Prólogo
Riot Exchanging
Prólogo
NARRADO POR: Jesse D.S.
“Nombre de Dios!” foi a primeira frase que eu exclamei naquele quente dia de final de agosto. Estava tão, tão quente, que, quando acordei, logo me senti torrado pelo sol da manhã. Então, como era de se esperar, saltei de minha cama.
O que, se você quer saber, não foi uma decisão sensata...
Caí com tudo no chão, e doeu. Cair no chão no começo da manhã, especialmente quando o forte sol inglês está batendo em sua cara... Bom, digamos que não é o melhor começo de dia para mim...
Jesse. Jesse você-não-gostaria-de-saber-meu-sobrenome. Sim, esse sou eu. Olhos castanhos e escuros, cabelo preto e encaracolado, músculos de tanto trabalhar (eu tenho uma vida realmente dura) e uma personalidade que eu chamaria de instável. Sou espanhol, estou morando aqui desde 2000 e mesmo assim ainda erro um pouco no inglês. Puxa, eu realmente queria ter ficado na Espanha ao invés de vir pra Inglaterra. Algumas vezes o inglês irrita.
Mas antes que eu pudesse me recuperar totalmente da dor daquele tombo, o telefone tocou. E, com muito esforço, eu fui atender.
- JESSE. – Berrou uma voz bem conhecida, fazendo-me afastar um pouco o telefone.
- Qué tal? – Perguntei, ignorando o primeiro escândalo do dia.
- Sem espanhol. Você sabe que eu não entendo. – Lily bufou, do outro lado da linha. – Então. Você vai pra casa do James hoje?
- Pra que? – Seria o negócio do nosso intercâmbio?
- Vamos viajar AMANHÃ, Jesse! Você já parou para pensar nisso? – Lily, é claro, não podia ver, mas eu podia... Eu podia ver as duas malas enormes formadas no meio do meu quarto, transbordando de roupas e outros pertences. Sorri. É claro que eu já havia parado para pensar na viagem.
- Sim. Claro, querida. – Respondi, jogando-me na cama.
- O que significa querida? – Lily, é claro, não tem a mínima noção de espanhol. O que faz falar espanhol com ela ser mais divertido ainda.
- Nada, Lily. Então. Que horas o pessoal vai estar lá? – Indaguei.
- A mãe do James falou pra estarmos lá mais ou menos onze horas, porque vamos almoçar, e depois vamos até a casa de uma americana que mora aqui em Londres, para que ela nos explique tudo que precisamos saber sobre nossa nova casa! – Lily falou rapidamente, como sempre. O que me traz um pouco de problemas, porque eu mal consigo entender o inglês perfeitamente... Imagine só o inglês exageradamente rápido. – Você não está empolgado, Jesse? Imagine só! Nossa turma toda por um ano num dos países mais legais do mundo todo! Eu mal vejo a hora de partirmos...
- Entendi. Estou empolgado sim, Lily. – Bom, não exatamente empolgado, mas não posso dizer que estou triste com a mudança.
- Você é tão calado. Mas enfim, tenho que ir, vou tomar banho e me arrumar logo! – Ela exclamou, sempre no seu jeitinho Lily de ser. – Um beijo, Jesse. Te vejo depois!
- Besitos. – Sorri, e desliguei o telefone.
Olhei para a bagunça que era meu quarto, cheio de roupas jogadas em todos os lugares possíveis. Mas meu sorriso continuou firme. Depois de alguns dias, tudo seria diferente...
NARRADO POR: Luana C. Brentwood
Digamos apenas que ser acordada pelo imenso barulho que seu celular faz ao vibrar sobre o criado-mudo não é exatamente bom.
Quero dizer, QUAL é a graça de acordar um pobre ser humano às dez horas de uma sexta-feira ensolarada até demais? Eu respondo: nenhuma. Mas parece que o ser humano – MORTO – que me mandou uma mensagem acha muita, muita graça.
E eu já podia adivinhar quem era.
“Luk, o negócio é o sguinte: csa do Jay, onze hrs. Vc vai? Bom, c tiver acordada, m liga. –D” era a maldita, inoportuna e amaldiçoada mensagem que me despertou de um sonho mega especial, daqueles bem loucos, sabe? O de hoje envolveu uma partida para o Brasil – isso mesmo, Brasil – onde eu não queria sair sem pegar minha mochila cheia de cacarecos.
Não é de se surpreender que me chamem de louca às vezes.
Mas tive meus devaneios interrompidos por... bem... eu mesma. Porque digamos que eu bati a cabeça no teto ao ver que eram exatamente dez horas, trinta e dois minutos e nove segundos.
VINTE E OITO MINUTOS! OH, NÃO!
Rapidamente, como se minha vida dependesse disso, abri meu guarda-roupa, tirei uma regata preta, minha fiel jeans surrada, meia, calcinha e sutiã e me joguei o mais rápido que podia dentro do banheiro, chegando até a escovar os dentes dentro do boxe.
Acho que nunca tomei um banho tão rápido. Em cinco minutos estava vestida, parcialmente calçada, perfumada e limpa. Só faltava... Bem... O meu cabelo.
Você deve estar se perguntando como eu sou, certo? Okay. Tenho cabelos castanhos, bem castanhos MESMO, da cor de chocolate, que são meio avermelhados. Bom, minha mãe nasceu e foi ruiva até começar a pintar o cabelo. Eles são encaracolados, ou melhor, cacheados, de verdade. São cachos enormes, com consistência de palha. E eu tenho uma franja tipo de menininha, sabe? Daquelas retas. Mas, passando do cabelo, meus olhos são meio... Como é aquela cor mesmo? Ah, verde musgo. É. Aquele verde BEM escuro. Tipo pântano. São até legais; eu adoro o contorno, porque parece que eu passo lápis preto. Mas eu não passo.
Se eu passo, começo a chorar, e, bom... Ver minha cara toda manchada de lápis preto não é muito bom não.
Minha pele é branquinha, avermelhada nas bochechas, eu tenho uma altura média e sou bem, bem magra. Minha mãe não LARGA do meu pé por causa disso. Mas quem liga?
Acho que você já chegou à conclusão de que eu sou um monstro. Se não chegou, deve chegar agora. Eu sou um monstro. E não estou fazendo doce.
De qualquer forma, prendi meu cabelo num coque com um daqueles palitinhos japoneses, enfiei meus Mad Rats maravilhosos nos pés e desci escada abaixo.
Pra depois comer um pedaço do bolo de cenoura sobre a mesa – nossa empregada é brasileira, e faz CADA comida que meu Deus... – em pedaços enormes, beber um grande gole de suco de laranja e pegar uma das chaves de casa, saí em direção à garagem, peguei minha bicicleta e saí em disparada em direção a casa do James, que ficava a... Hum... Vamos ver... Somente doze quarteirões depois da minha. Doze. Eu não sei por que a família dele foi morar lá no Queen’s Park, que é logo um dos bairros mais distantes do meu.
