No país das maravilhas?
Capítulo-8 No país das maravilhas?
Jack saiu para a plataforma de Hogsmade.
Ela descobriu que manter um feitiço por tempo indeterminado era mais difícil do que parecia. Ao sair da plataforma, ela pode seguir alguns alunos retardatários em direção à ruínas opressivas.
Ela sentia que não deveria estar ali. Lembrava que podia ter deixado o registro do gás que provia energia para o aquecimento de sua casa em NY aberto... Deveria voltar...
Mas não podia! Tinha que ir para...
Jack sentia todo o corpo negando-se a continuar caminhando em direção aquelas ruínas.
Sem explicação ela estacou.
Para onde deveria ir mesmo?
- Punff – Ela bufou deixando o malão cair pela milhonésima vez no chão enlameado.
Como era mesmo o nome do lugar para onde deveria ir?
- Ei!? – Alguém chamou à suas costas.
- Sim? – Perguntou Jack virando-se para ver quem a chamara.
- Está indo para Hogwarts? – Perguntou a mocinha de cabelos longos e louros.
- Ahhh... É! Isso mesmo! Estou indo para Hogwarts! – disse Jack. Era estranho. Ela havia esquecido o nome da escola que tanto havia povoado seus sonhos nos últimos tempos. – Acha que está muito longe? – Ela perguntou finalmente, observando que a menina usava o uniforme da escola, mas que os detalhes dos acessórios, eram azuis.
- Bom... Isso vai depender. – A menina disse.
- Depender? – Jack perguntou esquecendo-se novamente do feitiço e deixando o malão cair pesadamente no solo. – Como assim? – ela completou colocando a mão que segurava a varinha na cintura, e a que estava livre no queixo.
- Vai depender se por aqui tiver algum monovolês* de tempo. Se tiver, ele fará o tempo passar de vagar, mas tuas pernas vão andar no tempo normal... Isso faz o caminho parecer mais longo.
Jack abriu e fechou a boca várias vezes como um peixe.
- O que é? Você esta vendo algum??? – Perguntou a menina loura em resplandecente expectativa em quanto olhava à volta.
Jack piscou incrédula. Estava sentindo-se a ‘Alice no país das maravilhas’.
- Ei achei o Trevo!!! – Disse uma voz masculina atrás de Jack. – Vamos rápido – Ele falou. Então notou Jack ao lado de Luna.
Jack virou-se e olhou para um rapaz muito alto, e um tanto quanto gordinho com um sapo feioso nas mãos.
- Oi sou Neville Longbooton – Disse o moço estendendo-lhe a mão.
Jackeline apertou a mão do rapaz com olhar questionador.
- Suponho que Luna não se apresentou? – Ele disse.
Jack balançou a cabeça negativamente.
- Bem. Esta é Luna Lovegood – Disse o rapaz.
Jack observou a menina pegar a barra da saia abrindo levemente e fazendo uma reverencia. Era um gesto muito antiquado.
- Vamos. A senhorita pode ir conosco na carruagem. – disse a menina. – Ahhh... Você é alguma nova funcionária de Hogwarts? – Perguntou Luna.
- Luna, é claro que ela é. Ou você supunha que ela fosse aluna? Não vê que ela é velha de mais para estar em Hogwarts? – Disse o Garoto.
Jack enrubesceu. Na verdade não era funcionária... E ainda fora chamada de velha.
- Esqueça senhorita. Se vai para Hogwarts, acho melhor irmos andando... Se não perderemos a carruagem – Ele falou resoluto - Locomotor Malão! – Ordenou o Neville para a própria bagagem.
Jack e Luna acompanharam-o. Andava... Mas... Ela ainda não queria seguir para aquelas ruínas...
Depois de alguns minutos, Jack já suava frio. Ela dava dois passos para frente e um para traz. Em determinada hora ela simplesmente se negou a caminhar.
- A senhorita está se sentindo bem? – Perguntou Neville.
- Ohhh – Articulou Luna olhando para a frente. – As carruagens partiram! – Ela disse pesarosa. - Será que podemos chamar algum tressálios para nos levar? – A menina falou mais para si mesma do que para os que a acompanhavam.
- O que é isso? – Perguntou Jack, referindo-se obviamente ao novo nome que a menina acabara de lhe falar.
