Adoecer
Já se passaram quatro dias desde o episódio no salão principal. Ginny, ajoelhada em frente ao vaso sanitário, pensava que não se importava mais com Harry e com quem ele estava, que elas tenham “bom proveito” dele, agarrando por aí. Sempre que passava por ele nos corredores, ou no sala comunal, ele olhava-a com insistência. Sem se importar passava direto. Malfoy quase (“quase”) não aparecia nos corredores, mas sempre quando passava por ele sorria cínico. Ginny dormia e comia pouco, e o pouco que comia colocava para fora. (voltando p/ o presente, no banheiro).
- Nossa Gin você tá mal, vai para enfermaria.
- Já passa Emi...- interrompendo, enfiando a cabeça no vaso e voltando a vomitar.
- Se eu soubesse que você gostava tanto do Harry não tinha te falado.
- Eu não gosto mais dele, isso não tem nada a ver com ele- retrucou levantando do chão e ir para a frente do espelho, ficou encarando-se, o rosto pálido estava mais fino, envolta dos olhos verdes e opacos enormes olheiras dando um aspecto espectral. Saiu do transe com o barulho da descarga. Lavou o rosto, escovou os dentes e ajeitou os cabelos. Voltou-se para Emily ao seu lado - Vamos!
desceram e saíram pelo quadro da mulher gorda. Andaram pelo corredor até chegar a sala desejada, bateram na porta ouviram uma voz baixa mas severa dizendo para entrarem.
- Srtas. Coulter e Weasley estão atrasadas.
- Desculpe profa. McGonagall, eu passei mal.
- Já foi na enfermaria? Esta muito pálida Virgínia.
- Estou melhor – respondeu Ginny indo para uma das mesas no fundo da sala seguida por Emily.
*****
Ginny andava pelo corredor em direção as masmorras, parou em frente o escritório do prof. Snape, bateu na porta e entrou.
- Boa noite prof.
Weasley chegou! Bem, bem, bem... Você terá que catalogar as poções dos alunos do primeiro ano, e Draco recebeu a mesma detenção, ele já deve chegar.
*****
Draco andava pelas masmorras, sem prestar atenção no caminho, pensava na caçula Weasley: “Virgínia, aquela boca carnuda, delicia, o copo perfeito e macio, gostosa”. Estremeceu só de pensar nele junto a si.
- Pare – disse a si mesmo “aqueles cabelos vermelhos, cheirosos e sedosos”. – Pare, pare, pare...
Em frente ao escritório do prof. Snape, bateu um vez e entrou.
- Prof. Sna... – parou no mesmo instante em que posou o olhar na pessoa a sua frente, sem consciência do que dizia, murmurou – Virgínia.
Ah chegou, estava explicando para a Srta. Weasley o que farão, ela o ajudara com as catálogos, e quando terminarem poderão ir embora.
Logo ele saiu , Draco voltou-se para ela , observou-a , as enormes olheiras, a palidez e o corpo frágil e magro.
- Vai ficar ai parado observando-me
- não tem muito o que ver, fico imaginando como é seu corpo embaixo desses trapos.
- Idiota
- Posso ser idiota mas tenho classe e dinheiro, meus pais podem me sustentar e não colocam um monte de filho no mundo.
Ginny, pulou da cadeira, aproximou-se com o rosto vermelho de raiva, as olheiras destacavam-se e os olhos brilhavam.
- E vc? Quem pensa que é? Um filho de um comensal, filho da puta, loiro aguad...- O rosto voltou a ficar pálido, os olhos esbugalhados ela olhava algo que estava atras dele. Draco virou a tempo de ver um vulto preto desaparecer. Olhou para Ginny, ela caia, caia, caia...
- Ginny – gritou segurando-a nos braços – Virgínia.
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