Único.



This time, this place
Misused, mistakes
Too long, too late
Who was I to make you wait

(Este tempo, este lugar
Desperdícios , erros
Tão demorado , tão tarde
Quem era eu para te fazer esperar).



Harry, tivera que ir, que fazer o que seu destino mandava, colocou a prova, deixando claro para quem quisesse duvidar, do porque dele ter sido o menino-que-sobreviveu, mostrou a todos, que era capaz de fazer o que fora predestinado. A morte de Dumbledore foi a gota para a alma do herói, foi a gota para o mundo perceber que estavam em guerra. Guerra essa que Potter tomava a caminho dos bons, e justiceiro. Aos olhos de todos, ele era assim, esse salvador, mais o grande herói tinha os seus momentos de medo, seus momentos de angústia, seus momentos de insegurança, de saudade.

Sim, a saudade o consumia, saudade dos tempos de escola, onde podia se preocupar com a partida de quadribol do dia seguinte, saudade do ambiente da escola que ele tanto amara, aquela escola foi pra ele o único lugar que pode chamar de, lar. Apesar de estar sempre com Rony e Hermione, que não deixou o só nem sequer por um segundo, sentia saudade do ambiente, de estar rodeado por pessoas, que amava, e que até odiava. Mais não tão no fundo, ele sabia, ele tinha certeza que a saudade que mais lhe atingia, a saudade que mais lhe machucava era a saudade de Gina. Que saudades que tinha daquela ruiva, nesses tempos de guerra nem a via, mais nos poucos momentos de descanso, nas poucas horas de sono que tinha, era ela que se apossava de seus pensamentos. Conheceu com ela no sexto ano, o amor de verdade, a felicidade e contemplação em somente estar ao lado de quem ama. Não podia ter percebido esse amor antes?, Quanto tempo tinha jogado fora, mais ela nunca desistiu, e quando finalmente ele acordou, pode ver que ela era a dona de seu coração.

- x –
Just one chance
Just one breath
Just in case there's just one left
'Cause you know,
You know, you know

(Apenas mais uma chance
Apenas mais uma respiração
Apenas um caso que foi deixado de lado
Porque você sabe,
Você sabe , você sabe...)


Estava em mais uma daquelas missões perigosas, na busca das últimas horcruxes, tivera boas informações, mais depois de tanto se arriscar para encontrar o tal lugar, não encontrou nada, ficou decepcionado, já tinha recebido informações frias antes, mais parecia que dessa vez era séria, já estava se virando para ir embora daquela cômodo, que a alguns anos seria uma sala de uma casa luxuosa, visto que os livros perpetuavam as estantes, e tudo parecia ter sido colocado de maneira que ficasse alinhada, porém a poeira existente dava um aspecto de abandono na casa.

- Harry espere. - Disse Hermione segurando no seu ombro, antes de perguntar por que, ela o fez se virar, apontando para a mesa, foi então que Harry viu que nela tinha um pedaço de pergaminho, que não parecia velho e nem sujo como os outros objetos do local. Foi se aproximando com a legítima cautela, mais vencido pela curiosidade, pegou-o lendo as informações que ali estavam.

"Continue mexendo onde não deve, Potter, que uma certa Weasley sofrerá as conseqüências."

Sentiu-se tonto, logo depois seus instintos berravam para ele, "ESTÃO COM GINA! MEXA-SE!!", não, não era possível, era mais uma armadilha, só podia ser, ela estava segura, na proteção de sua casa.

- O que está escrito ai Harry?! - perguntou Hermione preocupada, pela expressão do moreno, que parecia estar em transe.Este olhou para os amigos, que estavam preocupados e curiosos, sentiu o desespero e a fúria consumir suas entranhas.

- Segundo isso aqui... - disse olhando para o papel com repúdio. - ESTÃO COM GINA! - continuou não conseguindo mais controlar a voz, queria matar o dono daquela letra patética, daquele bilhete que lhe causou surtos de fúria e medo incontroláveis.

- Não... não podem estar com a minha irmã, ela estava em casa eu sei!. - disse um Ron com a voz rouca, tomada pelo medo, logo em seguida aparatou, Harry e Hermione também fizeram o mesmo, não era difícil imaginar para onde.

Chegando na Toca, os três viram o que mais temiam, o que pediram tanto para que não vissem, todos os presentes na casa pareciam desesperados, Sra.Weasley chorava irremediavelmente, e todos pareceram se assustar com a chegada inesperada do trio.

