Kill Bella



Cap.: 16 - Kill Bela.


Desespero.


Ela sentiu os olhos ardendo. Fraqueza. O corpo estava dormente. E... Aquela casa... Onde estava? Golfou o ar para dentro dos pulmões com sofreguidão.


As cortinas pesadas na janela impediam que a luz do dia entrasse no quarto. Algo estava errado, mas ela não podia entender o que. Ela tentou se concentrar, mas sua cabeça parecia vazia de memória recente.


Não deveria estar no castelo? Em Hogwarts? Mas aquele não era, nem de longe, algum lugar que ela se sentisse acolhida e em casa, como era em Hogwarts.


Lembrou-se de Snape. Ano Novo. Era dia de Ano Novo?


Concentrou-se. Havia algo de errado com seu corpo...


Tentou mexer os braços, porém, estavam formigando e pesado, pareciam feitos de trapos. Tentou as pernas e obteve um pouco mais de sucesso.


A mente fragmentada trouxe-lhe algumas memórias retorcidas, e sem motivos aparente Jack sentiu o frio varrer seu corpo como um sopro ártico. Ela forçou novamente os braços.


- Meu bebe. - Ela disse com a voz fraquinha.


 Tinha que verificar. As mãos moveram-se, e num esforço trêmulo ela levou as duas mãos para a parte do corpo que ansiava tocar. Sentiu-se. O volume de seu ventre... Não mais estava ali.


 As mãos tornaram-se garras e ela levou-as ao rosto como uma louca querendo arrancar a própria face. Arranhou-se. Sentia o coração acelerando terrivelmente.


Estava com pouco mais de 5 meses de gravidez. Aquilo não estava certo. Onde estava seu bebe? Ela não precisou olhar para saber. Suas mãos haviam lhe dito: Ela estava vazia. Oca.


- Não – sussurrou.


         Quis gritar, mas a garganta estava travada com a dor de um duro nó.


A tristeza marcava terrivelmente o rosto de Jack, aquilo sim era dor. Ela não sabia como estava conseguindo suportar. Se lhe arrancassem as unhas com um alicate, se lhe enfiassem agunhas nas juntas dos joelhos, se lhe queimassem os olhos com brasas, se lhe arrancassem um membro com uma faca não amolada, talvez ela não sentisse tanta dor. Perdera seu bebe. Seu pinginho de vida. Seu pedacinho de céu... Entretanto ela não queria morrer. Sua vontade era fazer quem lhe tirara seu nenenzinho sofrer.


         Esmagada por uma mão invisível.


         E tudo se clareou, e sua mente lhe trouxe os fatos:


         Véspera de Ano Novo.


Bellatrix.


Capangas.


Ódio, dor, tormento. Ela enfrentou Bella... Era a única coisa a ser feita. Já estava perdida. Na verdade, sabia que teria morrido se não tivesse feito que fez... Mas Não podia prever as atitudes de uma louca desvairada. A mulher havia amaldiçoado-a com uma imperdoável. Crucius, e seu bebe não agüentara. Sua bolsa estourou... Havia perdido o bebe. Céus...


Retessou a mandíbula. Travou os dentes. Havia perdido seu bem mais precioso. 


         O que faria agora?


         A vingança fervilhou em seu coração, e foi bombeada como um ácido pelas veias de todo o corpo.


         Acabaria com Bella. Mas precisava pensar direito no que faria.


         O silêncio do quarto. Há quanto tempo estava assim? Tentou lembrar-se do que havia acontecido depois.


...


         “- Ela é bem bonita. Severus se deu bem – a voz rouca ecoou na mente de Jack”


         “-É... Talvez... Ouviu falar do que ela fez com Bella?


         “-Sim, minha esposinha sentiu bem aquele corte - a voz rouca se fez ouvir novamente - Severus ensinou-a muito bem. – Essa sim é a verdadeira mulher Diabo. Gostosa. Maldosa. – Lestrange passou a mão até quase chegar em sua intimidade”


         Quando a voz do homem cessou na cabeça de Jack, como num instinto ela encolheu a perna direita e sentiu ancia de vômito. Lembrou-se também do toque do homem de voz rouca subindo de seu pé direito até metade da cocha.


         Céus. – ela pensou – estava mesmo se lembrando de coisas que aconteceram enquanto estava inconsciente???


