Nostradamus não previa o Futur
N/A - Bom acho que todo mundo sabe que eu não possuo os personagens dessa história, OK? Com excessão das irmãs Cristine e Hana (fiquem tranquilos, não são Mary Sues), todos são propriedade da Rowling e do Tolkien.
O que estou tentando fazer aqui é uma mistura bem-humorada de HP com SA. Espero que eu consiga...É minha primeira fic, então eu gostaria mesmo que vcs comentassem, pra que eu possa melhorar, ok?
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Capítulo 1 – Nostradamus não previa o futuro??
Mais um dia amanhecia tranqüilamente na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. O ano letivo mal havia começado, então ainda restava um pouquinho de calor. Os primeiros raios de sol tocavam o gramado impecavelmente tratado da escola e os pássaros cantavam alegremente. Tinha tudo para ser um dia perfeito, não fosse o dia uma segunda-feira e não fosse a primeira aula Poções .
No dormitório feminino do 7° ano, uma ruiva dormia tranqüilamente, coberta até a cabeça. Sonhava que passeava alegremente por Hogsmead, saboreando uma quantia um tanto generosa de delícia gasosa. De repente, não se sabe porque, afinal o dia era de sol, ouve-se um trovão medonho. O susto foi tamanho que a garota teve a sensação estranha de estar caindo em um buraco, espera..., ela estava mesmo caindo! O contato com o chão foi mais doloroso do que o esperado em um sonho. Então ela se deu conta que estava estatelada no chão entre um emaranhado de cortinas e cobertas. Ao seu lado, uma garota de longos cabelos negros e intensos olhos azuis apoiava-se no dossel da cama, buscando o equilíbrio perdido pelo ataque fulminante de risos que a dominava.
- HANANIELLE BLACK!! EU MATO VOCÊ! – a ruiva estava realmente furiosa, seus olhos cintilavam perigosamente.
- Calma maninha! Eu precisava te acordar...vamos perder o café!
- Como você entrou aqui, hein?
- Eu deixei ela entrar – uma loira que dividia o dormitório com Cristine acabava de entrar – você tinha que levantar e ninguém queria arriscar a vida te acordando na segunda-feira. Ainda bem que ela apareceu.
- Há! Obrigada pela gentileza Norma – a garota agora pegava a varinha e consertava as cortinas – vou me lembrar disso quando me pedir algo...
- Bom, acho melhor irmos andando. Não quero chegar atrasada na aula do Ranhoso e também não posso ficar sem comer.- dizendo isso a morena se dirige decidida para a porta, seguida por uma Cristine ainda descabelada e com as vestes tortas.
Cristine e Hananielle Black, apesar de irmãs eram muito diferentes.
Cristine tinha cabelos ruivos e cacheados que chegavam à altura dos ombros.os olhos eram verdes e contrastavam de maneira impressionante com o branco da pele e o vermelho dos cabelos. Estava na Grifinória e em seu último ano. Era uma das batedoras do time de quadribol da casa e queria seguir carreira de Auror, então, aproveitava o tempo que antes era utilizado com Adivinhação para fazer algumas aulas de reforço em poções. Não que gostasse da companhia do Professor Snape, mas poções era seu ponto fraco, e não podia se dar ao luxo de levar bomba nos NIEM’S. Infelizmente aurores precisam ser bons em poções.
Hananielle por sua vez tinha longos cabelos negros que lhe chegavam à cintura. Não eram inteiramente lisos, mas também não chegava aos cachos da ruiva. Os olhos eram de um azul intenso e a pele bem branca. Era impossível não notar a garota. Estava no 5º ano e sua casa era Corvinal. Também jogava quadribol, mas sua posição era apanhadora, já que depois dos vexames e choradeiras do ano anterior, Cho-rona Chang tinha sido expulsa do time. Seu motivo para aulas extras de poções era um pouco diferente do da irmã. Costumava assistir adiantadas as aulas das poções mais complicadas que teria que aprender e assim garantir seu bom desempenho costumeiro. Ainda não sabia ao certo que profissão iria seguir, mas tinha que ser ligado a livros, escrita, “coisas intelectuais e chatas” como dizia a irmã.
Só tinha uma coisa em que eram bem parecidas: tinham herdado o temperamento perigosamente brincalhão e explosivo de seu tio, Sirius Black, e depois que os gêmeos Weasley deixaram Hogwarts, as peças e coisas do gênero ficaram sob sua inteira responsabilidade, afinal, alguém precisava manter o caos. E elas vinham mantendo como ninguém. A simples menção do sobrenome Black era capaz de causar desmaios nos monitores e ataques histéricos em Argo Filtch. As duas, seguidas pelo “trio maravilha”, como Filch costumava chamar Rony, Harry e Hermione, eram realmente experts em ignorar regras e se meter em confusões. Depois do café da manhã que surpreendentemente foi tranqüilo, as meninas rumaram para a masmorra de Snape, conformadas com mais uma longa demonstração de quanto um ser pode ser injusto. Conforme se aproximavam do local da aula, o ambiente ia se tornando estranhamente frio e um tanto quanto úmido, causando ainda mais calafrios do que normalmente uma masmorra seria capaz, mesmo para as aulas de poções.
