Sweetest Thing



SongFic: U2 - Sweetest Thing
Shipper: H&G e R&Hr
Continuação de Lovesong

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A música começara e todos os presentes levantaram-se, olhando para trás. Sorriu ao vê-la entrando nos jardins da Toca. Estava linda, ainda mais se era possível. Os olhos cor de mel brilhavam com tamanha intensidade, podendo ser apenas comparados com o brilho do seu próprio olhar. Os cabelos rubros estavam soltos e levemente ondulados nas pontas. Exibindo tons dourados, refletindo a luz do sol de fim de tarde. O vestido, tradicionalmente branco, estava rodeado por fadinhas que mesmo brilhantes, não ofuscavam Ginny de jeito algum. Ao seu lado, Ron e Mione (exibindo a barriguinha de quatro meses de gestação), seus padrinhos. Quando Arthur entregou a filha a Harry, dizendo o habitual “Cuide dela”, suas mãos se entrelaçaram e Harry pode notar como ela também estava nervosa, apesar de aparentar serenidade.

My love, she throws me like a rubber ball
(Oh, the sweetest thing.)
But she won't catch me or break my fall.
(Oh, the sweetest thing.)
Baby's got blue skies up ahead
But in this, I'm a raincloud
You know she wants a dry kind of love.
(Oh, the sweetest thing.)



E num piscar de olhos a cerimônia terminara. Ambos fazendo juras eternas de amor e fidelidade (não tão diferente do casamento a moda trouxa) e Harry viu-se no meio da pista dançando com Ginny.


– Harry! – Ginny não escondia a surpresa de ver o marido dançando tão bem.


– O que foi? – perguntou de forma inocente, pouco convincente aos olhos de Ginny, tão acostumada a observá-lo em silêncio durante anos. Ela podia ler a alma de Harry apenas com um olhar.


– Desde quando você dança tão bem?


– Ora, desde sempre! – estava difícil segurar o riso. Ginny levantou uma sobrancelha em sinal de descrença – Eu fiz aulas particulares – não adiantava esconder nada da sua ruiva – Afinal, não queria deixar minha esposa com os pés acabados na nossa primeira noite... – falou próximo ao ouvido da ruiva, dando leves beijinhos no pescoço, a deixando arrepiada.


– Primeira noite? – Ginny sorria maliciosamente agora, fazendo Harry ruborizar – Que eu saiba nossa primeira noite foi...


– Shhh! Eu já entendi aonde você quer chegar. – Harry olhava preocupado ao redor, estavam cercados por todos os irmãos de Ginny, dançando com seus pares.


– Harry James Potter, com medo de meia dúzia de Weasleys? O menino-que-venceu Voldemort, com medo?


Ginny se divertia sempre que podia com esse argumento. Harry sempre ficava sem resposta. E quando ele ficava sem resposta é que ele dava seus melhores beijos. E dessa vez não foi diferente. Como sempre acontecia, quando estava com a sua Ginny, esquecia onde estava e das pessoas ao redor. A única coisa que existia no mundo era ele e Ginny.

I'm losin' you, I'm losin' you
Ain't love the sweetest thing?


Ron era outro que dançava espantosamente bem com Hermione pela pista de dança conjurada nos jardins da Toca. Ele também havia feito aulas particulares, claro que pela insistência de Mione. Ao girá-la num passo relativamente difícil, ouviu sua risada e seu coração perdeu uma batida. Ela estava bem, estava com ele e agora uma nova vida crescia dentro dela.


– Que foi amor? – perguntou Mione carinhosamente, ao ver a expressão do marido se tornar séria de repente. Mas ao ouvir a forma carinhosa como ela se referia a ele, seu semblante se suavizou. E seu olhar, antes distante, se encheu de ternura ao acariciar a barriga da esposa.


– E então, qual nome daremos ao mais novo Weasley?


Mione havia ido ao medi-bruxo uma semana antes, e ele provara suas suspeitas. Estava grávida de um menino.


– Bem, eu estava pensando no nome do meu pai... – Mione baixou o olhar, mas Ron a impediu levantando seu queixo com delicadeza.


– Eu acho perfeito – respondeu com um sorriso, que só fez aumentar com o abraço apertado da morena.


