---capítulo único;
***N/A: Bom, coloquei toooodas essas opções de música porque todas elas tem a ver. Recomendo que escutem todas e leiam a fic. Mas, caso você não goste de um dos cantores, tem vááárias outras opções. XD
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Lilly passou as mãos pelos cabelos ruivos com força, observando o moreno se exibindo, mais uma vez. Algo nele a deixava louca de raiva, de ódio. Queria faze-lo parar de se exibir para todos. Para todas, mais especificamente. A garota emitiu um ruído estranho, entre um bufo e um suspiro, o que despertou Louise para a atitude da amiga.
- Por que não diz logo pra ele que o venera? –perguntou a loira, olhando para Lilly com um ar divertido.
- Porque não o venero! – respondeu Lilly com raiva, disfarçando ao máximo um outro olhar atrevido para o garoto.
- Não, claro que não. E Snape não gosta de você, Lilly. –retrucou Louise, rindo.
A ruiva se levantou e caminhou na direção do garoto que observara, levantando em Louise a suspeita de que, finalmente, Lilly faria algo em prol de sua paixão escondida. Estava amargamente enganada. A poucos passos de James, Lilly pareceu ter sido petrificada. James percebera o movimento, e passara a se exibir ainda mais. Agora, cutucava a Lula-Gigante com a ponta da varinha, enchendo seus tentáculos de furúnculos.
- Evans! –exclamou Sirius, fazendo a garota se sobressaltar e desviar os olhos de James.
- Eu... quê? Ah cala a boca, Black! Por quê não diz ao Potter para parar de se exibir? –questionou a ruiva, impulsionada pela raiva que sentia de si mesma. Estava fazendo papel de idiota. – Ah, já sei! Porque você também é um exibido, não é?
Sirius olhou para James, boquiaberto, enquanto o mesmo observava Lilly se afastar, o rosto tão vermelho quanto os cabelos ruivos. Mas sabia que aquele ato, para muitos totalmente inesperado, significava mais. Muito mais. Guardou a varinha no bolso das vestes, acenou negativamente a cabeça para Sirius e saiu em disparada atrás da ruiva. Quando a alcançou, ofegava e apertava uma cãibra nas costelas.
- Evans! Evans, espere!
Lilly apertou o passo, e na pressa de passar por uma passagem oculta por uma tapeçaria, colidiu com uma armadura, caindo de costas no chão. James se apressou, estendeu a mão para a garota e sorriu. Lilly o ignorou, se levantou e continuou a correr dele como a presa foge de um caçador.
- EVANS!
Parecia que, finalmente, James perdera a paciência com a atitude arrogante da ruiva. Ela o olhou, passando as mãos pelos cabelos novamente, com mais força. James viu alguns fios ruivos dando adeus à cabeça de Lilly. Pegando-a pelo braço, a conduziu para uma sala vazia. Mesmo sob os protestos da ruiva, ele trancou a porta e se aproximou lentamente dela.
- Potter... Ah, não. Não, não. James, não faz isso... Não... Por favor, sai... Me deixa, eu... – murmurava ela, desesperada.
Estava prestes a perder o controle, verdade. Não queria, não podia, perder o controle da situação. Simplesmente porque não sabia o que aconteceria depois que James a beijasse e eles começassem a sair. É, eles começariam a sair. Somente se James a beijasse. Lilly já ouvira muitas e muitas garotas comentando sobre o beijo do garoto, e podia imaginar o que aconteceria a si mesma se, por um grande descuido, o beijasse. Nunca tinham se beijado, de verdade. Não por falta de tentativas, claro. James vivia puxando-a para todos os cantos vazios que encontrava, mas ela sempre achava um jeito de se safar.
Um arrepio percorreu seu corpo. Estava encostada contra a parede, James a segurava com firmeza pelos braços. Mas não chegava nem perto de machuca-la, ao contrário, a fazia desejar senti-lo perto de si. Precisava disso. Seu cérebro enfrentava uma luta mortal. Beijar ou não beijar James Potter, o amor de sua vida. Se eu beija-lo, vamos começar a sair. Mas não nos damos bem! Ah nos damos bem, sim, é só querer, Lilly. Nossas idéias estão sempre em conflito! Porque você não aceita que o ama! Vamos viver discutindo! Ele é tudo que você sempre quis. Sei disso, obrigada, mas ele continua sendo um exibido insuportável. Ah, o insuportável que você adoraria beijar, Lilly!! Ele é lindo. Não é, não. É, sim! Tudo bem, ele é. E ele te deixa louca. Er... Deixa? Lilly Evans! Você ama James Potter, e sabe disso. Eu sei disso. Mas... E se o encanto acabar quando nos beijarmos? Não vai acabar, vai aumentar. Certeza? Absoluta.
Lilly ainda não sabia o que fazer. Decidiu-se por escorregar o corpo até o chão, escondendo o rosto nas mãos. Estava cansada de fugir do maroto. Ele era tudo o que ela sempre pedira a Merlin. Será que, por ter aturado Petúnia durante tantos anos, os anjos haviam concordado em recompensá-la por tanta chateação? É, só podia ser. Não havia uma só garota que não desejasse James. Até as da Sonserina. Sentia que James a observava com atenção, sabia que ele estava preocupado. Aquilo não poderia continuar.
- Potter...
- Evans...?
- Por que você insiste tanto? Sabe, há tempos que você me atormenta e não consegue nada! A maioria dos garotos já teria desistido. – comentou Lilly, com um tom de voz cansado.
