O estranho mundo de Jack
Ai ai... mais um cap em que eu me excedi.
Sim, está monstruoso de grande... Este cap eh continuação do outro. Imaginem se eu tivesse deixado esta parte junto com a outra? Affe.
Mas dane-se que tah cumprido. Acho que quem tah lendo a fic vai gostar não e?
E é importante que eu fale tudo que tinha que falar agora. Dentro de mais um ou dois caps a fic vai dar uma guinada...
E a verdade eh que me senti muito musical escrevendo esse aqui! Auhauhauh.
Tem duas partes que contam musica. Mas tah tudo devidamente inserido na história.
Bom...
E como era de se esperar, mais um titulo de cap com nome de filme!
hehehehe
(Pergunta: Alguém já assistiu “O estranho mundo de Jack”? Eh lindinho o filme né? Ahhh E eu amo o Jack e o tio Tim Burton! **capota**)
É... O Sev agora vai conhecer um pouco do mundo da Jack.
(Ah. E neste cap não tem nenhum Spoiler!)
MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM
Capítulo6- O estranho mundo de Jack.
- Muito bem – Disse Snape logo que Dumbledore saiu. – Teremos nossa primeira aula então. Onde está sua varinha? – Ele perguntou.
- Ah... Agora? Não seria melhor um descanso? – Jack falou mole. Estava fatigada pela movimentação da manhã e pelo farto almoço que Dobby havia trazido.
- Não. – ele falou enfático - E por favor, não torne para mim essa tarefa mais degradante do que ela já é.
Jack olhou magoada. Mas não deixou barato, e replicou:
- Degradante? Degradante é ter que te suportar. Pena que Dumbledore não aceitou chamar outra pessoa para colocar em seu lugar. – Jack mentiu. Na verdade não havia pedido por troca alguma ao bruxo ancião.
Snape olhou abobado. Ainda não estava acostumado a ser enfrentado.
Jack tinha a expressão vitoriosa, em seguida retirou uma varinha clara de dentro de um bolso do casaco que usava.
Snape cortou explicações teóricas e foi logo ensinado o primeiro feitiço: Wingardiun Leviossa. A forma de pronunciar e de movimentar a varinha.
- Wingardiun Leviossa! – Snape ordenou com a varinha apontada para um grande volume de uma enciclopédia trouxa de uma das estantes de Jack.
- Meu deus! – Jack falou bestificada. Ainda não estava acostumada com a idéia de magia. Ela aproximou-se do volume que Snape fazia flutuar e passou a mão por baixo e por cima do livro. Parecia não acreditar que não estava preso por um fio transparente.
Snape meneou a varinha para o lado, pousando o volume na mesinha de centro da sala.
- Vamos. Tente. – Ele falou enfadado.
Jack olhou para própria varinha, e sem mais ela pronuncio o feitiço, direcionando-o para o livro.
- Wingardiun Leviozaaa!
Mas o livro permaneceu estático.
- Preste a atenção! – Snape falou com raiva. – Você não falou o feitiço direito! A palavra é Leviossa, e não Leviozaaa!
Era claro que seu professor não era muito paciente. Snape aproximou-se do livro e arrancou uma página.
- EI! NÃO FAÇA ISSO! – Ela falou indignada com o homem que sem motivo algum havia estragado seu livro.
- Cale-se senhorita! Isso pode ser concertado!
Jack olhou suspeita.
- Mas como? Você o estragou! E foi meu pai que me comprou esta coleção! – Ela disse pegando a página e o livro da mão de Snape, tentando encaixar novamente a página solta.
- Pelo amor de Mérlin mulher! Eu sou um bruxo! – Ele falou sem paciência. – Eu tirei a página para que você possa treinar o feitiço nela!
Jack tinha os olhos marejados olhando para a página solta.
- Olhe – ele falou tomando novamente o volume e a página que havia arrancado.
Colocou o livro e a página sobre a mesinha e ordenou:
- Reparo!
Ele pegou o livro novamente e mostrou-o como novo à Jack.
- NOSSA! – Ela exclamou aproximando-se de Snape e tocando a página novamente intacta. Em seguida olhou para seu professor. Ele a observava cuidadosamente, com uma sobrancelha rude levantada. Ela sentiu um rubor, e lembrou de mais cedo, quando o havia abraçado... Lembrou do cheiro do pescoço dele... Estavam próximos de mais.
Snape estava tonto, olhando agora para os olhos azuis. Também lembrava-se do abraço da moça. As mãos macias em seus cabelos, puxando sua nuca. O abraço. O calor que o corpo dela desprendia. O formato do rosto dela quando ela havia comprimido-o contra seu pescoço, e a inspiração que ela deu e que o fez arrepiar...
- Vamos, agora deixe de besteira e tente. – ele disse perturbado enquanto se afastava.
Novamente ele arrancou a pagina do volume e colocou-a no chão para que Jack fizesse o feitiço. Estava confuso, e embaraçado pelo que estava sentindo no momento.
Para sua surpresa, a moça realizou o feitiço na segunda tentativa.
Ela esperou uma palavra de estímulo que não veio. Mas esta não era a didática de Severus.
A tarde avançou, e vários outros feitiços foram ensinados. Severus espantou-se com a concentração que Jack agora mostrava. Ela realizou cada feitiço proposto com exatidão. Talvez aquela tarefa não fosse tão penosa quanto ele achou que seria. – Snape considerou.
O céu já exibia tons laranjas quando Jack, sem mais nem menos, virou as costas e subiu para os quartos.
Snape olhou confuso. Queria ensinar o feitiço ‘impedimenta’ antes do descanso para o jantar.
- Onde vai? – Ele perguntou antes que as pernas da moça sumissem da visão dele nas escadas. – Ainda tenho que lhe ensinar um feitiço. – ele disse.
Para não precisar descer nenhum degrau, Jack abaixou o rosto até quase encostar o nariz na ponta do dedão do pé, e disse:
- Vou tomar um banho e me trocar.
Snape não sabia se estava mais bobo com a flexibilidade da moça ou se pela impetuosidade desta. Alguma coisa em seu peito se revolveu e ele sentiu um calor no baixo ventre.
Ela galgou os últimos degraus, deixando-o sozinho com o barulho de chuveiro aberto que se seguiu.
Snape sentou no sofá tentando limpar a mente das imagens inusitadas e despropositadas que se formavam, as quais envolviam ele e Jack em uma série de acrobacias que não era nem pertinente que se deixasse desenrolar.
À quanto tempo ele a conhecia? Parecia séculos em seu peito, mas na realidade, era a menos de uma semana!
Não. Não seria possível! Ele é que andava muito solitário. Talvez devesse sair mais daquela escola.
Alguns minutos depois ele se levantou. Decidiu subir para o quarto. Talvez depois do jantar ele pudesse ensinar mais uns dois feitiços para a mulher. Mas por enquanto o que ele precisava era de uma ducha fria.
Quando estava se arrastando do último degrau para o corredor dos quartos, ouviu um rangido metálico de torneira se fechado. Ele não entendeu por que, mas o barulho o fez ficar estático. E logo em seguida movimentos na maçaneta do banheiro do corredor, e um par de belas pernas roliças de um branco cremoso se destacaram. Jack havia saído do banheiro enrolada numa toalha vermelha e muito felpuda. Estava ainda de costas a fechar a porta. Os pés descalços. Ajeitou a toalha do corpo e equilibrou cuidadosamente uma outra toalha torcida que prendia os cabelos.
Ela virou-se de vez, e encontrou Snape, que ainda tinha os olhos colados nas pernas dela. Ele agora observava os pequenos pés, que continham covinhas sobre cada junta, devido aos pés cheinhos.
Um pigarro, de Jack, e Snape levantou os olhos negros agora para observar o rosto da moça. Mas também não pode deixar de passar os olhos na região dos seios. Não eram pequenos nem grandes... Mas eram fartos. Um bom tamanho e... – SEVERUS SNAPE! – Ele pensou desesperado para se controlar, e concentrou-se nos olhos azuis.
