A Noiva
Nome da fic: A Noiva do Lobo
Autor: Gabrielle Briant
Pares: Severus/Personagem Original
Censura: PG-13
Gênero: Romance
Spoilers: Só uns detalhes do Ordem da Fênix
Resumo: Lupin vai casar. Ele leva a noiva para conhecer os membros da OdF... Péssima idéia!
Agradecimentos: À Janaína Rocha, a beta.
Disclaimer: Os personagens, infelizmente, não me pertencem. São todos de JKR. Eu não quero nem vou ganhar dinheiro com eles.
Esta fic faz parte do SnapeFest 2004, uma iniciativa do grupo SnapeFest, e está arquivada no site
A NOIVA DO LOBO
CAPÍTULO I. A NOIVA
Rachel Silverstone. Aurora do ministério da magia, especializada em poções e perita em venenos e antídotos. Uma bela mulher, de cabelos negros e longos, levemente ondulados, olhos azuis e pele clara. O corpo, pelo pouco que era revelado pelas vestes, parecia ser perfeito.
Ela havia passado os últimos anos da sua vida em Genebra, Suíça. Somente voltou à Inglaterra, seu país de origem, há um ano, para trabalhar no Ministério da Magia. E foi lá que conheceu Remo Lupin.
Aquele havia sido um dia cheio... No dia em que se conheceram, Rachel estava atolada de trabalho: recebeu dois novos casos de intoxicação por venenos não-conhecidos ou não-identificados. Ela tinha que "se virar" para conseguir os antídotos e, como sempre, corria contra o tempo para fazer isso...
As pesquisas desenvolvidas por ela apontaram para algumas ervas que estavam em falta no seu estoque. Por isso, teria que usar as do Ministério... Mas, o problema é que ela simplesmente ODIAVA ir à sala das poções... Era sempre fria... E escura... Sempre se sentia mal lá. Angustiada. Algo naquela sala causava nela arrepios... Era apenas um medo infantil, mas não conseguia evitar: Sempre que ia à sala, acabava saindo correndo pelos corredores vazios.
Só que, desta vez, os corredores não estavam tão vazios assim. Quando voltava correndo, com um monte de ervas nas mãos, um homem também andava apressado e distraído pelo corredor, na direção oposta a que ela tomava, e estava com uma pilha de papéis nas mãos. A colisão e a queda dos dois foi inevitável... E a cena foi impagável.
O homem ficou mais vermelho que um tomate. Ele se ajoelhou e começou a apanhar as ervas caídas.
- Droga! Desculpa! Desculpa, desculpa, desculpa, desculpa... – falou o homem.
Ela riu da reação do homem. Ele parou para analisar a situação. Acabou rindo da reação que tivera. Ela começou a juntar as folhas que tinham se espalhado pelo chão.
- Está tudo bem... Relaxa! Eu estava correndo... A culpa foi minha. – Rachel, ainda rindo, tentou ser o mais simpática possível.
- Se é assim, culpa dividida! Eu também estava correndo.
Pouco tempo depois, eles já haviam apanhado todos os papeis e ervas que tinham se espalhado devido à colisão.
- Você vai ter um trabalhão para colocar esses papéis em ordem! – Rachel realmente estava preocupada. Eram pelo menos duzentas folhas que, por causa dela, estavam completamente desordenadas.
- E você para separar essas ervas. Mais uma vez, estamos quites! – Ele sorriu, simpático.
Eles trocaram as ervas pelos papéis. As mãos dos dois se tocaram de leve. Os dois coraram e sorriram, tímidos. Seus olhos se cruzaram pela primeira vez. Ela notou como ele era bonito. Ele notou como ela era bonita. Ele se levantou e estendeu a mão para ela. Ela aceitou imediatamente.
- Então, o que você faz? – ele perguntou.
- Trabalho com venenos. E você? – ela respondeu sorrindo.
- No momento, nada. Tenho que pedir permissão para poder trabalhar. E é isso que estou fazendo aqui.
