A detenção - 1º Parte

A detenção - 1º Parte



-Então ela te deu uma detenção? –perguntou Sirius enquanto terminou de arrumar as malas.

-Foi. Hoje ás oito horas. Só porque eu disse á ela que podia confiar em mim –respondeu Tiago largado na cama – mulheres, quem as entende?
Quando você tenta agrada-las elas te mandam fazer companhia ás comadres da ala hospitalar.

Sirius riu.

-Falando sobre garotas? Que assunto intrigante – exclamou Lupin que acabara de chegar ao dormitório.

-Não arrumou suas malas? –perguntou Tiago passando a mão nos cabelos e deixando-os ainda mais espetados.

-Já estão prontas, vou embora mais cedo! Sabem como é minha tia está doente – ele sublinhou essas últimas duas palavras.

-Ah! Seu “probleminha Peludo” - debochou Sirius fazendo um gesto de grandeza com os braços.

Tiago que buscava os seus pertences espalhados pelo dormitório, encontrava-se de joelhos no chão.

-Que horas você vai embora? - perguntou com a voz abafada, estava com a cabeça e os braços embaixo da cama e o enorme traseiro para fora – Aluado? Está a...

-Hei Potter!

Ele corou embaixo da cama, quis sair tão depressa daquela posição desconfortável que socou a cabeça no vão da cama.

-Ai, ai... Ah oi – parou desconcertado com os óculos tortos e o cabelo cheio de poeira em frente à garota que o olhava com a sobrancelha erguida e os braços cruzados.

-A professora McGonagall quer nos ver então se apresse.

-Nos ver? – ele perguntou mais para ele do que para ela. Parou por um momento para refletir sobre a palavra “Nós” estar no meio de uma frase que se referia a ele e Lílian.

-Isso mesmo, agora! – ela forçou esta palavra e virou de costas.

-Mas... Espere! –Tiago iria falar, mas ela já batera porta do dormitório.

-Que ótimo! - Falou ele desanimado – o que eu fiz agora?

-Você deveria estar feliz, finalmente vão fazer algo juntos – exclamou Lupin sarcasticamente abrindo uma embalagem de sapo de chocolate –
Raelalmumacoja.

-Hã? – perguntou Tiago distraído olhando alguma coisa no chão.

-Despupe –Lupin engoliu o chocolate – já é alguma coisa.

Tiago tirou o pó dos cabelos e agitou as vestes.
-Me deixe ir, acho que estou atrasado.
-Até, agente se vê cara!

|X-X|
Ele saiu correndo pelo corredor, até para em frente à porta de madeira surrada.

-Entre - Tiago girou a maçaneta e entrou – o senhor está atrasado. Disse a voz

Inconfundível de desgosto da Professora Minerva.
Lílian já estava parada em pé no meio da sala.

-Presumo senhor Potter, que o senhor terá uma detenção nos próximos 20 minutos...

Ele murmurou um ‘Sim senhora’.

-... Antes que possa cumpri-la, vou dizer porque os chamei aqui. Senhorita Evans, você como monitora chefe da Grifinória deverá acompanhar o senhor Potter em todas as detenções e eventos promovidos pela escola, incluindo as visitas á Hogsmead.

-O quê? A senhora não pode estar falando sério! –Lily exclamou chocada.

-Estou falando seriíssimo – respondeu um tanto severamente, como de costume – Essa não foi uma idéia minha, foi uma idéia do diretor. O professor Dumbledore, acha que o Potter precisa de certa vigilância.

-Mas... Professora, achei que o Filch poderia...

-Não, não poderia Evans. Argus já tem aturado alunos causadores de caos há muito tempo nesta escola.

-Mas e o Remo?

-O Sr.Lupin tem outras coisas pra fazer e acima de tudo ele é amigo do Sr.Potter!

-Mas, por quê...

-Basta! Essa é minha última palavra. Quando recebeu o seu broche de monitor, sabia que teria responsabilidades á cumprir, e esta é uma delas. Agora por favor – ela apontou para a Porta.

Lílian foi a primeira a sair, seu rosto revelava a fúria que sentia.
Tiago foi logo atrás dela. Estava atônito. Conseguir ir uma única vez á Hogsmead com Lily, já era a melhor coisa do mundo, imagine ir aos bailes, todas as visitas para Hogsmead e detenções, pareciam não caberem dentro de si de tanta felicidade. Cumprir-las iria ser muito mais divertido do que tem sido nos últimos seis anos.

