Descobertas



Harry aparatou em frente ao Grimmauld Place, onde agora era a sede da Ordem da Fênix. Entrou e olhou em volta, tudo calmo, vazio. Não gostava de ficar ali. Aquela casa lhe trazia lembranças. Lembranças que gostaria de esquecer, mas que, por mais que doesse, ele transformava em força para continuar.
Foi até a cozinha. Lá estavam Rony, Hermione e Lupin. Todos os outros já tinham ido embora.
Rony e Hermione haviam decidido ajudá-lo em sua aventura. Era grato por isso, mas não deixava de se preocupar com eles. Sentia como se fossem sua responsabilidade.
O professor havia se mudado pra lá há algumas semanas. Dissera que iria ficar para cuidar deles e ajudá-los em suas missões.
- Harry, você voltou! Onde estava?—perguntou Hermione em um misto de alegria e preocupação.
- Estava andando por aí—respondeu sem emoção.
- Está se sentindo bem, cara?—perguntou Rony.
- Sim, por quê?
- Está pálido. Tem certeza de que está se sentindo bem, Harry?—perguntou Lupin.
- Sim. Posso falar com você a sós?
- Claro. Vamos para a sala.
Saíram e foram em direção a sala, deixando os outros dois um pouco confusos e curiosos.



Na sala:
- O que houve Harry? Algum problema?—perguntou Lupin se sentando no sofá.
- Não...é que...—Harry havia se sentado em frente a ele.
- O que houve? Pode me dizer...
- Eu fui ver o túmulo dos meus pais essa noite.
- E...
- Enquanto eu estava lá, apareceu uma garota. Ela disse que queria me ajudar.
- Quem era ela?
- Eu não sei—Harry falava sério.—Ela me deu isso e disse para que eu perguntasse quem ela é a você—entregou a rosa ao professor.—Então, professor, quem é ela?
Lupin não respondeu de imediato. Ficou olhando a rosa, pensativo. Finalmente deu um suspiro e disse sério:
- Ela é uma Black.
- O quê? Pensei que Sirius fosse o último deles.
- Eu também, Harry.
- Como você sabe que ela é uma Black?
- Essa rosa negra é um dos símbolos da família Black.
- Mas, todos da família Black não eram leais a Voldemort? Com exceção do Sirius...
- Sim, mas pelo jeito você achou outro membro que não é leal a Voldemort.
- Tem certeza?
- Você tem?
- Não sei...ela apareceu rapidamente. Não sei se é confiável ou não.
- Fique tranqüilo. Ela aparecerá novamente.
- Como pode ter certeza?
- Se ela te deu essa rosa é porque quer falar com você. Ela voltará.
- Será?...
- Bom, está tarde. Pensaremos melhor sobre isso amanhã. Boa-noite, Harry.
- Boa-noite, professor.
Lupin sorriu, devolvendo a rosa a Harry e foi para seu quarto. Harry ficou na sala pensando.
- Harry?
- Hã? Ah, Hermione.—disse vendo a amiga se aproximar dele.
- Aconteceu alguma coisa?
- Talvez.
- Seja mais específico.—disse Rony aparecendo na sala.
- Encontrei um membro da família Black.
- E isso é ruim?—perguntou o ruivo.
- Não sei se posso confiar nela.
- Nela? É uma garota?
- Sim, Hermione.
- O que ela te falou?
- Nada, Ron, nada.
- Disse o nome pelo menos?—perguntou Hermione.
- Não. Só me deu essa rosa—mostrou a rosa a amiga.
- Então como sabe que ela é uma Black?—perguntou a garota.
- Ela disse para que perguntasse a identidade dela ao Lupin. E eu o fiz. Ele disse que essa rosa é um símbolo da família Black. Logo, ela é uma Black.
- Bonita?
- Rony!—repreendeu Hermione.
- Quié? Não pode perguntar?
-Sim, Rony ela é bonita.—dizendo isso, Harry se lembrou dos olhos dela. Tantos sentimentos juntos. Mas sempre que pensava neles a esperança se sobressaia. Ele não entendia, já tinha visto várias pessoas com esperança no olhar, mas então, por quê nela era diferente?
- Acho melhor irmos dormir. Discutiremos isso de manhã. Boa-noite, Harry, Rony.
- Boa-noite Mione, Harry.
- Boa-noite Rony, Mione.
Depois que seus amigos foram se deitar, Harry permaneceu na sala um pouco ainda. Depois foi dormir, determinado em descobrir quem era aquela jovem Black e o que o mais intrigava: o que ela queria?


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Harry acordou com o barulho de uma coruja bicando o vidro da janela de seu quarto. Colocou os óculos e foi até a janela. A abriu e a coruja entrou. Carregava um pergaminho amarrado à pata esquerda.
Assim que Harry o pegou a coruja foi embora Ele abriu o pergaminho e leu:

“Não sei o que pensas de mim, mas realmente preciso falar contigo. Me encontre no cemitério onde seus pais estão enterrados hoje ás 22:00hrs. Vá sozinho.
L.B.”

