escadas, ela viu que isso seria um sonho distante. Ele tinha cabelos negros e despenteado e olhos castanho-esverdeados e usava óculo.
- Lily Evans? Prazer, Alan Potter! Nossos amigos, os Howen, falaram muito bem de você!
- Eles são ótimos. – Sorriu Lily.
- Bom, tchau! – E saíram.
No momento em que fecharam a porta Lily tornou a ficar séria.
“Potter, não pode ser! Não pode, não pode e não pode! Se ela me vir aqui o que vai ser de mim na escola? Eu estou ferrada! O trio das ‘plásticas’ vai me zoar mais! A não ser que ele não esteja em casa... A mãe dele não falou nada sobre ele estar em ca...
Nesse momento Lily viu um vulto passar atrás dela. Ela virou-se rapidamente, então uma pessoa começou a falar.
- Olá. Você é a baba que vai cuidar da minha irmã? – Ela procurava a voz, mas não a achava. – Uhum... Ela está dormindo no quarto dela. Qualquer coisa eu estou no meu quarto tocando viol... – Ele saiu da cozinha e parou de falar no momento em que encarou Lily. – Ah, olá. É você. Como vai?
- Er... Bem?
- É... Bem, me desculpe pelo incidente hoje. Marlene não sabe se comportar. Eu não sei por que ela implica tanto com você. Você fez alguma coisa para ela? – Perguntou ele se aproximando, no que Lily negou com a cabeça - Então eu não entendo... Ah, sua amiga, a... A...
- Morgana?
- É a do cabelo roxo? – E ela fez que sim com a cabeça. – Então, fez muito bem em tacar o sorvete no Sirius. Ele estava precisando daquilo fazia algum tempo. – E começou a rir.
Lily começou a rir também.
- Mas, fala... É Você que vai cuidar da minha irmã? – E ele novamente afirmou com a cabeça. Esperou um tempo até perceber que ela iria dizer algo, mas foi em vão, pois Lily não emitiu som algum. – Desculpe a pergunta, mas você não é de falar muito é?
- Ah, até você já percebeu isso... Não, eu não falo muito, principalmente quando eu não sou muito intima a pessoa.
- Hum... Entendo. Então, como minha irmã está dormindo você quer ir até o meu quarto e me ouvir tocar?
Ela hesitou por um momento. Quando ele percebeu que ela iria negar, ela pegou na mão dela e a puxou.
- Venha! Deixe de ser acanhada! - Lily o acompanhou assustada com a atitude de James, afinal se eles haviam se falado duas vezes havia sido muito.
Subiram algumas escadas, até chegarem ao ponto mais alto da casa. O quarto de James era como se fosse um sótão. A janela era de vidro inteiriço, onde dava para se ver o sol se pondo atrás das montanhas. Havia uma cama coberta com uma colcha bege com alguns detalhes xadrez. Ao lado da cama, havia um armário branco. Do outro lado, sob m móvel também brando havia um computador dos mais modernos, e sob esse móvel havia uma estante com alguns livros, onde estavam os dois livros da Trilogia da Herança, os três livros do Senhor dos Anéis, e mais outro livros finos.
O teto era feito de madeira, e as paredes do quarto eram brancas, e ficavam coloridas conforme a cor do dia. Em frente à janela, no parapeito, havia um tapete grosso, que Lily deduziu que quando ele tocava violão, ou queria observar as estrelas era ali que ficava.
- Hum... É aqui que você dorme? – Perguntou Lily.
- Uhum... Eu dormia num dos quartos de hospedes, mas eu pedi para minha mãe colocar minhas coisas aqui. É que eu ficava a maioria do meu tempo aqui observando as estrelas... Você já se deu conta de quantos milhões de estrelas existem? – Disse ele indo se sentar no tapete com o violão azul nas mãos.
- Uhum... – Então ele começou a tocar.
You give me something, James Morrison
- You want to stay with me in the morning/You only hold me when I sleep,/I was meant to tread the water/Now I've gotten in too deep,/For every piece of me that wants you/Another piece backs away – Ele començou a cantar. Lily estava maravilhada com a voz dele. Era maravilhosa. Então ela também começou cantar. Era sua música favorita.
- ‘Cause you give me something/That makes me scared, alright,/This could be nothing/But I'm willing to give it a try,/Please give me something/'Cause someday I might know my heart. - Os dois cantavam juntos. Os dois trocavam olhares maravilhados.