- Permissão para trabalhar? – Ela estreitou os olhos, curiosa. – Por que? Não-humano ou criminoso?
- Eu... – Demorou um pouco, receoso. Pareceu tentar escolher as palavras. – Sou um lobisomem. – Ele esperou alguma reação. Esperou que ela desse alguma desculpa esfarrapada e saísse dali, ou ao menos, uma cara de espanto. Mas ela apenas continuou ali com ele, sorrindo, como se falar com um lobisomem fosse uma coisa normal. Ele gostou disso. – Você não tem medo?
- Não. Deixei de ter medo de lobisomens no meu primeiro ano em Hogwarts. Parece que tinha um garoto, no sétimo ano, e... bom, diziam que ele era um lobisomem. Como ele nunca fez nada com ninguém, perdi o medo. Como era o nome dele?... – perguntou para si mesma tentando lembrar - Remo... Lupin! É isso! Remo Lupin! - Ela percebeu que o homem ficou estático, lívido. - Eu disse algo errado?
- Eu sou Remo Lupin.
- Oh! - Ela sorriu, sem-graça. - Que mundo pequeno! Eu sou Rachel Silverstone. É um prazer conhecê-lo.
- O prazer é todo meu.
Lupin segurou a mão dela e beijou. Ela se lembrou que tinha voltar ao trabalho.
- Bom, Senhor Lupin, o dever me chama! Agente se esbarra!
- Literalmente!
Ela deu uma risada tímida e saiu. Lupin ficou parado, olhando ela caminhar. Quando estava para dobrar o corredor, Lupin gritou.
- Hey, Silverstone! Você sairia com um lobisomem?
Ela se virou e riu.
- Sábado, ás três horas, no Caldeirão furado! Está bom para você?
- Para mim está ótimo!
Eles trocaram largos sorrisos antes dela ir embora.
XxXx
A partir desse encontro, eles começaram a namorar. Daí foi só amor. Mais ou menos um ano depois desse encontro, ele a pediu em casamento. Quando ela finalmente aceitou (ele passou duas semanas insistindo no pedido), ele decidiu apresentá-la ao pessoal da Ordem da Fênix. Remo dizia que eles eram o mais próximo de uma família que tinha.
- Pronto. Chegamos finalmente.
- Como você disse que esse lugar se chama mesmo?
- Não posso dizer. Por causa do feitiço.
- Oh... Ok.
Remo Lupin pegou um papelzinho no seu bolso e entregou-o para Rachel. Ela leu. "A sede da Ordem da Fênix encontra-se no Largo Grimmauld, número doze, Londres". Logo depois, ele incinerou o pedaço de papel.
Quase imediatamente, uma porta se materializou entre as casas de número onze e treze. Depois paredes e janelas. Ela olhava a casa que acabara de nascer, absorta, quando Lupin convidou:
- Vamos?
Ele segurou na mão dela e começou a guiá-la para dentro da casa.
Agora estava finalmente entrando na casa da "família" do seu noivo. Assim que entrou, foi "recebida" com um esbarrão. Remo segurou Rachel. A causadora do acidente caiu estatelada no chão. Era uma mulher de cabelos longos e cacheados...E azuis. Ela se levantou num pulo. Sorriu para o casal, enquanto massageava o cotovelo, que tinha batido na queda. Falou, bem-humorada.
- Er... Oi! Oi, Remo! Oi... você! Humm... desculpa!
- Oi. – Rachel respondeu, devolvendo o sorriso.
- Boa tarde, Tonks. Essa é a minha noiva, Rachel Silverstone. Rachel, essa é Nymphadora Tonks.
- Então essa é a famosa noiva? Bonitona! Se deu bem, heim, Remus?!
Os dois riram, encabulados. Lupin colocou a mão carinhosamente nas costas de Rachel, fazendo um sinal para seguirem em frente. Chegaram à cozinha. Lá havia uma mulher baixinha, ruiva e gorducha e um homem que ela logo reconheceu como...
- Professor Dumbledore!