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– Mas não é a coisa mais linda que já se viu? – falava Molly, com uma voz ligeiramente afetada, fazendo os gêmeos se contorcerem de rir.


– Mas é claro querida! – Arthur olhava enviesado para os filhos, como quem diz “comportem-se” – E está um legítimo Weasley, olha o cabelinho vermelho...


Agora era o patriarca da família que falava afetado, fazendo com que George e Fred explodissem em gargalhadas. A sorte era que o pequeno Joe estava acordado e ria das palhaçadas dos tios.


Estavam todos os Weasleys e agora os dois Potters no apartamento de Ron e Mione, adquirido uma semana antes de Joe nascer. Por morarem em um condomínio trouxa, era difícil fazer a mudança por completo por meio da magia, esta só podendo ser praticada à noite, para não chamar a atenção.


– E então? Você foi ao St. Mungus?


Mione e Ginny estavam na cozinha, preparando o lanche para a “tropa”. Hermione tentara dar um ar casual a pergunta, fracassando ao se deixar notar o tom de expectativa na voz.


– Eu já disse Mione. Provavelmente é algum alarme falso... – Ginny parecia nervosa, e mais do que tudo queria acabar com esse assunto. Mas Mione parecia ter contraído a teimosia Weasley junto ao nome.


– Mas como você pode ter tanta certeza?


– Porque eu já tive esse alarme falso outra vez, e...


Ginny parou imediatamente de fatiar o pão ao perceber o que havia dito. Mione estancou na frente da geladeira, parecendo absorver as palavras da amiga.


– Ginny... Há quanto tempo você e o Harry...


Mione tinha se virado agora para Ginny, e constrangida fez gestos muito claros com as mãos, a fim de não pronunciar as palavras exatas. Ter os gêmeos na casa era um perigo para uma conversa em particular.


– Bem... Desde os tempos de Hogwarts... – Ginny terminou a frase com um sussurro, o suficiente para Hermione entender.


– Ah... – disse Mione, estranhamente sem palavras e constrangida.


– E então, esse lanche sai ou não sai? – Ron entra na cozinha, esfregando a barriga e olhando comprido para o meio-lanche preparado pela irmã e esposa.


Mione e Ginny apenas se entreolharam, ambas com o mesmo olhar de ele-não-escutou-nada.


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Ginny e Harry haviam chegado do apartamento dos amigos e agora namoravam no sofá. Apesar de pouco tempo de casados, a lua-de-mel durara pouco, por que ambos recomeçaram a estudar e trabalhar ainda naquela semana. Ele estudava para passar nos testes e se tornar Auror, e Ginny era a mais jovem artilheira do Chuddley Cannons, ainda que sendo apenas reserva.


– Ta aí uma coisa que nunca passou pela minha cabeça, por mais que você tenha talento.


– O quê?


Harry acariciava os cabelos de Ginny, deitada sobre ele com a cabeça encostada em seu peito, olhando as chamas da lareira. Ginny pensava sobre a conversa com Hermione mais cedo, e fora pega de surpresa por Harry.


– O quê? – repetia a pergunta


– Você, uma jogadora profissional de quadribol... Ai! – Ginny havia dado um tapa no marido.


– E desde quando você é machista, Harry James Potter?


Harry adorava quando ela o chamava pelo nome todo. E adorava ainda mais provocá-la com seu nome completo, agora com o Potter adicionado.


– Eu? Machista? Imagina... Ginevra Molly Weasley Potter... Ai! Isso dói sabia?


– Sabia! E...

Mas fora calada por um beijo apaixonado do marido. Ginny deslizara suas mãos sobre os braços dele, correspondendo o beijo da mesma forma. Ele a apertava mais e mais, deslizando sua língua sobre os lábios vermelhos da sua mulher, provocando-a. Suas respirações estavam ofegantes. Harry a torturava enquanto passeava com as mãos livres pelo corpo de Ginny, sobre a roupa. Mas aquilo era ainda mais uma tortura para ele, que não via a hora de arrancar as roupas da ruiva.

Ficava extasiado com cada toque que dava e recebia da sua amada. E saber que ela era só dele, era a melhor parte. Nunca mais conseguiria se afastar dela. Ela era como uma droga, e ele adorava esse vício.

