Capítulo 3
Capítulo 3 – Tortura
Estava escuro, somente a pouca luz do luar que entrava pelas janelinhas de vidro tosco, iluminava o aposento. Pequenos rangidos saíam debaixo de seus pés, sobre a escada, estava prestando tanta atenção lá em cima que pisou em falso, quase caiu, se segurou no corrimão, não adiantou muito, estava tão comido pelos cupins, que estava só seguro por um fio de ferro preso à escada, conseguiu se endireitar - “Ufa!...essa foi por pouco” – Retomou a subida. A escada ia subindo de forma quadrada – “odeio essa escada...cansa mais” – Chegou ao topo da escada, à sua frente havia um corredor comprido, devia haver umas 5 portas – “Não me lembrava de tantas...Em qual será.?!” – Estava ofegante e com medo, não sabia o que esperar. Queria sair dali, as paredes negras parecia que iam engoli-la...
Um grito rouco... um gemido... silêncio...
Seu pavor aumentou. Será que tinha chegado tarde demais? – “Droga!...fingir ser trouxa é um saco” – Saiu correndo, à essa altura não se importava com o barulho que poderia estar fazendo, passou pela 1ª, 2ª, 3ª porta, mas a 4ª estava meio aberta. Seu coração que pular para fora da boca, empunhou a varinha e tomando coragem, abriu de uma vez a porta, nem a luz do luar entrava pela janela coberta por cortinas...
Acordou num pulo assustado, seu coração estava batendo como louco, como naquele dia do sonho, as pernas estavam tremendo, os olhos vidrados no teto. Não sentia mais tristeza como antes, agora sentia raiva, toda vez que alguma coisa boa acontecia aquela noite voltava para lhe perturbar – “Droga! Odeio esse sonho!”
Levantou e deu um jeito nos cabelos castanhos, desceu para tomar café de pijama mesmo, não estava afim de se trocar e nem de descer, pretendia voltar a dormir, mas seria chato logo no seu 1º dia não descer, e pelo menos não desejar um bom dia. No corredor, quase se pregou à parede oposta com medo de tropeçar novamente e cair em cima do quadro - “Melhor prevenir...e também ainda to com o joelho roxo do tombo”. Desceu as escadas indo em direção à cozinha, ouviu um barulho vindo do topo da casa, olhou para trás, tudo que via eram as cabeças engraçadas dos elfos – “Credo que casa estranha”. O Sirius apareceu no topo da escada, e se espantou com Lia parada ali olhando com cara de boba para o nada e pensando sozinha.
- Se vai ficar sonhando, que seja na cama e com os olhos fechados. – disse Sirius divertindo-se com a cena.
- Se vai cuidar da vida de alguém, que seja da sua. – disse Lia séria.
- Nossa! A noite foi ruim é?
- Não, só não estou pra brincadeiras, mas não é da sua conta. Desci porque ouvi um barulho...
- Desculpe, fui eu, te acordei?
- Não, já estava acordada, só achei estranho – “na verdade, o estranho é você...a casa combina com o dono” – Em todo caso, bom dia Black.
- Bom dia Srta. Nichols. Vamos tomar café? Molly já deve estar desesperada, pensando que você odiou a comida dela, psicótica, sabe?!
- Vamos. Ah, quê isso, comida maravilhosa.
- Oh! Já acordou querida? Bom dia. Vamos, sente-se, sente-se... o que vai querer? Ovos com bacon? Torradas? Iogurte? Mingau? – perguntou Molly, já correndo para o caldeirão.
- Nossa! – disse Lia, e ela e Sirius sorriram – Bom, Molly, vou querer só umas torradas mesmo. – e sorriu para Molly.
- Só? Tem certeza? Ah, querida... você não gostou da minha comida né?! – Molly fazia uma careta que ficava entre chateada e envergonhada. Lia imediatamente olhou para Sirius meio que pedindo uma ajuda, e ele somente mexeu os lábios, dizendo mudamente “psicótica” e a Lia quis rir, mais não podia, a Molly tava tendo uma crise “Realmente, ficar aqui trancada, não está fazendo bem aos nervos dela.”.