- Onde? Onde? – Disse a mocinha de cabelos longos andando em torno de si mesma.
- Não... Esses tais de Tenssalios.... – Jack explicou. Queria conversar. Talvez se pudesse enrolar o máximo, ai não precisaria ir para... Para onde mesmo?
- Ahhh... São Tressálios – A mocinha corrigiu. – Bem... Uma espécie de cavalo alado. Mas eles são negros, com caninos afiados e asas como as de morcegos – Explicou a garota.
Jack sentiu vontade de chorar. Olhou rapidamente à volta à procura de tal monstro.
- Nããão – disse a menina como se explicasse o óbvio – Eles são invisíveis para a maioria das pessoas, a não ser que você tenha visto alguém morrer é claro... Mas eles não ficam aqui. Eles estão puxando as carruagens no momento – Disse ela parando em frente à um grande portão fechado.
Jack pousou o malão no chão e observou para além do grande portão de ferro: Antes das ruínas, havia um grande lago azul e lúgubre. E margeando algumas partes deste, uma grande e densa floresta.
Jack sentiu um arrepio. Não. Não deveria ir!
- Como vamos fazer agora? – Perguntou Neville aflito. Se minha avó souber que eu me atrasei por causa do Trevo ela me mata!
Luna tinha o olhar sereno.
- Que tal mandarmos uma coruja? – Ela sugeriu direcionando-se à uma bela gaiola dourada pousada sobre seu malão, que ainda flutuava com o feitiço.
- Boa! – Disse Neville em expectativa. – Mande para Hagrid! Ele não ira brigar conosco! – Neville concluiu.
Luna assentiu com a cabeça e escreveu um bilhete rápido.
- Senhorita, como é seu nome? – Luna perguntou.
- Ahhh sim. Sou Jackeline Rich... – Jaqueline falou o sobre nome bruxo instantaneamente... Sentiu-se um tanto intrigada consigo mesma, mas completou: - Me desculpem por não ter me apresentado. – estava ligeiramente envergonhada. Mas sua cabeça encontrava-se tão perdida, que ela não pode evitar devanear sobre muitos outros lugares que deveria estar, e coisas que deveria fazer bem longe daquele lugar.
Luna acrescentou o nome dela rapidamente ao bilhete e mandou a coruja para as alturas.
Jack sentou sobre o malão observando a corujinha bater assas para algum lugar em direção ao grande lago.
- Hagrid deve estar fazendo a travessia de barco – Disse Neville, obviamente notando também o trajeto da coruja.
Eles esperaram por algum tempo. Até que Jack viu algo que quase à matou do coração:
Um homem enorme vinha na direção dos portões correndo feito um louco.
Jack levantou-se rapidamente e puxou Neville e Luna para traz dela, bem em tempo de ver a criatura alcançar o portão com alvoroço.
Jack gritou e estendeu a varinha para o portão urrando um feitiço escudo que havia aprendido com Snape.
Então aconteceu:
O feitiço bateu contra o portão agressivamente, e se dissipou. (possivelmente por causa dos feitiços protetores da escola, mas Jack ainda não o sabia)
Ela sentiu um soluço de medo, mas teve uma visão:
°FAST° - O grande Homem se aproximava, abria os portões, cumprimentava Neville e Luna, olhava para ela e dizia: Então a senhorita é a dona Jackeline Rich? Muito prazer, muito prazer mesmo! – dirigia-se aos garotos e falava: - Crianças! O que fazem do lado de fora da escola nesses tempos conturbados???
Neste momento Jack bloqueou as previsões involuntárias e puxou a mente para o presente novamente. Mas quando pode focalizar à sua frente, sentiu-se bestificada:
A antes decrépita ruína havia se “transformado” num imponente castelo medieval cheio de luzes, e com muitas torres e torrinhas cutucando o céu azul escuro.
Jack chacoalhou a cabeça incrédula. Obviamente devia estar vendo coisas! Como, com mil demônios, em apenas alguns instantes a ruína havia se transformado em um suntuoso castelo?
- Neville, Luna – O gigante cumprimentou os garotos. Ele sentiu-se intrigado com a moça. Mas pela carta de Luna, só podia ser a mulher de quem Dumbledore falara na reunião de funcionários.