- Que bom que vocês voltaram... - disse Lupin, vindo recebê-los.

- Gina foi raptada?! - disse Harry cortante, tentando ainda se conter, Lupin suspirou.

- Ela desapareceu, desde ontem não foi vista.

- E VOCÊS ESTÃO FAZENDO O QUE AQUI CHORAMINGANDO?! - berrou não conseguindo se conter, Gina podia estar morta, podia estar sendo torturada, e eles ficavam apenas a se lamentar?!.

- Se acalme Harry. Fizemos o possível, estamos esperando notícias, contatos, não adianta se desesperar. -

- Você deve estar louco, se está achando que vou ficar aqui sentado sem fazer nada!. - disse cerrando os punhos.

- E pretende fazer o que então?! - revidou o não tão controlado Lupin. Harry socou a parede mais próxima, fazendo os quadros que estavam nela balançarem. Sentou-se no sofá que estava ao seu lado, escondendo a cabeça nas mãos, segurando com força seus cabelos. Remo e Hermione, sentaram ao seu lado tentando em vão, consolá-lo.

- Como ela desapareceu? - disse sem fôlego, tinha que se controlar, era a vida de Gina em risco, precisava pensar, raciocinar. Lupin contou-lhe, que ela andava muito deprimida, e que nesse dia recebeu uma coruja, e depois ficou animada, e falou para Sra. Weasley que iria apenas dar um volta aos arredores da casa, e depois não voltou mais, e então Harry contou do bilhete, e Lupin pareceu ainda mais aflito. - Encontraram alguma pista, algum vestígio?!

- Ela levou a carta com ela... - mais Lupin parou, Harry também percebeu barulhos do lado de fora, e os dois saíram rápido dali. Harry não abriu, escancarou a porta, e pode-se dizer que ele ficou surpreso com o que viu. Malfoy parecia ter usado as últimas forças que tinha para aparatar por ali, agora engatinhava em direção a porta, ele levantou o rosto para falar com Harry, que mais uma vez se viu surpreso com o tanto de cicatriz que tinha no rosto do garoto, nem parecia mais o mesmo, quem diria Malfoy que tanto debochara de sua cicatriz, tinha agora todo o rosto deformado por elas, ele pareceu perder as forças, caindo no chão. O menino-que-sobreviveu, olhava com repúdio a sua figura caída, com a ponta do pé, virou o corpo quase sem vida de Draco.

- O que quer Malfoy?... - falou na mais absoluta frieza. Draco pareceu fazer força para falar. - Fale!, Ou eu termino o serviço que os comensais não tiveram competência para executar. - disse quase cuspindo as palavras, Hermione segurou em seu ombro, para impedir que ele fizesse alguma coisa, fez Harry baixar a mão onde tinha apontada a varinha para Draco.

- Ele pode saber algo de Gina, Harry... se acalme. - Harry suspirou, aquela doninha de fato poderia saber de alguma coisa, enfim era a única pista até agora.

- Anda Malfoy! Sabe alguma coisa?! , Diga... AGORA! - Malfoy pareceu usar toda a força que tinha para se manter sentado.

- Harry ele nem se agüenta em pé, da pra se acalmar?!, Não é o único preocupado com ela! - bradou a não tão paciente Hermione, Harry bufou tentando se conter.

- Estou...tão...feliz quanto você Potter... - a voz de Draco era quase inexistente, mais nesse ínfimo carregavam toda a arrogância de seu ser.

- Se sabe alguma coisa, não enrole com essas provocações idiotas Malfoy. - Ele ouvindo provocações daquele loiro repugnante enquanto Gina poderia estar sendo torturada, como se mantinham tão pacientes?!, Não é possível! , ninguém entende?!.

- Weasley disse... que se... - ele parou, não por fraqueza dessa vez, mais parecia ter que engolir todo o seu orgulho para falar aquilo, talvez a morte seria melhor não?!. - Contasse sobre ela, vocês me... ajudariam. - a última palavra quase não foi ouvida, Harry pensou em matar Malfoy, mais agora o mais importante era Gina, era onde ela estava.

- O que você sabe sobre Gina?! - disse impaciente, segurando a gola da vestes de Draco.

