"Larga da Evans, Tiago!"
Começo de Novembro. Estamos todos infelizes, exceto o Remo e a Evans. A droga do N.I.E.M’s é esse ano e o tanto de trabalhos e deveres que temos não é brincadeira, mas deixo isso para o Aluado.
Bem... à quantas anda Hogwarts, ou melhor, eu: atualmente, capitão do time de quadribol da Grifinória, com um certo cão lá dentro (como batedor); ainda tentando conquistar a Evans; E falando em conquistar... Todos sabemos que as sonserinas são completamente chatas, vagabundas, sacanas, perversas... Em fim... também sabemos que é difícil dispensar uma; são realmente bonitas.
Angel. Esse é o apelido que lhe dão. Mas Susan Dickens não tem nada de “Angel”, não. Eu a conheço muito bem para comprovar isso. Ela é minha fã número um, uma sonserina das boas, sétimo ano. Desde que eu comecei a chamar a Evans para sair, ela vem querendo sair comigo, ela vem dando em cima de mim o tempo todo; não perde uma oportunidade. Mas tem uma coisa estranha atrás de tudo isso: A Dickens odeia sangue - ruins! Para resumir: ela odeia a Evans e vale lembrar que essa história toda coincidiu com o tempo em que eu comecei a chamar Evans para sair. Realmente, eu não acho que essa encenação toda seja verdade...
[............]
Ai! Que droga... Acabo de acordar com uma brisa dos últimos raios de sol desse ano, mas acho que seria melhor se eu tivesse continuado a dormir; eu simplesmente obriguei o time três horas ontem, já que a partida contra a Lufa-lufa está mais perto do que pude imaginar, e agora me arrependo completamente: meus músculos estão simplesmente só o pó.
- Rápido, Pontas! Anda logo, Almofadinhas!- chamou o Remo. Não tem pra quê tanta pressa. – sinceramente se vocês dois fossem um pouquinho mais devagar, poderiam fazer par com umas lesmas.- Não mesmo.
- Relaxa, Aluado.- Rabicho se pronunciou – Eles são como aquelas donzelas bem delicadas, que quando são atingidas por alguma coisa, ficam gemendo por aí.- Gemendo por aí?! Rato desgraçado.
- Donzelas delicadas?- satirizou Sirius, erguendo as sobrancelhas.- Então vai lá por mim, Rabicho, juro que dou com todo o prazer o meu lugar no time pra você. Podemos ir.
Pedro fez uma cara estranha, mas não retrucou.
- Não podemos ir!- eu exclamei, olhando para o tênis que não queria entrar no meu pé.- Ah…- era o lado errado. Sirius revirou os olhos e foi se retirando do dormitório.
- Sabe…- começou Remo, olhando para mim e pro Sirius enquanto caminhávamos em direção ao saguão de entrada.- Não sei se vocês sabem, mas só as garotas demoram tanto para se arrumarem quando vão sair para algum lugar…
- Não enche, Aluado- eu disse, mas o Sirius me imitou. Era um sábado ensolarado e estávamos a caminho de Hogsmeade.
- TIAGO!- Merda. A Dickens acabara de me ver e pulara em cima de mim, me abraçando como se eu fosse um ursinho perdido que ela acabara de achar.- Ah! Você também vai à Hogsmeade? Eu sabia! Assim a gente pode tomar uma cerveja amanteigada no Três Vassouras! Que tal?- ela disse, me soltando ao ver minha expressão de incômodo. Não poderia dizer que fiquei tentado pela oferta, mas…
- É, vai lá com ela, Pontas!- …o Sirius me obrigou e me empurrou para cima da Dickens.
- É, encontramos você no Cabeça de Javali, à tarde.- disse Remo.
- O.k.- eu me pronunciei, passando a mão no cabelo e assanhando-o todo. Três garotas que estavam passando deram sorrisinhos e olharam para mim. Eu sou o máximo, mesmo…
A Dickens deu um pisão particularmente forte no meu pé e me puxou para andar ao seu lado.