         “Vá com calma Lestrange. Esta mulher pertence à Severus. Você sabe. Estamos em baixo do mesmo teto que o Lord Das Trevas, e ele não iria gostar de saber sobre... Bem... Você não pode tocá-la assim.” - A segunda voz parecia sem jeito ao falar.


 A respiração de Lestrange alterou-se como se segurasse a fúria e ele disse:


“-E o que Você-sabe-Quem tem a ver com isso? Você acha que ele liga para essa besteira??? Ele esta pouco ligando para o fato de se uma mulher tem ou não dono! – Ele disse exaltado entre os dentes.”


O outro homem ficou estático. Digerindo as críticas de Lestrange ao Lord das trevas. Todos sabiam que Bella era lunática pelo Lord do Escuro.


Um momento de constrangimento entre os dois homens, e a conversa foi retomada e findada:


- Bella quase acabou com ela... – Disse o comensal apontando para Jack com um golpe de pescoço. – Mas ainda bem que não fez isso. Tenho certeza que há essa hora você estaria viúvo se ela tivesse matado Jackeline... E Bella é forte... Nunca vi alguém resistir tanto tempo de Crucius... – Disse o comensal.


O silêncio caiu como um véu na memória de Jack, e ela lembrou-se da admiração que Bella sentia por Voldemort. A Admiração que Jack utilizou para levar Bella a um completo estado de fúria que quase acabou com ela. Aparentemente, Lestrange sabia e tinha rancor do amor louco que Bella tinha por Voldemort.


Ela sentou-se na cama, agarrou o próprio ventre, e sentiu as lágrimas de dor e ódio fluírem.


Aquelas lembranças eram nojentas, nauseantes, mas não eram essas as características mais terríveis dessas lembranças. O pior era a sensação repugnante de constrangimento, tornava-se dilacerante. Era uma mulher. Era uma mulher, e havia perdido seu bebe por causa de uma mulher louca e demoníaca... Havia sido molestada por um verme imundo. Ele pagaria. Todos pagariam.


 


- Perdi meu bebe...


- Perdi meu bebe...


- Perdi meu bebe...


Ela murmurava. O choque, a dor, a vergonha, a culpa golpeou.


Bella, quase acabou com Jack. – Jackeline Pensou na frase do comensal...


Quase.


Céus. Aquele homem, Lestrange, havia tocado-a enquanto estava inconsciente. Jack sentiu uma fúria demente invadir-lhe. E a mulher deste mesmo homem havia matado seu bebe. Ela levou alguns segundos ofegando para recuperar a sanidade, e sua mente processou. Deveria manter o sangue frio.


Um barulho no corredor. Instintivamente Jack aquietou-se. Deitou-se rapidamente e fechou os olhos.


Um barulho de porta se abrindo.


Um ruído de rangido quando a porta se fechou.


- Mufliato – Alguém havia murmurado o feitiço que ela conhecia. Um feitiço para que ninguém ouvisse o que acontecia no quarto.


Jack arriscou um olhar, e viu a tempo, o homem colocando um outro feitiço para trancar a porta.


Ela tateou. Não sabia onde estava a própria vara.


O homem aproximou-se.


Ela já sabia quem era.


Lestrange.


Maldito.


Ela sentiu a coberta sendo tirada de cima dela. As mãos dele tocaram-na nos seios.


- Oi delícia – ele falou.


Ouviu um barulho de madeira na madeira. Ele colocara a própria varinha no criado mudo ao lado.


Sua audição era canina naquele momento.


O ódio e medo, misturados, rastejaram pelo seu corpo.


Ela sentia dedos asquerosos descendo de seus seios para o ponto médio de seu corpo. Aquele imundo.


- Aposto que você gosta disso... – Disse o homem.


Seu vestido estava sendo levantado. Ouviu um barulho da braguilha dele sendo aberta. Ele deitou-se sobre ela. Quando ela sentiu que ele tentava tirar-lhe a roupa de baixo, ela levantou as mãos rapidamente. Agarrou a cabeça do homem:


 - Oi delicia – Ela disse, e com os dedões apertou-lhe ambos os olhos do homem. O atingiu no único ponto que o deixaria sem possibilidade de revidar.


O homem debateu-se com força berrando a plenos pulmões.