- Esse Seboso infeliz deve ter feito algum feitiço pra gelar nesse lugar...como o clima pode mudar tanto de um local para outro do castelo? Isso aqui me dá calafrios, é assustador... – dizendo isso, a morena aperta mais a capa contra o corpo.
- É bem possível e bem inútil se quer saber. O Ranhoso sozinho já dá calafrios o suficiente. Nariz-de-gancho e cabelo sem lavar não é uma coisa que se possa chamar de simpática. Será que ele acha mesmo que precisa de ajuda pra assustar? - a ruiva para diante da porta semi-aberta – Hum... será que ele já chegou?
- Não, senão a porta já estaria fechada e a gente em detenção. – As duas sorriem e entram na masmorra gelada.
A aula de hoje seria com a turma do 6° ano da Grifinória e Sonserina. Elas entram e rumam para um canto no fundo da sala, onde ficariam um pouco mais protegidas dos olhares ameaçadores do Seboso. Enquanto passavam, vários sonserinos olhavam com cara de desdém, e alguns grifinórios pareciam realmente preocupados. As aulas de poções não costumavam ser muito seguras com as Blacks por perto. Eram, sem dúvida nenhuma, as aulas que custavam mais pontos à Grifinória.
Só havia uma mesa desocupada, então não havia escolha. Seguiram decididas para o lugar livre, olhando em volta e achando que afinal não seria tão ruim. Ao lado esquerdo, Hermione dividia o espaço com Neville, que mesmo antes do início das aulas já parecia bem perturbado. Na mesa do lado direito estavam um Rony terrivelmente sonolento apoiado precariamente na mesa, e um Harry com cabelos pra lá de bagunçados e olhar desfocado pelo sono. Os óculos pendiam na face em um ângulo esquisito.
- E aí pessoal, beleza? – Cris cumprimenta os quatro com um meio-sorriso – Por que vocês não estão sentados juntos hoje?
- Na aula passada o Seboso proibiu. Disse que não queria que a “senhorita sabe-tudo” – Hermione se mexe incomodada - fizesse a poção para todos outra vez. – respondeu Rony extremamente mal-humorado.
- É, então vocês trataram de sentar bem longe uns dos outros, não é mesmo? – Hana tinha um sorrisinho irônico nos lábios.
Nisso a porta da masmorra bate e a atenção da classe se volta para o professor, que acabara de entrar.
- Peguem seus livros e abram na página 57, Poção Nostradamus.
- Bom dia pra você também, Snivelly - sussurra Hana ao lado da irmã, que tenta conter o riso.
- Essa poção – continuou Snape, indiferente ao resmungo geral – é muito interessante e muito avançada. Como todos os senhores “deveriam” saber – ele para e olha cinicamente para Harry – Nostradamus foi um dos maiores videntes que já se teve conhecimento. Suas profecias, mesmo depois de séculos, continuam se confirmando. Seu meio de conexão com o mundo futuro era uma bacia com um líquido que muitos, principalmente os trouxas, acreditavam ser água, mas que era na verdade a poção que estamos prestes a preparar. Peguem os ingredientes e mãos à obra.
Com um aceno da varinha do professor, ingredientes e modo de preparo aparecem magicamente no quadro negro.
- Ótimo! Agora juntaram poções e adivinhação numa mesma aula!Dá pra crer na nossa sorte? - Hana sussurra para o grupo, que agora tem séria dificuldades para não explodir em risos.
- Professor? – Era a voz fria e arrastada de Draco Malfoy – Essa poção serve para ver somente o futuro?.
- Muito bem lembrado Sr. Malfoy! 10 pontos para a Sonserina. (Cristine faz um gesto de quem provoca o vômito e o grupo tem um novo acesso de risos contidos)
Essa poção serve para ver qualquer época que desejemos, mas, como ninguém aqui tem pretensão de ver uma possível morte lenta e dolorosa – fala com escárnio, olhando novamente para Harry – hoje os que conseguirem realizar corretamente a poção devem olhar para o passado, afinal, o que já aconteceu não pode ser de grande surpresa pra ninguém.
- Você é que pensa – murmura Harry com um meio-sorriso nos lábios, lembrando- se da cena vista na penseira de Snape no ano anterior. Mesmo tendo se decepcionado um pouco com a atitude do pai, não podia deixar de sorrir ao lembrar de Snape de cabeça pra baixo e cuecas aparecendo.
A partir desse ponto, todos se concentraram em pegar os ingredientes e preparar suas poções. O professor andava silenciosamente entre as carteiras, dando vez ou outra alguma instrução a um sonserino ou debochando dos resultados dos grifinórios.
- Esse Seboso é realmente um ser desprezível – Hana comentava entre dentes enquanto adicionava as raízes de margarida à sua poção – como ele pode ser tão injusto e vocês grifinórios ficarem calados?
- Ah, e dar o gostinho a ele de saber que estamos sofrendo? JAMAIS!! - Cristine repara que o “jamais” soou mais alto do que deveria e abaixa o tom – Além do mais, minhas aulas do meu período eu faço com a Lufa-lufa, que ele gosta ainda menos do que nós, então...
