Único.
Queria encontrá-la de novo. Só mais uma vez.
Sentia à distância o perfume de flores que exalava de sua pele e seus cabelos quando passava. Não era nada além do querer vê-la novamente. Mas, agora, isso já não era possível. Ela tinha ido embora. Para sempre.
Sonhava à noite em abraçá-la, em sentir seus dedos sobre seu rosto alvo, sua pele aveludada. Estava tão perdido como jamais estaria, ao lado dela. Sabia que aquilo jamais aconteceria. Amaldiçoou a si mesmo por jamais ter tentado, mas a sanidade lhe abençoou pelo mesmo motivo.
Estava morta. Estava fria.
E o sol se deitava contrastando no horizonte, deixando o céu laranja. Mas não era um laranja opaco, como da outra vez que olhara. Era um laranja vivo, quente, que deixava claro que o tempo passava, mas deixava as lembranças em um coração que já tinha sido aquecido uma vez, porém não mais.
Queria guardar aquela imagem em um vidro, como guardava suas poções. Tinha acesso a elas quando quisesse. Quem dera tudo na vida fosse assim tão fácil. Quem dera tudo não passasse de um sonho do qual jamais gostaria de acordar. Um pesadelo era a sua vida. O sonho não existia. Não era real, mas ao menos era dele. E a isso se apegava.
Uma coruja voava ao longe, e ele a invejava. Queria poder voar, viajar livremente sem que ninguém o visse. Sem a obrigação de viver todos os dias com aquele rosto macerado pela dor, pela lembrança de algo que nunca aconteceu.
Queria se perder antes do amanhecer.
Mas dormiu.
Depois de alguns anos, quis fugir do sonho. Era irreal e, por isso mesmo, doía demais, porque a gente sempre acorda dos sonhos. Sempre.
Mas dormiu.
Queria se perder antes do amanhecer.
Uma coruja voava ao longe, e ele a invejava. Queria poder voar, viajar livremente sem que ninguém o visse. Sem a obrigação de viver todos os dias com aquele rosto macerado pela dor, pela lembrança de algo que nunca aconteceu.
Queria guardar aquela imagem em um vidro, como guardava suas poções. Tinha acesso a elas quando quisesse. Quem dera tudo na vida fosse assim tão fácil. Quem dera tudo não passasse de um sonho do qual jamais gostaria de acordar. Um pesadelo era a sua vida. O sonho não existia. Não era real, mas ao menos era dele. E a isso se apegava.
E o sol se deitava contrastando no horizonte, deixando o céu laranja. Mas não era um laranja opaco, como da outra vez que olhara. Era um laranja vivo, quente, que deixava claro que o tempo passava, mas deixava as lembranças em um coração que já tinha sido aquecido uma vez, porém não mais.
Estava morta. Estava fria.
Sonhava à noite em abraçá-la, em sentir seus dedos sobre seu rosto alvo, sua pele aveludada. Estava tão perdido como jamais estaria, ao lado dela. Sabia que aquilo jamais aconteceria. Amaldiçoou a si mesmo por jamais ter tentado, mas a sanidade lhe abençoou pelo mesmo motivo.
Sentia à distância o perfume de flores que exalava de sua pele e seus cabelos quando passava. Não era nada além do querer vê-la novamente. Mas, agora, isso já não era possível. Ela tinha ido embora. Para sempre.
Queria encontrá-la de novo. Só mais uma vez.
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