Jack estava rubra.
- Ah... A ducha estava muito quente – Ela justificou o rosto vermelho – E segurou a toalha e virou-se rapidamente e foi para o quarto.
Snape ficou mais uma vez com a imagem de Jack de costas. Mas dessa vez a atenção se concentrou em outra parte do corpo da moça, que estava coberta, mas que parecia muito redondinha macia e firme abaixo da toalha.
SEVERUS SNAPE! – Ele se auto-criticou em pensamento.
Ele entrou no quarto, trancou a porta e apertou o próprio colo. Com mil diabos! O que tinha sido aquilo? Era certo que ele há muito não tinha uma mulher, mas estar sentindo aquilo justamente por Jack, com quem ele tanto implicava pelas formas, era de mais! Será que deveria pedir desculpas?
Não. Não deveria. Ela era uma assanhada!
Então decidido, ele resolveu que assim que ela saísse trocada do quarto, ele iria propor para ela voltar para o próprio quarto, que tinha suíte. Assim ele não teria mais surpresas como aquela.
SJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJ
Meia hora de espera depois, e ele finalmente ouviu o barulho da porta do quarto de Jack.
Saiu do quarto já com o malão arrumado para a troca. Mas ao abrir a porta vislumbrou apenas a hora que Jack descia para o andar térreo.
Ela estava com roupas estranhas(pelo menos para ele)...
Ele deixou o malão e desceu atrás da moça.
Quando desceu até o meio da escada, pode ver Jack arrumando o sapato ‘Alice’ de costas para ele. Mas ela não estava agachada. Ela mantinha as pernas retas, como quando se alonga os músculos da panturrilha*, e como ela estava vestindo uma pequena jardineira xadrez... Bem.. Dessa forma, Snape teve uma boa visão do traseiro da mulher. Ela vestia por cima de uma meia negra de redinha, uma calcinha roxa muito estranha, que parecia mais aquelas calcinhas cheias de camadas de renda de menininhas ainda em época de fralda, mas que no corpo de Jack vislumbrava um ar gracioso de cabaré francês.
Quando finalmente terminou de prender as presilhas do sapato e se levantou, ao virar para pegar uma pequena bolsa cheia de rendas e fitas que estava no braço do sofá, ela soluçou de susto ao ver a cara embasbacada de Snape.
- E-eu não sabia que o senhor estava ai... Eu... Eu nem sequer ouvi você descer! Será que vou ter que pendurar um sino em seu pescoço?! Por que tem que ser tão silencioso?! – Jack falou indignada.
Por um momento louco Snape começou a se desculpar automaticamente.
- Ah... Não foi minha intenção senhorita... eu apenas... – Mas parou no meio e reconsiderou – Não na verdade, a senhorita que...
E antes que ele a culpasse, Jack interveio:
- Tudo bem, tudo bem. Essa calcinha foi feita pra ser vista mesmo.
Como assim feita pra ser vista? – Snape pensou constrangido. E logo obteve uma resposta:
A moça pegou o livro em que eles haviam testado alguns feitiços mais cedo, e na ponta dos pés, se esticou toda para coloca-lo de volta no lugar, no topo da estante. Assim o vestido levantou-se devido ao movimento, e parte da calcinha rendada apareceu novamente.
Mas que assanhada! Será que aquilo era para ele? – Ele pensou com um vinco entre as sobrancelhas.
Mas não era.
Jack pegou um molho de chaves de dentro de um vaso e saiu pela porta da frente.
Snape acompanhou-a.
- Onde vai? – Ele questionou. – Ainda temos feitiço para fazer hoje!
- Quer ir comigo? – Jack perguntou ignorando a menção à aprender mais feitiços.
Snape simplesmente acompanhou-a até a porta.
Jack abriu mais a porta para que ele passasse por ela, e por breves instantes, em quanto ele passava, ela fechou os olhos e inspirou profundamente, buscando durante aquele momento em que ele passava tão perto, sentir novamente o cheiro gostoso que havia desfrutado mais cedo, quando colara o nariz ao pescoço dele.
- Acho que já aprendi bastante hoje. – Ela disse voltando a realidade, quando Severus já estava do lado de fora - E o dia não foi dos mais fáceis para mim. Eu tomei alguns remédios mas... A dor de cabeça que eu comecei a sentir depois daquelas visões ainda não passou completamente. – Ela disse tocando a testa. – Acho que estou precisando de uma noite daquelas... E como os rapazes me chamaram de manhã, eu decidi ir. Talvez depois de algumas ‘pina-coladas’* eu melhore...
Severus não disse nada. Ele poderia ter optado por não acompanha-la... Mas... A verdade era que se dissesse que ele não iria, ela iria sem ele. Snape já havia entendido que ela não o temia e nem mesmo o respeitava. Ela o via apenas como um homem comum. E ele sabia que não adiantaria protestar, e falar que ela ainda tinha muito o que aprender, pois ela nem ligaria... Por isso calou e não implicou. E também, o que adiantaria ficar sozinho afinal?
Jack retirou a varinha do punho da camisa de manga cumprida que vestia por baixo do pequeno vestido, e murmurou para luz um feitiço que Snape havia lhe ensinado mais cedo. Encostou a porta e a fechou também com um feitiço que ele ensinara.
- Acho que gosto de ser bruxa. É muito pratico. – Ela falou entre sorrisos.
Ela aprendia rápido. Não havia duvidas – Snape pensou admirado em quanto acompanhava-a pela calçada sem saber para onde iria a seguir.
Jackeline caminhou até uma grande porta ao lado da casa, e apertou um botão de um chaveiro que estava no molho que ela havia pego de dentro de um vaso.
Para surpresa de Snape, a grande porta começou a se abrir com um rangido de máquina trabalhando.
Jack aproximou-se do lugar.
- Lumus – Ela murmurou.
Havia um veiculo trouxa lá. Snape torceu o nariz. O carro não tinha teto! Ele acendeu a varinha e se aproximou também.
- Ah... Tem luz aqui. Mas acho melhor eu ir praticando o que você me ensina não? – Jack falou com cuidado.
Então ela esticou uma perna e passou por cima da porta do carro, deixando Snape mais uma vez com uma pequena mostra da calcinha de cabaré, e depois a outra. Sentou-se no banco do motorista, e olhou para Snape.
- Vamos – ela disse - do outro lado. – E indicou a outra porta para Snape.
Mas de modo algum ele iria pular para dentro como ela fez. Ele parou ao lado da porta, e Jack entendeu o dilema do professor, então esticou-se e abriu a porta para ele, que entrou e sentou-se com uma carranca medonha.
Jack ligou o carro, e rapidamente saiu da garagem.
Snape teve que se segurar para não dar com a testa no painel, pois o carro havia saído de ré com velocidade, e em seguida parado próximo a calçada.
- Ponha o cinto – ela ordenou puxando o freio de mão.
Snape sabia o que ela queria. Ele já havia convivido entre trouxas. No entanto, naquele carro... Onde estaria o cinto de segurança? Ele olhou a volta. Na parte de traz à direita... Mas nada... Aquele carro trouxa era diferente...
Jack sorriu observando a procura de seu tutor. Era obvio que o homem nunca havia andado em um conversível. Determinada a acabar com a procura angustiante do professor, ela colocou-se de joelhos no próprio banco e esticou-se para tentar pegar o cinto para ele, pela brecha entre os bancos.
Snape que estava com o rosto virado para o outro lado, espantou-se ao virar para frente e vê-la de lado, com o tronco enfiado entre os bancos, como se ela quisesse alcançar algo no banco de traz do carro... Estava tão próxima.
- Ahhhiiii! – Jack desequilibrou-se e soltou a mão que estava apoiada no banco traseiro, e que permitia a ela a acrobacia. Agora estava ridiculamente presa naquela posição.