Então, olhei no relógio. Dez e quarenta e cinco.
Uau, eu era realmente boa em trabalhar sob pressão.
NARRADO POR: James Marcus L. Potter
Eu queria saber onde meus amigos se metem quando eu preciso deles. Afinal, eu sou James Potter. E eles DEVIAM ser gratos ao homem que conseguiu a melhor viagem de todos os tempos.
Olhei-me no espelho, frustrado. E sabe o que eu vi? Muitos cabelos escuros e espetados, uma pele branca e sem graça, olhos esverdeados que pareciam... Fezes, ou algo assim... Muita ansiedade, muita alegria reprimida no coração (essa foi profunda) e muita, muita falsidade no sorriso que eu era obrigado a dar.
Porque Marlene McKinnon corria pra mim de braços abertos, deslizando no chão do corredor de entrada da minha casa.
Em direção a mim e a mesinha onde o espelho ficava apoiado.
NARRADO POR: Marlene Isobel McKinnon
...De modo que não foi minha culpa o fato do espelho cair com tudo em cima da cabeça de James. Quero dizer, eu não sabia que minha sandália mega chique comprada lá na lojinha pequena da Oxford Street deslizaria no chão da casa de James. Então não era minha culpa.
E, bom, o espelho apenas se quebrou no meio e depois ficou meio intacto no tapete. Sorte do James. Se não, seriam cacos de vidro entrando em sua cabeça naquele exato momento.
- Ops. – Exclamei, colocando uma mão na boca.
O que mais eu podia fazer, já que James rangia os dentes de um lado pro outro na minha frente, com a cara toda vermelha?
- Você quase me matou, sabia? – Ele respondeu, numa voz perigosamente calma.
Recuei um passo.
- Quase. Você ainda está aqui. – Dei um sorrisinho amarelo.
- Claro que estou. – James andou alguns passos, e abriu um sorrisinho maroto que eu já conhecia a muitos e muitos anos. Quero dizer, eu tenho o aturado desde... O quê... O jardim de infância lá na Elephant King School?
- Ainda bem.
Mas, naquele exato momento, eu saí correndo. Para um Potter, já que a família toda é uma das mais respeitadas de Londres, James era extremamente... Como vamos dizer...?
Bom em fazer cócegas.
Gulp.
NARRADO POR: Peter Pettigrew
Então, finalmente, depois de andar por mais ou menos meia hora, cheguei na casa de James. Aposto que meu cabelo, depois de ficar debaixo daquele sol todo, devia estar loiro claro, ao invés de loiro escuro, como é naturalmente. Mas acho que cabelo loiro deve ficar horrível pra alguém gordinho, com olhos quase pretos e pele rosada, não é?
De qualquer forma, quando abri a porta da frente dos Potter e segui pelo corredor até entrar na sala de visitas, o pandemônio estava lá.
Sirius Black, Remus Lupin, James Potter, Marlene McKinnon, Lily Evans e Jesse De Silva brincavam de... Jogar almofadas uns nos outros.
E é claro que eu fui participar.
- PETE! – Berrou James, quando me viu. – Venha participar!
- PET’ZÃO! – Lily gritou, jogando uma bela almofada em minha cara.
Enquanto Sirius e Remus batiam com almofadas enormes nas minhas costas.
- TODOS CONTRA UM NÃO VALE! – Protestei. Porque era verdade.
Eles eram seis, eu era um. Duh.
- É pra você se sentir bem vindo, Peter. – Jesse declarou, antes de tentar me derrubar no chão com uma almofada bem nos meus joelhos.
E continuamos naquela guerrinha besta até que o relógio na parede marcou onze horas, o telefone tocou e a campainha também.
- Vou atender. – James declarou, indo até o telefone.
Todos estavam jogados no sofá.
- Vá abrir a porta. – Cutuquei Jesse, que estava ao meu lado. – Vai, Jesse.
Jesse me olhou com uma cara de “você é bem folgado”, mas acabou concordando em abrir a porta. Enquanto isso, eu aproveitei para ficar batendo a almofada na cara da Lily, porque, bem, ela merecia.
E tudo ficou meio em silêncio (Sirius e Remus estavam discutindo) até que ouvimos o barulho de alguma coisa batendo no chão de um jeito que parecia, só de ouvir, bem doloroso.
NARRADO POR: Luana
Quando finalmente abriram a porta (eu nunca abro uma porta que não seja de minha casa. Trauma de criança), eu logo corri para dentro da casa, porque não agüentava mais aquela DROGA de sol na minha cabeça.
Bom, na verdade, teria corrido, se eu não tivesse batido minha cabeça e corpo contra alguma coisa macia, perfumada e surpresa com a minha pressa de sempre.
Jesse.
Foi por isso que a próxima coisa que eu fiz foi cair no chão com tudo, de um jeito que fez minha bunda doer até a ALMA. Porque, veja bem, o chão era de PORCELANATO. Não é como se fosse tapete ou alguma coisa assim.
Todo mundo pensou que eu tinha caído porque bati no Jesse e perdi o equilíbrio, mas não foi exatamente isso que aconteceu.
Eu caí naquela droga de chão frio porque era muito difícil bater numa coisa boa, daí levantar a cabeça e encontrar aquele adorável par de olhos te zombando por ser tão desesperada e ainda manter o equilíbrio. Coisa que, se você quer saber, eu já não tenho de sobra.
NARRADO POR: Lily Phoebe L. Evans
Com aquele barulhão de algo pesado batendo no chão, todos nós corremos em direção a porta de entrada, com exceção do... Você-sabe-quem, que ficou discutindo com a Morganitxa no telefone. E qual não foi a nossa surpresa ao ver a Luh sentada no chão, com as bochechas queimando de vergonha, acho, piscando aqueles olhos dark para ninguém menos que Jesse?
Mas deixemos pra lá. Que tal falar de mim?
Parece meio egocêntrico, eu sei. Mas, peraí, eu tenho que me apresentar, não tenho? Pateta.
Meu nome é Lily, eu tenho olhos verdes como esmeraldas, obrigada, cabelos ruivos até os ombros, sou alta, meio bronzeada e nem um pouco tímida. Eu sou até meio atirada, digamos assim, mas é meu jeito de ser, e eu não vou mudar. Você já viu uma ruiva fanática por lhamas que adora provocar James Potter de todos os jeitos mudar? Bom, nem eu.