- Molly, tire essas caraminholas da cabeça, a Lia fez uma viagem longa e não passou bem a noite, ao que parece. Ela adorou sua comida, só não esta muito bem, é só. Acalme-se. – disse Sirius, que também segurava um riso.
- Não passou bem a noite? Oh! Por que querida? A cama não estava boa? Estava muito quente? Ou muito frio? Por Merlim, eu deveria ter verificado tudo... – perecia realmente que Molly não queria ficar com os nervos calmos.
- Acalme-se Molly! – Lia já não achava mais tão engraçado – Não é nada disso. Sim Sirius, a viagem foi longa mesmo e eu passei otimamente a noite, o que aconteceu foi que eu lembrei de algumas coisas que tenho que fazer... e não estou muito afim. Fora isso, está tudo nos eixos.
- Coisas, é?! E vai precisar sair pra fazê-las? Por que se for, eu também tenho “coisas” a fazer, tipo dar uma lição no idiota do Snape, por ele ser tão feio, e para resolvê-las, tenho que sair... – Sirius realmente achava que isso iria funcionar.
- Quanto à isso querida, não se preocupe, Dumbledore resolveu te dar umas 2, ou até 3 quem sabe, de folga, para você se ajustar. Poderá resolver tudo o que tiver que resolver nesse tempo, não há pressa. Quanto à você Sirius, sabe o que Dumbledore pensa disso. Nada de saídas. Já se arriscou bastante indo até à estação levar o Harry, alguém poderia ter te reconhecido...
- Não poderia não, eu agi igualzinho à qualquer outro cão. – disse Sirius, ofendido com o comentário. – E não vejo mal algum com sair de vez em quando.
- Pois Dumbledore vê e eu também. Contente-se em ficar aqui. Quando for realmente necessário, você sairá. Agora, chega de discussões. Vamos terminar esse café, tenho muitas coisas a fazer. – disse Molly, olhando para Sirius, num tom de “se abrir a boca, não respondo por mim”, que Sirius achou melhor ficar calado.
Eles terminaram o café, e logo em seguida Molly já colocou o Sirius para fazer algumas coisas na casa, e foi também para seus afazeres. Claro, a Lia se disponibilizou a ajudar, o que na opinião do Sirius era uma ótima coisa, já que “arrumar a casa é coisa de mulher” e assim ele poderia ir fazer qualquer outra coisa, o que imediatamente foi recusado por Molly, que disse que já que ele pensava assim, iria fazer o dobro de coisas... e que a Lia poderia ir dormir, não precisava fazer nada, “você já tem coisas a fazer querida, não se preocupe, da casa cuidamos eu e o Sirius”. Lia nem pestanejou, queria tanto voltar a dormir, que concordou e foi direto para seu quarto no 2º andar...
“Puts, que sono...”
Lia foi cambaleando em direção a cama, mas ao invés de deitar e dormir, foi em direção ao seu malão, pegou um pergaminho, uma pena e um tinteiro e os levou à escrivaninha que havia no quarto. Se sentou, pensou um pouco, e começou à escrever um bilhete.
~Já estou aqui, mas terei umas 2 ou 3 semanas de folga, então nesse meio tempo eu vou te ver...mando outro bilhete marcando quando e onde.
Lia~
E mandou o bilhete pela sua coruja pequenininha marrom. Logo em seguida, adormeceu.
N/A: bom...esse cap....nada a declarar...ele ta der...mais tuuudo bein.! XD
O título do cap...bom..nada a declarar tbm...o título é referente à tortura do sonho...ela “odeia o sonho”...enfim...
No próximo........só nele é ki vcs vão saber o q akontecerá.! XD HUAHuhAu
PS: o "~...~" eu usei p/ diferenciar a carta..já ki eu ñ sei como kolokar em itálico...e nngm me dá um help...okay.?!
Beijosss.!!!! Da Lí
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