Snape observou. Sentiu um ímpeto de gargalhar, mas segurou firme a vontade.
- Ai, me ajude por favor. Acho que fiquei presa.
- Senhorita. O que estava fazendo? – Severus perguntou virando-se sem ousar toca-la.
- Deus... pra que explicar tudo? – Ela reclamou – Eu estava tentando pegar o cinto para você... Agora será que dá pra me ajudar aqui? – Ela disse dolorida.
Snape titubeou... Mas ajoelhou-se no banco e passou as mãos pela cintura de Jack.
Era estranho... Ele não deveria... Mas como não sentir sob suas palmas o tecido grosso do vestido escorregando sob a pele macia? Como não ver novamente a maldita calcinha roxa? Como não prestar a atenção à meia fina de redinha preta que sumia para algum lugar dentro da calcinha da moça?
- Punf – Jack sentia as costelas pressionadas por estar enfiada naquela posição. Colocou as mãos no chão do carro e tentou se empurrar pra cima.
Snape ajeitou as mãos, teve que se debruçar ligeiramente sobre ela. Puxou-a com mais força, mas se desequilibrou e quase caiu sobre ela, e com isso Jack enterrou-se mais ainda no vão entre os bancos.
- Aiii... – ela reclamou. Mas que inferno! Você não é um bruxo? Faça uma bruxaria droga! Que idéia foi essa?
Snape agradeceu por ela não poder ver seu rosto. Ele realmente não havia pensado em uma estratégia mágica...
Ele levantou-se colocando os cabelos desgrenhados pelos movimentos para traz. Puxou a varinha da manga da camisa, levantou-se segurando-se no vidro da frente do carro e murmurou:
- Acio Senhorita Rich!
E o corpo de Jack foi puxado com força e bateu-se contra Snape. Ambos desequilibraram-se e caíram de mal jeito sobre o banco do passageiro.
De alguma forma Snape agora estava por baixo da moça.
- Am... Você poderia ter tentado algo menos agressivo... – Ela disse sentada em cima do homem descabelado.
- Dá próxima vez eu deixo você tentando se soltar sozinha! – Ele falou com raiva. – Agora dá pra sair de cima de mim? Eu já estou ficando sem ar!
- Você me dá nos nervos sabia? – Disse Jackeline. Levantando-se sem jeito ela sentou-se na poltrona do motorista e colocou o cinto de segurança.
Snape aprumou-se, puxando as vestes, se desamassando e penteando os cabelos para traz com os dedos.
- Acio ponta do cinto de segurança – Ele pensou o feitiço mudo, e rapidamente o cinto saiu de alguma parte do carro para as mãos dele. Ele prendeu-se.
Jack nem sequer olhou-o novamente, deu partida e seguiu.
Snape observou-a. Ela estava emburrada, com uma mão no volante e outra solta entre as pernas. Ele engoliu em seco. Ainda bem que ele havia conseguido faze-la sair de cima dele antes que esta pudesse perceber a reação inusitada que havia provocado em suas partes baixas.
Minutos depois, estavam na ilha. Entraram em uma rua estreita, e pararam em frente à uma pequena porta, onde um homem negro e um homem branco muito corpulentos estavam plantados, e algumas pessoas vestidas com roupas tão estranhas quanto as de Jack faziam uma pequena fila.
- Jackeline! – disse o homem negro.
- Oi Rod! – Ela respondeu.
- Quanto tempo! – O homem branco falou.
- É... Aconteceram algumas coisas... – Jack disse sem jeito.
- Eu sinto muito por seus pais – Rod falou.
- Eu também... – Jack falou constrangida e triste.
O rapaz branco pareceu perceber a situação então cortou:
- E quem é este com você?
- Este é Severus, meu... – Jack falava, quando um moço que Snape conhecia se aproximou-se e falou:
- Olá Jack.
- Oi Julian – Jack falou friamente.
O homem que agora conversava com Jack era o rapaz que fora capturado por Lestrange. Snape o reconheceu. O moço tinha postura altiva, e vestia um belo terno risca de giz. Os olhos claros e o cabelo louro davam ao rapaz uma beleza clássica.
- Acho que precisamos conversar... Talvez você possa nos acompanhar. –Disse Julian sinalizando algumas moças e rapazes com uma mão que segurava um chapéu cinza.
Jack apertou os olhos para uma moça que estava de braços dados com um outro rapaz, e Snape reconheceu-a também: era a moça que estava no dia que Lestrange invadiu o apartamento de Jack. Era muita cara de pau do rapaz. – Severus pensou.
- Acho que já conhece minha amiga Marissa. Namorada do Bill aqui... – Ele falou mostrando o rapaz que agarrava a moça.
- Sim... Eu já tive o desprazer... Ela estava em minha casa apenas de roupas intimas com você um dia depois do enterro dos meus pais. – Jack falou amargamente.
A moça mexeu-se incomodamente, mas o rapaz que a acompanhava não fez nem menção de estar zangado.
- Pois é. Ela é modelo. Estava mostrando para mim algumas peças da coleção de uma grife para qual ela trabalha. E eu estava escolhendo algumas coisas para as lojas de minha mãe... – Disse o rapaz. – Mas você não me deu tempo para explicar - Ele disse pousando o chapéu cinza na cabeça.
Jack fez um barulho de impaciência e revirou os olhos.
Snape só observava a interação. Estava semi-oculto nas sombras perto da porta de entrada.
- Eu já havia escolhido algumas coisas para dar pra você também. – Disse o moço.
Jack gargalhou de repente, como se tivesse ouvido algo muito engraçado.
- Ok – Ela disse recuperando o fôlego. – Olha, guarde as explicações pra você. Eu não estou nem um pouco interessada no tipo de interação que você tem com essa piranha. – Ela falou apontando para a moça. – E você ai amigo – ela apontou ao rapaz que fora apresentado como namorado da moça. – Cuidado viu? A porta é estreita, e eu temo que toda essa galhada não passe na porta. – Ela concluiu divertida.
Severus viu o rapaz ficar vermelho, e o ex-namorado de Jack esboçar uma cara raivosa quando ela se virou.
- Se eu fosse você, eu daria mais valor as pessoas que gostam de você Jack – Julian falou, e contente viu Jack petrificar-se. – Sim Jack. Eu gosto de você. Eu não estava te traindo. Eu nunca faria isso – Ele completou.
Snape observou o rapaz. Mesmo depois de um milhão de anos ele poderia reconhecer uma cara fingida como aquela que o rapaz esboçava.
Jack suspirou e virou-se. Será que aquela tonta havia acreditado no que aquele imbecil havia dito? – Snape pensou com uma ponta de desespero. Talvez se ele azarasse o rapaz, ele aprendesse a pelo menos mentir direito. Por que todas as explicações eram ridículas.
- Jack... a quantos anos estamos juntos? – Julian perguntou aproximando-se e pegando a mão de Jack. – Você já tem quase trinta anos querida. – Ele falou displicente. – Mas eu te adoro... Vamos parar com essas besteiras, você sabe que te amo e...
- Não – Jack falou. – Você ama meu sobre nome. Ama meu apartamento. Minha herança... Mas a mim... Não a mim você não ama. Talvez tenha amado um dia... Mas isso foi a muito tempo. Quando nos ainda estudávamos junto, e não existia cobiça pra gente. Não havia posição social... – Ela falou com os olhos mais tristes do mundo - Sabe Julian. Eu não entendo. Se você gosta de outra pessoa, por que não ficar com ela. Você não precisa de nada que eu tenho. E nós não estamos no século 17, quando pobre só casava com pobre, e rico só se casava com rico... Pelo amor de Deus. Tuas desculpas são cada vez mais ridículas... E eu não pensei que algum dia você pudesse descer tanto.
Snape sorriu internamente. A moça sabia como jogar no chão e pisar em cima. Ele observou a cara embasbacada mesclada com o ódio que Julian exibia.
