Severus Snape

Foi acordada por Vic. Arrumou-se como se o Ministro da Magia fosse fazer uma visita à Hogwarts. É claro que vestia seu uniforme, mas estava radiante. Precisava ver seu Mestre de novo, ouvir aquela voz, tão macia, tão suave, que até parecia uma melodia. Mas ao mesmo tempo, era precisa, forte. A inteligência e a paixão com que ele falava de poções a fascinou. Ele não era exatamente bonito, mas tinha seu charme. Mas agora tinha aula e ainda não havia recebido os horários, mas Hermione disse que eram ótimas as aulas, às vezes injustas, mas ótimas. Já no Salão Principal, tomava seu café, enquanto seus olhos procuravam por ele involuntariamente. Viu que ele não estava no Salão. “Será que aconteceu alguma coisa? Não! Calma, Laura, não aconteceu nada.” Eram estes os seus pensamentos quando Harry exclamou indignado:
-Que droga! Os dois primeiros horários com o Snape!
-Justo no primeiro dia de aula. Será que o coração de Dumbledore endureceu?- Disse Rony desanimado, enquanto as meninas arregalaram os olhos e sorriram.-Do que é que vocês estão rindo? Isso não tem graça.
-Ah, tem sim Rony...-Disse Hermione apontando com o dedo para as costas do ruivo, que com uma expressão de medo extremamente engraçada, virou-se para ver o que era. Deu de cara um Dumbledore extremamente divertido com a situação em que se encontrava. Usava vestes púrpuras e a enorme barba podia ser confundida com os cabelos brancos soltos.
-Penso, senhor Weasley, que meu coração continua do mesmo jeito que sempre foi. O que prefere? 2 ou 3?- Virou-se para Harry.- E é “professor” Snape, Harry. Querem bala?-O grupo aceitou as balinhas de limão que ele lhes oferecera.-Ah, tenham uma ótima aula...-Ironizou de vez.-... Se me dão licença...-Fez uma reverência.-Senhoritas...-E se foi, deixando um Rony tão vermelho quanto seus cabelos. Encaminharam para as masmorras. Laura estava fascinada com os novos colegas. Eram o seguinte grupo: Laura, Vic, Juliet, Meg, Carrie, Dino, Harry, Rony, Hermione, Neville e Gina, irmã mais nova de Rony, estava em seu terceiro ano. E havia outros alunos no quarto ano, mas os da grifinória, que mais conversava, eram estes. Entraram na sala. Estava numa escuridão incrível. Era aula conjunta com Sonserina. Pressentiu que não iria gostar nem um pouco do que estava por vir. Mesmo sem o professor chegar, formaram duplas: Laura e Vic; Juliet e Meg; Carrie e Dino; Harry e Rony; Hermione e Neville. Os outros estudantes da Sonserina dividiram-se entre si. De repente, a porta se abriu abruptamente, e por ela entrou um mal-humorado Mestre de Poções. Laura arregalou os olhos. Nem pôde acreditar que o tão odiado professor Snape era o seu adorado Mestre. Mas antes que seus pensamentos se concluíssem, ele começou a falar:
-Como nem todos nessa classe me conhecem, sou seu professor de poções e ponto final. Senhoritas de Beauxbatons sejam bem-vindas. Quanto à senhorita Baglioni. Espero que se adapte aos meus métodos de ensino, porque eu não vou mudar por aluno algum. Perguntas? Não? Ótimo. Abram seus livros na página 220. A poção da invisibilidade é extremamente...-A aula transcorreu bem, mesmo com o choque de Laura ao ver como era o homem com quem sonhara durante meses. Não podia acreditar que ele fosse assim, tão rude, injusto, cruel. Pontos da Grifinória foram tirados apenas porque Neville.
pediu que ele, Snape, o explicasse novamente. Ao final das duas aulas, eles tinham um horário vago. Enquanto Laura guardava seu material, os colegas esperavam por ela. Quando ia saindo, Snape a chamou:
-Baglioni!
-Senhor?-Ela se virou com medo de que houvesse feito algo errado.
-A senhorita fica. Quero lhe falar.-Foi seco.
-Sim senhor...e...Podem ir, daqui a pouco encontro vocês na Sala Comunal.
-Ok...Tchau.-Disse Meg. Todos se despediram, Snape fechou a porta com um movimento da varinha. Ela, ressabiada o olhava.