- Então a senhorita é a dona Jackeline Rich? – Ele perguntou para a moça à sua frente - Muito prazer, muito prazer mesmo! – E voltando-se para Neville e Luna ele repreendeu: - Crianças! O que fazem do lado de fora da escola nesses tempos conturbados???
- Senhorita, este é Hagrid – Disse Luna.
Jackeline despertou do torpor e olhou para Hagrid. Agora ela sabia que o homem não era mal. Na verdade, ela podia dizer isso só de olhar nos olhos de besourinho do gigante. Ela se assustara apenas por que uma torre de carne correndo para si nunca é algo confortável ou natural.
- Vamos – Disse ele enfiando uma chave no pesado portão, que se abriu com um rangido agudo.
Jackeline sentiu o peito vibrar ao transpor o gigantesco portão. Sabia de alguma forma que havia muita magia protegendo aquele lugar.
Jackeline não mais sentia o ímpeto de voltar para casa. Na verdade, queria explorar aquele imenso castelo!
Eles andaram por um bom pedaço, até que Hagrid falou:
- Espero que compreendam... Eu... preciso ir para outro lugar...então será que vocês podem seguir para o castelo sem mim?
- Oh. Claro – Falou Luna.
No segundo seguinte, Hagrid corria rumo à floresta proibida. Neville olhou significativamente para Luna.
Luna assentiu ao rapaz com um sorriso. Obviamente eles sabiam para onde Hagrid estava indo, pois Gina contara a eles sobre a aventura de Mione e Harry com Dolores Umbridge no ano anterior: O meio gigante estava indo ver o “irmãozinho” Group.
- É sempre assim? – Perguntou Jack olhando para o castelo.
- A senhorita nunca tinha visto Hogwarts? – Perguntou Neville.
Jack acenou negativamente com a cabeça.
- Não que eu me lembre – Disse Jack.
Neville fez uma careta. Estava achando a mulher um tanto quanto doida. Até parecia Luna. Onde já se viu? Como poderia ter estado em Hogwarts e não se lembrar? – Ele pensou.
Agora o pequeno grupo galgava os degraus para a grande porta de entrada do castelo.
- Bem senhorita. Espero que nos encontremos em breve – disse Luna.
Neville notou também que agora deveria ir para o salão principal.
- Sim senhorita. Ahh... a senhorita é alguma professora nova? – Ele perguntou.
- Não – disse Jack.
- Neville, já devemos ter perdido mais da metade da seleção! – disse Luna aflita.
Neville soluçou colocando o malão num canto. Luna obviamente estava preocupada em ouvir o velho chapéu falar. Mas ele estava preocupado em não ser repreendido.
- Verdade! Vamos! Vamos logo! – Ele disse dirigindo-se ao salão principal.
Neste momento, um homem todo vestido de negro, com vestes longas, e uma grande capa apareceu vindo do lugar para onde Neville à pouco se dirigia.
Jack tomou um susto quando viu o homem, e inconscientemente sentiu-se acuada pela presença do dele. Encostou-se na sólida parede de pedra, desejando que esta fosse feita de gelatina, para que ela pudesse pressionar o corpo para traz até entrar dentro, ser engolfada, e fugir do homem de negro.
Sentia as mãos suando contra a parede sólida, porém frias como esculturas de gelo.
Ele assustou-se também, mas logo colocou a mascara intimidadora e indiferente. Mas mantinha os olhos pregados em Jackeline. Já fazia mais de um mês que não via a mulher.
Notava que ela estava pregada à parede. Na verdade, ela estava pressionando o próprio corpo contra as sólidas rochas.
Ele sentiu o coração sangrar ao ver a mulher que tanto havia desferido contra ele palavrões e insultos despreocupados quando se conheceram daquela forma tão assustada.
Neville olhava apavorado para Snape.
Luna sorriu e falou:
- Boa noite professor.
Ele colocou aflitivamente uma mecha do cabelo negro para traz com um golpe de pescoço.
Jack engoliu em seco.
Estranhamente Neville também. – Ela notou.
- S-senhor... N-nós nos atrasamos por que... – Neville tentou dizer, mas foi bruscamente interrompido por Snape.
