Segredos e descobertas



Snape pegara suas coisas e por meio de pó de flu, foi direto para a casa que fora de Sirius Black. Não tinha ninguém lá. Levou suas coisas para uns dos quartos da casa. Ouviu um ruído na sala e foi ver se tinha chegado alguém. Ao chegar no escritório que era de onde vinha o barulho, abriu a porta e deu de cara com Monstro, antigo elfo doméstico da família Black. Ele estava praguejando enquanto tentava puxar um tapete velho para seu esconderijo. Ao ver Snape, fez uma falsa reverência e disse baixnho mais Snape entendeu perfeitamente cada palavra:



-Traidor. Essa casa está infestada deles. Se minha senhora tivesse aqui!



Snape não retrucou com o elfo, que na verdade não batia bem da cabeça. Foi à cozinha preparar algo para comer. Levou um susto quando viu uma cabeça aparecendo na lareira. Era Molly Weasley querendo falar-lhe



-Olá Snape. Dumbledore me avisou da reunião. E disse que você estaria aqui. Por isso estou aqui, para saber se precisa de algo. Quer que eu vá aí preparar algo para comer? Posso fazer isso rapidinho. E afinal, por que está aqui?



-Oi Molly. Não se preocupe comigo. Sei me virar. O motivo de estar aqui, você saberá na reunião. Se precisar de algo eu te peço – Snape sentiu-se mal na frente da mãe de Gina. Ela o tratava tão bem. E quando descobrisse tudo? Será que continuaria a mesma? – Obrigado por preocupar-se comigo – disse tentando ser gentil.



-Que isso professor. Você é nosso companheiro faz anos. Então estou indo. Boa noite!



-Boa noite – e de repente a cabeça de Molly desaparecera da lareira. Foi até a dispensa e achou algo para comer e uma cerveja amanteigada. Fez uma leve refeição e foi deitar-se.



O tempo demorou para passar. No primeiro dia ficou lendo algo sobre poções que encontrou em uma estante do escritório. Fez algumas poções. E ficou pensando em Gina. Queria muito que ela tivesse ali com ele. Apesar da diferença de idade entre os dois, Snape sentia-se seguro ao lado dela. Como nunca sentiu perto de alguém. Ela fora a única que fazia ele rir, com seu jeito meigo. Lembrou-se de seu lindo sorriso. E foi assim que conseguiu adormecer à noite. Imaginando os dois juntinhos naquele quarto. No dia seguinte, logo pela manhã, Remo Lupin apareceu. Estava pálido e com vários machucados pelo rosto. Snape lembrou-se que o dia anterior foi dia de Lua Cheia.



-Não tem tomado as poções que faço?



-Esqueci devido ao trabalho que estava fazendo. Mas e aí? Como andam as coisas na Escola?



-Bem...nada para se preocupar.



-Pode me dizer sobre o que será a reunião?



-Infelizmente não. Dumbledore me disse para esperá-lo para dizer algo sobre hoje à noite.



-Ah, tudo bem. Tem aluma coisa para comer? Estou faminto. A noite passada eu não me alimentei direito.



-Deve ter algo na dispensa – disse Snape acompanhando Lupin até a cozinha. Era bom ter com quem conversar. Até gostava de Lupin. Apesar de ele ter feito parte do grupinho, denominado Marotos, na qual a diversão era humilhá-lo. Mas Remo nunca participou dessas brincadeiras, sendo o mais íntegro do grupo.


Ficaram a tarde inteira falando sobre a Ordem e como estavam trabalhando em busca de pistas sobre Voldemort. Quando estava escurecendo, chegaram juntos Moody, Tonks e Héstia Jones. Passaram-se alguns minutos e a família Weasley apareceu pela lareira da cozinha. Vieram, Molly, Arthur, Fred, Jorge e Gui. Carlinhos estava na escola substituindo Severo. E Percy não participava das reuniões por se dizer muito ocupado com o trabalho.


Snape ao vê-los, sentiu um frio percorrer-lhe a espinha. Mais tarde eles ficariam sabendo sobre seu romance com a caçula da família. Molly disse que viera cedo para fazer o jantar, para que todos estivessem bem alimentados. A maioria ficou conversando na mesa da cozinha. Tonks foi ajudar a Sra Weasley. Mas era tão desastrada que acabou derrubando o caldeirão que estava com sopa. Fez um feitiço para limpar a bagunça. Molly pediu carinhosamente que Tonks fosse conversar com os outros, que ela faria tudo sozinha.