I wanted to run, but she made me crawl
(Oh, the sweetest thing.)
Eternal fire, she turned me to straw.
(Oh, the sweetest thing.)
I know I got black eyes
But they burn so brightly for her
I guess it's a blind kind of love.
(Oh, the sweetest thing.)

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Mione suspirou ao fechar a porta após se despedir de Fleur e Bill, este levando a pequena Sophie adormecida nos braços. Não que não gostasse deles ou de Fleur, esta se mostrou uma excelente cunhada e até amiga, além de ótima mãe e esposa. Mas estava realmente cansada.


– Querida, por que você não vai tomar um banho para relaxar que eu cuido do Joe? Ele já está quase dormindo mesmo...


Mione sorriu agradecida para o marido e foi sem resistência alguma fazer o que lhe foi sugerido. Mas sempre que ficava só seus pensamentos vagavam para mesma noite. Para a mesma batalha. Deixou a água quente do chuveiro cair sobre seu corpo, e tentava em vão tirar essas lembranças da mente. Já fazia quase um ano desde aquela noite, e Ron e ela nunca haviam conversado sobre isso. Apesar de toda a compreensão, sua curiosidade estava levando a melhor nos últimos dias. Decidiu tentar mais uma vez, e conduziria o assunto para a última batalha.



Saiu do banheiro já pronta para dormir e foi até Ron, que olhava para o filho adormecido no berço. Ele tinha novamente aquele mesmo olhar distante e melancólico. Talvez fosse mais fácil do que esperava sair aquela conversa tão adiada ainda naquela noite.


– Ron? – falou, acariciando a nuca do ruivo.


Ron saiu dos seus pensamentos e olhou para a esposa. Seu olhar era firme, típico da sua Mione. Não precisou dizer nada. Estendeu a mão e a conduziu para a beirada da cama.


Apertou a mão dele, transmitindo segurança.


– Foi horrível Mione. Te ver naquele estado, ver o sorriso daquele sonserino maldito!


– Me conta Ron...


Ron olhou para Mione e em seguida desviou o olhar. As cenas novamente passavam pela sua mente numa velocidade impressionante. Corpos, feitiços, Comensais... E Mione, jazida no chão, a um passo da morte.


– Leve-a daqui Percy. Ela precisa de cuidados. E já! – disse enérgico.


Olhou para Malfoy a sua frente e segurou com mais firmeza a varinha. Malfoy nunca pareceu mais feliz e satisfeito em sua vida.


– Será que sua namoradinha sobrevive Weasley? Eu particularmente caprichei com ela! Três Crucius e um Sectusempra pra fechar. Quem diria que a Granger deixaria ser pega tão fácil?


– Cala a boca Malfoy! Lave a boca antes de falar da Hermione!


Malfoy deu sua típica risada debochada, e sem dar qualquer sinal de aviso, com um feitiço não verbal, lançou um jato de luz púrpura, que saiu em espirais de sua varinha. Ron não sabia que feitiço era aquele (N/A: nem eu, não perguntem xP) mas pressentia que era letal. Desviou, e lançou um Impedimenta, facilmente bloqueado por Draco.


– Hei! Weasley! Sua namorada foi melhor que você! É com esse desempenho que você pretende me derrotar?


Enquanto Draco falava, Ron tentou petrifica-lo, mas novamente Draco o bloqueara com um Protego. Ele sabia que deveria ter se empenhado mais nas aulas de feitiços não-verbais. Malfoy lançou outro feitiço, este, porém Ron reconhecera...


– Crucio!


Ron se abaixara em tempo, e o feitiço acertara um tronco de uma árvore próxima, caindo a poucos centímetros de onde estava. Perdendo tempo em se desviar do galho, não pode se defender do feitiço Rictusempra lançado por Malfoy. Foi jogado longe, sentindo como se uma mão invisível o golpeasse no estômago. Ofegante, se levantou, conjurando um escudo, já que Malfoy lançava feitiços constantes sobre si. Mesmo com o escudo, Ron sentiu sua face e seus braços serem acertados por pequenas faíscas, o cortando.



Ron parara a narrativa com o olhar vago. Mione o deixou remoendo as lembranças mais um pouco antes de apertar levemente seu ombro, o encorajando a continuar.