- Hey!- eu tive que protestar.
- “Hey!”, nada!- eu já disse que ela era uma sacana, não disse?- Não olhe para outras garotas, principalmente aquelas insuportáveis da Corvinal, enquanto estiver comigo!- eu abri a boca para retrucar, mas não ia adiantar. O que eu podia fazer se todas as garotas só tem olhos pra mim?- E não dê esse seu sorrisinho, não!- Eu não mereço isso, mereço?
Passamos uns cinco minutos calados, mas eu sabia que isso era muito tempo para a Dickens.
- Tiago?- ela me chamou.
- Hum?- resmunguei em resposta. Eu estava distraidamente analisando os meus pés andarem. É realmente uma diversão muito boa, devo confessar.
- Eu vou lhe fazer uma pergunta, o.k.?- e quem disse que eu quero responder?- E quero que me responda com honestidade.- aposto como ela vai falar da Evans…- Por que os seus amigos te chamam de “Pontas”?- O quê?! E o que é que ela tem a ver com isso?
- Não interessa- eu disse, meio sem pensar.
- TIAGO POTTER!- pode gritar…
- Ó, chegamos.- eu disse, interrompendo-a e apontando para uma rua principal apinhada de gente. A Dickens imediatamente esqueceu o Pontas ao seu lado e sorriu, mais satisfeita do que nunca.
- Que foi?- perguntei, meio desconfiado.
- Nada.- ela respondeu. É claro que tem alguma coisa atrás desse sorriso malicioso, e vendo minha expressão, acrescentou: - Er… Eu só acho que hoje vai ser um ótimo dia, quero dizer, se eu vou passá-lo inteiro com você…
- Que bom- argumentei. Que péssimo.- Vamos?- acrescentei, pois ela tinha parado no meio do caminho.
- Ah… o.k...
Entramos no Três Vassouras e fomos procurar uma mesa, mas eu simplesmente achava que não íamos ter tanto sucesso assim; o bar estava completamente lotado. Droga. A Evans estava lá. Eu ainda não disse que eu realmente gosto dela, disse? Mas ainda não falei nada com os marotos e não duvido nada que eles já tenham desconfiado. É… O que há de se fazer? Não sou mais um completo maroto e agora me sinto inteiramente incomodado de estar com outra garota na frente dela.
- Uma mesa- disse, com aboca ligeiramente seca e apontei para uma num canto perto de um janelão.
- Ótimo. À dois.- confirmou a Dickens e se sentou.- Você não vai buscar algo para bebermos?- acrescentou.
- Vou.- que cara de pau… Me espremi entre as pessoas até o balcão e voltei cinco minutos depois para a mesa, o que podemos considerar um récorde. Me sentei e comecei a tomar a cerveja, acenando de vez em quando para uns conhecidos que passavam . Percebi que a Evans, que estava a duas mesas de distância com suas amigas, ficava fazendo caretas de desprezo toda vez que eu cumprimentava alguém. Pus a observá-la, só pra ver sua reação.
- Pra quem você olha tanto, heim?- indagou a Dickens, olhando na direção que olhava. Adivinha.- Evans?- Acertou. A Dickens, pelo que pude ver, podia ter um acesso de ciúmes a qualquer momento; o seu olhar e o da Evans se encontraram por uns breves segundos e pude jurar que estava havendo uma briga daquelas por telepatia, por isso, resolvi mudar o assunto para águas menos perigosas, não que aquilo fosse um assunto.
- Dic…- ela simplesmente odiava ser chamada por mim pelo sobrenome.- Dickens, escute. Você não quer dar uma volta por aí? Será bem mais divertido do que aqui.- E eu não sou malicioso, o.k.?
- Não me chame de Dickens, Potter.- ela disse secamente, virando-se para mim e chegando mais próxima.- Acho que aqui pode ser tão divertido quanto lá fora, não acha?