O professor sombrio deu graças à Mérlin por ter ‘bodes expiatórios’ onde poderia se esconder através de seu sarcasmo e dureza.
- Senhor Longbotton. Não presta nem ao menos para chegar na hora certa para suas obrigações! – Ele falou com os olhos frios chispando para o garoto. – E a senhorita? – Ele dirigiu-se à Luna. – Esperaríamos de uma corvinal, que fosse mais esperta! – repreendeu. – Menos 10 pontos para Grifinória! E menos 10 pontos para a Corvinal! – Acho que este será o primeiro ano em que duas casas começam com pontos negativos!
- M-mas senhor... – Neville tentou.
- Silencio! – Snape ordenou. – Ou quer que eu tire mais pontos de sua casa? – Ele disse.
Jackeline observava a postura de Snape. Ela o vira de camisa e calça preta... Mas toda aquela roupa... Ele estava mais do que nunca parecido com um morcegão bizarro! E ainda parecia ter prazer em aterrorizar os alunos! Ele era pior do que ela imaginava.
- O que estão esperando para irem para o salão principal? – Snape falou agressivo. – Saiam da minha frente! – Ele resmungou e andou em direção à saída. – Por incrível que pareça, vocês não foram os únicos retardatários este ano! – Ele disse passando por Jack e os garotos e ganhando o exterior do castelo.
Jack sentiu uma pressão no peito. O homem nem havia falado com ela. Nem tentara se explicar... Nem pedira para vê-la em reservado... Será que ele se arrependia de tê-la quase matado?
Obviamente que não. – Ela pensou – Se não ele teria se mostrado ao menos envergonhado com a presença dela.
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Snape saiu do castelo querendo matar e morrer. Por que aquele caduco do Dumbledore havia designado justamente ele para fazer aquela tarefa que aquele meio gigante com cérebro de pudim deveria fazer?
Ele não ele não esperava se deparar com Jack tão cedo... Naturalmente ele sabia que ela viria para Hogwarts com Tonks, então ele relutou quando Dumbledore mandara-o buscar o sempre atrasado e transgressor de regras do garoto Potter.
Entretanto, achou que ao buscar o moleque, passaria alguns minutos angustiantes mudo ao lado de Jack em quanto levava o garoto para dentro, mas logo que chegasse ao castelo poderia dispensar o infeliz e direcionar sua atenção à moça que ele estupidamente havia agredido. Poderia tentar (contra todo seu orgulho) pedir desculpas à mulher.
Mas agora, com aquele encontro súbito, sem ter a oportunidade de parar para falar com a moça devido a pressa em ir buscar Potter, ele havia perdido a oportunidade, e ainda por cima, tivera que ignora-la para não despertar a curiosidade do par de cabeças-ocas que a acompanhava!! – ele pensou.
A raiva resplandecia contra tudo e contra todos.
Ele conjurou uma lanterna, e acendeu-a caminhando para os portões do castelo.
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Quando Snape saiu da presença deles, Neville e Luna olharam-no se afastando.
- Pobre diabo – Comentou Neville.
Jack olhou-o questionadora. Neville notou, e explicou:
- Quem quer que esteja mais atrasado que nós... – Disse ele olhando para os jardins escuros. – O cara ta ferrado... Merlín... Ninguém merece ser escoltado por Snape. – Ele falou olhando agora para Luna. – Quem será? – Ele perguntou para a menina.
Luna empurrou o malão com dificuldade para um canto e disse:
- Acho que é Harry.
Neville soluçou. E Jack compreendeu: O garoto que havia visto mais cedo em uma premonição. Tonks devia tê-lo resgatado...
- Como você sabe? – Neville perguntou pasmado.
- Eu não o vi saindo do trem – Ela falou com simplicidade.
- Cara... Ele ta ferrado... Por que justamente o professor Snape foi busca-lo? Por que não outro professor? – O garoto falou. Jack notou que ele parecia raivoso. – Ele adora perseguir Harry. Deve ter gentilmente se oferecido pra ir! Ele tem prazer humilhar o Harry.
Jack ouvia a conversa dos garotos atônita. Cada vez mais acreditando que Snape era mesmo um monstro. Será que ninguém gostava do professor?
Neville tinha as mãos em punho em quanto caminhava para o salão principal junto com Luna.