Mas esse não é o ponto. O ponto é que, bem, Jesse estendeu a mão pra ajudar Luh a levantar e a bestinha quadrada do Sirius fez o favor de fazer um “huum” do tipo “safadiiinhos”, o que era uma coisa bem eu, na verdade, mas que eu tinha esquecido de fazer.
Então dei um pisão em seu pé e fui até Luana, para tentar dissipar a tensão (sentiu, né?).
- Sempre tão pontual. – Exclamei, puxando Luh pra frente.
Ela demorou um tempo até se equilibrar, mas acabou por recuperar a compostura e arrumar sua franja.
- Dizem que é meu charme. – O que fez James revirar os olhos.
Porque ele que diz esse tipo de frase.
E ele nunca está mentindo. :x
NARRADO POR: James
- Dorcas. Por favor, venha. O problema é do Artemis, da Morgana e da Carrie se eles estão atrasados! – Loira lerda. Muito, muito lerda.
Lerda que nem uma tartaruga.
- Mas James, eu ia dar uma carona pra Morg! E o Artemis disse que estava a caminho!– Teimou ela, com a voz saindo meio esganiçada.
Quando a Dorcas fica irritada, sua voz começa a afinar. O que dá um pouco de medo, pra falar a verdade.
- Dorcas, só venha, ok? Tenho certeza de que eles estão a caminho. Tchau.
Joguei o telefone no gancho. E segui em direção ao hall.
- Reunião sem o papai? – Perguntei, abrindo os braços, como se fosse abraçar todo mundo. – Bom, ok, no vácuo, tá ótimo assim. Alguém teria notícias do Artemis e da Morgana? Ou da Carrie?
- Morgana no mínimo está dormindo, Artemis provavelmente está atrasado de propósito. Você o conhece. E a Carrie deve estar se arrumando. – Sirius respondeu, com um gesto de descaso.
Mas, naquele momento, a porta se abriu.
- HEY! – Berrou uma atrapalhada Morgana, abrindo um sorriso. – Bom dia.
O que não é exatamente uma chegada triunfal, se você quer minha opinião.
- Atrasada. – Disse a voz simplesmente mais perfeita, doce e aveludada de todo esse universo. Te juro, nunca vai ouvir uma voz como a dela. Nunca vai haver uma voz como a da Lily.
Não que eu goste dela.
- Notícias do Artemis? Nossa amiga americana estará no restaurante, porque não é mais na casa dela, e sim no restaurante, daqui a quarenta minutos, e o lugar é na outra ponta da cidade! – Exclamei, praticamente esfregando o relógio na cara da Moxinha.
Morgana + roxinha = Moxinha. Porque, sabe como é, o cabelo dela é metade ROXO.
E ela quase ficou com a pele nesse tom quando todos olharam pra ela, como se ela fosse a culpada. Há.
- Ligue pra ele. – Sugeriu Remus, coçando o queixo.
- Não.
Artemis passou pela porta com aquele jeito metido dele, como se o mundo estivesse aos seus pés. Bom, é o jeito dele, fazer o quê? Mas, apesar disso, ele é um cara legal.
Menos quando você faz alguma coisa que o insulta, tipo falar que ele é burro ou fazer uma grande estupidez na frente dele, e ele te manda aquele olhar de gelo que te faz pensar “puxa, se ele não fosse meu amigo, eu o ODIARIA”. Sabe?
- Estou aqui. – Ele levantou as sobrancelhas. – Prontas, crianças?
Lily gargalhou. E isso foi resposta suficiente.
- Mas e a Carrie? – Jesse perguntou, quando andávamos na direção da porta.
Putz, é mesmo. Esqueci.
NARRADO POR: Morgana F. Sparrow
Eu SABIA que isso ia acontecer. Eu não disse, não disse? A Carrie ia se atrasar. Não é só porque ela leva trinta minutos pra se arrumar pra ir à PADARIA. É porque é a Carrie, entende? A patricinha.
- James, seu lesado. – Disse o Sirius, dando um tapa na cabeça do Jay. O povo chama isso de ‘Pedala’, mas eu acho esse nome tão... Sei lá.
- Não é minha culpa. Duvido que alguém tenha se lembrado dela. – Ele disse, e o Artemis só levantou a sobrancelha. Era claro que ele tinha lembrado. Mas avisar que é bom? Naaaada. Aff.
- Bom, seus energúmenos, é só pegar o celular e ligar pra ela. – Falou a Lene. Como se ela não conhecesse a Carrie.
Ah, eu me esqueci de me apresentar. E você já deve ter visto uma característica minha, não? Esquecida. Bom, vamos lá...
Cabelo longo e preto e liso. Liso daquele tipo que não segura um penteado. Metade roxo. Sim, minha mãe me deixou de castigo. Olhos verde-escuros. Sim, não sou a criatura mais bela que você já viu em sua vida. Além disso, tenho 1,69! A Lily reclama que é baixa e eu que sou alta. É um saco.
- Liga você, McKinnon. Eu to sem crédito. – Falou o Remus. Sabe que ele fica muito sexy com a franja caindo sobre um olho? Ui.
-Ok, Ok. – Ai a Lene pegou o celular e ligou. O celular da Lene é um V3 pink. O meu é roxo, já que minha cor preferida é essa.
NARRADO POR: Remus J. Lupin
Enquanto a Lene pegava o celular dela, eu fiquei observando a ‘movimentação’. A Lily fazendo cócegas no Peter, o James gritando com a Dorcas pelo telefone (Sim, ela telefonou de novo), o Sirius e a Luh conversando, o Artemis lendo um livro, e a Morg e o Jesse conversando.
- De Silva, como vai você em relação àquilo? – Ela disse, dando um sorriso meio safado. De uns tempos pra cá ela tem falado com ele assim. Me dá medo.
Falando em mim (?), deixe eu dizer como eu sou: Cabelos castanhos-claros-quase-loiros. Meio longos, não tanto quanto os do Sirius, mas longos o suficiente para cobrir um pouco do meu olho. Tem gente que gosta de me chamar de EMO, né LUANA? Como se ela ouvisse o que eu penso. Olhos cor de mel, que às vezes ficam verdes. E... É, acho que só!
- Nada, Morgana... Nada
- Acabo de falar com a Carrie.
- E...? – Todos pararam o que estava fazendo, tipo como se anunciassem a descoberta da cura da AIDS [Em quem já está num estagio terminal].
- Aquela... Coisa já tá lá com a tal americana. – Silêncio.
NARRADO POR: Sirius O. Black
Imagina uma pessoa. Imaginou? Imagine a mesma pessoa com uma faca enfiada no peito. Parabéns, você acaba de imaginar Carrie Cohen! Como ela não nos avisa que já estava lá? Agora só falta a Dorcas.
- EU CHEGUEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEI! – Ouvimos alguém gritar (Sério?). A Dorcas, claro.