O sol começara a se por naquele momento e a luz do quarto mudara para um laranja roxeado, já que o céu havia ficado daquela cor.
Lily esqueceu completamente o que estava fazendo ali; só se importava com o momento; só se importava com a música.
- You already waited up for hours/Just to spend a little time alone with me,/And I can say I've never bought you flowers/I can't work out what the mean,/I never thought that I'd love someone,/That was someone else's dream. – Continuaram cantado.
James havia fechado os olhos, e agora parecia estar cantando apenas com o coração. Lily parou um momento de cantar e agora só observava James. Ele abriu seus olhos e olhou para Lily que imediatamente voltou a cantar:
- 'Cause you give me something/That makes me scared, alright,/This could be nothing/But I'm willing to give it a try,/Please give me something,/'Cause someday I might call you from my heart,/But it might be a second too late,/And the words I could never say/Gonna come out anyway. - Continuaram cantando os dois juntos. James parecia estar cada vez mais envolvido com a música, o que fez Lily também fechar seus olhos e curtir o som do violão.
- 'Cause you give me something/That makes me scared, alright,/This could be nothing/But I'm willing to give it a try,/Please give me something,/'Cause you give me something/That makes me scared, alright/This could be nothing/But I'm willing to give it a try,/Please give me something/'Cause someday I might know my heart./Know my heart, know my heart, know my heart. – E terminou pasando os dedos suavemente sob as cordas
Os dois ficaram em silêncio por um tempo. Como os dois estavam perto, um olhou para o outro, e James começou a se aproximar de Lily, que olhava para ele. No momento em que ele ia encostar sua boca na boca dela, ela virou o rosto.
Ele ficou sem graça e abaixou a cabeça. Ela totalmente corada, saiu correndo do quarto e entrou num quarto qualquer.
“Como pode? Ela queria me beijar! Não isso não é possivel!”, ela estava muito nervosa. Algumas lágrimas rolavam pelo seu rosto. Mas não eram lágrimas de tristesa; ela não sabia qual era o motivo do choro.
Alguns minutos depois de Lily estar ali sentada numa poltrona observando o lado de fora da casa e chorando, James começou a bater na porta.
- Lily, por favor, desculpa, não foi minha intenção... – Dizia ele – Por favor! Eu não quiz nada daquilo! Por favor, abre a porta.
Ela se levantou foi até a porta, pôs a mão na chave, limpou o rosto e abriu.
- Desculpe, por favor. Não foi minha intenção.
- Tudo bem... – E então uma criança começou a chorar – Eu tenho que ir lá.
- Mas... – E deviou dele e lhe de as costas, deixando-o só no corredor.
Ao chegar no quarto rosa da menininha que estava chorando, a pegou no colo, e começou a balançar a criança.
- Por que? Por que comigo, Laurinha? Eu nunca fiz nada de mal para ninguém! Por que tudo acontece comigo? Por quê? – Perguntava Lily quando percebeu que alguém a observava.
- É... Você leva jeito. – Disse James com um sorriso no rosto.
- Me diz o que você quer comigo? É mais um plano daquelas suas amiguinhas? Se for por favor, diga para elas que você já conseguiu me deixar pior do que eu já estava! – Disse ela podo de novo Laura no berço, já que esta tinha parado de chorar.
- Não, não é nada disso! Foi o impulso! – Disse ele sem graça.
- Foi o impulso, né? Então é isso que você sempre faz com as babás que vem na sua casa? É isso que você sempre faz quando tem uma garota do seu lado! Eu conheço o seu tipo! – Disse ela quando alguém entrou no quarto.
- Algum problema garotos? – Perguntou a senhora.
- Nenhum, senhora Potter. Posso ir? – Perguntou Lily.
- Pode sim. Amanhã você pode vir de novo?
- Eu... – Ela não conseguia responder àquela pergunta. Se ela fosse, teria que encarar James novamente. Mas, se ela não fosse, eles iriam acabar se vendo na escola, ou pior, ele ia chegar a dedução de que ela não foi para lá por causa dele e ia ficar mais convencido.
No entanto, James percebeu a hesitação da garota.
- Lily, venha. Amanhã eu tenho treino e não poderei ficar em casa. O que não ia adiantar muito. – Ele sorriu. A ruiva pareceu ficar mais aliviada.
- Eu venho sim, srª.Potter. Não se preocupe.