Ron tentava estuporar e imobilizar Draco a todo custo, mas o sonserino parecia invulnerável. Esquivava-se com uma destreza impressionante. Era como se tivesse tomado um frasco inteiro de Felix Felicis. O ruivo estremeceu com esse pensamento. Se ele realmente havia tomado aquela poção, não haveria jeito de derrotá-lo. Ao menos isso explicava por que Mione não conseguira derrota-lo também.


– Tsc tsc tsc... O que foi Weasley? Pensei que você pertencesse a grifnória! Por que está lutando na defensiva? – ria Malfoy. Ron não poderia estar com as orelhas mais vermelhas – Onde está a coragem da sua casa? Ao menos aquela sangue ruim foi mais divertida do que você. Vê-la sangrando e gritando, implorando para que eu parasse...


Malfoy parou no mesmo instante. Ron se enfurecia a cada palavra que o sonserino dizia, e exibia uma aura de amedrontar qualquer um. Lembrava Dumbledore na luta do Ministério, há três anos atrás. Seus olhos, antes azuis, estavam negros e literalmente faiscavam de raiva. Malfoy nem teve tempo de respirar, quando foi atingido por um jato de luz azul. No segundo seguinte caia no chão duro como uma pedra. Não era o feitiço Petrificus Tottalis, mas era um similar. Além de estar paralisado, ele sentia como se todos os seus ossos fossem esmagados, um por um. Mas não conseguia gritar de dor, sua voz sumira. Não demorou dois minutos para desmaiar por causa da dor.


Ron baixara a varinha e olhava o corpo de Malfoy desfalecido. O que fora aquilo? Como conseguira realizar aquele feitiço? Não importava. Malfoy fora derrotado e antes que pudesse acordar, convocou sua varinha e conjurou cordas para imobilizá-lo.


Olhou ao seu redor e mais uma vez se dera conta de onde estava. Corpos, feitiços... Tudo ao seu redor destruído. Precisava saber como Mione estava. Seu coração dizia para encontrá-la o mais rápido, mas sua razão dizia que antes tinha que saber como o amigo estava. Já estava pronto para começar mais uma busca, dessa vez por Harry, quando ouviu a voz do amigo ao longe, proferindo as palavras da maldição da morte. Era agora, chegara o momento...


Ron olhou mais uma vez para a esposa. Parecia que tinha tirado o mundo das suas costas. Sentia-se leve, sentia-se calmo. Talvez agora conseguisse levar uma vida tranqüila e uma boa noite de sono.


– Esta tudo bem Ron. Acabou... – Ron deitara a cabeça no colo de Mione e esta afagava os cabelos do ruivo. – Eu estou aqui, estamos juntos, e temos uma família...


Mione tinha os olhos cheios d’água agora. Seus pais haviam sido mortos por Comensais, a mando de Lucius Malfoy, braço direito de Voldemort. E ela sabia que não era por eles serem apenas trouxas. A participação de Mione nas buscas das horcruxes havia sido decisiva muitas vezes. Era uma retaliação por parte dos Comensais. Enquanto o trio chegava cada vez mais perto de destruir todas as horcruxes e derrotar Voldemort e os Comensais, eles tentavam neutraliza-los. A família de Mione fora apenas a primeira de muitas outras a serem destruídas por encomenda.


– Hei, calma meu amor.


Ron havia saído do colo da esposa e agora a recebia num abraço, confortando-a.


– Lembra do que você me disse há pouco? – Mione fez que sim com a cabeça – Então? Estamos juntos, formando nossa família.


Mione se separou dos braços de Ron e sorria agora. Ele tinha o dom de deixá-la fora do sério, mas também de deixá-la calma.


– Falando em família...


Mione exibia um sorriso ainda maior. E seus olhos brilhavam, não por causa das lágrimas, mas sim por causa do que contava a Ron.


I'm losin' you, I'm losin' you
Ain't love the sweetest thing?
Ain't love the sweetest thing?



