A Última Despedida
A OUTRA NOIVA DO LOBO
CAPÍTULO XIII. A ÚLTIMA DESPEDIDA
Duas semanas tinham se passado desde o casamento de Remo Lupin e Nymphadora Tonks.
A união, provavelmente, tinha saído em todos os jornais, afinal, casamento heróis de guerra sempre rende bons furos de reportagens... Mas Rachel simplesmente não tivera coragem de ler.
Os jornais jamais saberiam as incertezas que se passavam no coração do noivo... as inseguranças na mente da noiva... E os sentimentos confusos que moviam uma convidada para fora do casamento antes que ela parasse a cerimônia e levasse Remo embora.
Na primeira semana após o casamento Rachel entrou numa depressão profunda... De repente, não conseguia mais parar de pensar em Remo. Ele estava em todos os seus sonhos, em cada um dos seus pensamentos.
Chegou até a pensar que tinha se apaixonado de novo... Mas Paul apareceu com uma interessantíssima teoria sobre apenas dar valor às coisas no momento que as perde. De certa forma, até o casamento dele, ela tinha a certeza de que Remo a amava tanto que estaria a voltar para ela a qualquer momento... Mas não foi bem isso que aconteceu.
Rachel suspirou.
Agora, o tempo tinha passado e a poeira baixado, dando aos envolvidos, talvez, até certa paz de espírito, de no final das contas, ter feito a coisa certa.
Numa carta que ela tinha recebido há apenas dois dias, Remo contava o quanto estava feliz, o quanto a vida de casado era tão diferentemente igual à que ele tinha antes. Ele contava o quanto era mágico, dia após dia, conhecer cada mania irritante de Tonks, e, surpreendentemente, o quanto ele gostava dessas manias irritantes.
E ela... Ela tinha se mostrado cada vez mais atenciosa, mais feliz por ter casado...
Ao que dizia a carta, ela estava até tentando – sem muito sucesso – a aprender a fazer a poção mata-cão!
Rachel quase sorriu.
Sim, fora melhor que ela tivesse simplesmente deixado aquele casamento antes de fazer qualquer bobagem... Remo estava feliz, muito feliz, e isso era o que importava...
Embora, bem no fundo, ela ainda sentisse uma pontinha de nostalgia ao lembrar que jamais provaria daqueles lábios novamente.
Mas não o amava.
Agora, depois de um tempo longe, ela sabia... ela tinha a mais absoluta certeza, de que na se apaixonara por Remo Lupin...
Tudo porque ela nunca conseguiu arrancar um outro alguém da sua cabeça e coração.
Suspirou novamente.
Severo simplesmente não a merecia.
O melhor era esquecer de tudo... E a Suíça seria, sem dúvidas, o melhor lugar para recomeçar a sua vida, conhecer uma nova pessoa, se apaixonar, casar, ter filhos...
E essa nova página em sua vida começaria hoje, assim que ela fizesse a última coisa que ainda a mantinha presa à Inglaterra – pegar as suas roupas e objetos pessoais na antiga casa de Hogsmeade.
Ela apertou a bolsa contra o corpo... Talvez não fosse uma idéia muito boa rever Severo... Não queria se sentir tentada a ficar.
Mas, ainda assim, foi.
Entrou no Cabeça de Javali, aquele bar tão fétido que Severo sempre freqüentava.
E lá estava ele.
Ela sentiu uma pontada no coração.
Sentava numa daquelas cadeiras altas, perto do balcão. Nas mãos, apenas um jornal e um copo de água – ele nunca bebia pela manhã.
Ela se aproximou lentamente. Sentou-se no banco ao lado dele.
Ele, que antes estava tão absorto na leitura, pareceu sentir a presença dela apenas pelo cheiro do perfume. Olhou-a.
- Rachel.
Ela sorriu.
- Olá, Diretor!
- Eu não esperava você tão cedo.
- A viagem está marcada, e eu realmente preciso de oupas.
Ela olhou para o atendente.
- Um suco de abóbora, por favor.
O homem de aparência grotesca assentiu e saiu para preparar o suco.
Severo disse.
- Eu esperei você por dias. Não fui levar as roupas para você porque não sabia onde estava.
- Ah, claro! Estou com Paul e Dave. É bem divertido ficar na casa dos amigos gays...
Ele assentiu, enquanto o atendente chegava com o suco e ela agradecia discretamente.
- Eu deveria ter imaginado. Quando você vai?
- Hoje, ainda.
- Já tem lugar onde ficar, lá?
Ela sorriu.
- Sim, sim! Uma amiga minha, que estudou comigo lá, tem um apartamento. Já falei com ela, e ela disse que eu posso ficar lá. Dependendo do meu destino, compro um.
- Como assim?
A tristeza voltou para ela.