Aí todo mundo fez o que fez com a Morg. Olhou para ela com O olhar assassino. Menos o Jesse, é claro. Ele é pacifista demais para isso.
- Pois já vai sair! – Disse Lily – Nós estamos ficando atrasados! – E saiu puxando Dorcas por um braço e James pelo outro.
Ah, esqueci de me apresentar.
Imagine um ser perfeito que não seja Deus, ou Alá, ou Buda ou quem você segue na sua religião. Imaginou? Parabéns, você acaba de me imaginar! Cabelos negros e longos, vindo até meus ombros, olhos acinzentados, perfeitos, lindos... Corpo de dar inveja a qualquer um... É, esse sou eu!
Bom, aí eu saí, sem antes colocar a Lene no meu colo, fazendo-a rir e se agitar. Ela é tão linda. O Jesse e a Luh saíram conversando (Se não sair suruba dessas ‘conversas’ eu mudo meu nome para Feioso Black. Sério mesmo) e a Morg (que é lesadinha) tava dormindo no sofá e ficou para o Artemis a tarefa de acordá-la.
O que não é fácil.
NARRADO POR: Artemis Fowl II
Eu só posso dizer que eu ganho em tudo. Menos em jogos do tipo ‘par ou ímpar’. Eu fiz isso com o Sirius e perdi. Agora eu tenho que acordar essa garota que acha que é gente.
- Morgana... – Sussurrei, perto do seu ouvido. Não que eu queria fazer algo romântico ou coisa do tipo, é porque você nunca a viu sendo acordada. Ela fica uma fera.
- Hum...
- Morgana Sparrow, acorda... – E a cutuquei no ombro. Sabe, quando ela dorme, parece até que ela é... Gente.
- Hum... – Eu vou ter que apelar? ‘Apelar’? Desde quando eu uso essas expressões? Bom, vamos lá...
- Morgana se você não acordar agora, eu vou fazer uma coisa horrível... – Abri um sorriso vampiro. – Vou beijar você.
- AAAAAAAAAAH! – Ela acordou caindo no chão. – Seu tarado! – E saiu correndo porta afora. Não resisti e dei uma risada. Depois saí andando.
Bom, depois de narrar isso, você deve estar pelo menos um pouco curioso para saber quem eu sou. Me chamo Artemis Fowl II. E, antes que você pergunte: Sim, é nome de mulher, da deusa grega da caça. Mas, às vezes nascem pessoas do sexo masculino ‘aptas’ para este nome. Esse sou eu. Artemis, o caçador. Eu cacei você. Ops, texto errado. Bom, eu tenho cabelos negros, pele bem pálida, e olhos azuis escuros e meio frios. Só.
NARRADO POR: Dorcas Meadowes
E daí que eu cheguei tarde? Não é minha culpa. Agora estamos todos no metro, rumo ao restaurante. Devem faltar uns... Sei lá, dez minutos pra mulher está lá? Daremos sorte se não nos atrasarmos.
Ah, eu sou Dorcas Meadowes, cabelo loiro, longo e meio enrolado nas pontas. Olhos grandes e azuis. Pálida. Eu pareço uma boneca de porcelana, segundo o Sirius. E o James. E a Lily. E o Remus. E... Ah, e todos! Não que eu goste de parecer uma daquelas perfeitas e lindas bonecas de porcelana.
Há, vai crendo nisso. EU AMO! Bom, vamos ao que interessa: o... Tá, eu não sei o que interessa, isso foi só uma desculpa para mudar de assunto.
- Esse trem não pode ir mais devagar? – Disse Luh, num tom irônico.
- Luh, faltam só cinco minutos. Cala a sua boca. – Falou a Lene. Ai que agressividade. Isso é tão legal.
- Oh, Marlene, en nombre de Diós, no hable así con Luana... – Falou Jesse. Que?
- Jesse, seu só entendi o ‘Oh’, o ‘Marlene’ e o ‘Luana’. Traduz?
- Ele disse: ‘Oh, Marlene, em nome de Deus, não fale assim com Luana...’ – Falaram Morg e Arty ao mesmo tempo. Só porque a Morg sabe falar espanhol e o Artemis é fluente em não sei quantas mil línguas...
- Ah... Eu... – Só que ela não pode completar a frase, já que uma ruiva aloprada gritou:
- CHEGAMOS!
NARRADO POR: Carrie C. Cohen
- CARRIE COLEN COHEN! – Alguém gritou. E eu vi Marlene correndo em minha direção. Imagine o mico. O mico fica mil vezes pior porque você tem o azar de ter todo seu nome começado com a letra C. É muito, muito traumático! Eu: Carrie Colen Cohen, imagine se seu nome fosse Maria Monteiro Melo. Ou Vanessa Vieira Vandon. É muito traumatizante!
Bom, eu tenho cabelos loiro-claros, com mechas loiro-escuras. Olhos meio verdes, meio azuis, não dá pra saber. Alta e com postura, uma modelo perfeita! Ah, eu também tenho uma voz maravilhosa! O pessoal me chama de ‘Sirius versão feminina’. Por que será? [Não, isso não foi irônico]
A americana só deu uma risada. Aquela fela-duma-gaita.
[Uma vez eu fui pro Brasil, mas precisamente pro Ceará. Aí eu queria falar um palavrão, mas não queria um palavrão – palavrão... Aí uma menina disse para eu falar ‘Fela-duma-gaita’ que dá no mesmo de ‘Filha da p***’].
- Carrie, como você não conta pra gente que já estava aqui? – Perguntou Sirius, se sentando no meu lado direito.
- Sabe, minha casa fica a um quarteirão daqui... Não era elementar, meus caros, que faria mais sentido eu vir logo pra cá?
- Que é elementar, é. Mas qual a dificuldade de telefonar pra avisar? – Perguntou o Artemis, sentando-se na minha frente.
- Bom...
- Nenhuma! – Disse a Dorcas, sentando-se ao lado do Arty. – Você é uma preguiçosa, Carrie Colen Cohen!
- Dorcas, shut up! – Eu disse, saindo do controle. – Nós já estamos aqui, então, vamos fazer logo as perguntas para a mulher!
NARRADO POR: Artemis
- Primeiro, deixem eu me apresentar. – A americana sorriu. – Eu me chamo Jéssica Tunner, e vocês são Carrie Cohen, James Potter, Lily Evans, Peter Pettigrew, Remus Lupin, Luana Brentwood, Artemis Fowl, Morgana Sparrow, Marlene McKinnon, Dorcas Meadowes, Jesse de Silva – Jesse fez uma careta – E Sirius Black.
- Exato. – Disse Lily
- Bom, primeiro vamos pedir o almoço, depois vocês me perguntam, Ok?