- Quem me dizia apaixonada que queria casar e ter filhos? – Julian falou com um sorriso de dentes arreganhados – Acho que você nunca vai realizar o sonho... Só eu consegui te agüentar Jackeline Molder – Ele finalizou com o ódio bruto gravado terrivelmente no belo rosto.
Snape não sabia o que estava fazendo. Quando deu por si, já havia saído sinistramente das sombras, e postara-se ao lado de Jack, que tinha os olhos fixos no nada.
Ele pegou-a pelo braço. Percebeu que seus ombros nunca estiveram tão eretos. Com as feições mais esnobes do que nunca, ele fitou Julian diretamente nos olhos. Snape era mais alto, sisudo, aparência de homem feito, resolvido e auto-suficiente. Ele era um mestre também no que dizia respeito a soberba.
- Quando vamos entrar Jackeline – Ele falou com o sotaque inglês acentuado. Estava perplexo consigo mesmo por ter chamado Jack pelo primeiro nome.
Ele sentiu quando Jack virou o rosto para ele esboçando um olhar questionador. Mas ele não se atreveu a olha-la de volta. Mas sentiu um arrepio quando ela passou uma mão em sua cintura.
- Vamos entrar agora. Essa conversa já me aborreceu mais do que deveria. – Jack falou para Snape, mas com os olhos colados no embasbacado Julian.
Então eles entraram deixando para traz Julian e o grupo que o acompanhava.
Jack, Snape notou, ainda permanecia segurando-o pela cintura. Guiando-o para dentro de um longo corredor escuro. Snape podia ouvir uma musica forte. Depararam-se com uma escada iluminada por uma luz vermelha muito fraca. Não dava para ver o que havia no final dos degraus, pois havia mais um lance virando para a esquerda. Então ele sentiu Jack largando de sua cintura, mas em seguida agarrando-o pela mão. Ela o puxou para baixo na escadaria.
Puderam finalmente vislumbrar o lugar. Muitas mesinhas redondas de madeira, com pequenas cadeiras. Um pequeno palco na parede oposta ao lugar que eles haviam chego. Colunas em determinados pontos, e as paredes de tijolinhos vermelhos, dando ao local uma aparência aconchegante. Um belo bar bem perto de onde estavam, com muitas garrafas coloridas, e com vários bancos redondos. Snape também notou alguns sofás de design antigo, onde casais sentavam-se muito juntos beijando-se, abraçando-se... e sabe Mérlin fazendo mais o que, pois a escuridão dos cantos em que estes sofás se encontravam era muito mais densa do que a do resto do lugar.
Os homens em sua maioria de ternos apertados, coletes, gravatas antiquadas, e chapéu. Mas as moças é que exibiam uma figurino muito mais estranho. Maquiagens pesada, algumas com roupas retrogradas, boinas francesas, cintos sobre vestidos... Jack nem parecia tão louca perto delas...
Uma banda tocava rock. Um estilo clássico. Como Beatles... Rapazes afetados com cabelo caindo na cara...
Snape sentia-se um alienígena. No entanto, aquele era o mundo de Jack. Ela parecia fazer parte, como uma peça perfeita para o quebra cabeça.
Snape nunca havia visto nada igual.
Ela puxou-o. Alguns rapazes sentados próximos ao palco, que Snape reconheceu como os moços com que Jack havia conversado pela manhã, acenavam para ela.
Aproximaram-se. Todos olhavam para Snape com curiosidade.
- Ei, acho que não apresentei o Professor para vocês de manhã. – Ela disse displicente – Este aqui é Severus – Ela falou com simplicidade.
Prazer Severus – Eles disseram, e um por um levantou e apertou a mão de Snape.
- Essas aqui são Sindy, Lissa, e Sumer – Disse um rapaz negro.
- Valeu por apresentar Phill – Disse Jack indo se sentar ao lado da moça apresentada como Sumer.
- Senta ae – Disse Phill para Snape, que se sentou agradecido.
- VACA, por que passou tanto tempo sem vir! Nem ligou pra gente, nem noticias! – Disse Sindy.
- Problemas... – Jack falou simplesmente.
Snape viu Sindy pular e fazer uma careta de dor, em quanto Lissa olhava com uma cara de repreensão para ela. Provavelmente Sindy havia tomado um pontapé de Lissa por baixo da mesa.
Cerca de uma hora havia passado, as moças conversavam e riam estridentes, Sumer agarrada sempre à Phill. Até que Snape viu algo inusitado: Sindy e Lissa se beijando!
Snape sentiu-se mais tranqüilo quando olhando a volta, viu que um dos rapazes, Tomy, assim como ele, olhava maravilhado a interação entre as duas mulheres. Ele não era o único tarado a final.
Jack olhou-o bem na hora, e sorriu com a cara de surpresa que o bruxão exibia.
Momentos depois, uma mulher de cabelos negros juntou-se ao grupo. Era a namorada do rapaz de cabelos espetados. A moça sentou-se sem cerimônias no colo do namorado.
Era uma surpresa atrás da outra. Tanto desprendimento...
- Ei, - Sumer falou alto para romper o barulho alto da banda que se descabelava em acordes empolgados no palco. - Vamos no banheiro? – ela falou para as outra mulheres.
Jack olhou ligeiramente para Snape, como quisesse pedir permissão. Snape não moveu um músculo em protesto, então ela sorriu para as amigas e disse:
- Vamos.
As cinco mulheres saíram.
- Um pouco de cerveja? – falou um rapaz moreno de cabelos espetados já servindo uma caneca e oferecendo à Snape.
Snape pegou a caneca e observou o liquido espumante e amarelo. Levou a boca... Aprovou o sabor, então tomou até o final, pousando a caneca na mesa em seguida.
Os rapazes pareciam temerosos em como deveriam trata-lo. Então, num acordo mudo, decidiram apenas observar a banda.
- Hora... Já se enturmando? – perguntou uma voz debochada às costas de Snape.
Ele sabia de quem se tratava. O Ex-namorado de Jack. Então não se deu o trabalho de virar para encarar o rapaz.
- Ei! Eu falei com você! – Julian cutucou dolorosamente Snape.
- Cai fora – disse Phill se levantando. – Mal chegou e entornou uma garrafa de vodca é?
- Ahhh mais uma moçinha para o grupinho inseparável? – Julian falou tocando os ombros dos dois homens que permaneciam sentado com Snape. O que fez os dois homens saltarem das cadeiras e tentar partir para cima de Julian, porem Phill os segurou a tempo.
- Vocês não tem vergonha de ficarem ai se agarrando em público? – Perguntou Julian gargalhando. Ele tinha a voz mole.
- Tudo bem – Disse Snape levantando-se e virando para encarar Julian. A altura ameaçadora de Snape fez o rapaz dar um passo para trás.
O grupo que Severus havia visto junto à Julian aproximou-se. Cerca de cinco homens. E três mulheres, que os seguiam logo atrás.
Percebendo a perturbação que havia se iniciado, a banda parou de tocar. Algumas pessoas saíram de suas mesas e aproximaram-se para observar interação que parecia ser o inicio de uma bela briga de bar.
Neste momento Jack aproximou-se rompendo a multidão junto com suas amigas, e viu Snape com os olhos estreitos e ameaçadores para Julian, como se avaliasse a situação.
- O que é isso? – Ela perguntou olhando de um homem para outro.
- Só estou trocando umas palavrinhas com teu novo cafetão – Disse Julian com a voz frouxa.
Snape sentiu o sangue fluir, e algo gelar por dentro. Ele sentiu a paciência evaporando, apertou o punho da varinha que estava no bolso da calça e disse:
- Seu trouxa amaldiçoado, mais uma palavra e você vai desejar nunca ter aprendido a falar! – Um ódio selvagem fez com que Snape desejasse ter deixado o rapaz com Voldemort, para que este fosse servido como prato principal de Nagine.
Julian gargalhou. Estava ridículo, pois as roupas finas estavam descompostas, e o rosto bonito contorcido e bêbado.
