A viagem inesperada
A viagem inesperada...
Dill estava tão concentrada ouvindo a música dos Strokes e pensado na sua letra e na sua própria banda, Overdose, que nem percebeu quando a diretora Stefani se aproximou dela e lhe arrancou os fones do ouvido.
- Senhorita Dillyan! Tire isso do ouvido, agora!
- Aaaah!- ela grita e se espanta - Eu tiraria se você não tivesse tirado antes, né!? Caraca, você quer me matar de susto, tia!? - ela coloca a mão no peito para tentar segurar o coração
- O que você estava fazendo? Devia estar prestando atenção na aula Dillyan, e não ouvir músicas.
- A senhora me conhece, diretora! Eu estava só descansando... - ela faz cara de inocente
- Não quero saber e não tenho tempo para discutir com você, garota. Vamos, pegue suas coisas e venha até minha sala Querem falar com você, agora! - a diretora vira as costas e sai caminhando.
Dill a olha assustada.”'Querem conversar com você!’ Conversar, com quem? Não é ela que quer me matar por causa da namorada estressadinha dela? Hum, isso não ta me cheirando bem...” Ela pega as coisas e vai saindo da sala com os olhares de todos os alunos e até do professor em cima dela.
Ela se vira e percebe isso...
- O que foi? Nunca viram uma ruiva de farmácia não? - ela exclama e todos caem na gargalhada e a deixam sair em paz.
A diretora a esperava do lado de fora e quando a viu sair nada falou, se virou e seguiu a caminhada. Enquanto o silêncio permanecia e Dill tentava adivinhar quantos dias ficaria suspensa, a diretora fez uma coisa que não costumava fazer quando a chamava: parou em frente do 2° ano B e entrou na sala. Seguida à sua entrada, Dill ouviu do lado de fora da sala apenas gritos, vaias, risos e mais gritos. Depois de 15 minutos a diretora volta com mais dois alunos: Dênis e Penélope.
Dênis, como sempre, parecia frio e sério, mas dessa vez Dill podia ver que o seu rosto, que era normalmente branco, estava agora um pouco avermelhado. Já a garota, Penélope, estava calma, mas parecia ansiar por alguma coisa. A ruiva conhecia Dênis porque os dois já haviam ficado, até tinham chegado a namorar, mas não durou nem um mês: Dill não confiava no namorado, ela nunca conseguia saber se ele estava mesmo falando a verdade. Resolveram ser só amigos, mas haviam se distanciado. A outra garota era uma cdf, queridinha dos professores, chamada Penélope. Dill sabia que ela não era brasileira, e só. “Então, por que ela está aqui, se não arranjou encrenca?”
Os três se olharam rapidamente e nada falaram, afinal a situação em que se encontravam não era uma das mais divertidas. Sem nada para falar, a diretora virou e seguiu o habitual caminho para o gabinete da diretoria.
- Vocês três fiquem aqui, vou ver se a pessoa ainda está aqui. - ela fecha a porta que dá para uma sala e deixa os três sozinhos e sentados nas pequenas cadeiras
- O que raios vocês fizeram? - Dill pergunta
- Eu não sei! Essa louca entrou lá na sala e disse que precisava falar com a conosco e nos... - começa Dênis
- Não, precisam... - Penélope corta Dênis. Os outros olham para ela.
- O quê?
- Isso que você ouviu, Dênis, ela falou: ”Precisam”, e não “Preciso”...
- E qual é a diferença disso agora, oras! Eu não fiz nada e ela me arrastou para cá e me fez pagar mó mico na frente de todos! Eu mato aquela velha! Aliás, processo! Não vai sobrar nada para ela dar para aquela chata da namorada dela, vai ver só! Loucas! - ele termina bufando e com os olhos cheios de raiva. Dill ri do comentário, mas Penélope continua com a mesma expressão “ eu-sei-mais-de-tudo-que-vocês”.
- Aah, qual é! Se você acha que não fez nada de errado, não se preocupa, é só falar, oras! Ela não é louca de acusar o filho do Doutor Cavalcanti! -ela fala as duas últimas palavras com a voz grossa, e deixa Dênis mais nervoso ainda.
- Ora! Não comece a me gozar agora, né Dill? Não vê que isso tá estranho? Não é hora para as suas palhaçadas...