- Ok. – O James chamou o garçom e todos pedimos nossas comidas. Ficamos esperando por um tempo. Então eu fiquei olhando a Morg. Ela estava sentada do lado esquerdo da Carrie, ela estava meio ‘desligada’, enrolando uma mecha do cabelo no dedo.
O cabelo dela é roxo. É tão estranho... Eu me lembro que ela ficou um mês de castigo. Foi até engraçado...
Bom, o garçom chegou com a comida. Nós começamos a comer (obviamente) e a mulher falou.
- Bom, podem fazer as perguntas!
- Na verdade, são só duas principais. A primeira é: como é o colégio? – Perguntei.
- Bem, o colégio é interno, vocês só poderão sair de lá nos finais de semana. E é um colégio bem grande, com piscina, e campo de baseball. Vocês vão gostar.
- Gostei. Agora a segunda: como é o clima da cidade?
- Bom... É frio. – Ela disse, simplesmente.
- Que bom. – Falaram Morg e Luh, ao mesmo tempo. Mas é porque elas odeiam calor.
- Era só isso... – Disse Lene, limpando a boca com um guardanapo. – Ai, não acredito que vamos viajar amanha!
- Nem eu... – Falou James – É tão... Empolgante!
- Nem fale... – Começou o Sirius com uma cara de pervertido – Imagine as garotas... – Ele terminou, e Dorcas contentou-se em jogar uma batatinha do seu prato nele.
NARRADO POR: Luana
O Sirius é muito pervo. O Jesse só lhe lançou um olhar engraçado.
Mas abafeeeee, fefefe.
Um dois três, passinho pra trás, faro-fafa! Faro-fafa!
Hihi, musiquinha das crianças. Depois explico.
- Bom, crianças, eu já tenho que ir... – Jéssica se levantou. – Foi um prazer conhecê-los. - E saiu.
- Bom, acho que todos nós devíamos ir embora, para estarmos descansados para amanha... – Falou Remus. Todos concordamos com a cabeça.
- Certo. – Pedimos a conta e percebemos o que a Jéssica fez! Ela foi embora sem pagar!
- Ela foi embora sem pagar! - Exclamei. Só que o Jesse me olhou com doçura (COFCOFCOFCOF).
- Ela deixou um dinheiro aqui, Luana... – Aí eu corei. Por que ele tem que ser tão... Ah, esquece.
- Ahh... – O garçom chegou com a conta e cada um de nós pagou pelo seu prato.
- Vamos?
- Vamos! – Nos levantamos e fomos em direção ao metro.
NARRADO POR: Lily
Bom, nós estávamos indo em direção ao metro só que esse é, tipo assim, nosso último dia em Londres por um ano! Então eu disse:
- GENTE! Vocês não perceberam? Esse é nosso último dia em Londres por um ano! Nós temos que fazer alguma coisa!
- Pra fazer uma festa, está muito tarde... – Falou a Dorcas. Eu não disse nada de festa!
- Quem mencionou festa? No máximo, a gente vai pra casa de alguém, ver um filme, brincar, sei lá! Fazer alguma coisa!
- Eu acho legal a gente ir ver um filme na casa de alguém! – Disse a Luh. Parabéns, Luana, você acaba de repetir o que eu disse sua anti-lhama!
- Então, tá. Na casa de quem? Na minha não, lembram-se da última vez? – Disse o James. – Aquilo que você fez, Lily não era bolo. Era uma coisa estranha e queimada com farinha!
- HEY! Não foi minha culpa! Eu não sabia que seu forno era muito potente e não foi minha culpa que a Anne me telefonou e a gente passou cinqüenta e sete minutos no celular! – Eu realmente estou indignada! A Anne me liga contando as novidades de Paris e tal e o Potter vem reclamar do bolo!
- Ok, ok. Casal, podem deixar de brigas. Na casa de quem a gente vai? – Falou a Carrie. Ela quer morrer, só pode. Dizer que eu e o Potter somos um casal... Só que eu olhei de relance para ele e ele está corado! James Potter corado!
- Podíamos ir para a minha. – Falou o Remus – Tem filme, bolo, etc. E um bolo decente.
- Então pronto! Vamos para a casa do Remuxo Fofolete! – Falou a Lene, no que o Remus fez uma careta.
- Bom, here we go! – Eu disse. Aí isso me lembrou uma coisa e deve ter lembrado para a Luh também porque ela começou com aquela voz perfeita que ela tem:
- And here we go again, whit all the things we said, and not a minute spent… - Essa música é de uma banda chamada Paramore. Quem nos apresentou ela foi a Luh e todos nós somos viciados nela! Aí o Jesse prosseguiu:
- To thing that we'd regret, so we just take it back, these words and hold our breath... - Porque ele também tem que ter essa voz linda? Entao eu e o Potter começamos ao mesmo tempo:
- Forget the things we swore we meant... I'll write you just to let you know that I'm alright. Can't say I'm sad to see you go, 'cause I'm not... (no, I'm not) Well, I'm not... - Então, todos nós simplesmente começamos a gritar no meio da rua:
- And here we go again with all the things we did, and now I'm wondering just who would I have been... To be the one attached at all time to your hip, forget the things we swore we meant - O pessoal olhava para a gente, mas nós nem olhavámos! Continuavámos cantando… Oh, this is so good!
NARRADO POR: Sirius
Eu realmente quero saber o que deu em mim para ficar cantando no meio da rua Here We Go Again. Sério mesmo. Bom, nós acabamos a cantoria e sabe o que aconteceu? Uma velhinha passou e jogou umas moedas para a gente! MOEDAS! Como se nós fossemos mendigos ou coisa do tipo! ¬¬
Bom, agora estamos aqui na casa do Remus. No sofá estão assim (da esquerda para a direita): Lily sentada no braço, Luh, Carrie, Lene, Dorcas e Morg sentada no outro braço. No chão estamos (da esquerda para a direita): Artemis, eu, Remus, Jesse, James e Peter. Assistindo Macaquinhos Coloridos.
Ok, a gente tá assistindo V de Vingança. É até legal, menos na parte em que o V tá cozinhando para a Evey e ele tá de avental e com aquela peruca e aquela máscara. Ele parece mulher.
Bom, o que eu posso dizer? Já está no fim do filme.
Créditos finais.
Bom, o Remus se levantou e acendeu a luz, depois de se espreguiçar.
- Eu não me canso de ver esse filme! – Falou a Dorcas. E não se cansa mesmo. Ela é super viciada.
- Bom... O que nós faremos agora?
- Vamos para casa! – Falou Peter.
- É. Temos que descansar para amanha. – Disse Carrie.
- Tá, ela tem que ir logo pro seu sono de beleza... – Luh, sarcástica como sempre.