- Aposto que você gosta disso... – Ela repetiu as palavras dele entre os dentes, segurando o máximo que conseguia a cabeça dele, e apertando as mãos em garras contra a cabeça e os olhos dele. Ele a agarrou pelos punhos e tentou soltar-se, mas Jack apertou mais as unhas contra os cantos dos olhos do homem.


Inevitavelmente ele se livrou dela. Ele, homem, tinha a força bruta que ela não tinha. E o desespero dele o fez cair da cama de joelhos.


Ela não havia furado-lhe os olhos como queria, mas suas unhas cravaram-se nos cantos dos olhos do homem. O aspecto que lhe dava era que ele chorava sangue.


Jack levantou-se bem em tempo, pois ele jogou-se contra a cama e socou o travesseiro onde ela a pouco estivera deitada.


O homem, com uma mão tateava o escuro a procura dela, e com a outra apertava os próprios olhos.


- DESGRAÇADA – Ele gritava entre soluços de agonia. – DESGRAÇADAAAA!


Ela golpeou-o com um vaso.


Ele virou-se para o lado que recebera o golpe e conseguiu agarrá-la pelos cabelos longos.


Jack batia no homem de forma desvairada, sem ciência, sem nexo. Ele tentou pega-la pelo pescoço. Ela abaixou a cabeça e mordeu-lhe a mão e sentiu entre seus dentes um pedaço ceder. O homem soltou-a e gritou loucamente agarrando a própria mão.


Ela pegou uma cadeira pelos pés e bateu nele nas costas. Ele caiu no chão, e ela golpeou-o no rosto. Bateu, bateu, bateu, e bateu... Nos primeiros golpes, o corpo homem ainda tremia. Mas logo tornou-se inerte.


Frangalhos. O rosto do homem era uma massa sangrenta.


Jack arregalou os próprios olhos.


Havia mesmo sido capaz?


Sim.


Matara um homem.


Parte de sua sede havia sido saciada.


Parte.


Mas ainda não por completo. Sua lista ainda não chegara ao fim.


         Respirava em golfadas. Estava cansada, como se tivesse corrido uma maratona. Mas sentia-se bem com seu ódio.


         Jogou rosto para trás. Penteou os cabelos com os dedos. O suor de sua face empurrado para os cabelos.


         Então, ela agarrou a vara que o homem havia largado em cima do criado mudo. Testou. Não era perfeita para ela, mas serviu. Um Vingardiun Leviossa, e o corpo do homem estava sobre a cama, coberto, como há pouco ela estivera.


         Ela arrumou o melhor que pode o quarto. Fechou os dosséis da cama. Tirou o sangue das próprias mãos. Limpou a camisola que vestia. Olhando a volta viu o sobretudo que havia usado no natal. Colocou-o por cima da camisola. Tentou localizar a própria varinha, mas não obteve sucesso.


         Não importava. Sua memória havia se restabelecido. Sentia-se forte. A vingança começara. Prendeu os cabelos magicamente em um coque no topo da cabeça.


         Saiu do quarto.


         O casarão era enorme. Ela pode constatar ao observar o longo corredor, com portas dos dois lados, dezenas. Vislumbrou uma escada.


Um vulto. Ela se escondeu.  O coração tamborilando ferozmente em seus ouvidos.


Alguém subia as escadas.


Ela lembrou-se de um feitiço Severus lhe ensinara. Muito fácil. Muito mortal. Negro. Do mau.


Lembrou-se da pequena amostra que havia dado à Belatrix lestrange. Antes tivesse usado-o em sua forma mais potente.


O homem aproximou-se. Ela reconheceu. Um dos infames que havia ajudado Bellatriz.


Ela não lhe deu chance. Um feitiço para selar sua boca.


O homem ruivo assustou-se com o feitiço, esqueceu-se da própria vara, tocou a boca, sem lábios, selada, um continuo de pele do nariz ao queixo. Os olhos perplexos. Não teve tempo para raciocinar.


Jack rasgou o ar com a vara e o feitiço mudo – sectunsempra – rasgou o corpo do homem da curva do pescoço à virilha. Ele caiu de joelhos, a jugular jorrava. O escuro tornou as cores indiscerníveis. Jack olhou extasiada aquilo que parecia um liquido preto jorrar do pescoço do homem. Mas antes que ele caísse com a cara no chão, ela segurou-o com um feitiço, enfiou-o num armário de vassouras.


- Evanece. – Murmurou. E o sangue sumiu. Mais um nome riscado de sua lista mental.


Foi para a escada.