- Se você me largar... eu falo. - o nojo era mais presente do que a arrogância nas palavras de Malfoy, Harry o soltou-o bufando logo depois. Draco pegou a varinha trazendo para si um outro galho de árvore qualquer, onde murmurando um feitiço fez o se transformar em uma chave de portal. Sem mais delongas, e sem pensar muito, Harry Rony, Hermione e Malfoy seguraram a chave de portal, o último fora para mostrar-lhes o caminho, sendo que era o único que podia penetrar ileso nas fortalezas do Lord Voldemort. Era uma casa horrível, tenebrosa, fazia causar arrepios até o de coração mais grifinório. Pensar que sua amada estivesse ali fez o do herói em questão se contorcer de preocupação.

Malfoy parecia estar “diminuindo” a cada passo que dava, e agora, estando mais próxima daquela casa, foi possível vê-lo tremer. Sempre alerta, apesar de o loiro ter dito que eles tinham saído, Draco não provara ser de total confiança. Uma última porta, onde ele colocou o braço esquerdo, que continha a marca, e logo em seguida a porta se mostrou aberta.

- Eu fico aqui, vou ficar olhando se ninguém chega. – disse um tanto ofegante se apoiando na parede. Harry olhou um tanto desconfiado, era melhor um deles ficar ali também, e como se lesse os seus pensamentos.

- Eu acho melhor ficar aqui também, de guarda. – disse Hermione com veemência. Harry concordou com a cabeça, satisfeito, para ela, Rony não aprecia estar gostando nem um pouco dela ficar ali com Malfoy, mais ela insistiu um movimento impaciente com as mãos. Logo quando eles sumiram pelos corredores, Malfoy caiu de estrépito no chão.

- Malfoy?! – disse um pouco exasperada. – Está bem?!

- Ótimo... – ouviu o outro dizer, incrível como uma única palavra vinda daquela boca parece um xingamento pelo tom que ele as usa. – Não precisa ficar com pena de mim, muito menos com medo, não vou fazer nada, do jeito que estou não conseguiria aparatar nem dois passos daqui.

- Mesmo se conseguisse, eu sei que não faria... – disse ela um tanto presunçosa, ele apenas arqueou uma sobrancelha.

- Você está bem Granger?! – disse irônico, não se importando muito com o que estavam conversando. Para seu espanto ela riu, uma risada silenciosa, quase um sorriso, com aquele mesmo ar.

- Granger?!, Olha que coisa... Estamos evoluindo não?! – Na verdade ela não sabia o porquê daquela conversa, uma medida de passar o tempo talvez, só para não pensar que ela em um cárcere repugnante, comandado e governado pelo tão temido “você-sabe-quem”. Mais ela não poderia mentir que até que estava sendo divertida essa conversa, sempre brigavam na escola, ele tão arrogante e pomposo, agora estava ali, a mais indefesa das criaturas. Não pode conter o segundo riso, ainda mais irônico que o primeiro, ao ver ele rolar os olhos, tendo porém as faces em um leve tom de rosa.

- x –
That I love you
I have loved you all along
And I miss you
Been far away for far too long

(Que eu te amo
Eu sempre te amei
E eu sinto sua falta
Estive afastado por muito tempo).


Rony e Harry, sentiram ondas de arrepios só em entrar naquele lugar, o corredor ela longo e muito mal iluminado, haviam várias celas porém era impossível dizer qual delas era habitadas, ou pior, qual delas era ocupada por uma pessoa viva. Passada umas três celas, Harry e Rony se dirigiram a próxima, que segundo as instruções de Malfoy era a que Gina estava. Essa não era diferente das demais, mais tinha uma pequena janelinha, que deixava um pequeno feixe de luz escapar, e esse da maneira que podia, iluminava o local, que não deixava de ser sombrio, tampouco. O coração do grifinório começou a bater mais rápido, de medo, ansiedade, enfim, por uma mistura de sentimentos e sensações, com um toque final de saudade, pois a tanto tempo não se viam, e não poderia existir lugar pior para tal encontro.

- Gina?!... Gina somos nós... – Harry ouviu Rony dizer, a voz do ruivo era rouca, mais Harry tinha certeza que mesmo com muito esforço a dele não sairia, pelo menos por enquanto. Ele viu alguma coisa no fundo da cela se mexer, seu coração parecia ter dado um nó.

