Grifinória, Sonserina e Hertz

Grifinória, Sonserina e Hertz



Capítulo 3-Grifinória, Sonserina e Hertz

Conversar com aqueles três que por muito tempo achei que fossem meus inimigos foi meio estranho. Mais de uma vez, naquela conversa casual, os chamei pelo sobrenome, como fazia quando os initimava. Mas eles levaram os momentos que os chamei de Granger, Potter e Weasley na brincadeira.
No momento, especulavamos em que casa cairíamos. Eu esperava seriamente não cair na Sonserina. Rony esperava, pra ele e pra nós, o mesmo.
"Nenhuma casa é ruim, mostram as qualidades das pessoas. Mas se tem uma que nascem verdadeira cobras, é a Sonserina."
"Sonserina? A verde com a cobra?" indagou Harry
Hermione mostrou-se uma enciclopédia ambulante.
"Salazar Slytherin, o criador dessa casa, era a favor que apenas bruxos de 'sangue puro' frequentassem Hogwarts. Foi de lá que saiu o Lorde das Trevas" ela pareceu desconfortável ao mencioná-lo "e boa parte de seus seguidores."
"Lá só caem bruxos sem chance de recuperação mental, se é que me entendem. Sangussugas ministeriais, influentes." quando Weasley... Rony o falou, senti um aperto ao saber que meu pai se encaixava na descrição. Não pena, ele escolhera aquele caminho, mas as pessoas que ele já ferrou estando no local influente que ele estava.
"Qual casa vocês pretendem cair?" perguntei a eles
"Não sei. Uma com algum de vocês está ótimo." respondeu Harry
"Uma que eu possa desenvolver meus estudos." declarou Mione
"Grifinória, como meu pai, meus irmãos e o vovô, e..." começou Rony
"Já entendemos." Cortou a amiga
Eu comecei a indagar. Eu realmente acreditava que havia mudado desde do meu primeiro ano. Meu VERDADEIRO primeiro ano. Sei lá, vocês entenderam.
Em resumo: eu acreditava que era possível eu ir para a Grifinória com meus novos amigos, mas acreditava também na possibilidade de ser mandado para a Sonserina por causa do meu sangue. Minha 'happy family'.
Harry percebeu que eu me encontrava preocupado.
"O que foi, Draco?"
"Tem possibilidade de eu ser mandado pra casa que minha família foi mandado por todos esses anos?"
Todos se calaram. Meu temor havia se tornado coletivo, pois eles também visaram essa possibilidade, e pareciam querer sinceramente que eu caisse na mesma casa que eles, ou pelo menos não caisse na Sonserina.
Mas a lista de nomes começou a ser lida. Esperávamos calados, analisando quem ia pra cada casa. Hermione foi uma das primeiras. Ninguém se surprendeu com a declaração do Chapéu Seletor:
"Grifinória!" cantarolou
Krabbe e Goyle foram para Sonserina, e parceiam estar confusos, talvez pelo fato de eu não estar lá para mandar neles.
"Senhor Draco Malfoy, fassa a gentileza." chamou Minerva, com sua voz segura e que aparentava sabedoria milenar.
Sentei. Não foi como a primeira vez, que o Chapéu Seletor mal encostou em minha cabeça e declarou que eu pertencia à Sonserina. Ele parecia extremamente confuso.
"Não, não, não será da Lufa-Lufa. Grifinória? Não sei, ele parece ser frio. Corvinal, a parta do corvo, talvevz... não... não... Sonserina? Malfoy, assim manda sua família?" questionava-se o Chapéu. Eu permanecia estático com um mesmo mantra:
"PorfavorGrifinória!PorfavorGrifinória!PorfavorGrifinória!"
"Sim, como manda a família! Sonserina!" berrou, enfim, o velho Chapéu. Velho e gagá, aliás. Me irritava profundamente o fato dele me declarar Sonserina por causa dos Malfoy. Eu não queria ser uma Malfoy.
Hermione tentou me consolar.
“É uma pena Draco, mas foi por causa da sua família...”
Os meninos deram nos ombros. Ficaram frustrados, mas não deixariam aquilo estragar a noite deles.
“Tudo bem.” Tranquilizei-a
Chamaram mais algumas pessoas e foi a vez de Harry. O Chapéu hesitou, como o fez comigo, mas em vez de mandá-lo onde achava melhor, mandou onde ele pediui: Grifinória. Poderia ter sido comigo. E Rony foi direto pra Grifinória.
A única coisa que me animava era saber que eu não era um sonserino em questão de personalidade.
Jantamos em mesas separadas. Pancy Parkson tentou se aproximar de mim, como na primeira vez. Mas quando ela começou a falar de como era inteligente, eu mudei de lugar.
Na outra ponta da mesa, estavam Krabbe e Goyle. Goyle começara a evoluir de capacho para chefe. Krabbe estava o mesmo, obedecendo Goyle como me obedecia. Quando Pancy viu que não teria chance comigo e minha família sanguessuga ministerial, mudou de lugar, para perto de Goyle.
Ela parecia ter um fraco por parentes de ex-comensais.
O dia se seguiu sem surpresas: depois do jantar, me encontrei e conversei um pouco com Harry, Rony e Hermione, e depois fui direto para os dormitórios. Quando eu estava entrando, tudo que consegui pensar era uma única coisa:
“Não sou mais um Malfoy. Voltei a ser um humano.”