Snape aproximou-se ameaçador. Naquele momento poderia apelar para modos trouxas e arrebentar a cara frouxa daquele ignóbil. No entanto, Jack colocou uma mão em seu peito, impedindo que ele se aproximasse mais.
A tensão do momento estava grande. Os homens atrás de Julian estavam prontos para uma briga, e Severus sabia que se optasse pela força, também teria o reforço dos amigos de Jack.
- AHHH CHEGA! – Jack gritou, e se aproximou raivosa de Julian. Você não sabe a hora de parar? Você não sabe quando perdeu?
- Jack... Eu te amo. – Julian falou. Mas as palavras soaram ocas. Como se ele houvesse falado por reflexo.
- Sai daqui Julian. Até onde você vai descer? – Jack perguntou olhando o rapaz com cara de repulsa.
- Vou descer até o buraco em que você caiu! – Julian disse – e vou te resgatar. Olha só para este homem com quem você esta saindo! Ele deve ser no mínimo uns 10 anos mais velho que você... Ele é um homem de porte... Eu admito. Mas não é homem para você... Não é possível que você esteja tão desesperada assim!
Jack sorriu.
- Na verdade Julian... Eu é que não acredito que você esteja tão desesperado assim. Olha só. Em apenas uma noite você rompeu todas as barreiras do ridículo. – Ela falou com cara de pena. Olhou para o lado do palco e encarou o vocalista da pequena banda que tocava. – E só tenho uma ultima coisa a te dizer: Boa noite.
Então algo inesperado aconteceu: a banda começou a arranhar as guitarras e espancar a bateria.
Jack sorriu vitoriosa. Todos (menos os amigos de Julian) gargalharam satisfeitos, mas Snape não entendia a alegria.
O vocalista atirou o microfone para Jack, que o agarrou e dirigiu-se ao pequeno palco já cantando:
It's not enough to hear me say you've won
You only wanted me for having fun
But now I think you've gone and had your way
And left me with a pile of bills to pay
I can't even rewind the tape machine
To listen to your drunken reasoning
So here it is - your final lullaby
Não é o bastante pra eu ouvir que você ganhou
Eu era só diversão pra você
Mas agora eu acho que você se foi achou seu caminho
me deixando com uma pilhas de conta pra pagar
Eu não posso nem rebobinar a fita
Pra ouvir a sua voz bêbada
Então aqui está - sua ultima canção de ninar
Jack chegou ao palco na hora do refrão, e agarrou o pedestal enterrando o microfone nele. Ela tinha a voz rouca, que saia quase como um grito de revolta. Puxou o microfone pelo pedestal encostando-o sobre os lábios. Chacoalhou os cabelos e rugiu o refrão:
Goodnight, goodnight
You're embarrassing me
You're embarrassing you
So goodnight, goodnight
Walk away from the door
Walk away from my life
So Goodnight
Boa noite, boa noite
Você está me deixando envergonhada
Você está envergonhando a si mesmo
Boa noite, boa noite
Vá embora da minha porta
Vá embora da minha vida
Então boa noite
Apontou um gesto obsceno com o dedo para o grupo de Julian, o que arrancou aplausos e gargalhadas de todo o público do bar em quanto cantava:
I've given up on social niceties
I threw 'em out when I threw out your keys
Along with all your records I can't stand
You never even listen to any one of them
You're never gonna drag me out again
With all the people that were never ever even your friends
So here it is - your final lullaby:
Eu desisti das boas maneiras
Eu joguei elas fora junto com suas chaves
E com os seus discos também, não deu pra suportar
Você nunca escutou nenhum deles mesmo
Você nunca mais vai me levar pra sair
Com todas essas pessoas que nem eram seus amigos
Então aqui está, sua ultima canção de ninar:
Jack parecia convulsa. Mas sua voz era melodiosa para a musica. Ela cantava fechando os olhos de vez em quando e levantando as sobrancelha, como se saboreasse as palavras que saiam de sua boca como pedradas em Julian.
Goodnight, goodnight
You're embarrassing me
You're embarrassing you
So goodnight, goodnight
Walk away from the door
Walk away from my life
So goodnight
Boa noite, boa noite
Você está me deixando envergonhado
Você está envergonhando a si mesmo
Boa noite, boa noite
Vá embora da minha porta
Vá embora da minha vida
Então boa noite
Snape estava impressionado. Aquilo sim é que era humilhação. Ele desejou nunca se encontrar numa situação como a que Julian estava. O rapaz não andava, mas se movia a todo segundo como se quisesse sair correndo dali. Era o vexame supremo.
Jack arrastou o pedestal até a beiradinha do palco, do lado em que a mesa deles estavam, então ela montou o pedestal como a uma vassoura, dobrando-se ligeiramente para encostar os lábios no microfone e continuou a cantar, mas fazendo movimentos com os quadris, que na opinião de Snape eram extremamente sensuais.
A little bit of rain I'd say is fair
But when it starts to thunder they all stare
This isn't goodnight, this is goodbye...
Um pouco de chuva, eu diria, é justo
Mas quando começa a trovejar, todos eles olham
Isso não é boa noite, é adeus...
Baixos e guitarras tocavam furiosamente. Jack jogou a cabeça para trás e dançou libidinosamente ao ritmo dos instrumentos em quanto esperava o momento do vocal entrar novamente. Quando o momento chegou, ela puxou o pedestal mais firme contra o meio das pernas e cantou o refrão novamente:
So goodnight, goodnight
You're embarrassing me
You're embarrassing you
Goodnight, goodnight.
Walk away from the door
Walk away from my life
So Goodnight!
Boa noite, boa noite
Você está me deixando envergonhado
Você está envergonhando a si mesmo
Boa noite, boa noite
Vá embora da minha porta
Vá embora da minha vida
Então boa noite!
Então ela arrancou novamente o microfone do pedestal, mas continuou montada porém agora ereta, segurando com uma mão o microfone contra os lábios, e na outra o pedestal entre as pernas. Ficou de lado para o público e fez um movimento de vai e vem com o quadril. E a cada vez que ela ia para traz o vestido se levantava um tantinho mostrando a calcinha roxa para todo mundo. O que deixou Snape estranhamente zangado com a rapariga.
Goodnight, goodnight
You're embarrassing me
You're embarrassing you
So Goodnight, goodnight
Boa noite, boa noite
Você está me deixando envergonhado
Você está envergonhando a si mesmo
Boa noite, boa noite
Antes de terminar o refrão, ela já estava com uma expressão relaxada, e as ultimas palavra não saíram cantadas, e sim faladas calmamente:
Walk away from the door
Walk away from my life
So goodnight
Vá embora da minha porta
Vá embora da minha vida
Então boa noite
Julian estava um farrapo. Um pé na bunda como aquele era duro para qualquer um. Até mesmo para os mais fortes e seguros. Então o rapaz saiu do estado de hipnose em que Jack deixara não só a ele, mas a todos, e saiu por entre os próprios amigos dando cotovelas.
Jack olhou para o rapaz se afastando. Ela esboçava uma expressão triste. Estava suada, e com o rosto muito corado pelo esforço da dança e do canto. Descabelada e descomposta. Entretanto, Severus achou que há muito tempo não encontrava uma mulher tão bonita quanto ela.
Ela pulou do palco, as amigas próximas gargalhavam e parabenizavam-na.
Snape tentou desviar o olhar, mas a moça parecia ser um imã para seu olhos... Como a pele molhada, os olhos tristes mas os lábios sorrindo... Cabelo louro colado ao suor do rosto, que estava com grandes manchas vermelhas nas bochechas, dando a ela uma aparência de boneca de porcelana... nem parecia que à pouco ela estava cantando e dançando tão ferozmente.
Então aconteceu.
Os olhos azuis de Jack encontraram os negros de Snape. E nenhum dos dois desistiam do contato.
As amigas não notaram imediatamente. Mas ao ver que Jack não mais interagia com elas, perceberam.
