Adeus à Alfeneiros
N.A.: Achei meio sem nocao o final, mas eu juro q o segundo cap vai ser melhor!
Em uma rua com casas bonitas e jardins bem cuidados, na casa de número 4, era possível ter a visão de um garoto com cabelos rebeldes e olhos verdes. Este garoto é Harry Potter, “O Eleito”, o garoto a quem foi designada a mais difícil de todas as tarefas, matar o maior bruxo do século. Um bruxo a quem muitos temiam e outros apenas obedeciam, Lord Voldemort, um bruxo que de tão cruel criara o medo do seu nome, sendo chamado apenas por Você-Sabe-Quem pela população bruxa.
Agora ao final dos seus 16 anos, Harry se vê em meio a uma guerra que envolve a população trouxa também. Após sair do anonimato, Voldemort passara a atacar pontes e construções trouxas, apenas para ter o prazer de criar pânico. Várias mortes ocorreram nas férias de Harry, o ex-ministro da magia, Cornélio Fudge foi achado enforcado em sua casa, e ao que tudo indica, sob o poder da maldição Imperius, Fudge fora obrigado a suicidar como um mero trouxa.
Notícias assim traziam mais ódio a Harry. Ele passara todos os dias desde que chegara a Rua dos Alfeneiros, nº 4, como um zumbi. Descia para tomar o café da manhã e só reaparecia após o jantar. Harry emagrecera e agora parecia estar doente, mas Harry Potter não estava doente e sim desesperado. Não poderia nem sair de casa, pois a névoa ainda brilhava nas ruas de Londres, névoa que Harry continuava a ligar a presença de dementadores. E Harry realmente sentia estar em constante presença de dementadores pois tudo o que sentia era vazio. Harry pensava dia e noite apenas em sua missão, na noite em que Sirius morreu, por sua culpa, na noite que Dumbledore morreu, se Harry ao menos tivesse tomado a poção no lugar de Dumbledore, sim, talvez ele estivesse vivo.
Harry recebera uma pequena carta do seu melhor amigo Ronald Weasley, Pichitinho trouxera o convite para o casamento de Gui e Fleur e uma carta na qual Rony explicava que Gui se recuperara, apesar de muitas das cicatrizes permanecerem em seu rosto e ele passar a comer mais carne mal-passada. Rony também dizia a Harry que Hermione Granger já se encontrava em sua casa pois a Ordem não achara seguro deixar a melhor amiga de Harry sem proteção, pois agora Rufo Scrimgeour ignorava todo e qualquer conselho vindo da Ordem. Após a morte de Dumbledore, Lupin tomara o controle da Ordem, mas a organização não estava bem. Ninfadora Tonks fora atacada e agora se encontrava internada no St. Mungus, estava bem, mas ainda não conseguia se lembrar do ataque. Quim Shacklebot morrera em uma emboscada feita pelos aurores do ministério a um esconderijo dos comensais. Apesar de alguns comensais terem sido presos, Snape e Belatriz continuavam sendo procurados, mas não haviam sido avistados ainda. Scrimgeour noticiara a população bruxa que Dumbledore morrera e que Snape era o assassino, mas Malfoy continuava aparecendo como apenas um ex-aluno de Hogwarts, poucas pessoas sabia a realidade, o que realmente acontecera em Hogwarts naquela noite maldita.
Rony também avisava a Harry que deixasse tudo preparado, caso ocorresse algo, mas isso não era necessário, Harry passara a usar magia na casa dos Dursley também. Tio Valter havia se rebelado contra isso, mas apenas um aceno de varinha o silenciara, e quando Harry desfez o feitiço ele preferira ficar quieto. Duda vivia como que ameaçado por Harry e Tia Petúnia sempre o olhava como se tivesse pena do garoto, o que ele odiava, pois a tia nunca o tratara bem e agora tentara conversar com ele como se nunca tivesse feito mal a ninguém. Harry simplesmente se rebelara, não se importava em ser expulso de Hogwarts, não voltaria aquele castelo mais, nunca mais. As cenas do enterro de Dumbledore ainda tomavam conta da sua mente, o canto da fênix ainda ecoava em sua cabeça.
Harry tomara uma decisão, iria apenas ao casamento de Gui e Fleur, e de lá sairia sozinho, escondido. Não levaria Rony nem Hermione, os dois deveriam seguir sua vida, a maldita profecia deveria mudar apenas a vida de Harry, ele devia ser a única pessoa com a vida destruída. A profecia que o lembrava todas as noites das Horcruxes que deveria achar e destruir. Sete horcruxes, o diário destruído por Harry em seu segundo ano, o anel destruído por Dumbledore, a taça de Helga Hufflepuff, o medalhão de Slytherin que se achava no poder do tal R.A.B., a cobra de Voldemort, Nagini, e por último a que se encontra na alma de Voldermort, sem contar algo de Rowena Ravenclaw.
A jornada de Harry iria começar em breve, faltavam apenas duas semanas para o aniversário de Harry Potter, em breve ele seria um bruxo adulto e a proteção que tinha na casa dos tios iria acabar. Harry passara todo seu tempo pensando apenas em Voldemort, sonhando com Voldemort, agora não sabia o que fazer, em breve iria rever Gina, o que faria com ela?