- Ai, desculpa, senhor Dênis! Só to tentando te descontrair! È preciso ter muito bom humor nessas horas, sabe? Você só vai sair dali com alguns dias de detenção e vai precisar estar de bom humor para agüentar seus pais te estressando... - ela fala olhando para o lado, e Dênis se estressa ainda mais com o comentário da ruiva e começa a tomar impulso para poder rebater ela, mas é atrapalhado por Penélope. De novo.
- Não acho que ela nos chamou para dar detenções, Dillyan. Até porque EU sei que não fiz nada de errado e nunca receberia uma detenção, então deve ser outra coisa... - ela fala enrolando os cabelos com as pontas dos dedos de um modo sonhador e misterioso. Dill a olha e não consegue acreditar na segurança da garota, e Dênis explode com aquela verdadeira amostra de garota-sabe-tudo.
- Ah,é? Então para quê ela nos trouxe aqui, espertona? Se você é tão esperta quanto diz que é, então responde, vai! - ele desafia. Penélope o olha, analisando-o, mas nada fala, ao invés disso, ela aponta para trás do garoto, onde a diretora aparecia na vidraça da porta e começava a abrir a porta.
- Podem entrar agora, garotos, andem! - ela os chama. Se levantando e morrendo de medo com o que se deparariam no local, eles levantaram um a um e entraram. Mas até que não viram uma coisa tão anormal.
Parada, em frente à janela que dava para o pátio da escola, estava uma mulher morena, de cabelos longos e lisos, com uma franginha perfeita e de olhos muito azuis. Ela não era muito nova, mas apesar disso não parecia incomodada pela idade, e ao ver eles entrando, deu um enorme sorriso, que fez com que seu rosto assumisse uma forma de coração. Eles se sentaram de frente para ela e para a diretora e esperaram alguma delas falar.
- Então, garotos, trouxe vocês aqui porque a senhora Tonks disse que queria conhecê-los e lhes dar uma notícia que acho que vocês gostarão tanto quanto eu. - a diretora fala - Pode começar, Tonks.
A moça dá mais um longo sorriso e se move para ficar mais perto deles.
- Olá,garotos, como estão? Vejo que bem! Bom, não estou aqui para lhes dar detenções ou broncas, não! Estou aqui por uma coisa muuito melhor! Acho que vocês todos vão gostar da notícia, e vão adorar me seguir...
- Seguir? Mas como assim? Que papo é esse, tia? - Dill já estava impaciente, queria logo saber por que estava ali e por que a diretora e essa mulher estavam fazendo tanto mistério.
- Senhorita Dillyan! Será que não pode ficar calada ao menos 5 minutos? - a diretora reclama com Dill, mas ela não estava nem aí e continuou a encarar a mulher com a pergunta que fez no rosto. A mulher chamada Tonks a encarou de volta e recomeçou a falar.
- Não, diretora, ela está certa! Estou enrolando demais, não acham? Bem, vamos ao que interessa... eu estou aqui para dizer meus parabéns, pois vocês foram sorteados!
- Sorteados? Para quê exatamente?
- Para uma promoção, oras! A nossa promoção, para ser mais exata, onde vocês vão poder ir para Londres e estudar lá em uma das melhores escolas da velha geração estudantil, e tudo de graça!
Todos a olharam desconcertados. Dill não sabia o que pensar, Dênis, ainda sobre o impacto da notícia, se mantinha calado e olhando a mulher, mas Penélope parecia até bem feliz. A primeira a se recuperar do choque foi Dill.
- Ããããn? Como assim? Não entendi nada! Quer dizer que nós fomos sorteados? Para ir para Londres com tudo pago? Fala sério! Conta outra, tia... - ela termina a frase em tom sarcástico.
- Não! É sério, Dillyan, vocês foram sorteados sim!
- Mas eu não me lembro de ter me inscrito em nenhuma promoção desse tipo! - Dill exclama. Parece que esse grito faz com que Dênis se recupere e comece a entrar na estranha discussão.
- Isso mesmo! Eu também não me inscrevi para nada, além disso, não preciso que me dêem esses pacotes fajutos de promoção! Se eu quiser posso viajar para qualquer lugar, com tudo pago pelo meu pai, obrigado. - ele rebate a proposta da mulher de um jeito grosseiro.
