Um Novo Lar



Nota da autora: esta fanfic é a continuação do romance A Filha de Lord Voldemort e quem não leu está perdendo muita coisa, mas vou dar alguns detalhes importantes. Voldemort antes do encontro com os Potter teve uma herdeira, a mãe dela assim que teve a oportunidade fugiu com a garota e a deixou na porta da casa de uma família de bruxos para tentar proteger a menina do pai. Quinze anos mais tarde essa menina, Juliah Settlers, fica amiga de Harry Potter, muitas coisas acontecem, ela descobre de quem é realmente filha, ela salva Harry de Voldemort e um amor muito grande nasce entre os dois. O ano letivo termina e os dois voltam para Londres, se despedem prometendo se encontrar em breve e é a partir dessa separação que iniciarei essa fanfic.





CAPÍTULO 1 -UM NOVO LAR



Depois que Harry se despediu de Juliah ele foi ao encontro de seu padrinho Sirius Black. Nesse verão finalmente ele deixaria a casa dos Dursley para viver com ele. Harry sonhara com este dia, desde que conhecera Sirius e este o convidara para morar com ele, mas seu padrinho era acusado de um crime e havia fugido de Askaban, só conseguindo provar sua inocência no final do verão passado, quando pôde parar de se esconder. Harry sabia que uma nova vida o esperava e isso lhe enchia de esperanças.

Depois que Rony, Hermione e os Weasley foram embora, Harry e Sirius se prepararam para sair da plataforma 9 e ½. Sirius carregava todas as coisas de Harry, deixando o menino levar apenas sua coruja Edwiges e sua Firebolt, estava mais feliz do que qualquer outra vez que Harry o havia encontrado, até mesmo mais do que quando foi chamado para dar aulas em Hogwarts, só não estava mais feliz que o próprio Harry.

Quando se aproximaram da plataforma nove, Harry viu uma figura conhecida, que realmente, era a única que ele não esperava ver: tio Válter. Ele avistou os dois, fechou ainda mais a cara e se dirigiu a Harry com esforço.

- Olá!- disse tio Válter olhando Sirius com receio, mas este tinha um sorriso no rosto.

- O que você está fazendo aqui?- perguntou Harry numa mistura de surpresa e ódio.

- Este aí- disse o Dursley apontando para Sirius- pediu para eu trazer suas coisas, bem, aqui estão. Espero nunca mais ter de vê-las, ou ver seus amigos esquisitos e muito menos ver você.

Válter Dursley terminou de dizer essas “gentis palavras”, virou-se e ia embora, Harry não ligou, mas Sirius gritou alto para que todos pudessem ouvir.

- É, nós também morreremos de saudades suas!

Todos, na estação, viraram-se para ver Sirius e com quem ele falava. O senhor Dursley andou mais depressa enquanto ficava vermelho como um pimentão, de vergonha e de raiva.

- Bem Harry... pronto para conhecer sua nova casa.- disse Sirius quando Tio Válter sumiu de vista.

- Claro!- respondeu o menino com os olhos brilhando.

E os dois pegaram um táxi para a rua Fort Place.



Cerca de dez minutos depois, o táxi chegou a uma ruazinha com poucas casas, mas bastante iluminada e florida. O táxi logo parou no número 43. Era uma casa de dois andares, estava pintada de azul e tinha um grande pátio. Ela ficava em um bairro comum, parecia muito com uma casa de trouxas comum, bem... pelo menos até Harry entrar...

Por dentro a casa era muito maior do que aparentava (como a maioria das casas de bruxos), com certeza era maior do que a casa da rua dos Alfeneiros n.º 4, haviam quadros que se moviam, candelabros flutuantes, um elfo-doméstico e muitas coisas conhecidas e desconhecidas para Harry.

- Bem, Harry... o que você achou?- perguntou Sirius enquanto entrava com a bagagem.

- Oh! É maravilhosa! Ah!!!! Desculpe padrinho, deixa que eu ajudo com isso.

- Na-na-na-na-não! Não precisa! Tenho alguém aqui que ficará honrado de levar tudo isso pro seu quarto.