Jack tinha consciência das mãos que a empurravam, mas não iria quebrar o elo que havia se formado entre ela e Severus. Mantinha-se firme encarando-o.
Snape percebeu a movimentação. Jack indo em sua direção, empurrada por uma massa de mãos femininas. E quando menos esperava, ela já estava com o corpo encostado ao dele. Ele sentia alguns solavancos do corpo dela que era empurrado contra o dele.
Os olhos fixos. Ele não se atreveu a fecha-los. Ele deveria fazer aquilo. Mas não estava acostumado com o público. O corpo dela continuava sendo empurrado contra o dele. Ele resistia parado, mas logo cedeu e caminhou de costas, sentindo os seios dela no peito próprio peito.
Caiu sentado em algo macio, e teve que segurar Jack para que ela não caísse e batesse o rosto contra o dele.
Ela estava curvada sobre ele, apoiando as mãos no encosto do sofá. Ele a viu quebrando o elo de olhar ao fechar os olhos. Ele não se atreveu a fazer o mesmo. Então os lábios dela se encostaram nos dele.
Uivos de felicidade e gritos de viva estouraram no bar, e depois de alguns segundos cederam, dando à banda a brecha de iniciar uma musica:
(((You doing that thing you do!
Breakin' my heart into a million pieces
Like you always do.
And you, don't mean to be cruel.
You never even knew about the heartache
I've been going through.
Well I try and try to forget you girl
But it's just so hard to do.
Every time you do that thing you do!)))
Ele tomou conhecimento apenas levemente do fundo musical, mas logo todo o barulho era apenas um zunido em seu ouvido.
Jack apertou mais os lábios, e os entreabriu convidativamente.
Severus afastou os lábios um tantinho e provou-a. Quente, os lábios dela muito macios com um estranho sabor doce de cereja que só podia estar vindo do produto que ela usava para deixa-los mais corados...
Ele levou as mãos aos dois lados da cintura dela, e puxou-a com cuidado, para que ela sentasse em seu colo, como ele havia visto à cerca de uma hora atrás, o casal amigo de Jack.
Ela gentilmente se deixou levar, sentando-se no colo do homem.
Snape havia esquecido como era quente o corpo de uma mulher que se entregava por prazer. Ele havia tido muitas mulheres. Mas a maioria delas eram bruxas das trevas, que só queriam o prestigio de se deitar com um comensal. Talvez (muito provavelmente) elas nem sentissem desejo por ele. Era sempre rápido, sem beijos longos, nem abraços... sem cumplicidade.
Jack resfolegou ao senti-lo pronto para ela. A marca do desejo dele, grande e impaciente... Mas ali, naquele lugar público não.
Parecia loucura que de manhã estivessem brigando como gato e rato.
E ele era tão delicioso. Ela buscava a saliva quente dele. As mãos dele sabiam exatamente o que fazer. A muito tempo que ela não era tomada com tanta paixão, tanto desejo.
Severus buscou com as mãos a perna mais próxima de seu abdome. Desceu a mão para o meio das pernas de Jack a procura. Ela descolou do beijo e retirou a mão dele.
- Eu não sei de onde você veio, mas aqui, nos não fazemos esse tipo de coisa em público.
Severus buscou o pescoço alvo de Jack com os lábios, dando um gemido descontente ao prova-la. Ele estava fora de si. No mundo bruxo nem se sonhava em fazer algo do tipo. Nem mesmo beijos públicos eram bem aceitos.
Ele colocou-a no sofá, levantou, e em seguida puxou-a para cima.
- Então vamos embora – Ele disse rapidamente.
- N-não... Espere, eu tenho que me despedir e... – Ela tentou, mas Snape já estava puxando-a para o lado das escadas no intuito de sair. – Espere! Minha bolsa! – Ela reclamou.
Snape parou, ela correu para a mesa onde ainda estavam seus amigos, ele aproximou-se, mantendo-se atrás dela. Ele saíra de casa apenas de calça e camisa, então não tinha capa ou sobre-tudo para esconder sua ereção, que era descaradamente evidente abaixo do tecido negro.
Ela colocou uma alça da bolsa na boca e com a mão que não estava sendo puxada para traz por Snape, ela começou a caçar algo em seu interior.
O que ela estava fazendo afinal??? – Ele pensou exasperado. Então entendeu. Enfiou uma mão no bolso de traz da calça. Sempre andava com dinheiro. Puxou uma nota demasiadamente alta da carteira, mas que se danasse. Aproximou-se mantendo-se atrás de Jack e jogou-a sobre a mesa.
Os amigos de Jack observavam com meios sorrisos a interação. Snape estava irritado e envergonhado, mas ao mesmo tempo queria sair logo dali com Jack, e que todos fossem para o inferno com o que estavam pensando.
Agarrou Jack pelo punho e puxou-a pela escada. Ao subir, ele sentiu uma mão pequenina puxa-lo pela cintura. Ele parou levemente irritado e voltou-se para Jack.
Ela tocou-o no meio das pernas, e ele arregalou os olhos com a audácia da moça.
- Eu só estava conferindo. – Ela falou sorrindo safadinha.
Aquilo foi de mais para Snape. Ele agarrou-a, comprimindo-se contra o corpo dela, e desaparatou.
Jack sentiu como se seu corpo estivesse sendo colado ao de Severus. Como se ambos estivessem sendo enfiados juntos por uma mangueira de borracha. E quando achou que não teria mais fôlego, ela pode ver borrões escuros, que logo puderam ser identificados como sendo a decoração do quarto em que Snape havia se instalado.
Snape havia aparatado na beirada da cama com ela. Jack ainda não havia se acostumado com aparatação. Era muito desagradável para ela. Então, assim que sentiu os pés no chão, seus joelhos falsearam e ela caiu sentada na cama, ainda tonta.
Olhou para cima. Seu professor estava em pé, e desabotoava a camisa com voracidade. Ela espantou-se e sorriu. Aquele era o mesmo homem que havia conhecido?
Jack subiu em direção à cabeceira da cama. Vendo Snape jogando a camisa negra para o lado.
Por um instante ele parou observando a moça se afastar e se aconchegar entre os travesseiros e almofadas. Os pés calçados nos ‘sapatinhos Alice’ empurrando o corpo para cima, as pernas ligeiramente abertas, e as mãos espalmadas ajudando a se locomover. Uma reviravolta em seu peito, ao vê-la daquela forma casual e convidativa. Era de mais para a sanidade dele...
Jack sentiu um rubor marcar-lhe a face. O rosto do homem agora estava pasmado. Ela o observava parado. Ele a admirava verdadeiramente. Ela lhe sorriu e afastou aos joelhos.
Ela observou satisfeita, o queixo do homem cair. E quando ela alargou o sorriso ele despertou com mais ferocidade ainda. Arrancando o cinto com pressa e jogando a peça para o lado, deixando apenas um barulho metálico da fivela batendo no chão e perturbando o silêncio.
Desabotoou a calça e arrancou-a, subindo de joelhos na cama, dirigindo-se diretamente a Jack.
Agarrou-a pelos pés e puxou com força, fazendo com que ela deitasse. Arrancou-lhe os sapatos e beijou o pé macio ainda coberto pela meia de rendinha preta.
Jack levantou o tronco apoiada nos cotovelos e gargalhou.
Snape assustou por um momento e buscou o rosto de Jack. Ela estava com a cabeça jogada para traz, o pescoço exposto sensualmente.
- Tenho cócegas! – Ela disse simplesmente.
Ele sorriu.
- Você está sorrindo? – Jack perguntou espantada?
- Sou humano. – Ele respondeu.
- É, mas eu nunca o tinha visto sorrir! Você fica muito melhor sorrindo! – ela falou divertida.
- Chega disso – Ele falou impaciente, descendo as mãos pela parte interna das pernas da mulher em direção ao meio.
O rosto de Jack amoleceu.
- Deus... onde você aprendeu isso? – Ela perguntou com a voz rouca.