- É, cada um com seus problemas – Rony se mete na conversa sem cerimônias - por que vocês corvinais não reclamam? Pelo que sei, o 5° ano de vocês faz poções com a Sonserina também...
- Nós bem que tentamos – diz Hana com voz de derrota – mas aí a coisa piorou em proporções maiores do que o nariz dele. O problema é que só nós reclamamos. Falta união aqui...
- É, nós nos unimos para ferrar o Snape e depois ficaremos beeem unidos pro resto da existência nos túmulos que ele vai providenciar – Rony agora tenta não rir da cara de espanto com que Hermione olha pra ele.
- Não seja bobo Rony! Ele não pode sair por aí matando alunos! - Hermione parecia exasperada, porém divertida.
- Eu é que não vou pagar pra ver! Sem isso ele já pega no meu pé o suficiente. Se eu um dia conseguir que ele me ignore já estarei muito satisfeito. – Dizendo isso Harry se abaixa para recolher seus sanguessugas que caíram.
- Bom, parece que está pronta! - Hana olha orgulhosa para o caldeirão, onde borbulha uma poção perfeitamente terminada e translúcida como água. Agora é só colocar o pó de chifre de unicórnio e mentalizar a era que queremos ver!
- E é claro que você vai querer ver aquela porcaria de Terra Média e todos aqueles elfos metidos a besta. – Cristine falava e olhava com desdém para o caldeirão – Olhem só meros mortais! Somos lindos, louros e temos olhos azuis...epa! Esse não é o cara-de –veela?
- Cala a boca, sua cabeça de abóbora! - Hana agora perdia a paciência. Agüentava geralmente bem as maluquices da irmã, mas agora era demais! Xingar elfos e ainda compará-los com o Malfoy!!!
- HanaBella, não me provoque! Esse não é o lugar apropriado para um feitiço animorfus!
Todos agora tentavam não rir. Hana estava vermelha como um pimentão e todos sabiam o porque. O apelido Hanabella fazia alusão à sua semelhança física com Bellatrix Lestrange, que infelizmente fazia parte da família e que Cristine cismava em frisar, "Era muito parecida com Hana". Esta é claro, detestava esse apelido.
- Erm...eu vou até a prateleira buscar mais pó de unicórnio, digo, de chifre, acho que não coloquei o suficiente...não consigo me conectar nem com os últimos cinco minutos - dizendo isso, Neville passa por ela rapidamente, receoso de que sobre algum feitiço pra ele também.
- Vejamos...que lugar eu gostaria de ver agora?
Hana agora estava mais calma e concentrada. Polvilhava cuidadosamente a superfície do caldeirão com um pó muito fino e prateado, que conforme tocava a poção deixava escapar pequenas fagulhas de luz.Enquanto ela se concentrava, a superfície do caldeirão se agitava, começando a girar lentamente e ficar levemente anuviada. O resto do grupo se esqueceu de seus caldeirões e agora observavam interessados o líquido, que agora rodopiava formando espirais esbranquiçadas.
Quando eles finalmente começaram a distinguir formas, Neville, que vinha voltando com seu material, tropeça nas barras da veste e joga para cima tudo o que estava carregando.
O que se deu a seguir foi uma sucessão de fatos confusos e desconexos. Uma grande explosão sacudiu as masmorras, enchendo a sala de uma densa e perfumada fumaça branca. Vários alunos entornaram seus caldeirões com o susto, enchendo o chão de líquidos de diversas cores, que ao se juntar borbulhavam perigosamente. Alunos corriam e falavam desesperados e um Snape visivelmente perturbado tentava inutilmente colocar ordem na situação.
- ACALMEM-SE POR FAVOR! Sr. Malfoy, desça agora dessa mesa e conjure um ventilador. ANDA MOLEQUE! - Malfoi tenta se recompor e seguir as ordens de Snape.
O professor agora andava nervosamente para o fundo da sala e enquanto isso ia desfazendo alguns dos problemas causados pela explosão e pela correria. Ele estava lívido de fúria. Será que aquelas duas não conseguiam assistir a uma única aula sua sem causar alguma destruição? Também, por que se sentaram perto do Longbottom? Sozinhas já criavam problemas o suficiente Quando chegou ao meio da sala, a fumaça começou a sufocar, então decidiu que ali já era o suficiente.
- SRTAS. BLACK! O QUE PENSAM QUE ESTÂO FAZENDO?! – Silêncio...
- Respondam agora ou estarão em sérios apuros mocinhas! – Nada...
- Potter, o que essas duas loucas fizeram? Potter...? – A fumaça começa a se dissipar e Snape fita com expressão incrédula e divertida o local antes ocupado por Harry, Rony, Cris, Hana, Hermione e Neville. Estava completamente vazio, a não ser pelo caldeirão, que depois de toda essa confusão estava milagrosamente intacto.
- Mas que tragédia – diz ele em tom de zombaria – Sumiram todos! – um raro sorriso ilumina as feições doentias do professor.
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N/A - Espero que tenham gostado! Comentem, ok??
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