- Então tá. Tchau gente! – Disse o Remus. Legal, nós estamos sendo expulsos.
- Tchau!
NARRADO POR: Morgana
Bom, agora estamos aqui. Na chuva. Sim, assim que nós colocamos o pé na rua começou a cair o maior toró.
Huston, temos um problema.
- EU NÃO ACREDITO NISSO! – Gritou a Lily.
- NEM EU! TEMOS QUE CORRER PARA ALCANÇAR O METRO! – Berrou a Lene.
- O QUE? – Gritou a Carrie.
- CORRER PARA O METRO! – Lene.
- O QUE? – Carrie.
- CORRER PARA A DROGA DO METRO! – Lene.
- O QUE? – Carrie.
- EU DISSE PARA CORRER PARA O METRO!
- AINDA NÃO PERCEBEU QUE ELA TÁ TIRANDO UMA COM A TUA CARA, SUA BURRA? – Eu gritei, já ficando meio histérica. Tipo, a gente tá no meio da rua com uma tempestade caindo!
- AH, ENTÃO EU VOU PARAR DE FALAR COM A SENHORITA ESPERTINHA!
- MARLENE McKINNON, NÃO ME OBRIGUE A FALAR UM PALAVRAO!
- AS DUAS CALEM LOGO ESSA DROGA DE BOCA PRA NÓS PODERMOS IR AO METRO EM PAZ!
Peraí... Essa voz... FOI O ARTEMIS! ARTEMIS FOWL ACABA DE GRITAR!
Todos nós olhamos para ele. Foi um momento tipo... Uau.
- Artemis... Você está bem? – Sussurrou a Lily. Tipo, não dava pra ouvir muito bem, mas eu fiz leitura labial.
Ele fez uma cara de ~^’
Foi fofo!
Eu sou estranha. Bem, o caso é que nós resolvemos correr pra lá.
Só que tipo, eu levei a queda.
Ai meu joelho.
TÁ SANGRANDO!
- MEU JOELHO TÁ SANGRANDO!!!!! – Foi a única coisa que eu consegui gritar. Sério, tá ardendo DEMAIS.
Só que eu vi uma sombra alta e forte vindo na minha direção.
- O que foi, querida? - Ah, Luh, MORRA de inveja!
- Eu ralei o joelho! – Tá sangrando. E eu to de jeans. Você não sabe como essa droga arde.
- Ah... – Aí sabe o que ele fez? ME PEGOU NO COLO!
Aí, Luh, foi mal, mas seu futuro namorado é muito fofo. E gostoso. Ui.
E cara, com essa chuva e essa camisa branca que ele usa... Pensamentos pervertidos.
- Machucada passando. – Falou o Jesse me carregando entre o povo.
A Luh me lançou um olhar do tipo ‘Te pego na saída.’ Que os garotos americanos usam nos filmes, pra falar com o nerd que consegue ficar com a menina mais bonita da escola. Os filmes americanos são tão bobocas. Mas não mentem.
Ah, cara. Agora entendo porque ela é obcecada por ele.
Bom... agora eu to com o joelho sangrando, mas sendo carregada por um gostosão.
Deus existe.
NARRADO POR: Jesse
Bién, agora eu estou carregando a Morgana no colo e ouvindo comentários muito maldosos a respeito.
Mas prefiro ignorar.
Bom, não é minha culpa. Uma garota cai e fica com uma bola de sangue em vez de um joelho. Eu tinha que ajudar!
- Obrigada, Jesse De Silva! – Ela disse, risonha. Porque ela sabe que eu odeio esse sobrenome e o fica repetindo o tempo inteiro.
- De nada...
- Eu posso fazer alguma coisa para recompensar?
- Pára de falar meu nome completo!
- Ok, ok... – Ai ela se aproximou e falou no meu ouvido – Eu tenho um plano.
Eu senti um arrepio percorrer minha espinha. As palavras “Morgana” e “plano” não combinam numa mesma frase, a não ser que tenha um “preferiu ficar de boca fechada e não nos contar o seu”.
- E qual seria...? – Indaguei, com um pouco de medo. Ela olhou por cima do meu ombro e deu um sorriso maroto. Ai, ai.
- Como você é um lerdo que não faz nada em relação àquilo, eu vou fazer. – E começou a rir, bem alto, jogou os braços em torno do meu ombro e disse, em alto e bom som:
-Ah, Jess, você é tão engraçado... – Como aquelas meninas atiradas fazem, sabe? Só que a Morgana não é atirada. É bem tímida na verdade. Então eu olhei para ela com a maior cara de interrogação.
- O que você está fazendo, sua louca? – Eu sussurrei, meio assustado, porque a Lily já começara a fazer seus “Humms”.
- Eu? Só um teste... – E sabe o que ela fez? Me deu um beijo na bochecha!
É sério, eu acho que quero largá-la no meio da rua.
NARRADO POR: Luana
EU SEI QUE O JESSE É ENGRACADO, MORGANA.
Você não precisa falar.
E Morgana continuou lá, agindo como se estivesse se jogando pra cima do Jesse. Mas ela não estava. Ela era louca pelo ARTEMIS, certo??? Além do mais, ela adora irlandeses, não ESPANHÓIS.
Não que eu esteja com ciúmes, de boa mesmo. É que... Minha amiga gosta dele.
YOU KNOW MY HIPS DON'T LIEEEEEEE...
Ok, parei.
I’m over it.
- DAMNIT! - Berrei, quando FINALMENTE notei que meu cabelo todo molhado em cima começava a deixar água escorrer no meu pescoço.
Já falei que a gente pegou uma chuva linda?
- Luana? - Jesse (!) perguntou, virando-se pra mim, provavelmente ao ouvir meu "damnit" dumal.
Damnit = damn it = uma expressão tipo 'droga', só que... Mais forte. Dumal = do mal = algo... do mal.
Eu preciso parar com as gírias, mano brow véi.
- Jesse? - Respondi, tentando não ser TÃO irônica como eu geralmente sou com... Bem...
Todo mundo.
- Por que gritou? - Eu vou contar. Eu vou te contar, Jesse. Eu vou...
...Opa, eu IRIA. Porque MORGANA NÃO ME DEIXOU DIZER.
Motherf...
NARRADO POR: Lily
- Liga não, Jesse, a Luh é que é histérica. – Eu ouvi a Morg falar.
Tem algo MUITO estranho acontecendo aqui. Muito estranho.
E não é o fato de eu estar andando ao lado do James e sentindo o cheiro dele que é muito bom.
E também não é o fato de ele estar com uma camisa BRANCA que nessa chuva está TRANSPARENTE, mostrando aqueles músculos super sexys. Ui.