Snape permaneceu quieto. Não fazia aquilo por ela... Fazia por ele, por que suas mãos ansiavam toca-la de todas as formas, em todos os lugares. Ele queria gravar com o tato todas as texturas da pele dela, todas as curvas... Senti-la completamente.
Beijou-a no joelho. Os lábios e a língua sentindo a aspereza da meia junto ao gosto da pele dela.
Jack observava êxtaseada. Mas num ímpeto abaixou a perna, livrando-se da boca do homem. Ele levantou os olhos questionadores para ela.
- Não quero. – Ela falou sorridente.
- Não quer o que? – Ele perguntou confuso.
- Você sabe o que! E você se acha tão esperto... – Ela falou com um sorriso maroto nos lábios.
Era ultrajante. Como assim ela não queria?
Jack gargalhou e virou-se e saiu gatinhando para a cabeceira da cama novamente.
Snape ficou com aquela visão: Ele apenas de roupa de baixo, ela toda vestida e... Ela fugindo naquela posição... Ela só podia estar brincando. Ele decidiu que sim. Ela estava brincando. Agarrou-a pelos pés novamente e puxou-a.
Jack caiu de bruços e gargalhou novamente.
- Você não sabe o que é ‘não’? – Ela falou.
- E você não sabe o que é ‘cale-se’? – Ele perguntou já subindo sobre a mulher que estava de bruços. Ele depositou vários beijos na nuca de Jack, e tentou levanta-la para que ela ficasse de gatinhus novamente.
Ela gemeu aos beijos, e sentiu as pernas amolecerem ao perceber a posição em que ele tentava coloca-la. Mas assim que percebeu que ele estava tentando arrancar-lhe a roupa ela deitou-se novamente e rolou por baixo dele para poder encara-lo.
Os olhos dele eram pura luxuria. Jack empurrou-o levemente com uma mão. Ele se afastou zangado, e ela levantou. Saiu da cama.
Snape deixou-se cair de frente na cama, onde Jack estivera, e deu um grunhido rouco de protesto, enquanto sentia o calor que o corpo dela havia deixado nos lençóis.
Um estalido. Snape voltou-se para cima e viu a moça abrindo uma pequena porta.
Jack pegou um controle e ligou o som.
Snape suspirou aliviado ao ouvir a musica. Ela não estava falando sério.
- Por Mérlin. Volte aqui. – Ela falou impaciente.
- Por o que? Ahahahah! Mérlin? Ele existiu mesmo? Mérlin existiu? – Ela perguntou divertida e curiosa. Tudo era novidade.
- O que isso interessa agora? Você não se cansa de falar não? – Ele perguntou rebateu, sentando-se na beirada da cama.
Jack levantou uma sobrancelha.
- Nossa. Quanto desespero... Eu pensei que você não ‘gostasse’ de mim. – Ela disse manhosa. – Sabe... com todas aquelas indiretas eu pensei que... Não sentisse atração por mim...
A mulher estava castigando-o! Snape já estava perdendo a paciência. Aquilo no meio de suas pernas estava pulsando de agonia com aquela situação.
- E quem disse que eu gosto? – Ele falou levantando-se e indo até ela.
- Ok. Então saia do meu quarto. – Ela falou virando-se de costas para ele. – E leve suas coisas daqui. Você pode ficar no quarto que eu estava, ou naquele barulhento de frente para rua. - Estava ignorando-o. Começou à mexer em alguns botões do aparelho que havia ligado.
Snape ficou mudo. Mas nunca iria dar o braço a torcer.
- Ótimo! – Ele disse furioso.
Não precisava dela... Poderia se satisfazer sozinho, como qualquer homem... É certo que não teria o corpo macio, quente, receptivo, cheiroso, saboroso... Mas o que importava afinal? Não precisava dela... – Ele pensou. Mas logo que a musica que Jack escolheu para o som começou a tocar, e ele a observou de costas, dobrada levemente com as mãos sobre o móvel, e mudou de opinião.
Ela só podia estar fazendo aquilo de propósito! – Ele pensou, ouvindo o inicio instrumental da musica, e sentindo o coração bater no ritmo que o quadris de Jack estava dançando: Vagaroso e ritmado.
Era uma musiquinha assanhada, que muito combinava com a maldita calcinha que tanto o havia chamado a atenção: Uma musica de cabaré.
Não foi completamente um susto quando ele ouviu a voz de Jack cantando junto com a vocalista.
Parecia que as vozes se encaixavam...
You've been a bad bad boy
I'm gonna take my time to enjoy
There's no need to feel no shame
Relax and sip upon my champagne
'cause I wanna give you a little taste
Of the sugar below my waist, you nasty boy
((Voce foi um garoto mal
Vou tirar minha roupa e curtir
Não a motivo para sentir vergonha
Relaxe e experimente meu champagne
Pois eu vou te dar uma pequena amostra do sabor
Do açúcar abaixo da minha cintura
Seu garoto safado.))
Snape piscou incrédulo. Aquilo era uma indecência! No entanto... Ele sentia-se “emocionado” com aquela letra.
Jack jogou a cabeça para traz, e ele pode ver que ela tinha os olhos fechados ao cantar. Os pés descalços agora equilibravam o corpo da moça nas pontas, e com isso, uma parte muito interessante da mulher destacou-se mais ainda, arrebitado e sinuoso.
I'll give you some oh-la-la
Voulez vous coucher avec moi?
I got you breaking into a sweat
Got you hot, bothered and wet
You nasty boy
Nasty naughty boy
Eu te darei um pouco de uh lala
Você quer dormir comigo?
vou te apresentar ao doce
Peguei você quente, incomodado e encharcado
Seu garoto safado.
Garoto sem vergonha, safado
- O que está esperando para sair? – Jack perguntou no breve intervalo, voltando-se agora para Severus.
Ele achou que deixar o orgulho de lado um pouco não o mataria. Aproximou-se. Colou o corpo ao dela fazendo com que Jack sentisse todo seu “apreço” por ela, e disse:
- Será que eu não gosto de você?
Ela sorriu e cantou baixinho no ouvido dele junto com a musica:
Oh baby for all it's worth
I swear I'll be the first to blow your mind
Now if you're ready, come and get me
I'll give you that hot, sweet, sexy loving
Oh Baby por tudo isso vale a pena
Eu juro que eu serei a primeira a te enlouquecer
Agora se você esta pronto venha e me pegue
Eu te darei meu amor quente, doce e sexy
Ele fechou os olhos bem apertado quando ela esfregou a cintura contra o corpo dele. Ela cantou e tirou o vestido pela cabeça, ficando apenas com a camisa.
Snape levou as mãos até os seios dela, mas apenas ser expurgado.
Jack afastou as mãos do homem e puxou com força a gola da própria camisa, abrindo de uma vez todos os botões de pressão da peça.
Snape olhou abobalhado e excitado. Por baixo da camisa um corpete que fazia par com a calcinha roxa cheia de rendas.
Hush now, don't say a word
I'm gonna give you what you deserve
Now you better give me a little taste
Put your icing on my cake
You nasty boy
Se apresse, não diga nada
Eu vou te dar o que você merece
Agora e melhor você me da uma amostra
"Bote a sua cobertura no meu bolo"
Seu garoto safado
Ele achou que estava perdendo o chão sob seus pés quando ela virou-se de costas e lentamente começou a tirar o laço do corpete. A peça afrouxou. Ela não cantava mais. Apenas fazia movimentos lentos com o quadris junto com a canção. Virou-se para ele e começou a desatar os fechos da peça.
A musica fazia fundo vibrando os sentidos. Ela livrou-se do corpete. Apenas de calcinha ela se aproximou. Tocou-o no peito com as mãos delicadas e quentes. Foi como se as mão dela tangessem uma marca eterna e invisível, pois mesmo depois que ela empurrou-o para beirada da cama e ele caiu sentado afastando-se dos dedos dela, ele ainda sentia a forma quente da pequena mão em seu peito.
