O sonho



N/Aproveitem, pois o próximo capítulo vai demorar.

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Capítulo 3:O sonho


Na verdade,ele não sabia o que o esperava àquela noite,ele nem imaginava.Aquela noite estava longe de ser maravilhosa.

Antes de dormir, Harry tomou um banho para tirar aquele spray do cabelo e tirou suas lentes.Assim, ele voltou a ser o velho Harry Potter-pelo menos na aparência.

Chegou em seu quarto-o que dividira com Rony- vestiu seu pijama e deitou-se antes mesmo de falar qualquer coisa com Rony.

Esvaziou sua mente de todos os pensamentos, para praticar oclumência, como fazia todas as noites desde que chegara na casa dos tios, e logo adormeceu.

Harry estava em uma sala que não conhecia.E , nela, dançava com Gina.Era uma música romântica, que em segundos virou uma gargalhada sem vida, misteriosa e fria, totalmente infeliz.

Gina virou uma mulher mais alta, com curvas mais bem definidas, de cabelos mais compridos e um pouco mais escuros e olhos vivamente verdes, da onde saltavam várias lágrimas.Esta era Lílian Evans Potter.

O garoto que estava abraçado à ela já não era Harry.Era um homem igual a Harry, onde só mudavam as cores dos olhos.Este, era Tiago Potter.

Nos braços do casal havia um pequeno bebê , de cabelos negros, como os do pai, e olhos extremamente verdes, como os da mãe.

--Solte-o, Potter-dizia uma voz fria,a voz de Lord Voldemort-Assim, tudo será mais rápido.

--NUNCA!-gritou Tiago

--Ah..Potter.. assim as coisas complicam para o seu lado...solte-o, ou morrerá também.

--Você não matará nosso filho, seu mostro!-gritou Lílian

--Ah..Lílian...deixe as coisas mais fáceis.É simples:me entregue o garoto.

--Você NUNCA vai pegá-lo!-disse Lílian, protegendo o filho em seus braços.

--Ora ora...para uma Sangue Ruim você está me saindo muito corajosa..corajosa demais para o meu gosto.

--Não chame-a disso!Você não tem o direito de chamá-la assim!-urrou Tiago.

--Você é que não tem o direito de dirigir a palavra nesse tom para mim!Me desculpe, mas vocês escolheram o caminho mais difícil.Agora, tenho que fazer o meu, digamos, DELICIOSO trabalho!-disse Lord Voldemort com um sorriso malicioso.

--Lílian, corra!Salve Harry!

--Não Tiago!Não posso deixa-lo aqui sozinho...

--CORRA, SAIA DAQUI!Atenda meu último pedido, Lílian..SALVE Harry.

---Eu te amo!-gritou Lílian enquanto corria até as escadas.

--Eu também, meu amor..-disse Tiago.

--Adeusinho..POTTER!-dizia Voldemort-AVADA KEDAVRA!!

--NÃO!TIAGO!

Uma luz verde saiu da varinha de Lord Voldemort e percorreu a sala em direção a Tiago.Este, caiu imóvel no chão enquanto uma mulher de cabelos de fogo se trancava num quarto, protegendo o filho e pondo-o em seu berço, para acalma-lo, já que estava chorando.

Como Lílian já previra, Lord Voldemort entrou no quarto com a varinha em punho, e olhou diretamente no olhos de Lílian, com um largo sorriso esboçado em seu rosto.

--Vamos Lílian.Serei bonzinho e dar-lhe-ei outra chance.Me entregue o garoto AGORA e você não morre.

--NUNCA.Eu já lhe disse.NUNCA!Não se atreva a mata-lo, seu mostro!

--Lílian, seja inteligente.NÃO complique as coisas.

--Eu te imploro, mate-me no lugar de Harry.Ele é muito pequeno, não acabe com a vida dele...-implorou Lílian á beira de lágrimas.

--Sim..sim..eu vou mata-la...

Lílian olhou para ele.

--...mas não no lugar do garoto, e sim para tira-la do meu caminho.AVADA KEDAVRA.