Também não é o fato de ele estar cantarolando uma música (I’d do anything) com uma voz MEGA linda e eu estar ouvindo atentamente.
E não é o fato de parecer que ele está cantando para mim.
Não MEEEEEEEESMO.
Até que eu vi uma luz.
- O METRÔ! – Eu gritei. Quer dizer, nós estamos na CHUVA! Se todo mundo gripar, o programa de amanha BABOU!
E todos nós saímos correndo e, por incrível que pareça, o Jesse não ficou para trás (ele ainda tá carregando a Morg). Esse cara é muito forte e gato (e todos pagam um belo pau pra ele). Entendo porque a Luh gosta dele.
Bem, nós entramos no trem e agora estamos esperando... Esperando... Esperando...
Chegamos no quarteirão da casa da Luh.
- James, cuida bem da minha bicicleta, ok? – Ela disse, saindo. – Tchau, gente.
E saiu.
A próxima parada é a casa do James.
- Hey, James. Você é que tá com as passagens, né? – Indagou o Sirius.
- Aham. Amanha, a gente se encontra na praça de alimentação do aeroporto, ok?
- Ok. – Falamos todos nós.
- Morgana, isso no seu joelho está muito feio. – Falou a Lene. Só agora que você percebeu?
- Eu sei, Quando eu chegar em casa, vejo o que faço. Isso tá ardendo pra caramba.
- Imagino e... Ah, James, bye-bye, chegamos na sua parada. – Disse a Carrie.
- Falou, então. – E saiu.
Ok. Eu não vou ficar contendo todo mundo, mas vou só falar a ordem: Dorcas, Lene, Remus, Sirius, Peter, Artemis, Carrie, Jesse, Morg e eu.
Ah, me secar e caminha quentinha!
NARRADO POR: Marlene
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!
AH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
SABE ONDE EU ESTOU?
NO AEROPORTO!
AEROPORTO!
AEROPORTO!
Ok, parei.
Mas, CARAMBA! Daqui a uma hora estaremos embarcando em direção aos Estados Unidos da América!
- Vocês tinham que escolher os EUA? Vocês sabem que eu detesto esse lugar! – Reclamou a Morg. – Sabe o que os norte-americanos poderosos pensam? ‘Olha, eu vivo na maior potencia mundial, só que é muito mais legal gastar dinheiro fabricando bombas do que ajudar as crianças da Serra Leoa!’ – Ela fez uma voz muito retardada nessa hora. E, ela tem uma fixação com a Serra Leoa, é impressionante.
- Ah, Morg, vai ser legal. É o país mais legal do mundo! – Disse a Luh. Ela ama os EUA. Você pode ver os fanáticos com que eu convivo.
- Eles não são! Eles não ajudam a Serra Leoa!
- Por que você não vai pra Serra Leoa, Morg?
- Porque eu quero trabalhar como embaixadora da ONU, destruir os EUA e ir pra Serra Leoa!
- Você é muito retardada, sabia? – Disse a Lily, rindo.
- Você é mais, porque não assume seu amor platônico pelo J...
- Cale-se agora se não quiser morrer. – A Lily fez aquela cara de sociopsico que me deu MUITO medo!
- Mas é, Lily! – Falou a Luh – Você ama o J...
- CALA A BOCA, LUANA!
Os meninos estão nos observando SUPER curiosos. Porque tem o Jesse e o James. Só que nós sabemos que é o J...
- Quem é esse ‘J’? – Perguntaram Jesse e James (dupla de música sertaneja). Só o Jesse tinha aquela sobrancelha cortada (nem pergunte) dele arqueada e o James tinha um sorriso maroto.
- É você, J... – Começou a Carrie, só que a Lily pegou o Milkshake dela (a gente tá no Mac) e tirou a tampinha e o posicionou na cabeça da Carrie.
- Fala. Fala e esse teu cabelo vai ser destruído.
A Carrie arregalou os olhos e olhou para os garotos.
- Desculpem, mas eu prezo mais meu cabelo do que o amor da Lily.
Pausa de reflexão da ruiva.
- Aí! – Ela falou no maior estilo Drake (Drake & Josh). E todos rimos.
Até que a mulher anunciou o vôo. Aí, meu coração.
NARRADO POR: James
J, hein? Muaha.
Nós estamos agora no avião. Eu estou na janela, aí você pensa ‘que cara sortudo’, só que eu to na janela da asa. ¬¬
Mas... No meu lado está... (aí você pensa ‘Lily Evans’, seguido de um ‘cara, você tem muita sorte!’) Sirius Black.
É, tem um macho sentado no meu lado.
E, do lado dele... (coro de ‘Lily Evans’ ao fundo) Jesse de Silva.
Eu mereço?
NÃO responda!
O MELHOR de tudo é que o Sirius está DORMINDO e BABANDO na manga da MINHA blusa.
E o Jesse está lendo (‘Nada por acaso’, Richard Bach e isso não é propaganda para anunciar esse livro que é muito bom!).
Então eu fiz o que nós normalmente fazemos em ônibus: fiquei de joelho na cadeira e me virei. A Luh acenou pra mim. Ela tá na cadeira do meio, do lado da janela a Carrie e do outro o Remus.
Aí ela começou a fazer a língua surdo-mudo. É, a gente sabe. O Remus sabe, mas tá compenetrado em olhar pela janela e a Carrie não tava a fim de aprender. Ela fez os sinais.
E-U-espaço-T-O-espaço-S-E-G-U-R-A-N-D-O-espaço-V-E-LA.
Dei um sorriso maroto.
E-U-espaço-P-E-R-C-E-B-I.
Ela revirou os olhos.
V-O-C-E-espaço-E-espaço-M-U-I-T-O-espaço-C-H-A-T-O.
E-U-espaço-S-E-I.
Nós rimos.
- O que vocês estão falando aí? – Perguntou o Remus.
- Nós? Nada, nada...
- Sei, sei. – Disse Carrie.
NARRADO POR: Lily
- ’CAUSE WE ARE BROKEEEEEEEEN - Eu saí totalmente do ritmo, mas, e daí? O Artemis me olhou com aquele olhar vampiro.
- Você está querendo que te joguem pela janela, Lily?
- Ai, que psicopata! – Eu dei um sorriso. EU TO NO MEEEEEEEEEEEEEEEEEIO! No lado do corredor o Peter e do lado da janela e o Artemis. Compensa, né?
Ai, Sparrow, que você não escute esse pensamento.
O Peter tá dormindo (PRA VARIAR).
- E aí, Arty?
- E aí o que, Lily? – Ele levantou os olhos do livro que ele estava lendo (Fernão Capelo Gaivota, Richard Bach e isso não é propaganda desse livro perfeito!).