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O estádio estava lotado. De um lado uma massa de torcedores vestidos de azul-marinho, do outro, torcedores vestidos de um laranja vivo. E a torcida laranja predominava na hora de gritar gol e darem vivas. Os Chudley Cannons dominavam a partida, ganhando de noventa a quarenta dos veteranos Puddlemere United. Mas quando os batedores de Puddlemere organizaram um rebate duplo em cima do artilheiro dos Chudley, Benneth, a torcida laranja vivo explodiu de raiva. Entre eles um torcedor que confundia seus cabelos com a farda laranja, e seu amigo de cicatriz na testa e olhos verdes. Inconfundivelmente Ron Weasley e Harry Potter, ao lado deles uma entediada Hermione, se perguntando mentalmente por que não ficara na Toca ajudando Molly a cuidar dos netos.


– Golpe baixooooo! – gritava Ron, mesmo sabendo que de nada adiantaria seus gritos.


– Expulsãããão! Não basta apenas marcar pênalti juiiiiiiz!!!! – gritava mais ainda Harry, que depois de Ginny ter entrado para o time – mesmo que reserva – se mostrara um torcedor ainda mais fanático que seu amigo Ron.


– Hey, Harry! Você acha que Bennet se recupera? – perguntara Ron, olhando preocupado a roda de jogadores e medi-bruxos que se formara no centro do campo.


– Não faço a menor idéia. Mas se ele não se recuperar, vai ser a chance que Ginny esperava para jogar enfim na Liga! – respondera Harry, com um olhar esperançoso e ao mesmo tempo preocupado.


Nesse instante Hermione desperta de seu torpor inicial.


– Você acha que ela está em condições de jogar?


Harry estranhou a preocupação da amiga. Era certo que ele próprio estaria preocupado com sua ruiva se por acaso ela viesse a jogar, mas ela fazia isso há muito mais tempo que ele, apanhando as vassouras as escondidas e praticando em segredo. Em seu último ano em Hogwarts, foi premiada como a melhor artilheira em anos pela Grifnória.


– Tudo bem Mione. Ela está preparada. – replicara Harry, tentando convencer mais a si mesmo do que a amiga.


– E parece que Bennet vai para o banco! – falava agora o narrador. – Será substituído por Potter! Não, não estou falando do Menino-Que-Venceu! E sim da sua esposa! Essa garota promete! Fora eleita a melhor artilheira de Hogwarts em anos. Será que em um jogo da Liga ela conseguirá os mesmos feitos que em sua escola?


– É... Parece que ela vai mesmo jogar – Ron já não parecia mais entusiasmado com o jogo como antes. E ao lado de Hermione, expressava preocupação em seu semblante. Harry não ficava atrás, e durante a partida que se seguiu seus olhos apenas acompanhavam o vôo de sua mulher.


Mas logo a preocupação deu lugar à euforia quando Ginny liderou a Manobra de Ploy, penetrando pela defesa adversária atraindo os artilheiros do time de Puddlemere, em seguida largando a goles para que Steward – outra artilheira dos Cannons – pegasse a goles e aumentasse o placar para cento e quarenta.


Por duas vezes os apanhadores deram sinal de que viram o pomo, sendo que uma delas fora uma tentativa frustrada do apanhador de Puddlemere de realizar a Finta de Wronski.


O auge da partida sem dúvida alguma fora quando Ginny conduziu a formação de ataque Hawkshead (cabeça de falcão). Escoltada pelos outros dois artilheiros e com a posse da goles, liderou a manobra frontal, movimentando-se em V. Harry não podia estar mais orgulhoso.


O fim da partida fora angustiante. O apanhador de Puddlemere, Ross, e o apanhador dos Cannons, Alucard iam de encontro ao chão em busca do pomo. Ross, ao ver o gramado tão próximo desistiu da caçada, enquanto Alucard se espatifava no chão, com o pomo seguro em sua mão.


– YEAHHHHHHHHHHH!!!!!! – gritaram Harry, Ron e toda a torcida dos Chudley Cannons, enquanto Hermione tampava os ouvidos, mas ainda assim sorrindo aliviada.


Após a partida o trio fora ao lado dos vestiários esperar por Ginny. Mas a ruiva estava demorando demais, e a preocupação dos três só aumentara quando perceberam a movimentação dentro do vestiário e um medi-bruxo entrando apressado para dentro.