No jantar todos estavam quietos. Isso fazia Snape ficar uma pilha de nervos. Nem mesmo os Gêmeos estava afim de brincadeira. Quando a mesa do jantar foi retirada chega Mundungo. Com um casaco que pelo volume parecia estar cheio de coisas. Os gêmeos o levaram para a sala para conversarem, mesmo sob os olhares de censura da Sra. Weasley.
Quase dez horas da noite, Dumbledore aparece pela lareira. Chegara o momento. Snape o olhou com impaciência. O diretor sorriu tentando tranqüiliza-lo. Esperou que todos estivessem sentados na mesa e falou:



-Bem amigos. Eu marquei essa reunião para discutir algo muito sério. Minerva, Emelina e Carlinhos não vieram para não deixar a Escola sem proteção. Snape esteve em minha sala dois dias atrás com um recado mandado por Rabicho. - Todos olharam para Severo abaixou a cabeça para não encará-los. Dumbledore leu o recado em voz alta. Todos estavam nervosos. Moody foi o primeiro a falar:



-Eles estão apelando. Muitos Comensais foram mortos, por isso querem Snape de volta



-Pode ser, ou é uma estratégia para que eles possam matá-lo - arriscou-se Héstia.



-Mas que recado estranho – disse Tonks com o recado em mãos- Ele está ameaçando pegar a amada de Snape. Mas pelo que sei Snape não tem ninguém! Ou tem? – disse olhando para Snape.



Snape não tinha coragem de encarar ninguém. Estava com muita vergonha


-Já sei – disse Lupin – ele pensa que a amada de Snape é Emelina! Afinal os dois namoraram durante dois anos.



-Snape e Emelina? – Fred e Jorge disseram quase juntos – Daria tudo para ver! – os gêmeos iam rir mas quando viram Snape fuzilar os dois com o olhar e ficaram sem graça.



-Será que é isso Dumbledore? – indagou Arthur sério.



-Bem.....-deu um pausa para escolher as palavras – Isso não é tão importante....-mas foi interrompido por Molly:



-Como não? Ele disse que ia vingar-se na coitada! E sabemos do que Você-sabe-quem é capaz!



Snape nem respirava. Seu coração parecia que ia parar. Suavia frio. Dumbledore vendo seu colega quase passando mal, disse:



-Amigos, prestem atenção só um instante. Eu quero falar em particular com Arthur, Molly e Snape. O resto por favor se retirem. - Todos olharam assombrados. Qual o motivo para isso? O que estariam escondendo Dumbledore e Snape. Os gêmeos protestaram, alegando que eram de maiores e que faziam parte de família que que você algo relacionado com eles, tinham o direito de saber. Molly disse que depois eles ficariam sabendo e que saíssem antes que ela perdesse a paciência. O resto dos membros foram discutindo o recado para sala.
Quando sobraram somente os quatro interessados, Dumbledore disse:



-Molly e Arthur, Snape precisa lhes contar algo. Quero que escutem tudo primeiro para depois darem suas opniões...



-Aconteceu algo com meus filhos? Por favor! Eu quero saber! – disse Molly quase chorando.

-Calma querida. Vamos ouvir Snape primeiro – Arthur disse para acalmar a esposa.



Severo se levantou, andou de um lado para outro, procurando encontrar as palavras que agora fugiam de sua mente. Pigarreou, sentou e ficou torcendo as mãos nervosamente. Disse rápido, pensando que assim fosse menos doloroso para os Weasley:



-É que, a pessoa que Rabicho se refere como minha amada é a filha de vocês! Gina!



-Não entendi – disse Arthur – está dizendo que Rabicho pensa que você e Gina tem um caso?



-Arthur, querido, Rabicho está louco. De onde ele inventou tamanha barbaridade.



-Não é barbaridade Molly. Eu......e......Gina.......estamos juntos...



-O quê?? Arthur você ouviu isso? - Molly estava quase desmaiando.



-Você e minha filha? Como pode? Nós confiamos em você! Seu cretino! – e ia se levantando para bater em Snape quando foi interrompido por Dumbledore:



-Calma Arthur! Deixa eu explicar melhor – e assim fez Arthur sentar novamente e contou como ficou sabendo e como acreditava que Snape estava sendo sincero. Que ficassem tranqüilos.