- Bem, vocês não se lembram de ter se inscrito nessa promoção porque ela é automáquina! - ela exclama como se isso resolvesse a questão. Dill e Dênis ficam altamente atordoados com a explicação e não a respondem de imediato, ficam parados olhando a mulher. Antes que eles pudessem reclamar da falta de atenção da mulher ao usar aquela palavra estranha, Penélope levanta a mão e fala.
- Senhora Tonks, acho que a palavra certa é automática!
- Aaah,, é isso mesmo! Automática! Isso mesmo! E vocês acabaram sendo escolhidos, e poderão ir comigo para Londres e estudar lá! Bem, agora que já deixamos claro esse ponto, vamos ao outro: a aprovação de seus pais.
- O quê!? Peraí! Eu não achei nada claro a primeira parte dessa coisa toda!
- Senhor Dênis! Por favor, deixe a senhora Tonks terminar, sim?
- Mas...
- Por favor! - o garoto desiste de interromper Tonks.
- Então, continuando. Vocês voltarão para casa imediatamente e avisarão para os seus pais a situação. Quero que entreguem à eles esse pergami... ops, essa carta para eles lerem. Aqui está explicando tudo que vocês devem saber, e também o que vocês não sabem ainda, e também aqui está as suas autorizações. Então, quero que vocês levem isso para casa, analisem a nossa proposta com seus pais e me encontrem a daqui a 1 dia no aeropátio de Guarulhos para embarcamos para Londres, okay?
- Ah, senhora Tonks, acho que é aeroporto!
- Aah! È isso mesmo! Que cabeça a minha, nossa! – ela começa a rir - Agora vocês podem ir, sim? Dispensados!
Os garotos se assustaram ao ouvi-la dizer que estavam dispensados.
- Peraí, tia! Não é assim! Nós precisamos conversar!
- Não, querida Dillyan, agora só conversaremos depois de amanhã, durante a viagem, sim? Nos vemos lá, espero, se cuide até lá.
Dill não sabia o que fazer: se segurar na porta, para impedir de ser tirada de lá até ter respostas exatas ou se dava um soco na diretora que tentava tirá-la da sua sala a força.
- Me larga, diretora! Eu preciso falar com ela!
- Não! Peço que se retire agora, está me ouvindo, Dillyan? Vá para a sua casa, fale com sua mãe e vá para Londres e me deixe em paz!
- Eu? Te deixar em paz? Tá louca? Nunca nem mexi com você!
- Como não? E todos esses anos em que você tem me dado problemas? Você não se lembra, não é? Afinal, para você isso é diversão! Pois saiba que quero que você vá e não volte mais! – a diretora, com um golpe final, tira Dill da porta e consegue fechá-la com um baque surdo.
Dill se vira e encara os outros dois que haviam saído da sala estáticos.
- Nossa, vocês acreditam no estresse dessa mulher? Eu, dar trabalho, imagina!
- Bem, Dillyan, você é considerada o terror dessa escola desde que eu estudo por aqui, sabe?
- E desde quando você tá aqui?- ela pergunta com as mãos na cintura fina
- Desde que você estuda aqui também... -a loira fala sem graça. Dênis começa a rir - ...então acho que a diretora Stéfani bem que tá feliz de ver você meio que, pelas costas, se é que você me entende. - ela fala mais sem graça ainda.
- Aah, quer saber? Eu não estou mais nem aí para ela! Ela que fique aqui com essa escola idiota e aquela namorada ridícula dela! Aff! - ela fala começando a andar - E para de rir de mim, anjinho! - ela fala para Dênis, que para na hora de rir. Ele não deixava ninguém chamá-lo de anjinho a não ser sua mãe, mas infelizmente Dill havia descoberto o apelido e começado a usá-lo.
- Pare você, oras! – ele dá um empurrão em Dill, que quase cai de cara no chão. E assim eles começam a brincar no meio dos corredores desertos e chegam ao portão de saída e entrada da escola. Lá eles se sentam nas escadas e começam a olhar para a rua.
- O que você acha que é isso?
- Não sei...será que isso é verdade?
- Não sei...