Harry não pensou duas vezes. Correu atrás do medi-bruxo e entrou vestiário adentro, seguido por Ron e Mione. Ao entrar estacou no batente da porta, em choque com o que via. Ginny estava deitada sobre um banco, pálida como jamais havia a visto, ainda com o uniforme do time. Não notou o sorriso emocionado das companheiras mulheres de Ginny, e nem os olhares espantados dos jogadores homens. Apesar da palidez, Ginny também exibia um sorriso tímido e delicado.


– O que houve? Você está bem? Foi um balaço? Você caiu da vassoura?


Harry ia a enchendo de perguntas enquanto ajoelhava ao seu lado. Ginny sorria para o marido, esperando ele parar para tomar fôlego e enfim dizer o que tinha. Nenhum dos dois reparou quando ficaram a sós no vestiário.


– Harry, acalme-se meu amor!


– Mas como você pretende que eu fique calmo? Você está pálida, deitada sobre esse banco no vestiário! Você se machucou durante a partida? Não tirei os olhos um segundo de você, não vi você caindo ou se machucando! O que você tem?


Ginny apenas sorria diante do desespero do marido. Sentou-se sobre o banco, e em frente à Harry, acariciou seu rosto.


– Harry, eu não cai e nem me machuquei...


– Então você está doente? – Harry estava ainda mais desesperado, se era possível.


– Eu estou esperando um filho seu Harry...


– Se você está doente, temos que ir urgente ao... – Nesse instante Harry compreendia o que sua ruiva acabara de falar. Olhou nos olhos de Ginny, e vendo-os brilharem de uma forma tão radiante, não teve dúvidas do que acabara de escutar.

– Um filho...

Harry desviou seu olhar para a barriga de Ginny, que acariciava com uma das mãos livres o ventre.

Sorrindo, a levantou do chão facilmente, e ignorando o grito de surpresa da sua mulher, capturou seus lábios euforicamente. Ela não poderia dar um presente maior a ele. Ela tinha lhe dado uma família.

Blue-eyed boy meets a brown-eyed girl.
(Oh, the sweetest thing.)
You can sew it up, but you still see the tear.
(Oh, the sweetest thing.)
Baby's got blue skies up ahead
But in this, I'm a rain-cloud,
Ours is a stormy kind of love.
(Oh, the sweetest thing.)



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– Ah mãe! Conta mais uma vez como foi o primeiro beijo de vocês... – a menina ruiva olhava suplicante, com seus olhinhos verdes, para a mãe.

Estavam deitadas na cama do casal, com vários álbuns fotográficos espalhados pela cama.

– Mel, quantas vezes eu já lhe contei essa história? Você não cansa menina?

A mulher suspirou cansada, folheando um dos álbuns. Mas ao ver os lábios da filha formando um “bico”, sorriu enquanto fechava o álbum e colocava em um canto da cama.

–Tudo bem Melannie Weasley Potter. Não sei a quem você puxou mais. Se ao seu pai, ou a minha família.

A menina abriu um amplo sorriso, e este se transformou em um sorriso maroto. Típico dos gêmeos.

– Você fala como se não pertencesse a essa família Ginny. É claro que eu puxei a você! – exclamou Mel, como se falasse a coisa mais óbvia do mundo.

Ginny arregalou os olhos e olhou furiosa para a filha.

– Desde quando eu deixei de ser sua mãe? Por Merlin, vai me chamar pelo nome agora?

Mel revirava os olhos enquanto folheava um dos álbuns do pai distraidamente.

– Claro que não! Eu te chamei de Ginny, e não GINEVRA. Mas se você quiser, mamãe, te chamo de Gininha. Papai me disse que esse era um dos seus apelidos preferidos na época da escola...

– Eu definitivamente tenho que parar de te deixar com os gêmeos. Modos Melannie! – olhou furiosa novamente para a filha, mas desta vez suas orelhas estavam vermelhas.

“Ops!” pensava Mel. “Bem que papai avisou para nunca mais brincar com fogo...”

– Alguém em casa?