Jackeline acompanhou traz dos garotos em direção a porta.
Quando vislumbrou um grande salão, com quatro grandes mesas, ela estacou em quanto Neville e Luna se dividiam e iam cada um para uma mesa distinta. Era lindo! Velas flutuavam, e o teto... Não havia teto! Ou era pura magia... Parecia ser o mesmo céu azul de lá de fora. O lugar era quentinho e acolhedor...
Uma mulher idosa percebeu-a.
Saiu de seu lugar na mesa principal, gesticulando para que Jack não adentrasse ao salão principal com os garotos.
Com uma agilidade fora do normal, a mulher chegou até Jack.
- Ola – Disse ela – Suponho que seja Jackeline Molder... Ou Rich? Como prefere ser chamada?
- Aqui pode ser Rich... Que é meu nome bruxo – Disse Jack timidamente.
- Sou Minerva McGonagall. – Disse a senhora.
- Prazer – Jack estendeu-lhe uma mão.
Minerva aceitou falando:
- Oh... Bem. Dumbledore pediu que eu a recebesse. Parece que Tonks teve um contratempo não?
- Ahh é... Sim – Disse Jack.
- Escute. Vou mostrar-lhe seus aposentos. Creio que a senhorita não possa se juntar a nós no momento... Não é funcionária... E também não é aluna... – Disse a mulher. – Espero que compreenda – concluiu.
- Oh sim... Tudo bem... – Disse Jack sinceramente. Estava estranhamente cansada da viagem.
- Me acompanhe sim? – Disse a Mulher.
Jack assentiu afirmativamente, e ambas começaram a caminhar.
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Snape se aproximava do portão. Observou a silhueta de duas pessoas ao longe.
Ao aproximar-se mais viu a cara aterrorizada de Potter ao perceber que ele, e não Hagrid o havia ido buscar.
O garoto tinha o rosto e a roupa manchada de sangue.
Tonks (como agora era normal de se ver) estava cabisbaixa e apagada.
Ele chegou ao portão.
- Bem, bem, bem – ele zombou, tirando a capa e destrancando a fechadura e os portões -. Gentil da sua parte de aparecer, Potter, logicamente você achou que as carruagens da escola destoariam de sua aparência. – Ele falou.
Harry tentou argumentar, mas Snape cortou-o e falou:
- Não precisa esperar, Nymphadora, Potter esta bastante, ãh, seguro, em minhas mãos.
- Eu pensava que Hagrid receberia a mensagem – Ele ouviu Tonks questionar desanimada.
- Hagrid estava atrasado para a festa de inicio de ano letivo, como Potter aqui, então eu peguei o recado no lugar dele. E incidentalmente - disse Snape, indo para trás, para Harry passar - eu pude ver seu novo patrono.
Snape fechou os portões com fúria. Estava com o ódio a flor da pele. Aquele garoto imbecil andara brigando ainda por cima! Será que chegar atrasado não fora suficiente? Tinha que se apresentar como um mártir? Todo ensangüentado! Só podia estar querendo aparecer!
Então ele falou maldosamente para Tonks:
- Eu acho que você estava melhor com seu patrono antigo. – e com a voz carregada de malicia, ele concluiu: - A novo parece fraco.
Ele observou com um gosto doentio o choque e raiva no rosto da metamorfomaga. Ele sabia o porquê o patrono da moça havia mudado... Pela mesma razão que o dele... Pelo mesmo sentimento que tanto o fizera sofrer... Mas estava satisfeito consigo mesmo. A mulherzinha havia sido encarregada de trazer Jack. No entanto ela abandonara a tarefa para ‘socorrer’ Potter.
Ele observou em quanto Harry e Tonks se despediam.
Caminhou em silencio para o castelo, escoltando o detestável garoto. Maldita dor na consciência que o fazia continuar com tudo aquilo...
Ao chegar no saguão, ele falou tranquilamente:
- 50 pontos a menos para a Grifinória por causa do atraso. E, deixe-me ver, e menos 20 pontos por seu traje trouxa. Sabe, eu não acredito que nenhuma casa começou com pontos negativos tão cedo: nós nem começamos o pudim.
Ele viu a fúria de Harry. Na verdade, quase podia sentir a energia de ódio vinda do garoto.
