Novas pistas



Hermione ficou internada por 20 dias, apenas no 17º que já estava consciente o suficiente para se lamentar de não ter nada para fazer naquele hospital, e (em tom irônico) que adoraria continuar na vida tranquila que levara com os garotos na última semana.

Harry finalmente aceitara ficar na sede da Ordem. Decisão que foi muito bem recebida por todos. Os Weasley até se mudaram temporariamente para lá, para não deixá-lo sozinho. Lupim também morava lá, afim de ficar perto sepre que precisassem, mas era uma residência temporária também, já que nos dias de lua cheia ele sempre se retirava e vagava por outros lugares.

Gina foi embora na primeira segunda-feira depois do acidente com Hermione. Voltaria a Hogwarts como dissera. Os dois estavam meio afastados desde que se encontraram, já no dia que sucedeu a ida ao hospital, ela o encostara na parede e exigira saber o que realmente acontecera com Hermione, onde estava o objeto almadiçoado e como o haviam encontrado. Como Harry se negara a fornecer qualquer informação, ela se irritou, e os dois mal se falaram durante o final de semana.
Ele não podia contar, não porque não confiasse em Gina, mas porque não era seguro contar. Não havia necessidade de mais ninguém saber, pois encontraram a cura para Mione sem precisarem examinar o objeto. Imagine... Uma horcruxe de Voldemort andando por aí a solta, nas mãos de qualquer curandeiro e qualquer pessoa? Dumbledore pedira que niguém ficasse sabendo sobre as horcruxes, além dele, Mione, e Ronald. Tinha que cumprir sua palavra, e Gina tinha que compreender.
Mas ela não compreendeu, e voltou para a escola sem ceder as tentativas de Harry de se aproximarem e fazerem as pazes.

Harry e Rony, no tempo em que ficaram esperando Hermione sair do hospital, sempre se reuniam afim de decidir para onde iriam, o que fariam, qual seria o próximo passo, e etc. Visitavam Hermione todos os dias, e em quase todos eles se encontrava com Chô, apesar de apenas se cumprimentarem de longe.

- Deixa a Gina saber que vocês estão se vendo quase todos os dias - brincou Rony quando passaram pela garota e eles trocaram um "oi", um dia antes de mione sair do hospital. Ele andava bem mais humorado desde que ela acordara.
- Não seja idiota - rosnou Harry. - Você sabe que eu e a Chô não temos nada. E também sabe - acrescentou com um olhar de censura. - o que eu sinto por sua irmã.
- Vocês estão brigados? - perguntou Rony.
- Acho que não - respondeu HArry. - Acho que é apenas passageiro. Mas lamentei muito que Gina fosse até Hogwarts sem falar comigo direito. Agora só Merlim sabe quando voltarei a vê-la.

Rony lançou-lhe um olhar significativo, que indicava não querer estar na pele do amigo.

- Até que enfim! Visitas! - exclamou Hermione sorrindo ao vê-los entrar.
- Olá, Hermione.
- Como é que você está?
- Entediada - suspirou Hermione. - Juro que não tenho nada para fazer aqui, não sei porque esperar até amanhã.
- Bom, são ordens dos curandeiros.
Hermione deu de ombros.
- Fazer o quê, não é? Escutem... vocês já deciram o que vamos fazer quando sair daqui?
Significativamente, Mione e Rony olharam para Harry.
- Ainda não sei...

Hermione se aprumou na cama.
- Olhem... eu estava pensando... Já que é a única coisa que eu posso fazer aqui, acho que como já havíamos combinado, precisamos seguir os passos de Voldemort. Você tem idéia de qual objeto pode ser as horcruxes, não tem?
- Sim... acho que precisamos ir atrás de um objeto de Corvinal, e da Lufa-Lufa primeiro. Eu imagino que da Lufa-Lufa seja uma taça, conforme vi nas lembranças de Dumbledore, agora de Corvinal, não faço a mínima idéia.
- Bom... - disse Hermione. - Eu pedi um livro para uma das assistentes... e andei pesquisando.
Rony e Harry se entreolharam, com sorrisinhos discretos; era bem típico de Hermione, ler até quando acabara de passar por um choque que poderia ter causado a sua morte.
- Imagino então que você já tenha alguma idéia?
Hermione suspirou.
- Quem dera tivesse - murmurou. - Achei uma seleção enorme de objetos que poderiam servir como uma Horcruxe. Fiz uma lista...
Hermione passou aos garotos uma enorme seleção de objetos que pertenceram a Corvinal.
- Um anel... acho que não é, Voldemort iria querer uma seleção bem diferente para a sua coleção de Horcruxe. Essa aqui também não é... é uma corrente com o símbolo de Corvinal em safiras, mas voldemort já tem uma horcruxe com o símbolo de um dos fundadores, que é o medalhão. E essa... o que é? Uma espada? Não sei, até que pode ser... Vejamos... Uma... o que é isso?
- Uma tiara. - respondeu Hermione. - Uma tiara criada pelas próprias mãos de Corvinal. Foi passando por seus filhos, netos, bisnetos... Há mais ou menos uns 20 anos foi roubada, ninguém sabe por quem ou oquê. Está desaparecida até hoje, pelo que me parece.
- E como foi isso? - perguntou Harry interessado.
- Bem, de acordo com o que li, o verdadeiro decentende de Corvinal era um homem, como em todas as outras gerações, ele passava a tiara para a esposa, que passava ao seu filho quando este se casasse. O último decendente, agora não me lembro o nome, passou a tiara para a sua esposa, que a usava com bastante frequência (eles eram muito ricos). E por incrível que pareça, esse casal não teve filhos homens. Então, obrigatoriamente foi passado as mãos de sua filha mais velha, apesar de contradizer toda a geração, pois o símbolo de Corvinal teria que permanecer com um decendente que usaria sempre o seu nome, mas no caso de uma mulher, esse nome não seria mais usado quando ela se casasse. Foi nessa época que tudo aconteceu. Essa filha nunca chegou a usufruir dessa tiara, pois foi roubada uma noite antes da entrega desse "presente". A família inteira morreu, apenas ela, por incrível que parece, continuou viva, mas foi atingida por um feitiço irreverssível. Hoje, deve estar morta, com certeza.
- Porque... com certeza ?
- Bom... Ela já tinha seus 40 e poucos anos, já se passaram 20 anos. Ainda foi atingida por 1 feitiço, com a idade que deve estar agora, não deve ter aguentado...