Pés descalços na madeira.


Ninguém à vista.


Cada degrau que descia, deixava para traz um pouquinho de sua humanidade.


Sentia gosto férreo de sangue na boca.


O gosto que sentiu quando havia sido torturada.


Mas agora o sabor era apetecível.


O sangue não era mais o seu.


Mais um degrau. Um rangido inesperado. Ela sentiu o próprio coração saltar.


Ficou imóvel.


- Benjamin, já foi ver como a nossa convidada está? Não deixe-a a sós com Lestrange!


Jack queria que a parede fosse de areia para se enterrar nela.


Acuada, como bicho caçado na selva. Encostou-se pálida.


Um homem apareceu, descontraído, olhando para cima. Mas logo ficou boquiaberto com a visão da mulher.


Jack tomou o cuidado de limpar o caminho por onde passou, mas esqueceu-se de sua própria figura.


Estava com a camisola respingada de sangue. Uma bela barra rubra em sua camisola, e pequenas flores vermelhas pintadas a esmo pelo tecido.


- O – oi. – O homem disse observando o conjunto.


Ela o viu tatear em busca da vara.


Não encontrando-a.


Azar o dele.


Ela riu.


Ele estranhou. Virou levemente a cabeça para o lado. Tentando entender...


- Petrificus totalus.


- Verme. Você também estava no dia? Não. Mas deve ter rido bastante junto com seus outros amiguinhos.


Jack olhou a volta. Uma espada enfeitava a parede. Ela decidiu.


- Acio espada.


Somente os olhos dele se mexiam. Ele parecia horrorizado.


Ela colocou a varinha entre os dentes. Pegou a espada com as duas mãos.


Encostou na barriga do homem. Engraçado. O feitiço paralisava, mas não tornava a pessoa em pedra de verdade. Ela riu com o pensamento.


Uma energia por seu braço, e a espada voou longe.


Jack pegou a vara da boca com rapidez impressionante. Apontou para o vulto.


- Vejo que você acordou querida. E acordou com sede de sangue. – Disse Voldemort em um sibilar macabro.


Jack sentiu o sangue sumindo do rosto e das mãos. Não imaginava tal besta.


Num ímpeto. Um golpe de varinha no ar.


A fera rebateu com um golpe quase indulgente. Deitou levemente a cabeça num gesto de curiosidade.


Ela viu os olhos viperinos brilharem maldade.


Forçou uma previsão.


Jogou-se para um lado. Um feitiço verde passou zunindo por sua orelha esquerda.


Rolou. Um feitiço verde acertou o mármore negro no lugar onde ela estivera.


Arrastou-se para traz, bem em tempo de ver outro feitiço vermelho bater no chão, e virou rapidamente a cabeça quando o ricochete quase acertou-lhe o rosto.


- Muito bem querida. – Disse a besta.


Ela estava ofegante. E agora, aterrorizada.


Pensou em prever a posição do Lord e tentar um avadakedavra, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, ouviu.


Não vai adiantar. Estou com um poderoso feitiço escudo... É certo que se você acertar a maldição, a primeira vez estarei imune, mas na segunda não. Porém, lhe garanto, não haverá segunda possibilidade – Falou o monstro num sibilar rouco.


Burra! Esquecera da oclumência!


 Um menear, e ele arrancou-lhe a vara da mão.


Ela sentiu-se desamparada.


- Muito bem. Sabe, isso foi necessário. Sei que você tentaria até a morte. Mas ouça, a morte não lhe cairia bem. Você é uma artista das trevas...


Jack sentiu-se confusa.


- Pensa que já não sei o que você fez com dois de meus melhores homens? – Voldemort disse, e um esgar de sorriso se formou. – Você está em baixo do meu teto. Nada que você fizesse passaria desapercebido por mim doce menina. – Completou.


Jack era uma máscara de ódio agora.


- Isso. Essa é a feição que lhe cai bem. – falou rouco e baixo – Agora. Desculpe se sou precipitado. Mas preciso saber. – Voldemorte tinha agora a voz perigosamente macia – De que lado você está.


Jack libertou-se do torpor. Escolheu suas lembranças. Oclumenciou outras. O esforço a fez delirar maldades. Então disse.


- Não sei mais.


Essa não era a resposta que Voldemort esperava. Mas também não era a resposta errada. Difícil meio termo.


