Sinais e Poções
Cap. 13
-A arte das poções é muito mais complexa do que vocês podem imaginar – começou o Professor Slughorn enquanto os alunos observavam entediados – E a matéria a ser dada vai ficando mais difícil a cada minuto. Por isso, a partir de hoje, a aula será realizada em duplas.
Todos automaticamente mudaram de posição e, entre “vivas” e conversas animadas, Tiago virou para Remo.
-Cara, é a minha chance!
-Ih, nem vem! Eu não vou ser a sua dupla pra você jogar todo o trabalho pra mim e ficar sem fazer nada! – reclamou Remo.
-Eu não to falando de você! – falou, dando um pedala no amigo – Eu to falando dela...
Os dois olharam para uma mesa perto da janela, onde uma garota de cabelos loiros rabiscava em seu caderno.
-Ok, não se emocionem! As duplas serão sorteadas. – falou o professor, apontando para uma pena que escrevia sozinha o nome dos alunos em um pedaço de pergaminho.
-O QUE?! Ótimo, e o planinho perfeito vindo de uma mente brilhante vai por água abaixo! – reclamou Tiago, assim como o resto da turma, que perdera o tom animado para um decepcionado.
-Calma, talvez você tenha sorte! – tranqüilizou Remo.
-Prestem atenção! – recomeçou Slughorn e em seguida apontou a varinha para a pilha de nomes, fazendo com que todos eles fossem direto para dentro de um caldeirão vazio. – Aqui tem o nome da metade esquerda da sala. Todos os que estão do lado direito, então, peguem um papelzinho do caldeirão.
O caldeirão, por ordem de Slughorn, começou a rondar a sala, passando devagar por vários alunos. A conversa voltou a dominar a sala e o professor teve que acrescentar:
-E QUEM FALAR MAIS UMA PALAVRA VAI TRABALHAR SOZINHO! Quero que todos peguem o papel antes de irem para seus parceiros!
O caldeirão passou lentamente por Tiago, fazendo-o tirar um papelzinho.
-Natália Gualdi, Natália Gualdi... – sussurrava o garoto enquanto abria lentamente o pergaminho.
-Amélia Bones?! – indignou-se Ti – Quem é esse ser?!
-É a estranhinha ali do cantinho – explicou Lupin - Ela é bem legal, na verdade. E se não fosse pelas meias coloridas, os óculos grandes demais, o cabelo verde de maria-chiquinha, a roupa meio rasgada, e...
-Ta chega! Ela não é meu objetivo, ok?!
-AI! – reclamou Remo ao ser acertado por uma bolinha de papel.
-Ei, senhor Lupin, eu disse sem conversas até terminarem os papéis!
-Desculpe – mas em seguida já se virou para trás, com o objetivo de ver quem lhe tocara aquilo.
Renata e Camilla gesticulavam ali atrás e apontavam para Ti.
-Acho que é com você, Pontas!
-Ótimo, linguagem de sinais – resmungou Tiago, se virando também.
-O que elas querem? – perguntou Remo, depois de um tempo.
-Alguma coisa sobre eu me atirar da janela e pegar no sono!
-O que?! - duvidou o maroto, virando novamente para a “cena muda”.
-Não é isso, seu idiota! Elas querem que você troque de lugar pra elas poderem dormir!
-Você ouviu o que você disse?
-Ta, eu sei, não faz sentido. Ah, espera aí! Não é pra você se atirar da janela, nem trocar de lugar. Elas tão apontando pra Natália!
-Será?
-Elas querem que você durma com ela?! – os dois se olharam por uma fração de segundo.
-Nãão... – disseram em uníssono.
-Se bem que não seria nada mal – completou Tiago sozinho.
-Cala a boca Pontas! Eu tive uma idéia – Remo rasgou um pedaço de pergaminho da sua pasta e tocou para Ti.
-Ah, certo... – falou, começando a escrever e já tocando para as amigas.
Renata desdobrou-o e leu, nas letras do amigo:
“Vocês querem que eu DURMA com a Nati?! Suas taradinhas...”
E o papel voltou voando:
“Não, seu idiota! Com o que você dorme?!”
“Ãhm, com o travesseiro?”
“Ta chegando perto!”
“Como vocês descobriram o Ted? O.O”
-É ALMOFADINHAS, SEU IDIOTA! O ALMOFADINHAS PEGOU O NOME DA GAROTA DA JANELA! – Renata se levantara e começara a gritar no meio da sala.
Toda a sala parou e olhou para ela.
-Srta. Forner, você ficará sem dupla! – ralhou o professor que a encarava.
-M-Mas... Ah, Potter você fica me devendo uma pelo resto de sua vida!
-Hmm... Agora eu entendi – Tiago cochichou para Remo.
E dessa vez o pergaminho voou para Sirius:
“Vamos trocar?”
“Hahaha, quase me mijei aqui vendo essa cena! Certo, eu troco com você!”
-Professor?
-Sim, Sr. Potter?
-O Sirius ficou com o meu livro de poções, posso ir pegar?
-Vá antes que eu mude de idéia.
Tiago foi até a mesa de Sirius, na última classe da sala, pra variar, e trocou os papéis. Pegou o livro do amigo, por mais que o seu estivesse na sua mochila, e correu para a sua mesa.
-Muito bem, agora todos podem ir se encontrar com os seus respectivos parceiros. –mandou Slughorn.
-Oi, Nati. Lembra de mim? – falou Tiago, sentando ao lado da garota loira.
-Claro! É Tiago Potter, certo?
-Sim. Sorte que eu peguei seu nome aqui no sorteio!
-É, eu também achei bem legal ficar com você. Quer dizer, ser sua parceira! Ah, você me entendeu!
-Entendi. Se bem que a primeira pode se tornar tão verdadeira como a segunda...
-O que você quer dizer com isso?
- Natália Gualdi, você quer sair comigo hoje depois da aula? Dar uma volta por aí quem sabe... Eu conheço um lugar que tem uma vista linda pro Lago Negro!
-Pode ser! Mas e a tarefa de poções?
-Que tarefa?
Natália apontou para o quadro-negro, onde um giz escrevia sozinho o que cada um deveria fazer para a próxima aula. O sinal tocou e alguns alunos já saíam da sala.
-Vou te contar uma coisa: eu odeio poções. Vou te contar outra coisa: você é linda e um kit de bugigangas não vai me fazer não sair com você – respondeu Tiago, dando uma piscadela e saindo também da sala de aula.
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AS AUTORAS: Desculpa a SUPER demora! A gente ficou com muita coisa pra fazer e no fim não escrevemos! Mas ta aí o capítulo, esperamos muito que vocês gostem. Brigada MESMO por todos os comentários e pra todo mundo que acompanha essa fic! Se tiverem um tempinho, comentem please.
Beeijos.
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