Último Capítulo

Último Capítulo



N/A: Dedico essa fic à minha amiga secreta, a Pam e a todas as meninas da Salinha Bonita. xD Dou também os devidos créditos a J.K. Rowling pelos personagens e ships cânon perfeitos. H² O CACETE! xD
Último Capítulo
“The smile on your face lets me know that you need me
There's a truth in your eyes saying you'll never leave me
The touch of your hand says you'll catch me wherever I fall
You say it best when you say nothing at all”
-When You Say Nothing At All - Ronan Keating

O céu - estrelado, porém sem lua - iluminava aquela noite de verão do dia dezenove de setembro. Uma bela noite que trazia claridade ao quarto de um jovem alto e ruivo.
Ele se arrumava com pressa para sair, mas, quando seus olhos contemplaram o céu por pouquíssimos instantes, viu uma estrela cadente passar.
Recordou-se, então, de outra noite, há alguns meses, na Toca. Foi a noite anterior à busca da última horcrux.

* Harry, Ginny, Ron e Mione estavam deitados na grama do jardim e olhavam para o céu. Via-se uma lua minguante com poucas estrelas ao redor e nuvens cinzentas passavam sendo movimentadas pelo vento.
-Parece que até o céu teme por nós. - falou Harry, pesaroso.
Os outros três não tiveram coragem para concordar ou discordar. Houve um silêncio cheio de preocupação da parte de todos.
Então, uma estrela cadente apareceu cintilando.
-Façam um pedido em silêncio. - disseram Hermione e Harry ao mesmo tempo. Os irmãos Weasley não entenderam nada, mas acataram.
Logo depois, Hermione pôs-se a explicar:
-É uma tradição trouxa. Quando vemos uma estrela cadente, fazemos um pedido a ela. Contudo, se o pedido for revelado, ele não se realiza.
Os quatro se permitiram sorrir, cúmplices e esperançosos, afinal.
*