- Sei lá. Falta de assunto. – Ele revirou os olhos. – Arty. Você gosta da Morg? – É SÉRIO que eu vi um pouquinho de cor tomar conta daquelas bochechas pálidas.
- Claro. Ela é minha amiga, não é?
Dei um sorriso maroto
- Sei, sei.
NARRADO POR: Dorcas
- MARLENE, ME DÁ MEU CHOCOLATE! – Eu gritei. A Lene pegou meu chocolate! MEU CHOCOLATE!
E eu não to de TPM, cof, cof.
Tadinha da Morg. Ela tá no meio, lendo (Biplano – Estranho a Terra, Richard Bach e isso não é propaganda desse livro mais que perfeito!).
Eu to na ponta do corredor e a Lene na janela.
- Devolve o chocolate, Marlene. – Disse a Morg, sem tirar os olhos do livro. Quando ela tá lendo ela fica MUITO Artemis, sacam? E a Lene ficou com medo e devolveu o chocolate.
- Muaha. Valeu, Moxinha.
- De nada, Dorcas.
- Hey, hey, you, you, I don’t like you girlfriend... - Comecei a cantarolar. Que saco. Eu vou é dormir.
Luh: OIEEEEEEEEE! Hihi
Morg: HEEEEEEEEEEEEEEEY!
Luh: é um prazer estar aqui! *.*
Morg:Morg: É! É emocionante!*-*
Luh: então... vamos falar um pouco da fic... Ela começou quando eu, Luh, tive a idéia maluca de escrever uma fic passada nos estados unidos atuais. E é claro que minha adorável nem tão adorável assim Morgana tinha que estar no meio.
Morg: HEY! Bom, aí ela me chamou para fazer a tal fic e eu gostei, tirando ser nos EUA, porque se existe um país detestável, é esse.
Luh: HEY! EUA NÃO É UM PAÍS RUIM!
Morg: Realmente. É PÉSSIMO! Por que eles gastam dinheiro em armas, guerras e besteiras, enquanto podem está ajudando as crianças da Serra Leoa?
Luh: Morgana, se você lesse direito a história da humanidade, você veria que a maioria dos avanços tecnológicos E da saúde são graças aos EUA! Como você pode dizer que eles só gastam em besteiras?
Morg: Ok que eles fazem coisas boas, eu admito. Mas eles não quiseram assinar o tal tratado para ajudar a diminuir o aquecimento global!
Luh: com isso eu não concordo, mas isso não quer dizer que o mundo VAI acabar POR CAUSA dos EUA. Então acho melhor você acabar com esse papo e a gente FALAR DA FIC!!!
Morg: Tá. Mesmo assim, eu não gosto e você gosta. Só isso. Simples assim.
Luh: ok então. A FIC, criatura. Falemos da FIC!
Morg: Ok! Bom, a fic se passa nos EUA. Quer dizer, o prólogo e o epílogo serão em Londres, mas o resto da fic é nos EUA.
Luh: então... acontece que a vida é um pedaço de charque americano (?) e nós duas estamos AMANDO escrever essa fic! /cutuca Morg/
Morg: Ahaaam! Só que a Luh me trata como escrava pra escrever! /mostra as marcas de chicote nas costas/ E eu não pintei de canetinha!
Luh: /cara de surpresa/ MENTIRA! eu só... me... empolguei...
Morg: Muaha./?/ Bom, o caso é que nós AMAMOS essa fic e se vocês comentarem bastante, nós teremos uma surpresinha!
Luh: várias surpresinhas! ( 6 ) e olha que nem vai demorar pra postar! Hohoho... Meu chicote tem efeitos poderosos.
Morg: /se afastando com medo/Eu distraio e vocês chamam o hospício! /sussurra/
Luh: HEY! EU OUVI ISSO! /chicote na morg * trovão maquiavélico/ MORGANA! Aqui AGORA.
Morg: Certo, mamãe.
Luh: então... só isso né? /procura nos papéis/ AH! posso contar a piada da vaca roxa?
Morg: Pode. Mas não sei que piada é essa.
Luh: tinha um fazendeiro que tinha uma vaca roxa. Ninguém na vizinhança acreditava que ele tinha uma vaca roxa. Até um fazendeiro vizinho falou: "então eu quero ver a vaca". O dono falou pro fazendeiro ir lá no dia seguinte, e ele aceitou. No dia seguinte, eles estavam lá na fazenda, e quando entraram no celeiro... Cadê a vaca? A vaca sumiu! /chora/
Morg:/pega o chicote da Luh/ Controle-se!
Luh: e alguém sabe qual é o nome da festa do Joãozinho e da Maria?
Morg:Não.
Luh: Joãozinho e Maria. HAHAHAHAHHAHAHAHA.
Morg: /o.O ¬¬/ Termine logo a piada da vaca!
Luh: To contando. Então, tinha uma menina que SONHAVA em ir no show da Xuxa. Só que a mãe dela era pobre, não tinha dinheiro. Até que a mãe dela, depois de economizar anos, conseguiu pagar uma passagem pro show. Ela foi de avião do Mato Grosso pra São Paulo. E, durante o vôo, sabe quem tava do lado dela?
Morg: A Xuxa?
Luh: NÃO! A Vaca roxa! /sorri marotamente/
Morg: Uhu. /diz sem animo/ Mas, e aí?
Luh: aí o fazendeiro estava deprimido, e foi passear. Na hora do vôo pra Argentina, ele parou no McDonals. Era vegetariano, mas estava TÃO triste, coitado! /chora/ então. Ele pediu um bigmac. E, quando abriu o pão para ver o que tinha, SABE O QUE ELE ACHOU?
Morg: A Xuxa?o.O
Luh: pensa em algo que o deixou mais triste. Entre os dois pães. O que estava entre eles?
Morg:A vaca!
Luh: não! /pega o microfone/ DOIS HAMBURGUERES ALFACE QUEIJO MOLHO ESPECIAL CEBOLA PICLES E UM PÃO COM GERGILIM! /trovão/ HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHHAHAHHAHAHAHAHAHAHHAHAHA!/explosão de confetes, by Gih/
Morg: /sai correndo/
Luh: ENTÃAO! é isso! esperamos que gostem do prólogo, e que COMENTEM! Certo, Morg? /procura/ MORG? /olha pros lados/ MORGUEEEEEEEEEEEE! /sai correndo atrás de Morg/
N/Morg: Oi, gente, sou eu quem está postando o capítulo, escondida da Luh. Quando ela entrar vai me matar, então eu gostaria de dizer que amo muito vocês. Ah, Luh, como disse o sábio Brom do filme Eragon (ele não fala isso no livro, eu acho) “É melhor pedir perdão do que permissão” PERDAO!
anúncio
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!