- Obrigada. O Alan está lá em baixo, com seu pagamento, querida.
- Obrigada. Bem, até amanhã, srª.Potter!
Lily recebeu o pagamento do Sr.Potter, o que ela achou ótimo, pois com o dinheiro que ela ganhava do trabalho de babá e da mesada ela podia comprar várias coisas sem ter que ficar pedindo emprestado.
Quando Lily chegou em casa, sua mãe estava sentada no sofá, assistindo televisão. Os pais de Lily eram separados desde que a garota tinha oito anos. O pai tinha uma nova família, e uma outra filha, chamada Petúnia. Petúnia não gostava de Lily. Na verdade, gostava de humilhar Lily. Mas, graças a Deus elas quase nunca precisavam se ver.
- Lily, flor! – Falou a mãe, quando percebeu a presença de Lily ali – Como foi lá?
- Foi... Er... Bem. A Laura não chorou muito, só uma vez.
- Laura?
- É. Laura Potter. A bebezinha que eu tive que cuidar.
- Ah, sim querida. Flor... – Nesse momento, o telefone começou a tocar. A mãe de Lily, que estava sentada do lado do telefone, atendeu – Julianne Evans... Oi, Sarah. Ah... Como estão as contrações? Certo... Eu já estou indo.
- Emergência, mamãe?
- Sim querida... Desculpe, mas é porque nós nunca sabemos quando alguém vai entrar em trabalho de parto...
- Tudo bem, mãe. – Lily suspirou.
- Tchau, flor... Se eu demorar a chegar e você quiser comer algo, pode pedir uma pizza, certo?
- Ok, mãe. Tchau. – Disse Lily, enquanto fechava a porta.
A mãe de Lily era uma das melhores obstetras da cidade. Lily ficava muito só, pois, às vezes, sua mãe tinha que sair no meio da noite, ou no meio de um programa “mãe e filha”.
Então ela correu para seu quarto e pegou o telefone.
- Oi?
- Gi, é a Lily. Espera que eu vou fazer conferencia com a Morg.
- Ok. – Depois de alguns minutos, Morgana estava na linha.
- Oi, Gi. Oi, Li. O que foi?
- Eu preciso contar algo muito... Não sei para vocês.
- O que? Assim você nos deixa preocupadas
- Bom... Sabe de quem era a casa? Três chances para vocês acertarem.
- Da McKinnon?
- Não.
- Black?
- Não!
- Potter?
- Amém!
- Ai. Meu. Deus. Já sei o que aconteceu. Ele foi chato com você por causa do que a Morg fez o com o Sirius.
- Não. Ele... Ele disse que o Sirius merecia aquilo!
- Mentira!
- Sério! Ele disse isso! Que o Sirius merecia um bom sorvete na testa!
- Uau
- Fala mais!
- Bem... A gente... Digo, ele... Quase me... Beijou.
- Você está brincando, né?
- Eu juro por mim mesma!
- Não creio!
- Creia...
- Eu quero saber de tudo em detalhes!
- Eu também!
Então Lily começou a explicar todos os detalhes, tudo o que havia ocorrido.
Após ficar um bom tempo no telefone com suas amigas, foi até o banheiro tomou outra ducha.
Ainda com o cabelo todo enrolado na toalha e de camisola, deitou-se de bruços na cama, pegou seu diário, uma caneta lilás e começou a escrever:
“Querido Diário... que coisa mais clichê. Querido Diário... Bem, hoje o meu dia foi, como dizer... um pouco ‘fora do normal’.
“Não é todo o dia que o Potter tenta me beijar. Sim, ele tentou, porque, na verdade eu não deixei. Alguns podem dizer que eu sou completamente idiota por não ter deixado James Potter, o líder dos Marotos me beijar. Tá, tudo bem, eu sou BV, mas e daí? Só por isso que vou deixar que qualquer um me beije? Tá, ele não é qualquer um, mas sabe, nunca nenhum garoto se interessou por mim. Eu sempre me apaixonei, mas nunca foi para frente, porque eu sempre tenho muito medo...
“Medo... Isso me faz parecer uma grande medrosa, mas é verdade. Nenhum garoto gostaria de sair comigo. Então, o garoto mais popular da escola resolve me beijar! Isso só me cheira a algo que aquelas plásticas fizeram. Algo do tipo ‘vingancinha’. Essa é a única explicação que eu acho para esse comportamento... Mas, antes disso... Eu me soltei. Sério.