- Você pode se considerar sortuda. Estou curioso. Você viverá apenas até o momento de terminar de explicar. Depois, arrancarei de você membro a membro. – Ele falou calmo, como se degustasse as palavras em sua boca. Dirigiu-se para uma longa mesa na ante sala, sentou-se na cadeira de cabeceira. Segurou a vara pelas duas extremidades desta, observando o objeto com total desinteresse.


- Não tenho medo. – Jack disse. Havia verdade em suas palavras - Não pode me fazer sofrer. Não mais.


Jack direcionou-se para a mesa em que Voldemort se encontrava. Escolheu uma cadeira. Sentou-se.


Voldemort por fim levantou os olhos para ela. Havia divertimento neles.


- Interessante escolha de lugar...


Jack não entendeu. Mas não queria explicação. Continuou a falar.


- Quebrei minha humanidade à poucos minutos atrás. Eu nunca tinha matado. – Ela pensou nas próprias palavras. Como deveria se sentir? Ela não sabia. Havia matado. Mas um buraco formara-se em seu peito. Ela não tinha piedade por eles, na verdade, havia um certo prazer no horror.


- Não sei como será se eu continuar viva. – Ela frisou o “se” - Se terei remorso pelo que fiz... Mas algo me diz que não...


Voldemort deu um sorriso de esgar. Abriu levemente as mãos, e continuou ouvindo.


- Eu não tinha opinião formada sobre nada. Pensei que era especial, e se eu era assim, e era assim, pois meus pais verdadeiros haviam me deixado essa herança através do meu sangue, então, de fato eu era superior. Não entendia as defesas a favor da igualdade entre trouxas e bruxos. Somos diferentes. Somos superiores... Por que deveríamos estar à margem do mundo e não no poder dele? Enfim... Cheguei a discutir com Dumbledore... Ele sempre tentando me dissuadir...


Ela deveria escolher as palavras com cuidado agora. Ainda havia mais para fazer. O nome mais importante de sua lista. Depois, poderia morrer estrunchada, queimada, esmagada... tanto fazia. Mas precisava de mais sangue em suas mãos.


- Mas agora, depois de ter me encontrado naquele quarto sozinha. Depois de ter sido molestada por um estrume. De ter sido torturada por uma porca sórdida, de ter meu filho assassinado e arrancado do meu ventre, sinceramente – ela disse forçando um sorriso – Acho que o lado da luz, talvez não seja de todo ruim. Acho que eles não fariam isso com alguém que eles querem ao lado deles na batalha...


Voldemort encostou-se na cadeira.


- Mas a vingança é um prato saboroso. Você tem um dom para as artes das trevas. Teve sua revanche... Acha que alguém do lado de Dumbledore faria algo do tipo? E não finja que não gostou do que fez aos meus homens lá em cima. – Disse Voldemort.


Realmente. Qual era o limite entre o bem e o mau? Ela não se sentia boa no momento. Mas seu lugar seria ao lado do lord das trevas? Pensou em Snape. Nos desvios do professor de poções.


Não era hora de divagações. Precisava de pelo menos mais um nome.


- Por isso a minha resposta. Não estou ao lado da luz. Mas o lado que eu havia escolhido mutilou-me. De que lado posso ficar agora se ainda sinto que minha vingança não chegou ao fim?


- Do meu. Posso lhe dar sua vingança. Do que você precisa? As pessoas que a capturaram? – Voldemort disse. Parecia divertido com a situação.


- E mais dois seria suficiente? – Ela decidiu andar sobre o fio da navalha – Quem teria os mandado me capturar não mereceria a minha vingança?


Ela olhou dentro dos olhos viperinos. Vazios. Nenhuma emoção.


- Faria diferença dizer que eles agiram por conta? – Disse a víbora.


- Faria. – Disse Jack.


- Pois então, não os mandei lá. – Disse a besta.


- Se eu aceitar, terei os outros dois? – Disse Jack.


Voldemort pareceu pensar nos prós e contras. Menos dois aliado.


- Você os tem. – Disse a besta. Encostou a vara na própria marca.


Dois comensais encapuzados apataram na sala, e já se jogaram no chão.  


Jack notou qual deles era Belatrix. Os cabelos desta, crespos, caíam para fora do capuz.


- Quer que eu faça? – Perguntou Voldemort.


Ambos os comensais levantaram a cabeça. O homem parecia horrorizado com a situação.