À essa pergunta, eu nunca pude responder. Vocês devem imaginar o que veio a seguir. Ela me envolveu num beijo bem caloroso e demorado. Devo dizer que foi ótimo, mas não vou entrar em detalhes. Quando me soltou depois de um tempo, deu um grande sorriso e murmurou no meu ouvido:
- Assim está melhor- e se afastou para sua cadeira. Por que as garotas acham que sou burro? Será que ela não percebeu que , quando começamos a conversar sobre um assunto qualquer, eu a vi olhar discretamente para a Evans? Mas vamos deixar isso de lado…
- Tiago… posso te fazer uma pergunta…?- certamente que já fez.
- Diga. E eu não sei por que meus amigos me chamem de Pontas.- respondi ironicamente.
- Por quê… por…- ela parecia bem hesitante em perguntar- por que… por que você não larga da Evans e parte para outra? Quero dizer… desiste dela?- O Q-U-Ê? Ela surtou ou coisa assim? Eu quase cuspi a cerveja amanteigada em cima dela, mas me controlei.
- C-como as-sim?- gaguejei, surpreso.
- É! Isso mesmo! Larga da Evans, Tiago! Ela não te quer e você só tá curtindo com a cara dela e ela é uma sangue-ruim!- Idiota. Idiota. E idiota.
- Não fale assim da Evans, Dickens.- Murmurei secamente.
- Ah, Tiago, nem vem com essa- ela discordou. “Nem vem com essa o quê?”- Eu sei muito bem que você não gosta dela de verdade e sei muito bem que você também não gosta de sangue-ruins- sabe muito mal, então.
- Eu não tenho nada contra sangue-ruins e…- eu falo que gosto da Evans na frente dela?- também não tenho nada contra a Evans. Er… com licença, Dickens, eu tô atrasado para um outro compromisso.- Ela não ficaria chateada se eu fosse embora.
- Ah, Tiago! Mas já…?
- É, Dickens, foi uma imensa diversão estar com você, como sempre.- Realmente é uma imensa diversão sair com ela.
- Ah… Então tchau, Ti!- ela se despediu e me deu um beijo na bochecha.
- Tchau, Dickens.- disse, e me afastei o mais rápido possível dali, mas ainda pude ouvir um “Angel! Você conseguiu?”
Era mais ou menos meio dia e eu estava com uma fome desgraçada. Voltei à Hogwarts completamente alheio do que fazia, almocei e me enterrei nume poltrona da sala comunal, mergulhando em devaneios sobre o quê a Dickens queria comigo.
[............]
- Hey, Pontas! Cara, onde você estava?!- Alguém gritava no meu ouvido, me acordando; É, eu tinha adormecido.- Esperamos você uns cinco minutos depois do combinado, você não foi, então nos mandamos!- Amigões eles são, não? Abri os olhos. Sirius, Remo e Pedro ocupavam as outras poltronas.
- Eu vim direto pra cá.- declarei, ajeitando meus óculos.
- Que é que foi?- perguntou Remo num tom de fingida preocupação- A Dickens lhe deu outra bofetada?
- Quase.- respondi, o que era uma meia verdade, não? Olhei para o céu, pela janela, e deduzi que deveriam ser umas seis horas da tarde.- Vocês chegaram só agora?
- Na verdade…- Remo começou.
- Sim.- disse Pedro.
- Não.- disse Sirius na mesma hora. Em seguida, lançou um olhar assassino para Pedro.
- Hum… Afinal…?- perguntei.
- Chegamos agora, mesmo.- concluiu Remo, meio receoso.
- E por que?- insisti.
- Por que perdemos a hora na Zonko’s.- falou Sirius na mesma hora.
- Isso é mentira. Escutamos uma conversa.- afirmou Remo.
- E em quem eu deveria acreditar?- perguntei, mas já sabia em quem.
