Capítulo 5



Capítulo 5 – A Suspeita

Nove e meia da manhã, Floreios e Borrões...

“Porque a demora?! Ela sabe que eu não posso ficar por aqui por muito tempo...”

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Grimauld Place, nº 12; cozinha...

- Oh! Vai sair querida? – perguntou Molly, curiosa, pois a garota estava bem arrumada, com calça jeans no estilo trouxa, uma blusa rosa por baixo de um casaco bege bem “chick” e um cachecol rosa também, em estilo degradê.

- Sim Molly! Vou sair, volto mais tarde, vou resolver aquelas coisas que precisava resolver, já que em uma semana começo efetivamente na Ordem. – a garota bem diferente, aos olhos de Sirius, já que não parecia nem um pouco perturbada ou ranzinza, muito pelo contrário, ela parecia emanar uma áurea de felicidade, na verdade, até ele (o Sirius) emanaria, se pudesse sair, mas isso não vem ao caso – Mas não se preocupe Molly, sei me cuidar e tomarei cuidado mesmo assim. Conheço todos os procedimentos, pode ficar relaxada. Quanto à minha alimentação, também já cuidei disso, almoçarei no Caldeirão Furado, o Remo disse que é razoável, mas muito confiável.
- É verdade, muito confiável, mas muito sujo também. Tudo bem, volte a hora que terminar tudo. Ficaremos esperando. – disse Molly, espantada com as informações da garota, que alias, ela iria querer saber mesmo.
- É...estarei esperando....não sairei daqui enquanto você não chegar ok?! – disse Sirius, sarcástico, e rindo triste da sua situação.
- Claro Sirius, espere até eu voltar, e sair denovo, e denovo. Quem sabe....não saia nunca, espere por mim a vida inteira... – e desatou a rir, claro que baixinho, assim como o Sirius que disse tudo baixinho, para que só a Lia ouvisse.
Todos tomaram café, e estavam muito satisfeitos. Já era 9:50 quando a Lia e o Sr. Weasley resolveram ir, já estava ficando tarde.
- Molly querida, já vamos, alias, estamos atrasados. – e deu um beijo na sra. Weasley.
A Lia e o Sr. Weasley saíram pela porta da frente, e foram em direção à estação de trem mais próxima. Tomaram o trem, e desceram na estação do centro de Londres, onde estava situado o Ministério da magia (onde o Sr. Weasley trabalha) e o Caldeirão Furado.

- Até mais Lia, não vá chegar muito tarde... eu sei que você já está crescidinha, mais tome cuidado sim?!
- Ok Arthur, tomarei. Você também, cuidado com os objetos trouxas loucos ta?! - E os dois desataram a rir.

Lia foi direto para o Caldeirão Furado, já eram 9:58, estava em cima da hora. Passou pela entrada, e deu de cara com um Caldeirão bem vazio “Estranho, esse lugar nunca está vazio...”, mas tirou esse pensamento da cabeça, estava mais preocupada com outras coisas. Passou direto para os fundos, tocou com sua varinha no tijolo certo, onde se abriu uma passagem para um outro mundo, e lá estava ela, de volta ao lugar que mais gostava, o mundo bruxo.
Passou por várias lojas antes de chegar à uma lojinha intitulada “Floreios e Borrões”, havia comprado alguns pergaminhos e um livro lá, sobre feitiços e poções. Entrou na loja bem cautelosa, e olhou em toda sua volta, procurando uma certa pessoa. Não a viu, resolveu olhar por entre as prateleiras que tinha nos fundos, quem sabe lá a achasse, e assim fez. Na 5ª fileira à direita, viu uma pessoa sentada ao chão, era uma pessoa bem grande por assim dizer, estava vestindo uma capa preta por cima das vestes trouxas, parecia bem cansada, os cabelos negros, longos (na altura da orelha) estavam bagunçados. A reconheceu imediatamente e foi lá falar com ela...