Ron acompanhou a estrela com o olhar e, lembrando-se das palavras de Hermione, fechou os olhos para fazer um pedido. Suspirou como se suplicasse aos céus e continuou a se arrumar para a grande noite que estava chegando.
Enquanto isso, Hermione, a aniversariante do dia, cumprimentava os convidados de sua festa que chegavam pouco a pouco.
Ela usava um belo vestido longo cor de pêssego sem alças, brincos compridos e prateados e o cabelo preso numa trança por uma presilha também prateada. Seus olhos castanhos, assim como os dedos que ela apertava e puxava enquanto contraía os lábios, demonstravam a ansiedade dentro de si, a aflição pela demora de um convidado, especificamente.
Harry chegou com Ginny e o casal a parabenizou não só pelo aniversário, como pela fama que ela conquistava aos poucos como medibruxa.
No entanto, a amiga ruiva percebeu que Mione não estava bem e a arrastou para uma conversa em particular:
-O que houve?
-Nada. O que poderia ter acontecido?
-Pois é... Eu acho que é justamente por não ter acontecido nada é que você está assim. Só pode ser o idiota do meu irmão.
-Como você é uma irmã carinhosa, Ginny. Mas não há nada de errado comigo ou com ele.
-Pare já com a palhaçada, Mione. Todo mundo sabe que você é louca por ele. - Ginny afirmou e Hermione arregalou os olhos. - Assim como ele é por você.- Ela concluiu, sorrindo.
-Quê? Eu...Ron...
-É. Você quer que eu dê uns conselhos para o meu irmão? Dê umas dicas... Ele é muito avoado.
-Não! Você está louca? Eu ia morrer de vergonha.
Um estrondo foi ouvido ao longe, interrompendo a conversa das garotas.
A multidão de convidados se aglomerou ao redor de um vulto que se levantava e limpava as vestes com as mãos.
Então, a aniversariante passou por entre os convidados e o viu. Era quem estava esperando... Ron chegou. Ele catava os pratos que derrubou no chão e ela resolveu se abaixar e ajudar.
-Olá, Ronald.
-Oi! - Ele respondeu, descontraído. - Você sabe que aparatar não é o meu forte. - Ele continuou, rindo. - A propósito, parabéns, Hermione!
Os dois se levantaram e deram um abraço forte que os fez sentirem como se o ambiente tivesse ficado bem mais quente do que o normal numa noite de outono.
-Quero lhe dar o meu presente.
O ruivo abre um dos bolsos e tira uma caixa cheia de orelhas extensíveis das Gemialidades Weasley.
-Opa, bolso errado.
Os dois riem gostosamente, enquanto o garoto retira do outro bolso uma caixa de embrulho tão laranja quanto a cor de seus cabelos.
-Aqui está.
A jovem abriu o desembrulhou o presente achando um porta-retrato com uma foto de eles de férias na Toca quando tinham, mais ou menos, 16 anos. Na moldura dourada, havia escrito em letras prateadas as palavras “Mais do que Amigos”.
-Que lindo, Ron! Vai direto para a cabeceira da minha cama. - Isso foi só o que ela disse enquanto brincava com o retrato, mas em sua cabeça ecoava a dúvida sobre o que significam essas palavras, que estavam gravadas no quadro, para ele.
-Que bom que você gostou. Vou me sentar com Harry e Gina. Você deve dar atenção aos outros convidados também, não é?
-É. - Ela respondeu, meio triste em ter que dividir a atenção com toda essa gente.
Havia mais de duzentos convidados na festa e a maioria constituía a família da moça. Eram de todos os estilos possíveis - punks, roqueiros, caipiras, bad boys, patricinhas, intelectuais e pessoas que se enquadram em mais de uma das categorias -, além dos excêntricos Weasley, Harry e alguns amigos de Hogwarts, da Ordem e do trabalho.
Por isso, tudo o que Mione queria naquele momento era sumir... Com Ron, de preferência. Depois de uma hora de beijinhos, abraços, fotos e corre-corre, Hermione foi sentar-se na mesa dos Weasley.
-Ufa! Festas de aniversário agradam a todo mundo, menos a quem faz aniversário.
Harry levantou-se e disse:
-Vou buscar cerveja amanteigada. Alguém mais quer?- As pessoas pedem levantando as mãos.- Vamos ver... Uma, duas, três, quatro, cinco, seis!
-Eu ajudo. -Ron levantou-se, afirmando.
-Ah, que bom! Vamos.
No caminho, os dois conversavam:
-Você vai dizer a ela hoje, Ron?
-Dizer o quê?
-O que todos já sabem, menos ela. Que você gosta dela, oras.
-Eu... Não sei...
-Ah, você tem que saber! Vai ser hoje, nem que eu empurre você para cima dela.
-Não faça isso, Harry, por favor!
-Então você fala.
-Ok.
-Chame-a para dançar. Aproxime-se dela. Foi quando fiquei mais perto que eu criei coragem com a sua irmã, lembra?
-Lembro... Não que você realmente tenha dito alguma coisa a ela, né?
Harry riu.
-Foi a coisa mais maluca que eu já fiz e deu certo.
-Vou tentar, ok?
Eles voltaram à mesa e distribuíram as garrafas de cerveja amanteigada.
Ron bebeu metade da garrafa numa golada só e convidou na frente de todos:
-Quer dançar comigo, Mione?
Hermione ficou entre o espanto e a vergonha, mas levantou-se e acompanhou Ron ao salão.
Ginny e Harry olharam-se sorrindo com se tudo aquilo tivesse sido armação deles. Será que não foi?
Os jovens, que agora dançavam uma música lenta, sentiam seus corações descompassados. A garota apoiou sua cabeça no ombro de seu parceiro, enquanto ele sentia o perfume inebriante de seus cabelos que parecia muito com a fragrância que ele lhe deu no Natal de seu quinto ano em Hogwarts...
Os gêmeos Weasley que, até então, estavam comportados, resolveram dar uma ajudinha soltando aqueles fogos de artifício incrementados que aperfeiçoaram desde a fuga do colégio. O barulho dos fogos pregou um susto em Mione e Ron que se soltaram para olhar o céu. Passaram várias figuras de animais e criaturas do mundo mágico aos olhares encantados e sorridentes do convidados.
Entretanto, só Ronald e sua parceira de dança notaram uma estrela cadente que passava e parecia estar piscando para eles. Eles se aproximaram e disseram ao mesmo tempo:
-Faça um pedido.
Os dois fecharam os olhos e pediram. Quando os abriram novamente, eles descobriram que muitas coisas se dizem sem serem ditas. Naquele momento, poderia haver uma declaração de amor, com direito a rosas ou bombons ou uns versinhos recitados. Poderia haver uma canção ou um anel ou um “Eu te amo” cheio de embaraço. Mas para que quebrar um silêncio tão completo de palavras? Eles simplesmente se beijaram. Um beijo de carinho, amizade, amor, paixão e mais um enorme pacote de emoções e arrepios do momento. Foi assim que começou.
Fim.
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Hermione fechou o livro e pegou a filha nos braços para levá-la a sua cama. A menina adormecera sorrindo e a mãe sorria para ela também.
Quando voltou à sala viu que Ronald roncava deitado, com a cabeça apoiada no braço do sofá, onde caiu no sono. Cutucou o marido:
-Ela já dormiu. Vamos.
-Ok.
Os dois foram para o quarto e, no caminho, o homem comentou:
-Só a Ginny para transformar a nossa história em livro.
-Ela e sua mania de conto de fadas. De qualquer modo, eu acho a nossa história muito bonita, ainda mais do jeito foi escrita pela sua irmã. Ela ainda será muito famosa.
A mulher deitou-se na cama agarrada a Ron e, exausta, dormiu. O ruivo ficou alguns instantes olhando, pela janela, aquela noite tempestuosa, enquanto acariciava os cabelos de Mione.
-Papai?
-Achei que tivesse dormido, Estrela.
-Acordei com um trovão. Posso dormir aqui?
-Só hoje, certo?
Estrela assentiu e, aproveitando o momento em que sua mãe rolou para o outro lado, largando seu pai, ela se aconchegou entre eles e foi ficando levemente sonolenta até que rendeu-se ao cansaço e dormiu.
FIM.
N/A: Ok, ok, sou a rainha dos clichês... Acho que vou me aposentar.

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