Oh no, oh there I go again
I need a spanking, 'cause I've been bad
So let my body do the talkin'
I'll slip you that hot, sweet, sexy loving
Oh no, lá vou eu de novo
Eu preciso ser punida, porque eu fui má
Então deixe meu corpo falar
Vou fazer você deslizar naquele amor quente, doce e sexy.
Os seios redondos e de aureolas rosadas estavam intumescidos. Ela rebolou um pouquinho. Ele tentou toca-la, mas ela afastou-se. Era torturante. Queria senti-la. Mas a cada investida dele, ela se afastava.
Ele viu a mulher encontrando o final da meia fina por baixo da calcinha... Mas ele não queria mais esperar. Puxou-a sem cerimônias, e abaixou ele mesmo a peça.
Finalmente.
Ele arriscou uma olhada para os olhos dela, e viu que ela havia levantado o queixo expondo o pescoço ao sentir as mãos dele. Ele beijou-a na barriga, e ela despertou do torpor, olhando para baixo para encontrar os olhos negros flamejando para ela.
Sorriu e deu um passo para o lado, para livra-se da calcinha que agora estava em seus pés.
Ohh ha!
Come on daddy!
Ohh ohh, ohh ohh oh yeah
Oh yeaah oh, come on, sugar
Ohh ha!
Vamos Papai!
Ohh, ohh, ohh ohh oh yeah
Oh yeah oh, vamos, querido!
Jack empurrou Severus, fazendo com que ele se deitasse na cama. Ele não fez objeção, e subiu um pouco para apoiar a cabeça sobre os travesseiros.
Ela subiu na cama engatinhando sobre ele. Parando por alguns segundos delirantes com o rosto sobre o ponto médio do corpo dele.
Ela provou. Ele enterrou a nuca nos travesseiros ao sentir os lábios dela em seu corpo: gelados, contrastando com a língua quente, simplesmente macios perto dos dentes que ele sentia delicadamente.
I got you breaking into a sweat
Got you hot, bothered and wet
You nasty boy
vou te apresentar ao doce
Peguei você quente, incomodado e encharcado
Garoto safado.
Quando parecia que iria enlouquecer de prazer, ele puxou-a pelo queixo, fazendo com que ela o soltasse. Ele puxou-a para um beijo, tocando-a nos seios, apertando-a, desejando cada milímetro do corpo dela.
Ela sentia os lábios anestesiados sendo chupados. Até que ele levantou-se e tomou um de seus seios entre os lábios. Ela não pode conter os gemidos de prazer. A língua dela percorrendo-a. Ele agora concentrava-se num ponto atrás da orelha dela.
Oh baby for all it's worth
I swear I'll be the first to blow your mind
Now that you're ready, give it to me
Just give me that hot, sweet, sexy loving
Oh Oh Oh
Baby por tudo vale a pena
Eu juro que eu serei a primeira.
a te enlouquecer
Agora se você esta pronto
Ele puxou-a gentilmente. Ela estava sobre ele, e Severus já sentia o calor que emanava do meio das pernas da mulher.
A sensação de alguns poucos pelos do corpo dela roçando contra a pele delicada e sensível de sua ereção, quase o fez perder o controle.
Ele estava deitado e ela montada sobre ele, torturando-o com a demora em deixar-se encaixar por ele.
Até que ela inclinou-se levemente, e ele entendeu que era sua deixa. Segurou-se firme e tateou a ereção no corpo dela com uma das mãos. Procurava o encaixe. Observava o rosto de Jack. Os olhos fechados saboreando as sensações do membro dele sendo esfregado contra a intimidade dela.
Now give me a little spanking
Ohh, ohh, is that all you've got?
Come on now, don't play with me
Agora me de um pouco de punição!!
Ohh, ohh, é só isso que você tem?
Vamos agora, não brinque comigo
Até que ela levantou-se.
Exatamente ali.
Ele havia encontrão o caminho para dentro do corpo dela. Mas ela não deixou-se penetrar rapidamente. Segurou a cintura dele, impedindo-o de golpear o próprio corpo contra o dela. Assim, ela abaixou-se vagarosa.
A mulher deleitava-se a cada centímetro que encaixava-o.
Ele sentiu-se sendo envolvido pelo calor macio e úmido. Envergou as costas sofregamente enterrando os ombros no colchão macio quando finalmente sentiu-se completamente nela. As coxas tenras apertando-o, a pressão do corpo dela apenas sobre sua bacia por estar sentada ereta sobre ele.
Completamente...
Ela dobrou-se para frente, afastando-se do corpo dele, liberando-o para mover-se abaixo dela...
Ele mexeu-se primeiro vagaroso, saboreando finalmente a liberdade de poder entrar e sair de dentro dela.
Jack prendeu o olhar na face masculina. Severus estava com os cabelos espalhados sobre o travesseiro branco. A face, que ela conhecia apenas dura e amargurada, estava mole de desejo. Os lábios finos entreabertos em deleite, os olhos fechados e as sobrancelhas muito levantadas, as mãos agarradas fortemente dos dois lados da bacia da mulher, ajudando-a ritmar os movimentos de ambos.
Oh give me that hot, sweet, nasty
Boy don't you make me wait
Now you better give me a little taste
Put your icing on my cake
You nasty boy
Oh dê-me aquele quente, doce e safado
Garoto, não me faça esperar
Agora e melhor você me da uma amostra
"Bote a sua cobertura no meu bolo"
Garotoo safado...
Intermináveis minutos. A musica havia acabado e voltado a tocar várias vezes, e eles ainda continuavam.
Ele sentia os lençóis molhados de suor de suas costas. O corpo branco de tonalidade cremosa de Jack estava brilhante e escorregadio. E o lugar onde estavam ligados encharcado com líquidos de ambos.
Ele sentiu a sanidade fugindo de controle quando os gemidos roucos de Jackeline se tornaram mais freqüentes e estridentes.
Ele apertou mais forte os dedos na cintura dela, golpeando-a por baixo com voracidade, observando os seios da moça acompanharem o movimento de suas investidas. Sentindo-a aperta-lo cada vez mais forte inserido em sua intimidade, como se quisesse prende-lo lá.
O corpo apertou-o mais, e os gemidos transformaram-se em gritos. Ele travou a mandíbula sentindo que iria acompanha-la no prazer supremo, e ondas de prazer golpearam-no deliciosamente. Ele grunhiu ao sentir que o corpo dela trasbordava os líquidos dele, e escorria do meio das pernas dela para o corpo dele.
Ele soltou os dedos de onde agarrara e levou as mãos as costas lisas e molhadas da moça, puxando-a contra o próprio peito.
Ela suspirou pousando a testa sobre a dele. Os olhos azuis muito vivos, enquanto os olhos negros estavam semi-serrados e sonolentos.
Ele buscou os lábios tenros e beijou profundamente. Separando-se ele observou o rosto lânguido da mulher. Cansada... Os cabelos louros levemente úmidos. Num gesto impensado ele pegou uma mecha de cabelo dourado que estava colado próximo aos olhos de Jack e levou-a para traz da orelha da moça.
Ela desligou-se do corpo dele de esticou as pernas para baixo, ainda sobre o corpo dele. Deixou-se cair um pouco para o lado, mas permaneceu com a cabeça sobre o peito de Severus.
Não havia palavras para serem trocadas. Só havia o cansaço e a satisfação.
Nada importava.
Ela dormiu primeiro e não pode ver os longos dedos masculinos brincando carinhos em suas costas.
Pensava o que seria o dia seguinte... Como acordaria... E como se olhariam... Mas era algo que lhe parecia tão insignificante perto do calor do corpo feminino agarrado ao seu, que momentos depois ele também entregou-se ao mestre dos sonhos para uma noite tranqüila e quieta.
MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM
pina-coladas* - Eh um drink gostoso, bem docinho. Mas eu não sei ao certo se escrevi direito o nome u_u’.
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