- Kaleb, que roupas são essas?! E porque está tão desarrumado? Que aconteceu com você? – Lia estava preocupada, e num pulo, a pessoa retirou de suas vestes sua varinha e empunhou-a...
- Ah! É você! Bom... tive alguns contratempos quando vinha para esse encontro. – e o garoto percebeu a preocupação se agravar no rosto de Lia – Mas nada que possa preocupar você, ou qualquer outro, apenas coisas inesperadas aconteceram...
- Sei, sei... Kaleb, você precisa tomar cuidado, andar por ai nesses tempos, é perigoso.
- Eu sei! Mas você que me chamou! Eu estava bem onde estava! Mas isso não importa, estou aqui não estou?! Conte-me tudo, em detalhes, quero saber como andam as coisas. Você não tem me dito coisas concretas, desde que entrou para a Ordem. Só bilhetes sem conteúdo. Estava ficando preocupado, achando que tinha acontecido alguma coisa.
- Nada disso, estou bem, apenas coisas inesperadas aconteceram, e também, não posso contar muito mais sobre nada por cartas, andam abrindo correspondências, e não posso correr o risco de abrirem alguma carta contendo alguma coisa importante.
- Tudo bem, mas me conte, como andam as coisas, e a Ordem...
- Shiiii.!!!! Fale baixo! Vamos, sente-se denovo, não quero ninguém ouvindo nossas conversas. Agora, desde o começo sim?! Tudo bem... como você sabe, consegui uma entrevista com Dumbledore, já lhe disse sobre ele... – e Lia contou toda a história para o garoto, que achou divertidíssimo ouvir sobre as discussões e indiretas entre Lia e Sirius.
- Vocês dois...muito engraçado!
- Pois eu não acho! Ele é chato e arrogante! E se acha demais! Mais não é disso que eu vim falar com você, além disso que já te contei, precisava de um favor seu...
- E eu de um seu! – risos dos dois – mais o meu é mais rápido de se conseguir. Você sabe que eu não posso ser visto na Travessa do Tranco, então quem vai lá pegar uma encomenda pra mim é você, e sem perguntas, depois eu te explico, mas preciso que você a pegue hoje sem falta, ta na Burgins & Peakes, o cara de lá te mostra o que é. E tenta passar despercebida, e não faz besteira...você vivia fazendo coisas do tipo quando estava fazendo o curso para auror, eu sei, fico sabendo de todos os seus podres, você sabe disso.
- AAAAAAAhhhh!!! Seu moleque chato! Eu serei discreta, você só precisa se preocupar com o que é que você vai fazer com coisas que venham da Burgins & Peakes, se alguém te pega com essas coisas das trevas, você vai ver só! E não espere que eu vá te ajudar, não tenho tempo, nem paciência pras suas criancices.
- Relaxa, eu sei me cuidar, agora vai lá, ta atrasada, era p/ você estar lá há uns 2 minutos! – e a Lia foi andando pelo corredor de lojas que havia no Beco Diagonal, passou por todas as lojas do corredor principal, e entrou na 1ª travessa que viu, era a Travessa do Tranco, uma travessa íngreme, onde tinha os mais variados tipos de lojas que vendiam coisas inimagináveis. Andou um pouco até chegar à uma loja com a vitrine bem encardida, em um letreiro de tábua de madeira comida por cupins, estavam escritas as palavras “Burgins & Peakes”, entrou na loja que estava bem escura, e logo avistou um homenzinho feio e carrancudo que estava atrás do balcão.
- O que procura? – disse o homem, olhando atentamente qualquer movimento da garota.
- Vim buscar uma encomenda. – disse firme Lia.
- Ah é, é? E quem é você?
- Não interessa quem eu seja, apenas me dê a encomenda, e vou embora sem perguntar sobre como ou onde conseguiu o que vim buscar. – o homenzinho arregalou os olhos (se é que isso era possível, ele tinha os olhos esbugalhados feito um sapo) e resmungou alguma coisa inaudível. Mas foi buscar a tal da encomenda. Voltou uns 2 minutos depois, com um embrulho preto entre as mãos esqueléticas.
- Cuidado, isso quebra. E não me volte mais aqui. Se seu amigo ou seja lá o que ele for seu, quiser mais, ele que venha buscar! – disse o homem quase cuspindo essas palavras.
- Não se preocupe, não pretendo voltar aqui, só se quiser saber mais sobre o que anda vendendo para aqueles homens encapuzados de que alguns andam falando – e o homenzinho tornou a arregalar ainda mais os olhos, e a Lia deu um sorrisinho entre os dentes, odiava ser tratada mal, e saiu da loja com o embrulho.

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Hagrid estava em uma das lojas que vendiam e cuidavam de corujas, do Beco Diagonal, estava precisando de uma coruja, já que a sua tinha sido encontrada morta, congelada. Comprou uma coruja das Torres, marrom, muito elegante e grande, e saía da loja, quando lembrou que precisava comprar veneno para por nas plantas das estufas da Madame Sprout. Virou para a esquerda, e andava em direção a Travessa do Tranco, a loja de venenos ficava na próxima travessa, um lugar bem menos “trevoso” *que brisa essa palavra*, quando estava passando em frente a Travessa do tranco, viu saindo da Burgins & Peakes alguém, achou suspeito, já que ninguém em sã consciência iria naquela loja àquela hora da manhã, dava muito na cara. Resolveu esperar na esquina e ver de quem se tratava, esperou por uns 20 segundos, quando viu a Lia com o embrulho preto nas mãos, olhando de um lado ao outro na Travessa, ela parecia bem preocupada que alguém a visse. Ele achou completamente estranho a garota estar saindo daquela loja com aquele embrulho, e nem ao menos parar para cumprimentá-lo, a garota passou voando pelo Beco, e entrou direto na Floreios e Borrões.