“Ele me chamou para ir ao quarto dele e eu fui. Depois, ele começou a tocar no violão. E... Era minha música preferida! Eu comecei a cantar junto com ele. Não sei o que me deu, mas eu estava cantando! Eu estava cantando com James Potter... E a voz dele? Meu Deus, que voz linda!
“Bem, depois de cantarmos, ele ficou me encarando... E aí ele começou a se aproximar e, quando os seus lábios iam encostar-se aos meus, eu virei a cara. Sim, porque isso era a coisa sensata a se fazer.
“Eu realmente não sei... Eu... Estou mexida. Sim! Eu estou mexida! E isso não é boa coisa, porque eu tenho certeza que segunda-feira, na escola ele vai está com a Meadowes. De algum modo, eu vou acabar mal.
“Sabe, o James, digo Potter, ele é tão, lindo, gentil, legal, popular, e isso é o que me faz sentir medo. Nenhuma pessoa popular como ele iria se apaixonar por uma pessoa tão desprezível quanto eu. Ok, eu me subestimo, mas, poxa, eu estou falando a verdade, o que ele iria querer comigo?
“Deve ser armação. Mas também se fosse armação ele não iria pedir desculpa, iria? Espero que não. Mas ele disse que não queria nada daquilo. Disse que agiu por impulso. É lógico, quantas vezes ele já não agiu por impulso e magoou outras garotas? É ter virado o rosto foi a melhor coisa que eu poderia ter feito. Ah isso foi.
“Mas, que bom que eu tenho minhas amigas. Elas disseram que não era para eu me preocupar, qual quer coisa que acontecesse elas estariam ao meu lado. A Morg disse que, se o Potter me machucasse, ela ia dar um soco nele. O que não deixa de ser meio ameaçador, porque o Arty tem mãos de pianista e não é dos mais fortes.
Ainda assim, eu agradeço pelos meus amigos. Eles não se importaram com o meu jeito estranho e quieto. Eu os amo!”
Frase: “A Amizade é o Amor que nunca morre” – Mário Quintana
Gih: *-*
Morg: *_______*
Gih: *_____________________*³
Morg:Eu queria agradecer ao mal-humorado... Quer dizer, ao Renato... Quer dizer ao Shigure Black. Ele me ajudou com uma frase nesse capítulo.
Gih: Uhum... Mas gente, o que vcs acharam da nossa ceninha J/L? *-*
Morg:Tá muito fofinha. E, Gi, me desculpa. Eu te explorei nesse capítulo.
Gih: Mas eu só escrevi por que quiz. Mas é que eu tava ouvindo essa música que por sinal é linda d+, ai me deu essa diéia e eu tinha que passar para o capitulo!
Morg:Tá, então. Mais uma vez, nós vamos postar sem a Luh.
Gih: Luh, desculpa nóis, mas que a gente é tão afobada, que a gente precisa postar na hora, se não a gente morre!
Morg:É! Essa fic é muito perfeita! Ah, Luh, eu postei na RE. Você vai MORRER com a última cena, né Gi?
Gih: Eu, que sou apenas uma leitora fã nº1 da fic até porque o 1º coment foi meo EVER, quase morri com essa cena! Que, Jesse e Luh do nariz torto combinam muito mais!
Morg:Isso é uma vingança pelo que ela vai fazer comigo. Mas, vamos voltar a nossa fic. Ela é tão legal!
Gih: Isso isso! Ai eu quase morri quando a Lily fez aquilo!
Morg:Aquilo o que? Beijar o Jesse ou não beijar o James?
Gih: Não beijar o Jay. Se fosse eu... ok, eu vou me controlar, afinal pode ter crianças lendo isso aqui. Se fosse eu, eu já tinha seqüestrado ele faz tempo!
Morg:Mas, o Remus é MUITO melhor. E o Arty é MUITO² melhor.
Gih: E o a Jay é MUITO elevado a máxima potencia de todo o universo e de todas as galáxias!
Morg:Que seja. Vamos acabar logo esse N/A? Senão ele fica do tamanho do capítulo.
Gih: 'CAUSE I'VE BEEN WAITING FOR A MIRACLE! Ok, vamos acabar com o N/A! "... IF YOU USE YOUR EYES!..." Chega! Ok, genteee, último pedido, C O M E N T E M!
Morg:Falou e disse! Bom... A gente fica por aqui! Tchau amores!
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