- Ronald!... Ah!, Malfoy encontrou você... – Ouvir a voz dela teve mais efeito do que qualquer remédio, uma sensação de alívio tão grande se apoderou dele, que nesse tempo ele até se sentia mais forte. Mais ainda precisava vê-la, tocá-la, agora mais do que nunca. A voz dela estava um pouco rouca, talvez pela falta de uso, e por culpa da má iluminação Harry não conseguiu distingui-la, até ela chegar mais perto, o que pareceu uma eternidade. Ela ia dizer mais alguma coisa, ao segurar as mãos do irmão, não podendo abraçá-lo por causa das grades, mais a sua voz pareceu ficar presa.

- Harry?!... – disse quase sem fôlego, os olhos ficaram marejados, e um sorriso singelo brincou em seus lábios. Soltou as mãos de Rony, e mesmo com as grossas grades para impedi-la abraçou Harry, com uma certa força incoerente com alguém que andara trancafiado em um local como aquele. Ronald apesar de preocupado com a irmã, aceitou em “ser trocado”.

- Você... Gina você está bem?! – finalmente, a voz apareceu, mais era quase abafada pelos cabelos dela, ainda em grande volume, não queria solta-la e ela também não parecia disposta em fazer o mesmo.

- Estou... Ah Harry!, Achei que fosse morrer de saudades suas, sem notícias!, a primeira que recebi fui correndo ao seu encontro... – Um remorso caiu como uma comida indigesta no estômago de Harry, que custava ter mandado notícias?, Aquilo tudo tinha sido em parte, em grande parte na verdade, culpa sua.

- Me desculpe... – mais não pode continuar, porque lábios tão conhecidos e desejados encostaram nos seus, obrigando-o a se calar. Era como se a vida fosse um líquido, que estava sendo despejado dentro dele, um líquido que fazia o coração bater mais rápido, as pernas e membros ficarem trêmulas, e as entranhas se contorcerem, sempre querendo mais, agora ele estava completo, agora ele estava vivo, pois ela era a única fonte desse líquido.

- Eu te amo.. . – disse baixinho só para ela ouvir, e pode sentir o sorriso dela, mesmo não podendo vê-lo. Tudo era mais fácil, mais simples, que chegava a ser óbvio, só em estar ao lado dela...

- x –
I keep dreaming you'll be with me
And you'll never go
Stop breathing if
I don't see you anymore

(Eu continuo sonhando que você ficará comigo
E você nunca irá embora
Paro de respirar se
Eu não te ver de novo).


Saíram dali o mais rápido que um grupo de cinco pessoas, (um quase alejado) , conseguiriam, e de uma maneira meio desajeitada aparataram. Harry o fez sem nem se soltar da sua ruiva, acreditava que nunca mais ia conseguir se separar dela. Como aquele jardim singelo da casa dos Weasley tinha uma aparência mais bonita agora que estavam juntos. Nem mal aparataram e ela o pegou novamente em um abraço de surpresa, sendo intensamente correspondida.

- Eu...achei... que... nunca...mais...fosse...ver...você – disse ela em meio aos soluços, Harry passou a mão na cabeça dela, acolhedor, abraçando-a com mais força, tentando mostrar o quanto ela é importante, e que ele faria tudo para protege-la.

- Eu não descansaria até te encontrar. – Dizendo isso com tanta firmeza, tocou de leve seus lábios, sempre com as mãso seguras na cintura da garota, tentando transmitir segurança de todas as maneiras. Ela parecia ter se acalmado um pouco, mais segurou sua mão de tal forma que o sangue estava encontrando dificuldade em circular.

A cena não poderia ter sido mais bizarra, ou mais séria. Malfoy parecia tentar se esconder, mais não mostrava a menor vontade de ir embora. E Rony mandava a cada segundo olhares assasinos ao mesmo, na esperança que ele fosse logo. Antes que alguma coisa acontecesse Gina foi na sua direção, trazendo um Harry um pouco relutante consigo.

- Malfoy?! – chamou, e não so ele como todos ao redor olharam para ela. – Eu e Harry, agradecemos muito!, graças a você estou aqui novamente. – Disse como quem espera um reação, Harry bagunçou os cabelos meio nervoso, constrangido, engoliu seco, como se estivesse fazendo um grande esforço disse :

- É Malfoy... obrigada, de verdade. – disse ele sério e lamentoso. Tinha que dar o braço a torcer, sua ruiva estava ali, bem ou mal, graças a ele, isso era revoltante. O loiro arqueou uma sobrancelha incrédulo.