- Que é que ela tava fazendo lá?! – Hagrid achou muito estranho a Lia estar saindo de uma loja como a Burgins & Peakes.

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- Até que enfim! Você demorou demais!
- Desculpe-me “my lord”, não queria deixar a Vossa Senhoria esperando! – e fez uma careta para o garoto – Tome... aquele cara da loja é um grosso! Nunca mais ponho meus pés lá! Aliás, suma com isso de perto de mim... e não precisa me dizer do que se trata, só de ver como é o cara que te arranjou isso...já tenho uma noção.
- Se você insiste... mas eu não iria contar mesmo... Que é que você queria?
- Hã.... bom, nada demais... só que não suma, e fique atento às minhas mensagens! E não se meta com o que ou quem não deve!
- Não banque a mamãe pra cima de mim! Eu sei me cuidar!
- Claro que sabe... bom... já vou embora... fiquei aqui tempo demais. Hoje haverá uma reunião da Ordem, depois te conto o que anda rolando por lá.
- Quando nos vemos denovo?
- Não tenho a mínima idéia. Quando for a hora, te mando outra mensagem. Por enquanto, fique por perto. Tchau!
- Tchau! – e o garoto acenou para a Lia, enquanto ela saía da loja e ia em direção à mesma passagem por onde veio. De um ponto um pouco mais atrás, Hagrid via a garota indo em direção à saída do Beco, e percebeu que uma pessoa meio suspeita saía da Floreios & Borrões, carregando o embrulho que a Lia carregava quando saiu da Burgins & Peakes, achou muito suspeito, pois o homem, assim pareceu ao Hagrid que era, estava com uma capa preta, com o capuz em sua cabeça, cobrindo o rosto, e olhava para os lados, como que com medo de que alguém o estivesse observando.
- Isso ta muito suspeito, vou contar para o Dumbledore. É... é isso que vou fazer. Contar para o Dumbledore! – e foi isso que o guarda de Hogwarts foi fazer imediatamente, esquecendo até que tinha que comprar o veneno. A Profª Sprout não ficou muito satisfeita de ouvir pelo próprio Hagrid, quando passava pelos jardins do castelo, que ele havia esquecido de comprar o tal veneno.

- Profº Dumbledore, mas o senhor tem que fazer alguma coisa! Eu vi! Juro que vi!
- Claro que viu Hagrid. Não estou dizendo que não viu. Mas eu tenho plena confiança em Julianne. Não há com o que se preocupar. E agora se me der licença. Tenho muitas coisas a fazer.
- Claro Profº, como queira. – e o Hagrid saiu da sala com um único pensamento: “Isso não ta me cheirando bem. Vou ficar de olho nela, qualquer deslize e eu a pego!”.

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Lia tinha acabado de voltar ao nº 12, em Grimauld Place, quando resolveu escrever uma carta à Dumbledore, ela queria saber quando começaria a ter alguma serventia à Ordem, e também sobre outros assuntos. Começou a escrever a carta, mas depois de escrever somente: “À Alvo Dumbledore.” ela resolveu que não estava inspirada para continuar, e resolveu ir fazer qualquer outra coisa. Desceu para a cozinha e a encontrou vazia, teve uma idéia “Humm... jantar por minha conta! Isso! Vou fazer alguma coisa gostosa para a gente!”, e começou a fazer com os ingredientes que tinha em mãos, algumas comidas diferentes que havia aprendido em sua estada na digníssima Escola de Beaurxbatons. Todos jantaram bem surpresos, já que não sabiam esse dom de cozinhar que a Lia tinha.