Sirius disse isso e o elfo que estava longe aproximou-se, então Harry pode ver quem era.

- Dobby?- perguntou Harry surpreso- o que você faz aqui?

- Oh senhor Potter, Dobby agora trabalha pro senhor, o senhor Black convidou e Dobby não podia negar!

- E Hogwarts, e Dumbledore?

- Ele fez questão que Dobby viesse, Dobby está tão feliz de poder ficar perto do generoso Harry Potter.

- Eu... eu também gostei de você estar aqui!- disse Harry ainda meio confuso.

- Bem Dobby leve isso para o quarto de Harry e avise quando estiver tudo pronto, eu quero fazer uma surpresa.

- Sim senhor Black!- Dobby disse isso e saiu apressado em direção ao andar superior.

- Ainda haverão mais surpresas?!- falou Harry.

- É, mais algumas... Quer comer alguma coisa?

- Aãm... – Harry estava morrendo de fome- Sim!

- Ótimo! Já que Dobby está ocupado eu mesmo prepararei algo!

- Eu não sabia que você cozinhava!

- E não cozinho, mas, às vezes, um homem tem que se virar.

Harry ainda não sabia porque, mas esta afirmação de Sirius lhe causou um leve estremecimento.

Sirius foi para a cozinha, mas Harry resolveu dar uma explorada pela sala antes de acompanhar o padrinho. Sem dúvida, a casa de Sirius era muito diferente da casa dos Dursley. Harry foi para a janela, esperando ver a ruazinha florida e bem iluminada, mas o que ele viu foi um dia ensolarado de verão, em uma praia deserta. Ele ficou tão encantado com a visão, que não viu Sirius se aproximar.

- Pelo visto você gostou da minha praia!- disse Sirius.

- Ela é real?!- perguntou Harry.

- Sim e não!- respondeu Sirius.

Harry o olhou com uma interrogação no rosto.

- Bem...- continuou Sirius- Essa praia realmente existe numa ilhazinha asiática, fiquei alguns dias lá enquanto fugia com Bicuço, agora se você quer saber se ela está aí fora... isso ela não está! É só uma imagem criada para ... ãh... distração.

- Ah!!! – exclamou Harry.

- Ei! Eu vim aqui lhe chamar para comer! Vamos?- perguntou Sirius.

-Vamos!- respondeu Harry, novamente com aquela sensação de estremecimento.



A cozinha de Sirius era bonita e muito limpa, os pratos já estavam postos e uma panela borbulhava no fogão.

- Anda, Harry! Sente-se! Hoje você vai experimentar minha especialidade.- Sirius trazia a panela para a mesa- Sopa de carne com batatas, ou melhor sopa Sirius Black!

Sirius abriu a panela. A sua “sopa” não tinha uma aparência muito boa. Era um caldo grosso com alguns pedaços de carne impregnados, tinha cheiro de queimado e a cor escura não ajudava no visual. Ele serviu seu prato e o de Harry, e começou a comer com a ferocidade de quem não come a dias. Harry olhou a comida e com um tremendo esforço pôs um pouco na boca. O que ele temia era verdade: o gosto era horrível.

- Muito bom, não é Harry?

- É. – respondeu Harry fazendo um esforço para engolir.

Para o seu padrinho que passou fome (e chegou a comer ratos, quando estava fugindo) aquela comida deveria ser ótima, mas mesmo estando com fome, Harry não conseguia comer, então era melhor iniciar uma conversa.

- Sirius, se você não se importa que eu pergunte, como você conseguiu dinheiro para comprar esta casa? Quer dizer... é que você ficou preso por doze anos e fugindo por mais dois...

Sirius fez uma cara de quem não gosta muito do assunto, terminou de comer, olhou para o Harry e simplesmente disse:

- Herança de família.

- O que aconteceu com seus pais?- insistiu Harry.

Sirius fechou mais a cara.

- Eu acho que uma refeição como esta, não merece um assunto tão indigesto.- então abriu um sorriso- Acho que Dobby já terminou de arrumar sua coisas! Vamos lá!



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