DELLUSIONE
Harry acordou assustado e por impulso sentou-se na cama, ele sabia que tivera um pesadelo, mas não conseguia se lembrar do que se tratava.
Fechou os olhos, tentando se lembrar o que sonhara, quando Hermione entrou no quarto.
- Harry? – Chamou. – Ainda está dormindo, levante depressa, a Profª Minerva já está lá embaixo nos esperando para o café. Lembra-se?
- Claro que sim Mione. – Respondeu. – Vou me arrumar e desço logo em seguida.
Quando chegou a cozinha, estavam todos sentados à mesa discutindo sobre o que havia acontecido algumas semanas atrás.
Harry agradecera Draco por ter salvo sua vida e até depôs a favor do Malfoy na pequena audiência que foi realizada no ministério da magia sobre o acontecido, quem presidiu a sessão foi Dolores Umbridge, para que ninguém tivesse o direito de supor que a sentença teria sido diminuída pelo padrasto do acusado, o próprio ministro. Mais o caso não dera em nada, pois o garoto fôra absolvido de quaisquer acusações.
- Eu achei realmente um exagero ter havido uma audiência sobre o que aconteceu. – Dizia Hermione. – Estava claro que ele só fez aquilo para salvar a vida do Harry.
- Hermione, até parece que você não conhece a Umbridge, você acha mesmo que ela ia perder uma chance de infernizar a vida de alguém? – Disse Harry sonolento. – Bom dia, todos.
- Olá, Harry. Como vai? – Perguntou Minerva ajeitando seu chapéu cubico.
- Bem e a senhora?
- Tirando as preocupações em geral com a escola, que você já conhece, estou bem.
- Então já está sabendo de tudo que aconteceu aqui no natal?
- Pois é, fiquei sabendo do acontecido no mesmo dia. Dumbledore foi me avisar na escola, que alguém havia invadido a mansão e tentado te matar, Harry, mas que felizmente o Malfoy agira mais rápido e salvara sua vida. - Contou Minerva.
- Nós ficamos todos espantados, ninguém nunca imaginou ver Draco ajudando o Harry, achamos até que um dia, quem seria o algoz do Harry, seria o próprio Draco. – disse Hermione.
- Agora acredito que Draco mudou, e pra melhor.
- Falando de mudanças, acho que sua sorte mudou Rony, não é mesmo Minerva? - Quem falava era Molly limpando as mãos no avental.
- Como assim? Do que está falando professora? - Perguntou Rony enrugando a testa.
- Em primeiro lugar, não sou mais sua professora Ronald. E em segundo, tenho uma proposta a lhe fazer.
- Então, por favor, prof..., digo Minerva. - Falou Rony sobre o olhar reprovador de Minerva ao notar que o ex-aluno iria chamar-lhe de professora novamente.
- A proposta que tenho para fazer é a seguinte, você gostaria de ser o novo professor de vôo com vassoura em Hogwarts? - Perguntou Minerva atônita.
- Como assim? E madame Hooch?
- Madame Hooch, foi convidada para treinar Os Tornados de Tutshill. E então,precisarei chegar o currículo de mais alguém ou posso contar com você? Rony? - Minerva terminara de falar e olhou para Rony que mantinha uma cara de surpresa, não se sabia se era pelo convite ou pela notícia que sua antiga professora de vôo iria treinar o time rival ao seu.
- Rony! Dê logo uma resposta a Minerva! - Disse a Sra. Weasley, que olhava o filho com um sorriso de orelha a orelha.
- Claro! Claro que aceito! Quando começo? - Perguntou euforico.
- No próximo sábado, pela manhã sua primeira turma será a Grifinória. - Respondeu Minerva também sorridente.
- Que ótimo, Rony, agora teremos um professor na família, deixe-me contar ao seu pai. - Dizia Molly, já pegando um pergaminho, tinta e pena e começando a escrever uma carta para o Sr. Weasley, que neste momento já estava no ministério.
- Que ótimo, Rony, eu disse que logo arranjaria um emprego, - disse Hermione lançando os braços por trás do pescoço do garoto. – E tenho certeza que todos concordamos que é bem melhor que trabalhar em uma loja no beco diagonal.
- Ótimo, então está combinado, nos vemos no sábado então. – Disse Minerva levantando-se. – Obrigado a todos, foi uma manhã muito agradável, mas o dever me chama.
- Obrigada a você pela visita, Minerva. – Molly se apreçou a abraçar o filho. – Apareça mais vezes.
A Sra. Weasley acompanhou Minerva até a porta da casa, que fora consertada ainda aquele dia por Lupin e Moody.
- E então Rony, feliz com seu novo emprego? – Perguntou Harry recolhendo uma torrada do prato.
- Muito, cara, é bem melhor do que eu imaginava arranjar. Agora francamente, ela foi treinar justo o tornado.