- Obrigada Draco. – disse Hermione um singelo sorriso, que ele estranhou mais ainda, e agora ela olhou feio para Rony esperando que ele fizesse o mesmo.

- É Malfoy, dessa vez você foi útil. – disse o ruivo um tanto mal humorado. Hermione continuou olhar feio para ele, e Draco deu uma risada debochada, mais não disse nada. Estava em minoria, isso não era bom.

- E eu e Rony... ficariamos muito felizes, se você aceitasse ficar em nossa casa. – Disse ela taxativa, Rony mandou a ela um olhar de mais pura indignação e desaprovação, mais ela se manteve impassível. – Aceita?! – insistiu ela, ela sabia que Draco não tinha para onde ir, mais era engraçado ver essa luta interna dele.

- Sim... quer dizer... obrigado. – disse quase mudo, visivelmente sme graça, Mione e Gina trocaram olhares significativos e tiveram que segurar o riso.

Era como se tudo tivesse voltado ao normal novamente, ele ali ao seu lado, como se tivessem em férias, esquecendo tudo o que está acontecendo pelo menos por um almoço. Algumas “pequenas” mudanças eram notáveis, a principal delas com certeza, e ter Draco Malfoy junto a mesa, tentando parecer educado. Foi uma tarde que se poderia dizer, divertida, parecia que tudo ia ficar bem, ela tinha a esperança que continuasse assim. Ela de mãos e dedos entrelaçados, apenas observando o por do sol, como se nada fosse mais importante.

Bem mais nada que é bom, lindo e perfeito dura para sempre, não quando se tme um guerra acontecendo. E foi naquela noite, daquele mesmo dia lindo, que o desespero tomou conta, novamente, do seu pobre coração. Seu pai foi o culpado, foi ele que trouxe o transtorno de volta, chegou afobado, dizendo que eles pegaram comensais em uma das suas missões. Disse ainda que precissariam de mais gente possível, foram os três homens, Mione disse que seria melhor alguém ficar comigo dessa vez, agradeço a ela, apesar que nada diminui a dor da ausência de Harry.

So keep breathing
'Cause I'm not leaving you anymore
Believe it
Hold on to me and, never let me go

(Então continue respirando
Por que eu não te deixarei mais
Acredite em mim,
Me abrace e nunca me deixe ir).


- Vou esperar por você Harry... – disse com a voz embargada e muito rouca, ele deu meia volta e a acolheu em mais um abraço.

- Eu vou voltar logo... confie em mim. – Ela soluçando apenas fez que sim com a cabeça.

- Não demore... vou ficar sem respirar se não te ver novamente. – com os olhos afogados nas lágrimas ela o encara, tentando buscar ali as respostas para seus receios.

- Continue respirando então... porque eu vou voltar. – Disse firme, sorrindo, ela também sorriu fraca, dando-lhe um último selinho, um apoio, um até logo, um “confio em você”, e até “boa sorte”, tudo em um único gesto e um último olhar, e depois de abraçar a Mione, que também parecia quase a beira de lágrimas, eles foram. Gina ainda ouviu a amiga dizer a eles “ Boa Sorte”, e tentou fazer o mesmo, mais a voz pareceu se perder na garganta.

- x –

One my knees, I'll ask
Last chance for one last dance
'cause with you, I’d withstand
All of hell to hold your hand

(De joelhos, eu pedirei
Uma última chance para uma última dança
Porque com você, eu resistiria
A todo o inferno para segurar sua mão).


Angústia, tristeza, agonia, solidão, faltavam os adjetivos, pejorativos, para descrever o estado da pobre Ginevra, mais a dor maior no sue coração era a da saudade, onde prevalecia o receio de ela nunca mais ser “matada”. Porque por mais que se recusasse a admitir, era possível, muito possível aliais, ela nunca mais vê-lo. Essa dor, esse medo, era tão assustador, tão dominante, que suas entranhas se contorciam de desespero, e ela parecia não viver mais, parecia apenas uma carcaça, de quem fora beijado por um dementador.

“Na guerra”, proprimente dita, eles davam a vida para tentar se salvar, era um último combate talvez, e sobraram muito poucos, muito poucos, dos dois lados. E tinham aqueles que “mudaram de opnião”, por asism dizer, ou era medrosos demais para mantê-la. Não era o caso de Malfoy, ele parecia agora ter tanto ódio a Voldemort e seus seguidores, quanto qualquer um que lutava com ele.