Eles olham para Penélope e percebem que ela não estava fazendo as mesmas perguntas que eles. A loira, ao contrário dos outros dois, olhava para o envelope pardo e quase chorava de alegria. Ao perceber que eles a olhavam, ela tratou de se recompor e voltar ao seu estilo normal.
- Bem, eu acho que não deve ser nada de mal, e que nós três devemos aceitar a proposta.
- Aaah, não me diga! E por quê disso? - Dênis pergunta, como sempre, de modo sarcástico.
- Porque acho que vai ser uma experiência e tanto!
- Você sabe de alguma coisa, não é?
- O quê?
- Sabe sim! Vai logo falando aí, cdf!
- Eu não sei de nada, quer dizer, só sei do meu caso, o de vocês, vocês devem resolver, então, até!
- Ei, volta aqui!
- Eu ligo para vocês! Bye!
A loira desaparece virando a esquina rapidamente. Dill não consegue crer na própria sorte: essa cdf estava sabendo mais do que ela e ela não conseguiu arrancar nada.
- Idiota!
- Calma, Dill...Seja o que for que ela saiba, nós daqui a pouco vamos saber, vai ver!
- Grr, mas isso me irrita, sacas? Eu sempre conto tudo que sei, mas sempre sinto que me escondem alguma coisa! Isso é horrível!
- Podes crer!
- Você ouviu as coisas que aquela mulher falou? “está explicando tudo que vocês devem saber, e também o que vocês não sabem ainda”... aff! Quantos enigmas! Aiaiaia!
- Aham... - ele fala distraído.
- E por quê ela errava toda hora as palavras?
- Oras, isso ta na cara, não é? Ela é estrangeira, e não sabia falar português direito!
- Naam, ela falava estranho, eu sei que sim! Era como se ela não conhecesse essas expressões... - ela fala desconfiada e franzindo a testa
- Você tá meio paranóica, sabia?
- Aff, você que é um mongol e não sabe ver nada que tá na tua frente!
- Tá, sua ruiva estressada, não vamos começar a brigar, okay? Seja o que for que isso seja, nossos pais vão descobrir e nos contar! Vou já já para casa, e tenho certeza que meu pai vai acabar rapidinho com esse mal entendido.
- É, nessas horas é bom ter um pai... - ela fala desgostosa
- O que?
- É, minha mãe já deve ter chegado, anjinho! Eu vou indo, ok? Tchau! - ela se despede dele correndo e dando um beijo na bochecha dele
-Tchau, Dill - ele se força a dar tchau para ela, com raiva do “anjinho”.
Enquanto descia a calçada da escola, Dill ia pensando naquilo que havia acontecido com ela. ”Muito estranho..” Ela pega o envelope pardo que Tonks havia entregado para eles e o alisa. Nessa hora ela sente um arrepio.
“Melhor chegar logo em casa!”. Ela aperta o passo e coloca os fones do seu iPode no ouvido, e continua ouvindo a música que a diretora interrompeu...
” Now, every time that
I look at myself
‘i thought i told you
This world it’s not for you’”
Ela não percebeu agora, mas estas frases tinham tudo a ver com o que ela estava passando agora e com o que iria passar nos próximos dias.
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Eu sei que tem gente lendo essa fic! então pq não comentam? ¬¬
De qualquer forma... Obrigada a todos que dispuzeram um pouco do seu precioso tempo lendo a nossa fic!!
Mas não se acanhem...
Podem comentar que a gente não vai se importar... ^^
Lóide Eunice Sacramento: Você adorou a fic? nossa q bom!! Você não tem idéia de como é bom ler isso!! Eu tbm não sou muito acostumada a ler fic sem os presonagens criados pela J.K., mas tem umas que realmente são boas... E espero q esta seja uma delas.. Hehe!! Ah... eu vou continuar a ler sua fic, sim!!! Bjão!
Gê Black: Vlw por deixar seu brilho por aki!! Bjão!! e continue a acompanhar a fic!! Bjão!!
Ah... e mais uma coisinha... o capítulo ainda não está betado, então desconsiderem alguns errinhos q possa ter no decorrer do capítulo. Mas não se preocupem q eu beto amanhã.
Kissus!!
Sayonara!!
Comentários (1)
Amei a fic, e estou gostando muito dos personagens.
2012-08-31