De repente, Harry olhou para a janela e viu que já anoitecia, olhando no relógio descobriu que eram 19 horas. Harry Potter, o menino que já fora baixo e magricela, agora estava mais alto e encorpado, mesmo com a greve de comida que andava fazendo, mas em seus olhos era possível se ver a tristeza que existia naquele menino, a tristeza que o corroia por dentro. Então, estes mesmos olhos tristes se fecharam e caíram em um sono profundo.
Harry via aqueles olhos vermelhos no meio da escuridão, apenas aqueles olhos vermelhos e ofídicos. Então, tudo ficou claro, claro até demais, Harry gritou como nunca havia gritado, a luz se transformou em um clarão vermelho, cada parte do corpo de Harry Potter ardia como se estivesse em chamas, então, tudo se calou, Harry olhou à sua volta e viu, TODOS os seus amigos estavam mortos. A família Weasley, Hermione, Dumbledore, Sirius, Lupin, Tonks, Moody, Quim e… seus pais.
Harry acordou sobressaltado, escutara um barulho, baixo, mas audível do seu quarto, Harry olhou para Edwiges, sua coruja branca e única amiga naquela casa. Ele temia deixá-la solta e algo ocorrer a ela. Edwiges olhava para Harry assustada, ela havia encolhido no fundo de sua gaiola, Harry então pegou sua varinha da cabeceira de sua cama e se levantou, quando ficou de pé,
CRACK!, de novo, o barulho agora ocorreu no corredor, Harry apontou para a porta do seu quarto e aguardou, no escuro. Então a porta se escancarou com um barulho ensurdecedor, ao mesmo tempo em que Harry se escondia ao lado da porta, esperando quem quer que fosse. Então Harry viu um vulto e gritou
-PETRIFICUS TOTALUS!
O vulto caiu de borco no chão, os braços e pernas juntos, Harry correu até ele e o reconheceu, era Lupin. Sentindo um pesar e pedindo desculpas, Harry desfez o feitiço e Lupin se levantou massageando o nariz que batera no chão ao cair.
-Vejo que está preparado para qualquer eventualidade, Harry. Eu lacrei o quarto dos Dursley, eles não ouviram nada – disse Lupin ao ver Harry olhando para o corredor – Mas ande rápido, vim busca-lo.
-Apenas você? – espantou-se Harry.
-Não, tem um grupo nos esperando lá embaixo – respondeu Lupin pegando o malão fechado de Harry e a gaiola de Edwiges – Tem mais alguma coisa para levar Harry?
-Acho que não, espere, como vou saber que você é realmente Remo Lupin?
-Eu sou Remo Lupin, porque se eu fosse um comensal com a intenção de te matar, não poderia entrar aqui, a magia do sangue da sua tia é forte o bastante para me impedir de faze-lo.
-Como você sabe disso? – espantou-se Harry – Pensei que Dumbledore só contara para mim.
-Ele me disse isso algumas semanas antes de... você sabe – respondeu Lupin baixando a cabeça, era visivelmente doloroso para ele falar da morte de Dumbledore. Harry preferiu que assim fosse.
Harry então desceu atrás de Lupin, na sala de estar encontrou um esquadrão de gente conhecida e algumas outras que vieram buscá-lo em seu quinto ano, entre elas, Olho-Tonto Moody, que estava em um canto olhando para fora, pela janela.
Quando Harry entrou na sala, a maioria dos bruxos ali presentes acenaram e deram sorrisinhos, ele se sentia vazio demais para sorrir, mas cumprimentou a todos com um movimento de cabeça.
Moody olhou para Harry e disse:
-Vamos logo, antes que algo ocorra, todos, rápido.
Harry não entendeu nada, mas com um estrondoso craque todos desapareceram, deixando apenas Harry e Lupin na sala, olhando para Moody. Lupin, vendo que Harry não entendia nada explicou:
-Vamos leva-lo à Toca, mas você não pode aparatar ainda, então, vai aparatar comigo até lá, passando por pontos estratégicos, para não haver problemas. Cada um dos bruxos que estavam aqui presentes, aparatou para um ponto estratégico do caminho até a Toca, então, eu vou aparatar com você de ponto em ponto para chegarmos são e salvos na casa dos Weasley e...
Neste ponto Lupin parou de falar pois Moody fez um sinal para ele, Lupin agarrou o braço de Harry e o garoto sentiu novamente aquela sensação de que algo o pressionava em todas as direções, sentiu que não podia respirar, mas de repente acabou, e ele se encontrava em uma rua deserta a não ser por ele e Lupin, olhando para o céu viu uma chuva de faíscas azuis, e novamente Harry sentiu a sensação tão conhecida de aparatar. O mesmo ocorreu tantas vezes que Harry perdeu a conta, só se lembrava de lugares desconhecidos e desertos e uma chuva de faíscas azuis no céu.
Até que de repente se encontraram na estrada que levava à Toca, Lupin então começou a andar rapidamente pela estradinha, Harry o acompanhou. Alguns minutos depois a cassa meio torta e cheia de chaminés em que os Weasley moravam já era visível. Então Harry ouviu um barulho, não era um Craque!, era um barulho diferente...
Lupin olhou assustado para o mato que rodeava a estrada, enttão puxou o braço de Harry e começou a correr. Então Harry ouviu um Craque!, viu um vulto se mover entre o mato alto, e à sua frente surgiu Moody e um homem que Harry não conhecia, mas que estava na casa dos Dursley. Foi então que um lampejo vermelho ocorreu e Harry perdeu a consciência...
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