Harry e Hermione riram. O resto da tarde se passou sem grandes novidades, Letícia apareceu por lá, para desgosto de Rony e Hermione e ela e Harry foram andar pela vizinhança, faziam muito isso ultimamente, passavam tardes inteiras andando e falando sobre diversos assuntos, desde coisas banais e sem importância, como clima até o que estava acontecendo no ministério em relação as providencias tomadas para apanhar Snape e etc. Voltaram para casa já de noite. Letícia se despediu e foi embora.
No dia seguinte Harry, Rony e Hermione estavam conversando na sala quando Sirius chegou trazendo as últimas coisas dele que haviam ficado na casa de sua mãe.
Ao ver Harry na sala ele exclamou:
- Harry, que bom que está aqui. Preciso lhe dar uma coisa, com toda aquela confusão no natal acabei me esquecendo. Venha comigo.
Harry, Rony e Hermione se levantaram e seguiram Sirius até o lado de fora da casa, onde uma enorme moto estava estacionada.
Sirius lhe entregou as chaves e disse:
- É sua Harry.
- Minha?! – Ele indagou, seus olhos encheram de brilho.
- Corre lá e experimente!
Harry correu até ela e girou a chave, ligando-a.
- Olha Rony, Mione. O que acharam? É... Sirius, só tem um problema... eu não sei dirigir. – O desanimo rebateu nos olhos de Harry.
- E nem precisa saber, ela tem direção automática, você fala para onde quer ir, e ela te leva, onde quer que seja.
- Tem certeza que ela não vai atropelar ninguém?
- Só se for um dragão voador, Harry. – Sirius ria. – Ela voa.
- Sério? – Agora era Rony quem perguntava, parecia hipnotizado. – O que mais ela faz?
- Ahh, ela tem um mecanismo de fuga. Está vendo aquele botão vermelho? Aperte.
Harry apertou. Ele, Rony e Hermione que até agora não havia falado nada, levaram um grande susto quando começou a sair chamas de fogo pelo escapamento da moto.
- Que Máximo! – Exclamaram Harry e Rony.
- Ela é boa mesmo. E além dessas chamas fazer quem está atrás de você se afastar para não ser atingido, ele também deixa uma fumaça bem densa que lhe dá tempo para escapar.
- Ela é perfeita, Sirius. – Disse Harry, dando um abraço no padrinho. – Muito obrigado.
Na quinta-feira, Harry voltou do ministério junto com Hermione, cansado de tanto procurar pistas e decepcionado por não ter feito nenhum progresso subiu direto para o quarto.
Algum tempo depois escutou alguém bater na porta.
- Quem é?
- Sou eu Harry, a Hermione, preciso te mostrar uma coisa.
- Entre.
Ela trazia em mãos um livro aberto, que virou na direção de Harry e mostrou um pedaço que estava marcado, que dizia:
“A poção Dellusione da o poder para quem a bebe de criar um conjunto de idéias mórbidas que traduzem uma alteração fundamental no juízo de outras pessoas na qual os outros crêem com uma convicção inabalável”.
- Harry, por favor, olhe isso!
- Estou lendo Mione, calma... – respondeu Harry, - Poção Dellusione é a poção que sumiu do armário de Hogwarts, mas.. o que tem de mais?
- Você não está captando, Harry? "Que traduzem uma alteração fundamental no juízo"
- Obrigado, Mione, eu sei ler, só não entendi onde você quer chegar com isso.
- Harry, você não percebe? A Letícia deve estar usando isso em você!
- Hermione, isso não tem o menor cabimento, você tem noção do que está dizendo? – Harry encarou os olhos sinceros da amiga. - Como ela teria acesso a isso? E mesmo que tivesse, como ela ia saber para o que serve? Ela até outro dia achava que era trouxa.
- Eu não sei como, Harry, mas eu tenho certeza que ela está fazendo isso. E se você não quiser acreditar eu vou provar.
- Ótimo, então prove se conseguir. Por que de nada adianta você ficar acusando a toa, que mania de perseguir a garota, Mione. O que foi que ela te fez?
- Harry, será que só você não enxerga a interesseira que essa garota é? - Hermione aparecera para começar as costumeiras discussões, que sempre envolviam o mesmo assunto; Letícia.
- Ah, Hermione, esquece ela um pouco vai? Por que você não tenta se acostumar com ela? Ser amiga dela? Custa se esforçar um pouco? - Harry não aguentava mais as implicâncias da amiga.
- Custa muito, Harry! Você tem que entender, você tem que ver. Esta garota está te cegando totalmente, você não pode se deixar iludir desta maneira! - Hermione ainda tentava convencer o amigo.
- Olha Hermione, será que você poderia deixar-me tomar conta da minha vida?!
- O.k. Harry, mas você vai se arrepender de não me ouvir, com certeza vai!
Hermione saiu do quarto, batendo a porta. Deixando Harry confuso sem entender qual o motivo que Hermione tinha para odiar tanto a Letícia, que nunca havia feito nada para ela, nada que fosse considerado um motivo para tudo isso. E estava tão cansado que acabou adormecendo.
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