"A Carta"
“Cansei…. cansei das palavras sem fim que dizes, do teu rosto pálido e triste como se eu estivesse morto.Cansei...de ti , de todos ...
Cansei dos teus olhos , do teu sorriso , do teu calor...
Cansei da falsidade do espelho do mundo que olham para mim com ingratidão.Cansei do teu abraço, do teu olhar, do teu beijo.
Cansei da vida que levavamos , escondidos e rejeitados pela sociedade.
Aqueles que os chamam puros, aqueles que são do teu sangue, daqueles que não te amam.
Desejas-me?
Pergunto a ti.
Pergunto ao teu beijo...aos teus olhos ....
E ao teu sangue....
Queres-me?
Adoras-me?
Amas-me?
Cada vez que respiras?Cada vez que nos beijamos?
Amas-me?
Pergunto......
Dorien Phidel ”
Uma lágrima.
Uma lágrima.
Porquê chorava?Para se sentir pior que já estava?!Ou só para satisfazer o prazer de dor aqueles que ela chamava “familia”?
Sim.
Ela desejava-o.
Queria-o.
Adorava-o
Ela amava-lo.
Mas o ódio!O rancor!!
Ela queria arrangar o ódio , a dor , o coração!
Porquê?!
Porquê?!
Mas porquê?!
Ela desejava-o , queria-o,amava-lo!!
Como ela desejava morrer neste momento.
Arrancar o sangue que corria nas veias dela, o sangue que circulava no seu corpo , sorrindo ao sofrimento , à punição de viver.
Ela chorava.Chorava por todas as razões.Principalmente pela razão de viver.
Desejava sair daquele corpo,voar longe, um sono profundo , sem angústias , sem rancor...
Queria estar longe dos homens, longe da própria vida .
Adrienne chorava , chorava as palavras doces mas amargas.Ela sofria cada vez que lia.Ela sabia que era a culpa dela.Tudo por causa dela.Ela.Ela.Ela e ela!!!
O ódio de viver, permanecia não só no pensar dela , mas também no coração.
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