- Em mim, é claro!- exclamaram Sirius e Remo em uníssono. Realmente um “em mim, é claro!”, decidia toda a conversa.
- Conversa de quem, Aluado?- perguntei.
- De Lílian, Liz Stone e Cecília Browne. Sobre você.- disse Remo. Fofoqueiras. As outras duas são amigas da Evans.
- E…?
- Pontas, cara, é melhor você tampar os ouvidos e sair cantarolando por aí. Ou você prefere passar o resto de sua vida decepcionado?- alertou Sirius. Acho que era algo para eu ouvir, mesmo, já que era a Evans que falava de mim. Eu fiz sinal para o Aluado continuar.
- Bom, nós estávamos voltando para Hogwarts, por que realmente perdemos a hora na Zonko’s, então resolvemos pegar um caminho mais curto- obviamente- e nesse caminho mais curto, ouvimos alguém chorando e mais duas vozes consolando, perto de uma árvore. Nos aproximamos…
- Tá bom. Não precisa mais continuar.- interrompi.
- Você teria feito o mesmo.- Quem disse?
- Calma. O chocante ainda estar por vir.- disse Remo sarcasticamente.
- Tampe os ouvidos agora, Pontas.- repetiu Sirius. Será que não dava pra entender que eu não ia tampar os ouvidos?
- Nos aproximamos e ouvimos a Lílian falar que você era um idiota, arrogante demais para pensar nos outros, imbecil, ignorante…- Poxa, não precisava ofender, né?- em fim… mas que tinha começado a gostar de você do jeito que você era e que… er… que preferia morrer à admitir isso pra você. E se você deixasse de chamá-la para sair toda vez que a visse, seria mais fácil para ela esquecê-lo. Recado dado.- aquilo não era um recado.
Primeiro: eu não sou nada do que ela disse que sou.
Segundo: como e por que ela começou a gostar de mim?
Terceiro: ela ia morrer? Não, não, não. Se eu dissesse a ela que eu gosto dela, ficaria muito mais fácil pra ela dizer que gosta de mim!
Quarto: se ela está apaixonada por mim, não seria a ausência do meu pedido que a faria me esquecer, não é mesmo?
- Então, Tiago.- desde quando o Remo me chamava de Tiago?
- Bom, eu estou realmente esfomeado, alguém vem?- perguntou Sirius. Em seguida saia com Pedro para jantar.
- Tiago, escute. Se você não gosta dela, então larga da Evans, cara! Não faça-a infeliz, se você não quer!- O Remo tinha algum pacto especial com a Dickens?
- Escute você, Aluado. Eu não finjo que gosto da Evans. Eu deixei de ser um completo maroto, e acho que você sabe o que isso significa.- falei, meio exasperado. Não fazia idéia de qual seria sua reação; Há um tempo atrás, eu achava que o Aluado tinha alguma coisa com a Evans.
Para minha total incredulidade, ele sorriu.
- Ótimo, Pontas. Amanhã mesmo você fala com ela e tá tudo resolvido.- disse Remo, e subiu para o dormitório masculino. Eu continuei na poltrona.
Sirius e Pedro chegaram vinte minutos depois.
- Hey, Pontas! Preparado para largar da…- Sirius começou, mas eu o interrompi, ligeiramente aborrecido.
- Não termine essa frase, o.k., Almofadinhas? Já a ouvi bastante por hoje.- E também subi para o dormitório masculino.
N/A: Há! Eu sei o que vcs tão pensando: “Ah! Mas o Tiago já sabe que a Lily gosta dele?!” Poizé.. eu não vou prolongar esse fic d maneira alguma, eh segundo plano.. Ah! Cap. Dedicado à Kakau ( Angel, pra vc, lindu neh?), agradecimentos à Lua (pq não o “Lupin”?), à DaNi, à ISA, à Rose Mia e à Tonks. Sim... e uma pequena grande mudança no resumo não vai alterar a história...
Xaus e bença!!\0/\0/
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