- Eu suponho que você queria fazer uma entrada triunfal não? E com nenhum carro voador por perto você decidiu que entrar no salão principal no meio da festa criaria um efeito dramático... – Ele acrescentou odiando cada gesto, cada mão, cada fio de cabelo arrepiado herdados de James Potter pelo garoto. Harry Potter era tão exibido e insubordinado quanto o pai.
Snape observou o garoto olhando indeciso para porta do salão principal, e disse:
- Nada de capa da invisibilidade. Você pode entrar sem ela. Assim todos vão ver você, que é o que você queria, eu tenho certeza.
E com isso ambos entraram. No entanto, Harry voou para seu lugar ao lado dos outros dois integrantes do trio ternura.
Snape olhou à volta, esperando ver Jack na mesa dos professores, mas com alívio, ele notou que ela não estava. Seria pior ainda se tivesse que passar parte da noite dividindo a mesa do jantar com ela.
Antes de que pudessem compartilhar qualquer lugar público juntos, ele deveria tentar explicar a ela...
E assim ele sentou-se em seu lugar. Estava ansioso. Finalmente teria seu lugar como professor de DCAT. Iria fazer o que melhor sabia: Se assoberbar pelo tão almejado cargo. Mesmo sabendo que (provavelmente) ao final do ano iria abandona-lo.
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Jack caminhou com a cabeça baixa. Estava baqueada por ter encontrado Snape tão cedo... Não esperava tê-lo encontrado tão rápido, e que por conseguinte, tão breves instantes. Ela esperava que o mestre lhe desse explicações... Que lhe pedisse perdão...
Estavam andando por longos corredores, e descendo muitas escadas...
Até que McGonagall estacou. Por pouco Jack não bateu nas costas da bruxa.
É aqui – disse a senhora mostrando-lhe uma grande porta de carvalho.
Jack observou com uma pequena ruga entre as sobrancelhas.
- Seus aposentos. – McGonagall explicou. – Espero que seja de seu gosto.
Jack ia dizer algo... Mas um quadro chamou-lhe a atenção. A mulher pintada estava se movendo!
- AHHH DEUSSS! – Jack reclamou alto com uma mão sobre o peito arfando com o susto.
McGonagall olhou-a com surpresa.
- O que foi? – A velha perguntou com uma voz severa. Havia se assustado com os gritos de Jack.
- O quadro! Está se movendo! Olhe! – Ela falou apontando aflitivamente para a pintura que torcia o nariz para ela.
- Senhorita! – Repreendeu Minerva. – Observe – Ela apontou para mais quadros ao longo do corredor. – Todos eles se movem!
Jack que ainda não havia notado o fenômeno, por estar compenetrada em seus pensamentos, apenas articulou uma expressão sem voz.
- Acho que devo alerta-la também para os fantasmas, e para nosso poltergaist... O Pirraça – Disse a senhora.
Jackeline sentiu um frio na espinha.
- F-fantasmas? – Ela perguntou aflita.
- Sim. Vejo que passou muito tempo entre trouxas... – Minerva falou apertando os lábios, e logo em seguida continuou: - Devemos temer os vivos senhorita Rich.
Jack concordou com um aceno de cabeça.
- Preste a atenção. Eu farei que as proteções do seu quarto a reconheçam, portanto ninguém além você e dos elfos domésticos poderão entrar a não ser que você permita a entrada. Se for o caso, deve bater com a varinha assim – Ela mostrou – e murmurar para a fechadura o nome da pessoa que quer que a acompanhe.
- Ok – Jack respondeu.
Minerva estranhou que a moça não perguntou-lhe a respeito dos elfos, mas decidiu não comentar.
- Vou mandar um deles trazer-lhe o jantar. – Disse a senhora. – Dumbledore pediu-me para que lhe desse algumas aulas particulares, então amanhã virei aqui lhe procurar logo cedo. Antes de minhas aulas regulares.
Jackeline assentiu e falou:
- Será que poderia ser Dobby a trazer meu jantar??? É que eu já o conheço... – falou com simplicidade.
Minerva entendeu agora por que não fora questionada.
- Claro. Devo adverti-la também, para que não saia do dormitório depois das 10 horas da noite. – Minerva acrescentou.
Jack assentiu afirmativamente.