-Maldito Potter!

-Hei! Estou aqui!
Ela bufou e revirou os olhos.

-Satisfeito? Agora vai, pode dizer você fez isso de propósito não é?

-Eu? Mas...

-Fique quieto Potter, você já conseguiu estragar o meu Natal calado.

-Mas foi você quem pediu...

-Psiu, agora vá para sua detenção!

|X-X|

Tiago pegou as luvas de borracha, panos e baldes com a água e sabão (embora achasse que iria precisar muito mais do que isso para limpar aquelas comadres) e com um aceno da varinha conjurou uma máscara.

-Pode ir tirando seu Hipogrifo da chuva Potter. Dê-me sua varinha. – disse Lily com a mão estendida. O maroto lhe entregou rendido. Lílian se sentou em umas daquelas poltronas para visitas e abriu um grande livro – pode começar. Quanto mais rápido começarmos mais rápido terminaremos.

Decorrentes três horas e meia a garota tinha lido quase metade do livro. Tiago enquanto limpava os penicos de vez em quando olhava Lily de soslaio, porém a garota nem percebia estivera totalmente concentrada o que dava á ele grandes idéias...

-Que horas será que são? – A ruiva olhou para o relógio pendurado na parede – Ual, estamos aqui há quase quatro horas. Acho que já está bom... Potter?

A ala hospitalar estava completamente silenciosa e parecia que Lílian era o único ser vivo daquele lugar.

-Potter seu idiota. Apareça! – De repente Lily ouve em algum lugar as palavras Nox e então as luzes são apagadas. O cafajeste do Potter lhe furtara as duas varinhas – Ai eu juro que quando eu te pegar moleque eu te mato!

-Sem varinha? – ele debochou de algum canto. Fazendo a ruiva bufar de raiva.

-Eu te odeio Tiago Potter, apareça ou eu vou...

-Vai o quê?

-Eu vou... Eu vou... – ela suspirou rendida. Não poderia dar mais uma detenção á ele, senão seria mais uma noite como aquela – ficar sentada aqui
até você resolver parar com essa palhaçada.

-Você tem medo de ficar sozinha comigo Lily?

-Não. Você não se atreveria a fazer nada. Acho que você ainda tem algum amor a sua vida.

-Mesmo se eu dissesse que estou bem perto agora?

-Potter, porque está fazendo isso?

-Tenho que aproveitar. Não é todo dia que se tem uma oportunidade como essa.

-O que você quer de mim? – perguntou por fim Lílian, embora temesse a resposta.

-Apenas conversar!
Lily revirou os olhos.

-E não podemos fazer isso de luzes acessas?

-Hum, não. Digamos que no escuro fica mais interessante – Tiago agora estava atrás de Lílian sem que a garota soubesse – Por que estava chorando hoje á tarde?

-Eu não vou lhe contar. Isso é assunto meu Potter!

-Nem se eu disser que posso ler o seu diário?

-Chantagista! – ela bufou enquanto Tiago ria. Agora mais do que nunca ela o
odiava, o imaginava dentro de um caldeirão fervendo ou em espetinho de
Dragão... – Eu estava chorando por que... Por que... Sinto falta de minha mãe. Ela se foi o ano passado, sinto falta de nossas conversas.

Tiago ficou alguns segundos quieto sentindo o pesar da garota á sua frente.

-Sinto muito. Eu também sinto falta do meu tio Barnny. Ele era a alegria da família Potter.

Lily fungou e se remexeu na poltrona.

-Por que não me deixa em paz?

-Por que não me aceita?

-Eu te conheço Potter, sei que depois que conseguir o que quer vai me largar igual como fez com as outras. Lembro como Anne Adams chorou durante três dias.

-Eu nunca farei isso com você.

-Como posso ter certeza?

Tiago se aproximou ainda mais da Lílian, tanto que a garota pode sentir a sua respiração em seu pescoço.

-Me deixe provar. – sussurrou.

Os cabelos da nuca de Lily se eriçaram. O maroto a fazia sentir aquelas coisas, mas ela não se deixaria levar pelas emoções do momento.

-Me deixe ir embora. Sei que já perdemos o jantar de despedida, mas estou com fome.

Fim da 1º Parte



N/A:
Continuo precisando de uma beta!!

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Beijos Hakume.

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