Outra luz verde saiu de sua varinha e percorreu o quarto até Lílian, que também caiu imóvel no chão.

O bebê agora chorava mais ainda, como se soubesse o que esperava por ele e o que havia ocorrido com seus pais.

Lord Voldemort se encaminhou até ele e disse:

--Agora chegou a hora tão esperada, Harry.Agora é a sua vez.

O bebê recuou até o fim do berço, ao ver que o homem levantava a varinha e dizia:

--AVADA KEDAVRA-pela 3ª e última vez.

O jato de luz verde foi em direção ao bebê.Mas nada ocorreu.Apenas formou-se uma cicatriz em forma de raio em sua testa, e o homem que praticou o feitiço desapareceu, virando apenas um pó.

O ambiente mudou.

Agora Harry estava em uma sala escura, com apenas uma cadeira que tinha correntes no meio da sala.

Então, Voldemort apareceu e encaminhou-se até Harry, segurou as mãos de Harry com as dele , levou-o até a cadeira e obrigou-o a sentar-se.As correntes prenderam-no de uma forma que não conseguiria sair. Sua cicatriz doeu intensamente.

--O que você quer?-urrou Harry

--Ora ,Harry...Onde está seu respeito para comigo?
--NUNCA haverá respeito na forma como eu falo com você,Voldemort-falou

Harry e, quando ele pronunciou o nome do bruxo, sua cicatriz deu uma fisgada tão intensa que parecia que sua cabeça estava rachando.

--SEMPRE que eu quiser haverá, Harry- disse Voldemort.
--O que você quer de mim?

--Ora... apenas ter uma conversinha.. com..hum.. com meu velho INIMIGO. O que você acha?

Harry olhou-o com nojo.

--Agora, deixe-me perguntar à você:Como foi o show?Gostou de ver como seus pais reagiram naquela noite, Harry?

--Você não tem coração , Voldemort.Aquilo não te ajuda em NADA.Para que mostrar-me, então? PARA QUE?

--Abaixe a voz, Harry.Eu NÃO te mandei gritar!

--Pois eu grito quando eu quiser!

Voldemort foi até ele e apertou o pescoço de Harry, que sentiu que não conseguia mais respirar e mais uma vez a cicatriz doía.

--NUNCA mais fale nesse tom comigo.

Harry concordou e Lord Voldemort finalmente o soltou.Harry tossiu diversas vezes.

--A razão, Harry, para eu lhe mostrar isso.. é que..na verdade, não existe nenhuma razão,apenas achei que você gostaria de um pouco de ação nos seus sonhos...-disse Voldemort em meio a longas e frias gargalhadas.Harry olhou-o com fúria.

--Os seus sonhos estavam muito.. românticos.Harry, mas que gosto ruim você tem.Dançar com uma garota de uma família que ama os trouxas?Harry, ela é praticamente uma Sangue Ruim...

--Gina NÃO é uma Sangue Ruim..-Harry teve uma idéia- MAS não posso dizer o mesmo de você, não é mesmo Voldemort?

Voldemort parara de rir.

--Não ouse me chamar nunca mais de Sangue Ruim.Para mim, meus pais não existiram, NUNCA.Agora, me conte Harry, como é se sentir tendo os pais e o padrinho mortos?

Harry engoliu em seco.Algo o sufocou.Ficou extremamente infeliz.

--RESPONDA , Harry.

--Não sei explicar como me senti, Voldemort. MAS posso lhe garantir que foi completamente diferente quando você perdeu os seus.

Voldemort urrou de fúria , correu até Harry e...

Harry acordou em seu quarto, o que dividia com Rony, e percebeu que gritava, coisas sem sentido, como “GINA...VOLDEMORT,SAIA DAQUI...MAMÃE..GINA..GINA..PAI”

Todos os Weasley estavam dentro do quarto, juntamente com Mione, Lupin, Tonks e Moody.Gina estava abraçada a Harry, e este estava com o pijama grudado ao corpo, devido a grande quantidade de suor que ele possuía.Todos estavam com caras muito preocupadas.

