Plano de vingança
Depois da discussão na cozinha e que todos foram para seus respectivos quartos, embora era impossível que alguém conseguisse dormir depois do que aconteceu, Molly em sua cama não se conformava com a idéia de Arthur de aceitar Snape como um membro da família. Pensou a madrugada inteira em algo para separá-los. Foi quando lembrou-se de algo que realmente podia ajudá-la: uma carta! Levantou-se correndo e começou e procurar desesperadamente pelos armários e guarda-roupa, acordando Arthur:
- O que está fazendo querida?
-Nada Arthur. Volte a dormir querido, eu estou procurando um objeto, só isso! - mal terminou de falar e Arthur já tinha voltado a dormir.
Procurou uns dez minutos até achar uma caixa toda florida:
-Aqui está! Achei - Molly ria parecendo uma louca. Abriu a caixa e pegou um pergaminho - Essa carta será a salvação de minha filhinha!!
Molly desceu e magicamente fez algumas modificações na carta e ficou satisfeita com o resultado final:
-Nossa! Deu trabalho mas ficou perfeita!
-O que ficou perfeita mãe? - era Percy que acordara cedo para trabalhar.
-Nada não Percy. Quer que eu prepare algo para comer?
-Não mamãe, estou atrasado. Como algo lá no trabalho - dizendo isso Percy deu um beijo na mãe e saiu para o trabalho.
O café da manhã foi um silêncio total. Nenhum dos Weasley e nem Hermione tinha coragem de falar algo. A única que falou algo aquela manhã foi Molly depois de preparar o café da manhã subiu para seu quarto voltando minutos mais tarde com um pergaminho na mão:
-Hermione querida, poderia entregar essa carta à Gina quando voltar para escola?
-Claro Sra. Weasley.
-O que é isso mamãe? - indagou Rony servindo-se de chá.
-Uma carta de desculpas - Todos estranharam as palavras de Molly e ficaram olhando-a incrédulos, até que ela chateada disse:
-Por que estão me olhando desse jeito? Eu pensei muito essa madrugada e resolvi apoiar Gina na decisão dela. Até mesmo se ela quiser separar-se de Severo.
-Isso será impossível. Ela tá caidinha por ele - disse Fred emburrado.
-Tudo pode acontecer meus queridos. Quem sabe ela acorda dessa ilusão que está vivendo?
Ninguém entendeu nada. Hermione ficou desconfiada da atitude da Sra. Weasley. Ficaria atenta para algo estranho. Terminaram de tomar café e Arthur disse que levaria Fred e Jorge para a loja e Rony e Hermione para Hogwarts. E assim foi feito.
Chegando no Salão Comunal de Grifinória, Hermione beijou Rony e foi para o dormitório feminino. Perguntou por Gina para uma aluna do quinto ano e a mesma disse que não via a ruiva desde ontem durante o jantar.
-Será que está com Snape? - pensou Hermione em voz alta.
-Quem? - perguntou a quintanista loira.
-Nada não - dizendo isso Hermione desceu para o Salão Principal para ver se conseguia encontrar a amiga. Nada. Desistiu por que daqui a poucos minutos teriam aula de Poções e teria que subir correndo para às Masmorras. Quem sabe ela estaria lá. Chegando lá, encontrou Rony e Harry conversando:
-Não teremos aulas de Poções hoje. Pelo menos é o que diz o recado na porta - disse Harry.
-Estava na cara. Depois da surra que levou era impossível aquele verme dar aulas hoje - Rony disse acariciando a mão dolorida.
-Rony, como você é insensível! Como pode ser assim? Não pode analisar o quanto sua irmã pode estar sofrendo?
-Melhor agora do que quando ele a abandonar!
-Não quero ficar perdendo meu tempo com discussões inúteis com você. Pelo menos sejam discretos e não deixem que a Escola fique sabendo também! - dizendo isso Hermione saiu pisando duro com raiva da atitude do namorado. Rony fez uma cara de "o que você acha?" para Harry, que abaixou a cabeça sem ter o que responder.
No caminho entre as masmorras e os Jardins Hermione finalmente encontrou Gina sentada em uma das escadas do Castelo. Aproximou-se da amiga:
-Gina te procurei até agora? Está tudo bem?
-Como pode estar tudo bem Mione? "Ele" está na Ala Hospitalar, todo quebrado por aquele bando de idiotas!!!
-Calma amiga...
-Eu odeio minha família!
-Não diga isso! Sabe que seu pai disse ontem? - e antes mesmo que Gina respondesse Mione completou - Que eles deveriam aceitar o namoro de vocês.
-Depois de tudo que fizeram? Agora sou eu que não quero saber. Nunca mais quero falar com nenhum deles.
-Pense Gina! Com essa atitude você pode complicar uma reconciliação!
-Não sei. Preciso pensar. Estou confusa com tudo o que aconteceu. Não foi fácil.
-Eu sei. Até sua mãe está quase aceitando. Bom pelo menos é o que eu acho. Tome. Ela lhe mandou essa carta.
Gina, pegara o pergaminho da mão da amiga e desenrolava sem muita pressa. Estava muito magoada com a mãe. Mas a medida que ia lendo seus olhos iam ficando mais abertos. Sua boca abriu de espanto ao ler o conteúdo da carta.
-O que foi Gina?
-Nada. É mais uma das mentiras da minha família para me separar do Snape - dizendo isso rasgou a carta e subiu para a Torre de Grifinória.
Um pouco antes do jantar, quando acordou, Gina percebeu que Errol estava na sua cama com uma carta. Retirou a carta e acariciou a ave que agradeceu dando bicadinhas em sua mão e depois saiu voando.
Abriu a carta. Viu que era mais uma de sua mãe. Mesmo assim resolveu ler:
Gina querida
Sei que está brava comigo e por isso não acreditou no que eu disse na outra carta. Para provar que é verdade estou lhe mandando junto desse recado uma carta que recebi anos atrás e que pode provar o que estava lhe dizendo. Perdoe-me, queria que isso nunca fosse revelando mas devido as circunstâncias não tive outra alternativa. Leia a carta e entenderá por que não aceito o seu namoro.
beijos da sua mãe que te ama e só quer o seu bem.
Gina pegou a outra carta para ler. Reconheceu ser a letra de Snape. A medida que foi lendo, lágrimas caíam de seus olhos. Não era possível! Seria Snape tão cruel?
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