- Muito bem. Agora devo ir. Tenho que comparecer ao jantar do salão principal também. – explicou a velha. – Então... Até mais senhorita Rich.
- Senhora... – Chamou Jack quando Minerva já estava à porta.
- Sim senhorita?
- Eu estou curiosa... Como as ruínas se transformam em castelo? É apenas uma ilusão?
Minerva franziu o cenho.
- Como assim ruínas? – a velha perguntou.
- Quando eu estava vindo à Hogwarts... Bem... Eu via apenas as ruínas... – Jack falou. Mas acrescentou um pensamento em voz alta: - Se bem que... Os garotos pareciam vê-lo da forma que ele é realmente...
- A senhorita sentiu algo estranho? – Perguntou Minerva aproximando-se.
- Como assim?
- Algo como, que não deveria estar vindo para cá. Ou que tinha coisas mais importantes para fazer em outro lugar...
- AHHH SIM! Como a senhora sabe? – Perguntou Jack sorrindo.
Minerva amoleceu um pouco o ar severo e sorriu levemente.
- Querida, você viveu muito tempo entre trouxas não é mesmo?
- Sim... Mas o que isso tem a ver? – Ela perguntou sentando-se na cama de dosséis.
Minerva aproximou-se e com um golpe de varinha fez aparecer uma bela cadeira estofada, e sentou-se.
- Você passou tanto tempo entre trouxas, e se habituou tanto à isso, que está tendo dificuldades em assimilar nosso mundo. – Explicou Minerva. – E os feitiços anti-trouxas de Hogwarts são muito poderosos.
- Ahhh – Jack articulou.
- Mas me diga. Como conseguiu continuar? Era de se esperar que você acabasse voltando... – Disse McGonagall.
- Ah. Uns garotos me trouxeram até aqui... Neville e Luna... São os nomes deles... E bem. Quando aquele homem enorme correu até mim... Eu... Eu fiz um feitiço contra ele...
- Hagrid?
- Isso! Os garotos o chamaram com uma coruja. - Jack falou sentindo com estranheza a naturalidade com que via o fato de corujas serem meios de comunicação. – Mas o feitiço não o atingiu... Bateu no portão e dissipou... Eu tive uma visão, vi Hagrid falando conosco, e de repente eu percebi que as ruínas haviam se transformado em castelo...
- Bem... - Disse McGonagall se levantando e sumindo com a cadeira. – Acho que o susto fez você liberar todo seu lado mágico. – A velha não se assustou ao ouvir Jack falar sobre “visões”, pois Dumbledore já tinha contado para ela sobre o poder da nova hospede de Hogwarts.
- Oh. Então foi por isso que eu não conseguia fazer o malão flutuar por muito tempo... – Jack falou mais para si mesma do que para Minerva.
- Provavelmente – Disse a velha. – Bem. Agora receio que tenho que ir. Devo comparecer para a sobre-mesa. – Ela falou indo para a porta.
- Até mais. – Disse Jack.
- Não se esqueça que amanhã teremos aula – Disse Minerva, e logo em seguida se retirou.
Naquela noite, Jack comeu uma das melhores refeições de sua vida. Conversou um tantinho com Dobby sobre o castelo, sobre uma certa passagem secreta para a cozinha, e sobre (obviamente) senhor Harry Potter! Senhor Harry Potter que liberta Dobby!
Depois que Dobby se retirou, Jack explorou um pouco o quarto: Grande, com uma gigante e bela cama de dosséis. Uma ante sala, um grande banheiro, com uma banheira cravada no chão. Muitos sais, toalhas macias, xampus e sabonetinhos diversos.
Era grandioso... Mas nada que a surpreendesse. Mesmo no mundo trouxa, ela encontrara suítes presidenciais muito mais luxuosas do que o quarto que agora iria habitar.
Após algum tempo examinando detalhes da mobília, ela deitou-se na cama... E sem querer acabou dormindo com as roupas trouxas com as quais havia chego ao castelo.
SJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJ
Vcs num falam comigo...
u.u
então não falo mais com vcs!
*mostrando a lingua*
Monôvoles* - Inventei isso pra Luna dizer. Acho que ela é doidinha, e seria algo pertinente para ela falar. Estou exercendo minha liberdade poética! Auhauhauh.
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