- L.B.? O que significam?
Harry desceu até a cozinha para tomar café e acabou encontrando seus amigos já despertos e servidos.
- Bom-dia Harry!—cumprimenta Hermione animadamente.
- Bom-dia—respondeu o moreno se sentando.
- De quem é?—perguntou Rony apontando o pedaço de pergaminho na mão do amigo.
- Da garota Black. Acho que o nome dela começa com “L”.
- Por quê acha isso?—perguntou Hermione.
- Olhe como ela assinou.—entregou o pergaminho a amiga.
- “L.B.”. Iniciais... “B” de Black...”L” de...
- Várias opções...
- “Me encontre no cemitério onde seus pais seus pais estão enterrados...Vá sozinho...Você vai?—perguntou Rony lendo a carta por cima do ombro da amiga.
- Vai aonde?—perguntou Lupin entrando na cozinha.
- Aquela garota mandou uma carta pro Harry marcando um encontro—disse Rony.
- Ah! Você vai, Harry?
- Vou.
- Sozinho?
- Sim, Ron. É assim que ela quer não é?
- È mas...
- Então é assim que eu vou.—falou decidido. Os outros não falaram nada. Não adiantaria mesmo.

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Em um quarto numa antiga mansão uma jovem acabara de despertar. Sentou na cama e se espreguiçou. O quarto estava decorado em tons de vermelho, na mesma tonalidade dos lençóis de seda que vestiam a cama de casal na qual a jovem se encontrava. Os travesseiros eram pretos, combinando com os olhos e os cabelos dela. Ela se levantou e foi até a escrivanhia. Escreveu um bilhete em um pequeno pedaço de pergaminho. Amarrou na pata esquerda de sua coruja e a fez partir.
- Espero que você vá, Harry. Preciso da sua ajuda e você da minha.
Se afastou da janela e foi se aprontar, tinha trabalho a fazer.
Tomou um rápido café da manhã e trocou de roupa. Colocou a varinha em um suporte no lado esquerdo da bota. Pôs uma capa e saiu.
Mais um dia, mais uma batalha. Sempre fora assim e por um bom tempo ainda seria. Até que seu maior inimigo fosse derrotado. Até que Lord Voldemort fosse derrotado.

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A jovem de cabelos negros aparatou em uma região deserta e sombria. Não havia ninguém nas ruas e o vento batia forte fazendo sons que lembravam uivos de lobos. Andou em passos decididos até uma casa que aparentemente era abandonada. Bateu três vezes e esperou. Olhou em volta. Nada. Nenhum sinal de algum ser humano, seja bruxo ou trouxa. A casa parecia que iria despencar a qualquer momento. Havia alguns buracos nas paredes e algumas janelas ameaçavam despencar. Ótimo para quem queria se esconder.
Acordou de seus pensamentos com duas batidas na porta vindas, agora, de dentro. Bateu mais três vezes.
Depois de alguns segundos a porta se abriu e um jovem apareceu.
- Não pensei que voltaria a te ver tão cedo.—disse. Sua voz era arrastada e tinha um certo tom de superioridade e sarcasmo .
- Posso entrar? É meio perigoso ficarmos aqui fora, não acha?
O jovem não disse nada, apenas afastou um pouco o corpo para que a garota passasse. Ela entrou e olhou em volta. Realmente a casa estava um horror. As paredes estavam empoeiradas, as janelas fechadas e cobertas, fazendo com que apenas uma leve fonte de luz entrasse. A iluminação mais forte vinha das velas espalhadas pela casa, ao lado dos móveis, aparentemente velhos, mas bem conservados.
- Bem abaixo dos seus padrões, meu amigo.—sorriu.
- Vai começar com as sua ironias?
- Não.—ficou séria—Só vim lhe avisar. Marquei um encontro com Harry Potter para esta noite.
- Com o Santo Potter? O que quer com ele?—perguntou o rapaz se sentando e convidando a jovem a fazer o mesmo.
- Preciso da ajuda dele.
O garoto riu.
- A única coisa que precisa dele é que ele derrote o Lorde das Trevas.—disse pegando uma garrafa de vinho e duas taças no armário perto do sofá onde estavam.
- Ele não conseguirá isso sozinho.
- E você pode ajudá-lo?—entregou uma taça de vinho a amiga.
- Continua com seus hábitos refinados.—disse examinando a taça—Mas, respondendo a sua pergunta, posso destruir a sexta horcruxe para ele.
- Quem? Nagini?—o jovem a olhava cético.
- Exatamente.
- E como pretende fazer isso?—perguntou tomando um gole de vinho.
- Tenho meus métodos.—respondeu olhando diretamente nos olhos claros do jovem a sua frente e tomando seu vinho todo de uma vez.
- Se você diz...—falou imitando os gestos da jovem a sua frente.
- Bom,--colocou a taça na mesa de centro—Era só isso. Só vim te avisar do meu encontro com Potter.—o jovem riu mais uma vez.
- Boa sorte em convencê-lo a confiar em você.
- Sabe que se ele souber meu parentesco, confiará em mim.—se levantou.
- Seu parentesco?—levantou-se também—Que parentesco? Que você é uma Black?
- Não e você sabe. Quem foi meu pai e quem foram meus padrinhos.
- Hum... Boa sorte mesmo assim. Potter é muito desconfiado.
- Tem quem confirme isso a ele. Tenho que ir.—foi em direção a porta.
Ele a seguiu e quando ela estava preste a sair ele a segurou pelo braço e olhou fundo nos olhos dela quando, sério, perguntou:
- Voltarei a te ver?
- Claro.
- Tome cuidado, Lavínia
- Você também, Draco—deu um beijo no rosto dele e aparatou. Ele a observou e em seguida entrou na casa. Temia pela própria segurança e pela da amiga. Afinal, ela era a única amiga verdadeira que um dia ele já teve e ele não gostaria de perdê-la.


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Notas da autora: Tá aí o segundo capítulo, espero que gostem e comentem
Bjs.


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