O velho barbudo deu um sorriso largo. Levantou-se para abraçar Rachel.
- Rachel Silverstone! Quer dizer que você é a noiva que Remo fala tanto?
- Sou! Só não sabia que era tão famosa!
A mulher ruiva foi até ela com um sorriso simpático no rosto.
- Ah, minha querida! É um prazer imenso conhecê-la. Esperei muito para ver o seu rosto, sabia? Você é um dos poucos assuntos felizes desta casa!
- Rachel, essa é Molly Weasley. É a mãe de todos aqui... Já te falei dela.
- Ah, vamos, querida! – Molly disse – Vamos conhecer todos!
A mulher saiu gritando vários nomes. Aos poucos, as pessoas começaram a aparecer na escadaria e saindo de outros cômodos. Uma delas, ela reconheceu imediatamente.
- Quim? – Ela exclamou, feliz e surpresa. – Eu não sabia que você era da Ordem!
- Eu não sabia que VOCÊ era da Ordem! – Ele também exibia um largo sorriso.
- Eu não sou!
O auror a abraçou. Foi um abraço tão apertado que chegou a suspendê-la. A rodopiou antes de devolvê-la ao chão.
- O que você está fazendo aqui, Pequena? – Finalmente a soltando, Quim Shacklebolt perguntou.
- Pequena? – Foi Tonks que falou, se aproximando. - Você é Pequena? A aurora? Eu sabia que te conhecia de algum lugar!
- Eu tive a mesma sensação. – Rachel respondeu. – Você também é aurora, não?
- Sou sim!
- Pequena! Eu te fiz uma pergunta! – Quim exclamou, exigindo alguma atenção.
- Ah, Negão, desculpa...
- NEGÃO?! – Tonks deu um grito tão forte que chegou a assustar os presentes. Estava, no mínimo, surpresa com o apelido do amigo.
- É a minha alcunha entre alguns aurors... – Explicou-se Quim.
- Mais precisamente, os da minha subdivisão. – Rachel completou.
- A pergunta, Pequena! – Quim implorou pela retomada do assunto.
- Ah, tá... Eu vim aqui para ser apresentada a todos da casa... Como a noiva do Remo.
- Nossa... – O auror procurava fingir alguma tristeza, irreverente. – Nunca acreditei que você ia se casar mesmo... Quem nós vamos assediar agora?
- Isso é problema seu... EU vou me amarrar!
- Cuidado com ela, Remo! – Ainda irreverente, Quim procurou simular um tom de ameaça. – Ela vale ouro!
- Eu vou ter! Bom, vamos às apresentações? – Ele puxou Ron Weasley, que se encontrava bem perto deles, para frente dela – Esse é Ronald Weasley. Ron, como você já deve saber, essa é Rachel Silverstone.
- Prazer.
- Prazer em conhecê-lo Senhor Wea...
- Posso saber o motivo dessa maldita aglomeração?
Será? Ela pensou reconhecer aquela voz letalmente aveludada... Não podia ser... Não agora... Seria muita coincidência... E muito azar! O dono da voz afastou as pessoas que, amontoadas, impediam Rachel de vê-lo. E ela ficou estática ao conseguir olhar para ele. Era ele. E ele paralisou ao vê-la. Era ela.
- Rach? É você?
- Sev? – Ela sorriu. Aproximou-se dele. – Severo? Oi!
Eles se abraçaram. Um abraço forte e demorado. Queriam se sentir. Precisavam se sentir. Ela estava quase chorando. Folgaram o abraço. Ela, ainda com os braços em volta do pescoço dele, encarou-o. Ele, ainda com os braços em volta da cintura dela, mirou nos olhos dela.
- Eu... senti a sua falta!
- O que você está fazendo aqui, Rach?
- Ah... Eu... Quer dizer... É que eu vou me casar com o Remo e...
- Oh... - O abraço finalmente acabou. - Er... - Ele massageou a nuca. - Parabéns! Seja feliz.
- Er... - Ela sorriu, sem-graça. - Obrigada!
Continua...
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