- Você só está se esquecendo... De que eu sou James Potter. Não sou um garoto qualquer, sabe?
- Claro que não é. Você é um exibido, insuportável, irritante, mala e vários outros adjetivos.
- Obrigado, Evans. Não sabe o quanto isso me faz sentir bem! Ver a garota que amo dizer claramente que me odeia realmente eleva minha auto-estima.
Lilly ficou extremamente quieta. O tom de James era irônico, mas ela o conhecia o suficiente para saber que, na verdade, ele estava magoado e ferido pela atitude da garota.
- Sabe, Potter... Eu realmente não sei o que eu tenho de tão... anormal, para você querer tanto ficar comigo. – ela estava enrolando, verdade. Olhava fixamente para o chão.
- Posso passar anos tentando te explicar a pessoa fantástica que você é, Lilly Evans. Você não é anormal. Você é... A garota dos meus sonhos...(‘Você também é o garoto dos meus sonhos, James... ’) A verdade é que não sei, realmente, o que me faz perder noites e noites de sono pensando em você. Não sei o que me faz querer aparecer quando você está por perto. Não sei o que me faz desejar que cada garoto que se aproxima de você vire uma lesma nojenta. Não sei o que me faz amar você, Evans.
- Pára, Potter!
James se assustou. Não esperara essa reação. Lilly tapava os ouvidos com força, a cabeça abaixada e os lábios contraídos. Que estava acontecendo? Ele se aproximou, levando a mão ao rosto da garota e erguendo-o para si.
- Lilly, olha pra mim. Você acha que eu to mentindo?
- Eu...
- Acha, Lilly? Olha. Olha nos meus olhos e responde. Sem mentir, por favor.
Lilly não respondeu, mas olhava fixamente para os olhos de James. Louca, era a palavra que melhor a definiria naquele momento. De desejo, de paixão, de amor, de carinho, ternura, de raiva. Raiva por James a estar forçando a escutar aquelas verdades que faziam seu coração palpitar e seu cérebro rodopiar.
Diz logo, Lilly!
Eu não posso, não posso.
Você o ama!
Sei disso, mas...
Você está sendo orgulhosa e egoísta.
Não estou, não. Ele vai me fazer sofrer, sei disso!
Olhe pra ele! Por que se humilharia tanto pra te fazer sofrer?! Olhe além de seu próprio umbigo, Lilly. James é, sim, exibido, mas não chegaria a esse ponto. Nunca se humilharia por pouca coisa.
Ele é James Potter. Pode ser mais uma das apostas bestas que ele faz com os amigos!
OLHE PARA ELE! OLHE OS OLHOS DELE! Cada centímetro do corpo desse garoto implora por você desde que a conhece, Lilly.
- Lilly, olha pra mim. Por favor, olha pra mim. Olha nos meus olhos. – James Potter, implorando?
Algo na mente da ruiva apitou, dizendo-lhe que a cena era extremamente atípica. Ela abriu e fechou a boca, várias vezes, sem emitir som algum. Por fim, fechou os olhos e suspirou.
- James... É melhor pra nós dois que isso não...
- Pra nós dois ou pra você? – replicou o maroto.
- Para nós dois. Veja como você sofre por mim... Não que eu me importe, obviamente, mas... Não gosto de fazer as pessoas sofrerem, isso me deixa mal.
- Então, vai ficar mal até o dia de sua morte, Evans!
- Que quer dizer com isso? – pergunta idiota, ela sabia perfeitamente a resposta.
- Que você é... É parte de mim, Lilly. Que nem um esquadrão inteiro de Obliviadores conseguiria me fazer te esquecer. É como se no lugar de sangue nas veias, eu tivesse seu nome, seu rosto, sua voz, seu cheiro, seu toque pulsando dentro de mim.
Lilly fechou os olhos, de novo. Não estava agüentando. James era perfeito, incrível, fascinante. Com as pontas dos dedos, Lilly tocou o rosto dele, tirando seus óculos. Sua boca se aproximava cada vez mais da dele, ela podia sentir seu hálito quente e fresco. Uma das mãos de James a segurava pela cintura, e a outra deslizava delicadamente pelos cabelos da garota.
- James...?
- Lilly? – murmurou ele em resposta, os olhos fechados.
- Você ainda vai me amar de manhã? – sussurrou a ruiva, xingando-se mentalmente por perder tanto tempo.
James abriu os olhos, e Lilly também. Ele contemplou aqueles olhos incrivelmente verdes, sorrindo. Podia ver, gravado nas íris da garota, o destino dos dois. O caminho que o destino lhes reservara. Incerto, perigoso, difícil, mas... Os dois estariam juntos. Podia sentir isso. Sabia disso e acreditava nisso. Com Lilly ao seu lado, ele lutaria até o último instante. Ele enfrentaria todo o inferno apenas para segurar sua mão. Naquele momento, ambos sabiam que nada mais os impedia, que o momento chegara. A partir daquele dia, o que tivesse que ser seria. Eles resistiriam, tentariam até o último segundo. Não importaria o que acontecesse, teriam um ao outro.
- Para sempre e sempre, Lilly. – respondeu James, antes de fechar os olhos e beijar a ruiva, selando o amor que habitava o interior de cada um.
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N/A: Gostaram? Ai, Merlin! Eu deveria desistir de escrever fic, né? ;___; Anyway, espero que vocês gostem. :***
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