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Estava escuro. Eu corria alucinado, estava bem próximmo. Estava impossível de enxergar, mas a escuridão atrás de mim estava tão radical que olhá-la dava ardência nos olhos. Estava próximo. Muito, muito próximo.
No momento que senti aquele vento frio lambendo meu rosto, dei um berro.
Eu estava no chão do quarto, suado. Demorei uns segundos pra olhar em volta e perceber que meu sonho fora um sonho, não ofereceria perigo.
Eu acho. Nunca acreditei que sonhos fossem presságios.
Meus companheiros de quarto, Krabbe e Goyle, não acordaram com o berro. Nem o outro cara, Tom qualquer coisa. Eu vi que estava terrivelmente cedo, então resolvi tomar um banho para passar o tempo. Demorei mais que o normal, aliás. Demoro em média dez minutos. Esse levou quarenta.
Foi algo simbólico, aquele lance todo de “lavar o corpo lava a alma”. Foi como limpar a minha mente daquele sonho perturbador
Quando eu tinha acabado de me vestir, com o cabelo seco, sem traços do pesadelo em minha face, meus colegas começavam a levantar.
“Malfoy, que fôlego pra acordar é esse?” resmungou Goyle
Deixei eles ali, não ia ter uma conversa produtiva com eles. Desci para o Refeitório, o banho abriu meu apetite.
Estava vazio, mas as enormes mesas já ostentavam pratos, todos intocados.
Pensei em esperar na porta meus amigos, mas então percebi uma garota agachada no outro extremo do salão. Não parecia ter a intenção de se esconder, mas o ângulo que eu via não era muito bom. Quer dizer, se eu tivesse interessado em observar, ahn... as feições traseiras dela, eu estava em uma ótima posição, só necessitanto chegar perto. Mas deixei meus desejos masculinos de lado, apesar da posição dela dar uma bela vontade de sentar e observar.
Ei, não me levem a mal. Ela era realmente gata.
Quando cheguei perto, vi que ela tentava, com dificuldade, juntar livros pesados e algumas pedras brilhantes que havia deixado cair. Tentava alcançar uma de baixo da mesa.
“Ei, quer ajuda?” ofereci
“Não.” Ela não estava me esnobado, até onde entendo. Tinha acabado de sair debaixo da mesa com o que parecia ser a última pedra, de um verde extremamente bonito, esmeralda.
Depois de fitar a pedra, pousei o olhar sobre seu rosto.
Era realmente linda.
Sobrancelhas não muito negras, finas, bem desenhadas. Um nariz normal, não muito fino nem especial. Seus lábios... poderia descrever aquilo por uma tarde interia. Vermelhos, bem desenhados, não muito cheios. Não, vermelhos não, um pouco mais claro. Um intermédio entre diferentes tons. Bronzeada, sem exagero... cabelos castanhos, ondulados, mas não crespos. Um pouco abaixo dos ombros. Mas o que me chamou a atenção foram seus olhos.
Amarelos.
Não, não mel, como aparecem em pessoas normais. Amarelos, cara. Como os de um gato, profundamente amarelos. Se fosse mais velha, eu acharia que os olhos de gato eram efeitos colaterais de ser animaga, de bruxa para gato.
Mas não. Eram naturais!
“Você vai babar?”
Ela me olhava com uma sombrancelha levantada, curiosa pra saber se eu sofria de um derrame. Já equilibrava as coisas em seus braços.
Eu estivera fora de ar. E olha que eu sempre achei que isso só acontecia em desenhos animados. Realmente, só faltava eu babar.
“Ah... não, eu... só saí um pouco do ar, é...” eu não sabia explicar
“Tá. Tchau.” Ela se virou para ir embora. Mas eu não ia deixar.
“Ei! Espera! Pra que a pressa? Não vai comer alguma coisa? Por que não quer me acompanhar?”
Ela se virou à contragosto.
“Já comi. Além do mais” só então percebi que ela vestia roupas da Grifinória “nem somos da mesma Casa. Se entendi as regras ontem, não é uma boa idéia eu sentar na sua mesa.”