- Eu vou reconstruir a minha vida, lá. Se eu conseguir fazer isso plenamente, fico para sempre na Suíça.
Ele ficou calado... Talvez imaginado o que ela queria dizer por “reconstruir plenamente”... Sabendo, no fundo, que isso significava que ela queria substituí-lo.
Mas não pensou mais, quando Rachel, subitamente, disse:
- Eu não dormi com ele. Ele não quis... E, mesmo se quisesse, eu não sei se conseguiria trair alguém de novo... Especialmente você! Mesmo que não estivéssemos juntos, eu me sentia... você sabe... sua. E, apesar de eu querer, eu não sei se conseguiria.
Ele olhou dela para o atendente, tirando uma moeda e se levantando.
- Vamos?
Rachel suspirou, coração aos pulos.
E o seguiu.
A casa nunca esteve tão impecável. A única coisa que incomodava era o anúncio fixado à porta, onde, em letras garrafais, lia-se.
“VENDE-SE”
- Eu nunca pensei que acabaríamos vendendo essa casa... Ela já está no seu nome?
Ele nem a olhou, entrando na casa.
- Ela nunca esteve no seu nome, Rachel.
‘Releve.’
Entrou no quarto.
A cama estava lá, impecavelmente arrumada...
As malas estavam prontas, postadas ao lado da cama.
Sorriu, triste.
- São as malas que eu preparei quando sai de casa? Por que, se for, não
tem tudo nelas.
Ele encostou-se na parede, olhando-a, um tanto aborrecido.
- Eu complementei com o resto das suas coisas.
‘Ele quer se livrar de mim logo.’
- Ah.
Pegou as malas.
Despedidas nunca eram boas. E ela realmente não queria prolongar essa. Já estava doendo demais.
Sem dizer mais nada, saiu do quarto, passou pelos corredores, pela sala... Parou quando, já com a porta aberta, ouviu Severo chamar o seu nome.
- Rachel.
Ela se virou, lentamente.
Snape começou a se aproximar.
- Por que agente está fazendo isso?
Chegou muito perto, e fechou a porta atrás dela, sem nunca quebrar o contato visual.
Rachel sentiu o coração bater mais forte.
Os olhos queriam marejar.
- Severo, agente já conversou sobre isso. Lembre-se que, se alguém tem culpa do que aconteceu entre agente, esse alguém é você.
Ele assentiu.
- Eu sei. E eu, sinceramente, peço desculpas. Acabei criando uma situação que não queria. Eu não quero que você vá para a Suíça... Eu quero que você fique aqui.
- Com você?
- Comigo.
Ela sentiu os olhos queimarem, e o esforço para não deixar as lágrimas caírem foi sobre-humano.
Aquilo fora o mais próximo de uma declaração de amor que Severo já tinha feito para ela...
E Rachel nunca pensou que ouvir uma declaração de amor poderia machucar.
- Eu tentei tanto... Mas não dá mais. Eu não posso ficar com você.
Ele deu mais um passo, ficando há milímetros de distância dela.
A sua mão abriu o primeiro botão da blusa de Rachel, aumentando o decote. Deslizou um pouco, deixando à mostra a tatuagem que ele acariciava.
O peito de Rachel arfava, enquanto ela buscava controle. Com a voz macia, perto do ouvido dela, Severo disse.
- Eu acho que nunca disse que amo você.
Foi com muito pesar que ela se afastou dele.
Não podia. Não queria correr o risco de sofrer de novo.
- Eu tenho que ir.
A primeira lágrima caiu.
- Me desculpa.
Chorando, ela pegou novamente as suas malas e saiu de casa.
XxXxXxX
Penúltimo capítulo.
Reviews, por favor.
Bjus para
a Karlinha, q betou mais esse cap.
Lucca BR: Hauhauahuahauhauh! Soluções drásticas, hein? Mas, não, eu não vou matar nenhum dos meus queridinhos... O final... logo logo vc verá... Afinal, soh tem mais o próximo cap... Ótima idéia, colocar ela sozinha, na Suíça... Bjus!
Mary-Snape-Lupin: hUAHUAHUHAuhaAuhAuhUAHUHA! Sem nenhuma troca de casais? Heuheueheuhe! Tah certo... vou pensar... Bjus!
Lara: HuHAuHAuHAuHAuHAUHAuH! O Sevvie bem q tentou neh? Bixinho... Hueheuheuehuh! Vê se entra na net, viu? Bjus!
Sheyla Snape: Hmmm... Sevvie fazendo declaração de amor EXIGE review quilométrica, viu? Quem mandou, acostumar mal a maninha? Heuhueheuheuehueh! Bjus!
Olívia Lupin: Eles têm o msm sobrenome? Como assim? O.o Bjus!
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