Ouviram uma voz masculina no andar de baixo, e logo em seguida entrava no quarto um Harry mais velho, e deliciosamente mais maduro. “Modos Ginny! Não é hora de pensar nessas coisas!” se recriminava Ginny, vendo o marido beijar a filha e em seguida beijar-lhe a testa carinhosamente. “Mas o que fazer se seu marido é tão gostoso? Cada vez que olho esse peito malhado, esses braços fortes. É quase pornográfico, isso sim!” (N/A: Eu ando lendo muito Anne Rice, lalala)

– O que foi querida? Você está bem? Não está com febre, está?

Harry a olhava preocupado, vendo o rosto da mulher visivelmente quente, e seus olhos distantes.

– Não é nada, estou bem. – Ginny se recompôs rapidamente, não antes de dar um olhar furtivo à filha, pois sabia que a pequena havia percebido que algo estava estranho. Ainda pode vislumbrar um sorriso malicioso na filha. Seis anos, e aquela menina sabia coisas muito além da idade...

– Mel quer saber pela qüinquagésima vez sobre nosso primeiro beijo. – desviou o assunto rapidamente.

Mel pulou entusiasmada na cama, vendo que o pai exibia um enorme sorriso, e começava a contar a história.

– Ah! Eu queria ter estado lá pra ver a cara do tio Ron – gargalhava Mel, com os pais a seguindo no riso.

– Ah! Querida! Você devia ter visto a cara do SEU pai quando me pediu em casamento, isso sim!

Falou Ginny, dessa vez com um olhar maroto. Era hora de se vingar pelo Gininha...

Harry parar de rir imediatamente ao ouvir a frase. Engoliu em seco ao perceber o olhar da mulher.

– Não foi nada de mais...

Mel dava pulinhos na cama enquanto pedia para contarem sobre o pedido.

– Ah querida, foi romântico, no inicio... Mas depois foi tão... cômico!

– O que aconteceu? – Mel tinha os olhinhos brilhantes, enquanto Harry sorria resignado.

– Bem, ele me pediu em casamento à beira do lago da casa de seus avós. No pôr-do-sol. Foi realmente romântico se você quer saber. – Ginny tinha um brilho no olhar, e via-se que ela viajava há sete anos atrás.

– Depois que ele fez o pedido, eu não agüentei e pulei em cima dele, beijando e rindo. E... Bem nessa hora, seus tios aparataram em nossa volta.

Mel arregalara os olhos. Ela conhecia bem os tios, e ainda hoje, eles morriam de ciúmes da mãe.

– E o que eles fizeram? – Mel olhava de Ginny para Harry na expectativa.

Rindo, Ginny respondia à filha.

– Eu nunca vi seu pai correr tanto! Seis Weasleys correndo atrás de um pobre garoto, por toda a Toca. Seu pai é o bruxo mais poderoso de nossa geração, derrotou o pior bruxo de todos os tempos, e corria de seis ruivos enfurecidos!

Ginny e Harry caíram na gargalhada, lembrando da cena. Mel sorria divertida. Ela adorava ouvir histórias de seus pais quando novos. E adorava vê-los felizes e sorrindo. Achou que era hora de se retirar, pois conhecia os pais muito bem, sabendo que depois de um dia inteiro sem se ver, eles queriam ficar à sós e namorar. Além disso, iria de pó-de-flu para a casa da sua avó, para pegar seus irmãos que haviam passado o dia lá, como uma boa irmã mais velha.

– Espero que eles não façam mais irmãozinhos pra mim... – resmungou cansada, enquanto pegava um punhado de pó-de-flu na mão – quatro já é o suficiente!



N/A: Fim! FINITE! Acabou! Uhul!

Agradeço a todos que leram minha primeira fic “Lovesong” e me incentivaram a escrever essa continuação. Demorou, mais saiu ^^’

Agradecimentos MAIS que especiais a Priscila Louredo, a Pri \o/, co-autora do duelo Ron x Malfoy, a Ligya (conhecida agora como Sra. Ford ;]), por me aturar no msn todos esses meses, me dando idéias para o final dessa song (mesmo que ela não tenha idéia de como me ajudou :]) e a Patty (Gêeeeemola), que me emprestou a Mel (sim, essa fofura tá na fic da minha gêmola, “Separados Pelo Destino, Unidos Pelo Coração”, lá na floreios).

Beijos a todos!

o/

Hei, vou imitar a Sally, lalaralala

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