Harry parecia ter colocado na sua cabeça “que não podia morrer”, ele tinha dito que voltaria, e nem que tivesse que voltar do inferno, ele o faria. Falando em inferno, ele, o “eleito”, lutava com o demônio, essa não seria uma denominação extrevagante e exagerada tampouco, diria até que muito própria. Com seus olhos vermelhos, pele branca, fantasmagórica, e seus membros esqueléticos, ele daria a qualquer criatura capaz de respirar um medo fulminante. Mais talvez por tudo que jpa itnha passado, ou apenas na tentativa de manter a promessa Harry já não o temia mais como antes.

I'd give it all
I'd give for us
Give anything but I won't give up
'cause you know,
You know, you know

(Eu daria tudo
Eu daria por nós
Eu daria qualquer coisa, mas eu não desistiria
Porque você sabe
você sabe, você sabe...).


Lá estava ele então, dando tudo por aquela luta, menos a sua vida, já que essa nem lhe pertecia mais. Acreditava-se que a batalha estaria em igualdade, e de fato estava, mais em um momento crítico, os membros da rodem pareciam ir perdendo a força. Harry foi o principal causador da “renovada” no ânimo, mostrando que ainda era possível. Então aos poucous eles foram se reerguendo.

E Então, de súbito, ocorre o que seria uma explosão. E todos como se tivessem sidos paralizados, ficam apenas “admirando”, boquiabertos a névoa ir se dissipando. Era quase possível ouvir as batidas nervosas do corações dos ali presentes, tal como era o silencio. Porém esse silencio foi quebrado bruscamente por uma onde de gritos eufóricos. A imagem de Harry apareceu em meio a nublagem momentânea, segurando o braço que sangrava, parecia ter sido cortado em algum lugar, a varinha se encontrava segura na mão deste mesmo braço, e um quase sorriso se formava nos seus lábios, o olhar porém era claro a satisfação, o “dever comprido”.

Ninguém saberia dizer o que aconteceu depois, pois todas as atenções se voltaram para ele. Que logo depois de aparecer, caiu de estrépito no chão, desacordado. Enquanto vários bruxos iam ao seu socorro, vários também se preocupavam em desaparecer dali. Apesar do receio, de algo ter aocntecido a Harry, não era possível evitar a alegria, e nem ele queria isso, tampouco.

“Acorde, acorde, você precisa mostrar que está vivo!, você prometeu a ela, vamos levante-se”, dizia insistente uma voz na sua cabeça. Ele sentia uma cama acolher seu corpo, ouviu algumas vozes difusas, excitadas, sentia-se acordado, mais não conseguia, não tinha força para se mostrar vivo, presente, e são.

Gina nunca se lembrara de ter se sentido tão angustiada em toda sua vida, algo dentro dela dizia que alguma coisa estava errada, um mal pressentimento a assustava, e ela nunca tinha errado, pedia para que fosse a primeira vez. Foi então que a notícia veio, rápida e devastadora como uma bomba. Com uma alegria mal escondida um membro da ordem, comunicava a sua mãe o que tinha acontecido, ela correu mais que pode para chegar até a lareira.

- E Harry? Como está Harry? – disse com uma voz um tanto aguda, tomada pelo pânico. O bruxo em questão pareceu por um instante, ficar constrangido.

- Bem ele está muito fraco sabe... – As entranhas de Gina deram um salto, e agora a ansiedade era vista claramente.

- DIGA! – berrou, depois do olhar reeprendedor de sua mãe se sentiu envergonhada, mais que enrolação!, essa criatura não entendia seu desespero?!.

- Ele está desacordado desde que chegou, mais os medibru.... – ele nem pode continuar, a palavra “desacordado” pareceu ter sido o suficiente para ela sair correndo desenfreada.

- Gina!, Gina! – chamou sua mãe desesperada. – Onde pensa que vai?! – berrou para a menina que já batia a porta. Nesse meio tempo o bruxo um tanto mau humorado por ter sido deixado de lado de tal maneira, sumiu dentre as lareiras.

- Onde você acha?! – retrucou a ruiva em fúria, quando sua mãe já estava próxima dela.

- E pretende ir a pé suponho?! – revidou a mãe com irônia, Gina virou-se pra ela com os olhos quase marejados. Então o senitmento de mãe falou mais alto e ela acolheu a “pequena” em seus braços.