- Sei que castiguei-os. Disse-lhes que já havia terminado... Mas acontece, que agora Jackeline Rich, pessoa que me favorecerá muito em períodos de guerra, clamou por suas cabeças.


O Lord entregou a varinha que ela usara para matar anteriormente, Jack pegou-a e esperou.


- MEU LORD! – Bella gritou descontrolada.


- Mate-o por mim senhor. – Jack pediu. – Somente o homem.


Um meneio da vara de voldemort, o homem ajoelhado havia sido cortado na barriga. O comensal segurou as mãos sobre o corte desesperado tentando manter dentro os órgãos que escorregavam para fora do próprio corpo. Awgundos aterrorizantes. Caiu de cara. Morto.


A realidade golpeou Jack.


Choque. Horror. Asco. Aversão. Medo. Repugnância.


Tentou recuperar a expressão. Achou que agüentaria. Não havia compreensão e nem alívio da dor que sentia. Maldita vingança. A dor no peito que sentira voltou fulminante.


- Meu bebê. – Ela sentiu os olhos queimarem.


– A culpa é de vocês. – Agora ela não se referia ao filho perdido. Referia-se à alma perdida.


Bella jogou-se nos pés de seu lord.


- NÃÃÃO, EU SOU SUA SERVA MAIS FIEL!


Voldemort olhou para baixo, e um golpe de varinha jogou Bella contra uma mesa de centro, na sala.


Jack limpou as lágrimas. Era duro, mas agora precisava continuar. Mas não sabia se tinha forças.


Ela era a ultima da lista. Tinha que matá-la também.


- Eu tentei lhe avisar... – Jack disse – Naquela noite. Você não é importante. Lembra? EU SOU MAIS IMPORTANTE PARA O LORD DAS TREVAS. Você é só mais um verme ajoelhador. O que será de você agora? Bellatrix?


- Por favor meu LORD!


- Bah... Tenha dignidade Bellatrix.  – Voldemort falou com aversão.


Jack não podia. Estava morrendo. Sentiu-se furiosa com sigo mesma. Por que piedade agora?


Apontou a varinha. Uma idéia mais sórdida.


- Crucius.


Belatrix debatia-se.


Quebrou o feitiço.


- Você não morrerá por minhas mãos. – Apontou a vara – Eu lhe amaldiçôo Belatrix Lestrange. Você morrerá pelas mãos de alguém que você abomina. Morrerá pelas mãos de uma mãe. Morrerá pelas mãos calejadas. Morrerá pelas mãos de um inimigo! Assim, sua morte será vexatória e ridícula. - Ao dizer essas palavras, uma bruma envolveu Belatrix.


- Senhor. – Jack agora dirigia-se para Voldemort – Sugiro que não dê mais nenhuma missão importante para essa porca imunda. Eu estarei ao seu lado.


Belatrix estava atônita. Ainda não acreditava que seu mestre havia lhe dado como cordeiro para a maldita Jackeline.


- Pode ir Bella. Sua vida foi poupada por hora. – Voldemort disse.


Bela foi-se.


Ele não parecia ter ligado para o que Jack fez.


Aproximou-se dela. Encostou a própria vara no braço da mulher.


Gelo. Era tão frio que queimava. Uma marca apareceu. Tatuada. Agourenta.


- Parabéns. Você é minha mais nova comensal da morte. – Ele disse.


Encostou um dedo branco e funesto na marca recém tatuada em seu braço. Jack sentiu-se nauseada.


Um bruxo aparatou na sala.


- Sim meu lord.


Jack notou que o bruxo tinha uma capa preta, mas por baixo, uma roupa branca, e sapatos brancos também.


- Leve Jackeline para conhecer a própria filha. – Voldemort falou evasivo. – Acio varinha – Disse a víbora, e uma vara cumprida e quase branca apareceu. Era a varinha de Jack.


Entregou à Jackeline. Ela apenas pegou-a. Estava atodoada.


Jack não entendeu. Mas o bruxo de branco apenas pegou-a pelo braço e desaparatou.


 


SJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJ


Então pessoal.


Estou de volta. Vou terminar isso aqui. Nem que leve mais um ano... AHAHAHAHA


Estou lendo crônicas de gelo e fogo, e sou fã de Kill Bill. Entããããooo... Espero que vocês não se aborreçam com o cap tétrico. É que realmente são as influências....


Abraços.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.