--Até que enfim você acordou ,Harry!-disse a Srª Weasley.

Harry sentou-se na cama e encostou-se na parede, respirando rapidamente como se tivesse corrido horas.Ainda apertava a mão de Gina fortemente.

--Harry, é melhor nós descermos.Assim, você poderá se acalmar , respirar ar fresco e tomar uma poção.Vamos gente, para a cosinha-disse Lupin sério.

--E..Eu não..te..tenho força pra andar..-disse Harry quando saiu da cama e caiu logo em seguida.

--Eu e o Rony te ajudamos,Harry-disse Gina.

Assim, eles o carregaram até a cozinha, onde ele sentou-se em uma cadeira ainda de mãos dadas com Gina e todos se puseram ao redor dele.

--Harry, com QUEM você sonhou?-perguntou Lupin.

--Voldemort,...foi estranho..eu não tinha mais sonhos com ele..e

--Harry, eu já lhe disse que você PRECISA praticar oclumência.

--Mas eu pratico e..

--Se você tivesse praticado não teria sonhado com ele!-disse Lupin aumentando a voz.

--Mas..eu..eu pratiquei..desde o começo das férias eu venho praticando..

--NÃO minta Harry.Você não praticou hoje!- a voz de Lupin estava mais alta.

--Pratiquei.e...-Harry ficou com muita raiva pois ninguém acreditava nele-ESCUTA AQUI.VOCÊ ACHA QUE EU SOU UM LOUCO DE FICAR QUERENDO VER MEUS PAIS MORREREM??E EU não ESTOU MENTINDO, LUPIN.HOJE EU PRATIQUEI OCLUMÊNCIA,E VENHO PRATICANDO DESDE O COMEÇO DAS FÉRIAS.VOCÊ POR ACASO SABE POR QUE ISSO OCORREU HOJE?

Ninguém respondeu.Todos estavam em choque.

--EU MESMO LHE DIGO.PORQUE QUANDO VOCÊS ME TROXERAM PARA CÁ, EU FIQUEI MAIS SENSÍVEL.ENTÃO, VOLDEMORT DESCOBRIU QUE JUNTANDO A DOR QUE EU SENTU POR SIRIUS MAIS ALGUMA AÇÃO COMO POR EXEMPLO UM SONHO VENDO EXTATAMENTE COMO MEUS PAIS MORRERAM, ELE ME DEIXARIA MAIS FRACO E, ASSIM, FICARIA MAIS FÁCIL PARA ELE ENTRAR NA MINHA MENTE E ME POSSUIR, COMO NO ANO PASSADO.

--Como você sabe?-perguntou Lupin confuso.

--EU SINTO!AGORA, SE É PARA EU FICAR AQUI BANCANDO UM DE MENTIROSO, EU VOU EMBORA.EU TENHO CERTEZA DE QUE SIRIUS ACREDITARIA EM MIM.-Harry disse tudo e começou a chorar.A dor pela perda de Sirius estava muito pior.Em um estágio maior, parecido com o do dia que ele morreu.Harry encaminhou-se correndo para a porta.Mas,quando alcançou a maçaneta, uma dolorosa fisgada na cicatriz o deixou imóvel e pálido.Gina foi rapidamente até ele e chegou bem a tempo de segura-lo, quando ele já ia em direção ao chão, fraco demais para se agüentar de pé.Ele olhou profundamente nos olhos azuis da menina e disse, lhe acariciando a face:

--Obrigada..

--Me desculpe, Harry.Não havia pensado no que você disse.Por favor, eu preciso que você conte exatamente o que aconteceu no sonho... preciso saber o que Voldemort está planejando.-disse Lupin

Se é para saber o que aquele psicopata quer fazer, eu conto,pensou Harry.Só que iria ser realmente difícil reviver novamente a dor de seus pais.Harry sentou-se em uma cadeira, ajudado por Gina e, com o apoio dela, ele teve certeza de que seria muito mais fácil.

Logo depois, ele contou tudo.

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