- Sim, eu gosto muito de cozinhar, sempre gostei. Hãm... Black, me diz uma coisa... como eu faço para achar o Lupin? – perguntou a Lia.
- Não tenho a mínima idéia. – disse Sirius, dando de ombros.
- Eu posso dar qualquer recado á ele Lia, se você puder me dizer do que se trata. – se ofereceu o Sr. Weasley.
- Claro Arthur. Diga a ele que eu gostaria de me encontrar com ele, para conversarmos. Se fizer isso, fico te devendo uma. – disse Lia.
- Pode deixar que eu cobro. – disse o Sr. Weasley e deu uma piscadela. Ao fim do jantar, Lia decidiu que só depois de ter a conversa com o Lupin, que mandaria a tal carta para o Dumbledore.
No dia seguinte, ao jantar, o Sr. Weasley deu a notícia que a Lia esperava ansiosamente: que o Lupin a iria encontrar, lá mesmo na sede da Ordem, para a conversa. A Lia ficou muito feliz, e esperava o dia amanhecer, para poder conversar com seu primo. Logo de manhã, no dia seguinte, Lupin apareceu na sede, tomou café da manhã, que a Molly insistiu que ele tomasse, já que ele estava “desnutrido”, e logo em seguida, ele e a Lia foram para o quarto dela, para conversarem. Naturalmente, o Sirius ficou muito *muuuuuito meixxxmo* curioso, sobre o quê seria a conversa.
- Não é da sua conta Black. Vá limpar a sala, seja útil. – e o Sirius saiu muito emburrado, e o Lupin olhou para a Lia com cara de desagrado.
- Você não precisava ter tratado ele assim. – disse muito aborrecido com a atitude da prima.
- Se eu der qualquer brexa, ele já se aproveita. Prefiro que fique onde está, e como está. Não quero problemas.
- Nesse caso... bom, vamos nos sentar?
- Claro! Pode se sentar na minha cama, eu sento na cadeira mesmo. – disse a Lia, apontando para sua cama.
- Bom Lupin, eu queria conversar com você sobre...
- Pode me chamar de Remo, Lia. Você é minha prima, não algum desconhecido, sem formalidades.
- Tudo bem, Remo. – e Lia sorriu. – Desculpe-me, mesmo relutando em aceitar todas as frescuras que me ensinavam em Beaurxbatons, acabei me acostumando com formalidades... mas isso não vem ao caso. Te chamei aqui, por que queria conversar com você sobre um assunto que andei pensando. – e parou para analisar a expressão que o primo poderia fazer, mas como não houve algum, então ela continuou. – Um assunto meio delicado, mas que eu adoraria fazer. Na verdade, sei que você não vai me apoiar, mas como você é um dos parentes mais próximos que tenho aqui...
- “Um dos mais próximos”?!, como assim? Tem mais algum parente nosso por aqui que eu não saiba?! – perguntou Lupin, arqueando uma sobrancelha, inquisidoramente.
Antes de responder, a Lia engasgou, mas conseguiu disfarçar, ela estava perplexa com o que havia dito. Levou uns 3 segundos para pensar em alguma desculpa esfarrapada.
- O que quis dizer Remo, é que você é um dos únicos parentes que tenho, e que sua opinião, mesmo que eu não a ouça, é importante. Nunca tive alguém de minha família por perto, e agora que tenho, quero aproveitar essa chance, e tentar uma aproximação, quero que fiquemos amigos. – disse Lia, enfatizando a parte que tocaria o Lupin, tirando as caraminholas da cabeça dele.
- Hã... – o Lupin tinha ficado bastante sensibilizado com o desabafo da prima – Desculpe Lia, eu não sabia, não tinha idéia. Mas claro que te ouvirei, e mesmo se sua idéia for um pouco, humm, extravagante, tentarei entendê-la e apoiá-la.
- Obrigado Remo. – disse Lia, abrindo um sorriso, ela já esperava esse tipo de comportamento, bolou a desculpa para fazer isso com o Lupin: deixá-lo sensibilizado, mas quem tinha ficado sensibilizada era ela, nunca tinha alguém que se sensibilizasse com ela, agora não sabia como agir. Tomou as rédeas de suas emoções, e tornou a falar o que precisava.
- Fico muito grata, Remo. – mas ela não se agüentou, levantou a foi em direção ao Lupin, e quando chegou perto dele, lhe deu um abraço, como a um irmão. O Lupin aceitou o abraço, sorrindo logo em seguida.
- Sem mais discussões?! – perguntou ele, entre um sorriso maroto.
- Vou tentar, prometo. – e lhe retribuiu o sorriso. – Bom, Remo, não quero mais fazer você perder seu tempo, vou direto ao assunto. O caso é o seguinte.....

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“Que é que aquela louca tanto fala com o Aluado?!”

N/A: Booommmm.!!! Desculpa a demora desse cap. É que eu tive taaaaanta coisa p/ fazer, que acabei deixando ele de lado. Teve a minha festinha de niver, um vestibulinho que eu prestei, muuuitas provas... enfimm.!! Um monti di koisinhás.!
Mais ta ai...a coisinha fofa da mamãe.! O Cap. XI....! eu gostei dele...e vocês?!
Bom...peloamordoamormedeixemummíserorecadinho, querecadinhoésemprebom....!!!
Faz bem ao meu ego.! E também faz eu escrever mais caps, e mais rápiduu.!!

AuHAuahuhu

Kissess,
Li.!

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