Summer Fair



Capítulo Único: Summer Fair

Era um caso proíbido, impossível. Não haviam palavras, além das de provocações. Não havia tempo para sequer relacionar tudo isso com algo além de desejo.

Ele era um menino. Nunca havia dormido com uma mulher, até ela. À noite, quando jantavam, lembrava-se do imenso nojo que sentia por ela e por aquele mundo. Era o rebelde, era apenas seu papel. Mas, de madrugada, alguém batia na porta, ela entrava em seu quarto sem esperar comprimentos. E ele, como ainda era um garoto, concordava com tudo, para tocar em uma mulher. Seu desejo era maior que seu orgulho. Tudo isso, sempre perguntando-se por que tinha sido escolhido.

Ela era uma mulher. Casada e experiente. A preciosidade da família. Mas, por baixo de tanta frieza e perfeição, havia um desejo de algo novo, de algo proibído. Encontrou o que procurava naquelas férias, longe de seu velho marido que detestava viajens. Um primo, um rebelde e inocente, até então. Ele era tudo que bastava para satisfazer-se. Logo viu que não mandava nele. Depois da primeira noite, ele mostrou-se quase um igual, embora não tenha dado muito certo. Ela tinha uma superioridade natural. Tudo isso, sempre perguntando-se o porquê desse seu desejo repentino.

Mais tarde, nenhum dos dois saberia dizer como começou, mas ambos saberiam dizer como acabou.

Três semanas antes de fim de férias, ele chegou ao cúmulo da rebeldia, resolveu mudar-se para casa de um amigo. Saiu do lugar que devia ser chamado de casa com seu malão, amaldiçoando a todos lá e jurando não voltar. Tentativas fracassadas de uns poucos preocupados com imagem. Ficou sozinho no hall de entrada, prestes a sair.

Olhou para a escada e viu ela parada ali. Ficaram encarando-se. Pela primeira vez, ele reparou em sua verdadeira beleza exterior e na pureza do branco em sua pele. E pela primeira vez, ela viajou naqueles olhos sem fundo, até cair em si. Quando isso aconteceu, lançou-o um último olhar de superioridade e virou-se, subindo as escadas, para longe de um desejo de verão.

Ele, ao vê-la sumirr, saiu da casa. Crente de que tudo aquilo fora uma ilusão surrealista. Pois, afinal, não houvera tempo para palavras verdadeiras, naquele casinho de verão.

Ele era Sirius Black, ela era Bellatrix Lestrange.

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N/a: A minha ideia é sim dessa fic ser minúscula. E não, não terá continuação, foi só uma coisa meio melo-dramática que eu queria escrever pra variar. Comentem e blablabla. (Ah, eu sei que tá uma merda, comentem a respeito disso também)

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