“Só companhia?” só faltava eu rastejar. O meu pai nunca me fizera implorar. Uma garota que eu não sabia o nome estava me forçando à quase cair de joelhos.
Que ironia.
“Não.” Ela levantou a sombrancelha e virou-se novamente, recomeçando a caminhar.
Eu parecia um cachorrinho. Não, espera. Cachorrinhos tem mais dignidade.
E olha que eles cagam no tapete!
Segurei o braço dela.
“Por favor...” perdi, com voz melosa e um tanto submissa. Claro, não estava me sentindo realmente daquele jeito, mas eu resolvi apelar.
Ela tremeu e deixou suas coisas cairem. Havia rossado em Flame.
Cobra estúpida.
Quando me abaixei pra judar, a manga de minha camisa subiu um pouco, exibindo quase que metade da cobra. Você não faz idéia de como eu estava feliz.
“O que... o que é essa... essa coisa?” ela fitava Flame consternada.
“Ahn... de... família?” Deu para imaginar a cena, certo? Ela me pergunta o que diabos era Flame e eu pergunto se era de família.
Ela estreitou os olhos e concentrou-se em juntar material.
“Mas... qual é o problema de me acompanhar num café da manhã?”
“Estou esperando alguém.”
“Ah, qualé! Esse alguém não ficaria bravo. Há não ser que fosse, sei lá, seu namorado?”
Eu estava cutucando a onça com vara curta. Ela ficou vermelha.
Mas não era de vergonha.
“Cala a boca! Quem é você, pra tentar se intrometer na minha vida! Sai de perto de mim, seu...” ela fechou os punho, começando a me socar.
Apesar de saber que aquilo não era nem 1/10 da força dela, doeu. Eu me protegia com os braços na cara.
Parecíamos estar no prézinho.
“Pera, pera, AI!...” ela parou, esperando um pedido de desculpas. Estendi minha mão em um comprimento “Draco Malfoy, à seu dispor.”
Ela juntou tudo e se levantou. Falou, em ar superior:
“Chamma Hertz, saindo de perto de você.” Antes que eu pudesse impedí-la, ela perdeu-se na avalanche de alunos que chegavam. Hertz, um nome que eu não esqueceria.
Eu ainda estava no chão, e me levantei sem saber o que ia fazer a seguir.
“Draco, se você for discreto, talvez dê pra sentar com agente.” Era Hermione que murmurava em meu ouvido, que segurou meu braço pra conduzir-nos até onde estava o resto do grupo.
Sentei com eles, na ponta da mesa mais longe dos professores. Procurei, em vão, pelas proximidades, Chamma.
Jogamos conversa fora enquanto comíamos, brincando. Estávamos falando de alguma coisa relativa à fofocas, quando Rony começou:
“Sabe o que me disseram? Que tem uma parente de Godric Griffindor em Hogwarts. Umas das últimas! Vivas, é claro. Era menina, e é da Grifinória, alguma coisa como Heather, Helen... Era com H, não sei se o nome ou sobrenome...”
“Hertz?!” Perguntei, enfim. Eu tinha que saber
“É! Não-sei-o-que Hertz. Por que esse desespero pra saber, Draco?” Rony percebeu que eu parecia um tanto... obcecado.
E acho que eu estava mesmo.
“Ah, eu a vi hoje... deve ser por isso que ela foi meio esnobe.”
O assunto foi abandonado. Quando eu resolvi contar o que acontecera na manhã,pronto pra confessar que senti uma atração por ela, comecei a me sentir tonto.
“Draco! Draco, você vai...” Mione berrou
Eu caí de costas, tombando para o escuro.Estava desmaiando.
Ouvi, na luta para me manter acordado (que acabou rápido, e eu perdi) uma risada, que parecia um sibilo.
Era Flame.
Aquela maldita serpente me levava pra outro lugar. Para outro erro.
Para um novo concerto.

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Caso queiram especular sobre Harry POtter, criticar, elogiar ou simplesmente jogar conversa fora, meu e-mail é [email protected]

Tchau ;)
Bi@~~Ballu

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