- Hermione querida, não posso deixar a casa sem ninguém, você poderia leva-la?! – Gina encaoru a mãe incrédula, sabe que ela não deixaria em outras situações, masi com certeza aquela não era “mais uma situação”. Hermione sorriu para Gina, que se apressava em enxugar as lágrimas, era impressionante como ela se sentia mais frágil na ausência de Harry.

I wanted
I wanted you to stay
'cause I needed
I need to hear you say
That I love you
I have loved you all along
And I forgive you
For being away for far too long

(Eu quis
Eu quis que você esperasse
Porque eu precisava
Porque eu preciso te ouvir dizer
"Eu te amo
Eu te amei o tempo todo
E eu perdoo você
Por ficar longe tanto tempo).


Achou que se sentiria mais tranqüila ao chegar no hospital, mais aqueles corredores brancos, aquelas pessoas de aspecto lamentável, aquela arrogância de alguns medi-bruxos que fazem questão de fingir que você não existem, fez o coração dela torcer mais ainda, em seu peito, teria um infarte se não visse Harry logo. Alguém que ela nunca saberia dizer quem, porque nem enxergava direito, coordenou sue caminho até um quarto onde ela respirou fundo antes de entrar, era um quarto quase escondido, e todos sabiam muito bem porque, ninguém ia querer fãs desesperados entrando, ou só curiosos de plantão querendo “dar uma olhada”, Gina sentiu nojo ao pensar nesse tipo de gente.

Sua mão estava tão trêmula que ela quase não conseguiu segurar a maçaneta, era um surto de emoções, sentimentos, receios, sendo que os últimos pareceram infinamente pequenos, quando ela viu a imagem de Harry, no colchão. Ele deveras estava desacordado, mais uma paz invadiu-a de uma forma reeconfortante que ela não teve mais medo. Não sabia qual era a sua certeza, mais ele estava vivo, sabia disso.

- Harry! – exclamou sem fôlego. E não demorou para se aproximar do seu corpo inerte na cama. O corpo e a mente de Harry reagiram ao som daquela voz, mais ela não foi o suficiente para conseguir fazê-lo abrir os olhos. Um pouco receosa, ela tocou-lhe a face, tirando algumas mechas dos, ainda, rebeldes cabelos negros, aproximou um pouco mais, beijou-lhe a testa, sussurrando “eu amo você”, dando um selinho logo depois.

Desta vez tudo que era possível reagiu em Harry, algo nele berrava para abrir os olhos, para se mostrar presente, ele tinha vontade de berrar, “Gina estou aqui!”, mais com a força que conseguiu, segurou de leve o braço dela que se apoiava na cama, e coom mais uma força estrondosa abriu os olhos. Gina não poderia em anos, explicar com perfeição tudo que sentira naquele momento, aquele olhos, aquele brilho, aquele tom tão esmeralda, fizeram todos os seus pelos se eriçarem e o coração bater ainda mais rápido.

- Gina... – disse um tanto fraco, e pareceu se esforçar muito mais fizera questão de esboçar um sorriso, Gina sentiu as pernas estremecerem, mais um pouco não se aguentaria em pé, fora tomada por uma alegria e uma vontade de rir impressionante. – Eu... também... amo você.

Pronto, lá iam as lágrimas novamente, essas porém causadas pela emoção, esperara por toda sua vida ouvir aquilo. Ele já tinha dito antes sim, mais dessa vez era diferente. Era como se selassem um pacto, um promessa de continuarem juntos por toda a eternidade. Não havia prova de amor maior, não havia amor maior, e seu coração parecia que ia explodir de felicidade, não se conteve no impulso de tocar, sentir seus lábios novamente, para tentar transmitir um pouco da sua força e energia.

Ele tinha cumprido a promessa então, voltou, e agora nada os afastaria. Se nem o Lord mais temido dos bruxos fora capaz, se nem o risco de perder a vida, foram suficiente para fazê-los se afastar, o que seria?!. O céu, os pássaros, mesmo quase invisíveis atravez da pequena janela do quarto, se tornaram ainda mais fascinante, tudo agora parecia ter o seu significado ainda mais “importante” do que de fato era. Mesmo com fraco, ele ainda segurava a mão dela, e atravasseria o inferno para fazê-lo. Ninguém nunca diria que um quarto do St. Mungus seria testemunha de um amor tão eterno e verdadeiro...

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