-Tranquilos? Minha filha, a minha caçulinha está tendo um caso com um homem que poderia ser o pai dela! Ele traiu nossa confiança! – disse Molly desatando a chorar.



-Quero que se afaste de minha filha imediatamente! Seu imundo! Por que não volta para seu Senhor! – disse Arthur furioso.
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-Eu não queria que fosse assim, mas aconteceu! Eu amo a filha de vocês!- desabafou Snape- Por favor me perdoem....



-Nunca! Não quero vê-lo nunca mais perto dela! Está entendendo? Seu asqueroso! – disse Molly.



-Por favor senhores. – disse Dumbledore - Tentem entender. O amor é assim, surpreendente. A srta Weasley não é mais a menininha que vocês pensam. Ela é uma garota que está em tempo de amar E ela escolheu Snape!



-Eu quero ir embora Arthur. Não posso ficar mais aqui olhando para esse........-disse puxando o marido.


-Querida, precisamos contar aos nossos filhos!



-Só se quiser ver esse traste morto. Por que é assim que vai estar quando eles souberem.



-Molly tente entender...-disse Snape.



-Não fale comigo! Nunca mais!



No mesmo instante entram os Gêmeos e Gui.Eles ouviram a conversa através das orelhas extensíveis. Fred acerta em cheio a cara de Snape que caiu da cadeira.



-Seu verme! Morrerá por desonrar nossa família – quando ia avançar sobre Snape, foi segurado por Gui .



-Calma mano! Não é assim que ser resolve as coisas! – disse Gui – Mãe, pai, tentem entender! Infelizmente a vida nos prega uma peça. Se Gina escolheu Sna...



-Cale-se! Gina não tem idade e nem maturidade para saber o que quer. Ela é uma criança. Que esse aí – fez apontando Snape – usou para seus prazeres – Molly estava indo em direção para lareira para voltar para casa.



-Nunca usei ela! Eu a amo! Daria minha vida por ela! Ela é tudo que eu tenho nesse mundo! Nem vocês nem Voldemort a tirarão de mim!



Todos arrepiaram ao ouvir o nome do Lorde das Trevas. Ela o olhou com repugnância:


- E ainda a colocou em perigo. Nunca lhe perdoarei se algo acontecer a ela. – E sumiu pela lareira usando pó de flu. E foi seguida pela família que iam mais antes olhavam furiosos para Severo.



Quando ficaram a sós, Dumbledore disse:



-Terás que ser forte. Não podia imaginar uma reação dessas. Mas estarei do seu lado- Nisso entra Lupin e Tonks.



-Eu também – Remo ajudou-o a levantar do chão.



-Não se preocupe. Logo eles se acostumarão – Tonks disse sem muita confiança.
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Snape sentou-se novamente na mesa. Abaixou a cabeça que doía muito. Seu nariz sangrava, mas isso não importava. A dor que sentia por dentro era muito pior.
Dumbledore fez sinal para todos saírem e saiu junto para deixar Snape sozinho. Dispensou a turma e ficou esperando até Snape aparecer na sala.



-Como estás?



-Péssimo. Prefiria ter sido morto aquela vez do que ter passado por isso.



-Vai ter que ter paciência. Até eles conseguirem assimilarem. Isso leva tempo.



-E ela? Quando souber que a família dela não me aceitou?



-Pelo pouco que a conheço, ela não te abandonará.



-Tomara que tenhas razão. Se a perdê-la, sou capaz de fazer qualquer besteira.



-Não diga bobagens. Suba e descanse. Amanhã eu quero ter meu professor de Poções de volta na Escola.



-Não posso.



-É uma ordem Snape- Dumbledore deu uns tapinhas nas costas de Snape e foi para cozinha, onde estava a lareira que o levaria para Hogwarts.



Snape subiu e deitou-se. Pensou em tudo que aconteceu. Talvez Molly tivesse razão. Era um verme que se aproveita de uma garota. Dormiu e teve pesadelos terríveis. Sonhou estar sendo torturado, mas não por Comensais mas pelos Gêmeos: Fred e Jorge. Acordou de madrugada e não conseguiu mais dormir. Arrumou suas coisas e foi para a Escola onde enfrentaria com certeza muito problemas.



N/A:Bem amigos..........só avisando que 18 cap vai demorar um pouco pq ainda, e acreditem se quiser, eu vou ter que escrevê-lo!! Por isso peço paciência comigo......bjos e continuem colocando o nome de suas fic´s para eu poder ler tb.......

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