-Aproxime-se. Eu não mordo.- Algo nele mudou. Tinha uma expressão mais leve, ele esboçou o que de longe parecia um sorriso.- Venha...-Chamou novamente. Ela caminhou até ele pensando no que ele faria. Ainda mantinha os olhos no chão. Ele, levemente tocou o queixo e fez com que os olhares se cruzassem. Um arrepio correu pela espinha.- Do quem tem medo?
-De nada, senhor.-Disse num sussurro.
-Venha! Isso é seu?-Ele caminhou até sua mesa e pegou um maço de pergaminhos.
-Sim, são minhas anotações. Onde achou?-Finalmente. Achava que havia perdido aquelas anotações de suas teorias sobre algumas poções. Ele entregou-as.
-No dia do seminário, eu as encontrei no chão. São realmente muito boas.-Ele falava como se estivesse falando a coisa mais normal do mundo.
-Sério? São meio estranhas....-Começou meio desconsertada com o elogio.
-De verdade. São ótimas. Você já as apresentou a algum Mestre de Poções?-A curiosidade falou mais alto em Snape.
-Bom, na verdade, eu as apresentei à um dos Mestres no Seminário, Horácio Slughorn. Mas pelo que me pareceu, ele não se interessou. Até debochou.-Severus revirou os olhos ao escutar o nome de Slughorn. Ele sabia bem como o ex-mestre de poções de Hogwarts podia ser irritante, mesmo tendo sido ele, Severus, um dos seus queridinhos na época da escola.
-Ah, sim. Não ligue para o que diz Slughorn. Ele foi meu professor quando estudei aqui, ele só se interessa em alunos sangue-puro, ricos, de família tradicional...ou então que sejam, muito, muito inteligentes...Provavelmente, ele não conhece o seu valor.-Os olhos dela se iluminaram.- Ele, pelo menos leu?
-Não, senhor.-De cabeça baixa.
-Escute, se a senhorita não se importar, eu gostaria de dar uma revisada nas suas teorias e ver se poderiam ser testadas...
-O senhor está falando sério?- Não podia acreditar naquilo.
-Olhe bem para mim, senhorita. Por acaso tenho cara de quem está brincando?-Perguntou sério.
-Ah, não professor...Desculpe, é que eu as achava meio infundadas.
-Isso, nós veremos.-Deu um sorriso com o canto dos lábios e continuou.- Agora vá. Tem aula com o Moody.
-Ah, sim...Tome.-Entregou as anotações e virou-se para ir embora. Quando já estava na porta, antes de abri-la, o professor chamou.- Sim?
-A senhorita poderia guardar segredo sobre essa conversa? Não quero que pensem nada.- Ficou sério novamente, como na aula.
-Ah, tudo bem professor. Eu já vou indo. Até à noite, então.-Virou-se e foi embora. Quando chegou na sala de DCAT, só tinha um lugar ao lado de Vic. Há duas carteiras atrás estava o senhor Finnegan, que mascava chiclete como um louco. O professor se apresentou com muito mal-humor:
-Sou Alastor Moody, ex-auror. O insatisfeito do Ministério. Só estou aqui porque Dumbledore me pediu e ponto final. Alguma pergunta?- Ninguém respondeu.- Quanto às artes das trevas, eu acredito no método prático...
Com isso, a aula passou aterrorizantemente medonha. O professor apresentou as três Maldições Imperdoáveis no meio da sala de aula; Império: controla; Cruciatus: tortura; e Avada Kedavra: mata.
Também teve aulas de Transfiguração, com McGonagall; Feitiços, com Flitwick; e Runas antigas, com a professora Sinistra. O mês passou entre aulas e conversas.
Laura fez amizades inseparáveis, inclusive, com um aluno de Durmstrang, Eryck Blake.
Os campeões do Torneio Tribruxo foram Victor Krum, da Durmstrang; Fleur Delacour, da Beuxbatons; Cedric Diggory de Hogwarts; e para a surpresa de todos, um quarto aluno foi escolhido pelo Cálice de Fogo. Aluno este, que estava abaixo da linha etária. Foi recebido com vaias e urros de raiva por todos os alunos presentes na cerimônia e
olhares de reprovação de alguns professores. Sim, um aluno de 14 anos foi o quarto escolhido para um torneio, que só aceitava 3 alunos e acima de 17 anos. E foi sendo acusado por toda a escola, até mesmo por seu melhor amigo, de ter trapaceado, que Harry Potter venceu a primeira tarefa.

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