Capítulo único
- Bom dia, flor. Já tá melhor?
- Aham. Mas a Madame Pomfrey não quer me deixar sair daqui.
- Eu trouxe uma coisa para melhorar seu humor- ele sorria, daquele jeito só seu, quando entregou o embrulho de papel prateado a Lily.
- Chocolate? Jay, você NÃO existe.
- Eu sei.
- Seu ego também não.
Riram. E beijaram-se. Um pigarro distante tentou afastá-los, mas não teve sucesso.
Alguns minutos depois, boa parte do primeiro andar ouvia os gritos enfurecidos da enfermeira para um certo maroto.
XXXX
- James?
- Huuum?
- Está frio. Me abraça?
Ele sorriu. Passou os braços pela cintura da noiva e puxou as cobertas um pouco mais para cima. E deixou que uma de suas mãos se perdesse naquela imensidão de fios ruivos.
- Adoro quando você mexe no meu cabelo.
- E eu adoro você.
Beijaram-se. Não havia mais frio. Agora eram apenas ela e ele. E assim seria. Sempre.
XXXX
- Como você me agüenta, Lil?
- Não sei. Talvez por que eu te amo?
- Então. Por quanto tempo você acha que você vai conseguir?
- Sei lá. Por quê?
- Porque eu quero que você passe a vida inteira comigo.
Silêncio.
Um olhar de dúvida da parte dela
E um sorriso da dele.
- Casa comigo?
A boca aberta. Um sorriso. E um SIM bem grande. Junto com uma felicidade enorme.
XXXX
- Aceito.
As lágrimas o os sorrisos brilharam no rosto na maioria dos convidados.
E ali, naquele momento, ambos sabiam que haviam dito “sim” pra melhor coisa de suas vidas:o amor.
A troca das alianças foi rápida.
- Eu amo você – murmurou
- Eu também – Ela sorria como nunca ao ajeitar o vestido para sair da pequena igreja onde a celebração do casamento ocorrera, de forma simples, mas que em cada detalhe mostrava a imensidão do sentimento que nutriam um pelo outro.
XXXX
Acordou assustada. Suava frio e tremia descontroladamente. Passou a mão na cama. Vazia.
- James? – chamou baixinho. Não houve resposta.- James? Onde você está? James? – o desespero tomava conta de si.Aquilo não podia estar acontecendo.- JAMES?
- To aqui.- estava mal humorado. Haviam tido uma briga feia antes de dormir, e ele acordara alguns minutos antes para usar o banheiro. Assustou-se ao vê-la chorar abraçada aos joelhos.- O que aconteceu?
Sentou-se na cama e passou os braços pelos frágeis ombros dela.
Ela virou-se e abraçou-o, forte.
- Você..n-n-no chão..m-m-orto, cheio de s-sangue. Ai, James foi h-horrível.
- Foi um só sonho ruim, meu anjo.Calma, ta? Eu vou pegar um copo d’água.
-Não me deixe sozinha, por favor!
- Não vou deixar. To aqui. Sempre.
Ela deu um beijo estalado em sua bochecha.
- Te amo.
- Eu também. E muito.
- Muito.
XXXX
- Hoje é seu dia de fazer o Harry parar de chorar, bebê.- sua voz saiu embargada pelo sono. Quatro e quarenta e sete.
- Jura? Ontem também era.
- Ah, James. Por favor?!
Ele levantou relutante. Abaixou e beijou de leve o rosto de sua mulher. Coçou a cabeça e saiu do quarto, lutando para se manter acordado.
Encontrou o chorão deitado no berço, com cara de poucos amigos. Aliás, pouquíssimos. Quase nenhum.
Pegou-o no colo, e em instantes ele já se aquietava e fechava os olhinhos verdes, que herdara da mãe. Os olhos que tanto cativavam e alegravam. Aqueles que desde a primeira vez conquistava qualquer pessoa.
A porta do quarto abriu devagar. Ela sorria ao ver o marido cantarolando baixinho para o filho.
Ela acompanhou-o seguindo o mesmo ritmo, aproximando-se. E de repente ele parou, fazendo uma careta.
- O que foi?
- Ele fez xixi.
Não houve controle. Ela desatou a rir, alto. Apoiou-se na porta, para não cair, enquanto James, frustrado, tentava limpar a meleca sobre seu pijama.
Ela já adormecera quando ele saiu do banho e deitou-se ao lado dela. As mãos dele enroscaram-se em seu corpo, e minutos depois ele dormia, feliz.
XXXX
- Eu amo você.
- Eu também. Muito
- Muito mesmo?
- Muito.
- Então, o que você acha de comprar um doce pra mim?
- Aproveitadora!
- É por isso que eu digo que eu tenho o melhor marido do mundo. O dinheiro está na cômoda.
XXXX
- A campainha está tocando. Deve ser o mocinho da pizza. Vai lá você?
- Vai você!
- Então ta. Eu vou. Mas assim. De calcinha e sutiã.
- Você não vai fazer isso.
- Não?
- Não.
Ela levantou-se, rápido. Pegou o dinheiro do armário e saiu em direção a porta.
Foi impedida no meio do caminho.
Ele pegou o dinheiro se sua mão, correu para porta e abriu-a.
Pegou a pizza, sentindo o olhar estranho do motoboy. Claro. Estava apenas de samba-canção. Deu um risinho e pagou-o.
Ao longe, uma voz feminina gritava, divertida:
-VEM LOGO, JAMEZITO! TO ESPERANDO!
Ele corou. Fechou a porta. E encontrou uma Lily às gargalhadas, no quarto.
- Engraçadinha.
- Eu sempre quis fazer isso.
- Você é tonta.
- Mas eu amo você.
- Eu também.
A pizza? Foi esquecida, em cima da mesa da sala.
XXXX
- Te amo. Muito.
- Eu amo você. Pra sempre.
As lágrimas que caíram naquela noite nunca secaram. As palavras ditas nunca foram esquecidas. E as provas de amores seriam, um dia, idolatradas.
--------------------------------------------------------------------------------
N/A²: E aí? Gostou? Odiou? Teve paciência pra ler isso daqui até o final? Então, please, comentem!
kiisses ;D
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!