- Estranho... - murmurou Harry. - Mas é uma história interessante. Quero dizer, é claro que tem possibilidades de não ter nada a ver, mais se a peça foi roubada dessa forma... Temos que analizar certinho. Procurarmos o nome dessa herdeira e tentar tirar informações.
- Mas como se...?
- Talvez a legilimência pode bastar. Vocês sabem... sou péssimo em afastar meus sentimentos para ser um bom oclumente, mas na legilimência eu me tornei bom. Temos que descobrir quem é, se está viva, e onde está.
- Eu posso fazer isso - disser Hermione. Em seguida ela suspirou. - Se eu pudesse sair daqui faria o mais breve possível.
Harry colocou a mão no ombro da amiga.
- Não se preocupe. Você vai sair daqui em breve, esperaremos. É urgente descobrirmos e destruirmos as horcruxes, mas nada que não possa esperar um dia.
Bateram na porta.
- Com licença?
A cabeça de Lupim apareceu na porta.
- Oi! - exclamou Hermione.
- Posso entrar?
- Pode, claro!
Lumpim entrou, e cumprimentou os garotos.
- Com tem passado, Hermione? Melhor?
- Sim... mas queria já poder ir embora.
- Mas amanhã você vai, não vai?
- Sim, mas... amanhã está longe...
Lupim riu.
- Passa rapidinho. Escutem, Harry, ROny, hoje tem uma reunião da Ordem. Gostaria que estivessem presentes. Tudo bem?
Harry e Rony se entreolharam, surpresos pelo convite.
- Ah... claro!
- Ah, não! - lamentou Hermione. - Uma reunião da ordem e eu não poderei ir?
Lupim lhe deu um sorriso solidário.
- Bom, podemos tentar conjurar a sua cama até a reunião, o que você acha?
Eles riram.
- Valeu a tentativa, professor. Me animou um pouquinho. Afinal, amanhã quando vierem me buscar, vocês me contam tudo.
- Hum... - murmurou Harry, com uma expressão séria. - Lamento, Hermione, mas eu não vou poder vir te buscar.
A garota o olhou, deseperada.
- Não?
- Sinto muito.
- É, Hermione - concordou ROny. - Lamentamos muito, mas nem eu vou poder.
Lupim tomou partido.
- Você não liga de ir andando, liga, Hermione?
A garota ficou horrorizada, até que, rindo, disseram ser uma brincadeira.

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Um pouco antes do jantar, Harry, Rony e todo o pessoal da ordem que estava naquela casa, desceram para a reunião. Harry providenciou que se sentasse perto de Lupim para tentar extrair alguma coisa sobre o assunto da reunião.
- É alguma coisa muito importante, professor?
Lupim elevou as mãos aos cabelos, pensativo.
- Sempre que fazemos uma reunião da Ordem é importante. Mas não é caso de morte, apenas algumas notícias.
- E quais são?
O lobisomem o encarou, sorrindo.
- Daqui a pouco você saberá, Harry.

Não havia argumentos, o jeito foi esperar inquieto a chegada dos outros membros da Ordem.
- Olá, Potter. Como tem passado? - perguntou Moody, assim que o avistou.
- Muito bem, obrigado, senhor.
- E aí, beleza, Harry?
- Oi, Tonks. - cumprimentou Harry ao ver os chamativos cabelos cor-de-chiclete se aproximando deles e tomando o outro lugar ao lado de Lupim.
- Porque essa reunião, Remo? - perguntou ela, se dirigindo ao namorado. - Aconteceu alguma coisa?
- Não, não aconteceu nada... ainda. Essa reunião é justamente para decidirmos algumas coisas.
- Bom, acho que podemos começar, Remo - disse o sr. Weasley. - Estão todos aqui.
- A Minerva não vem? - perguntou Moody.
- Não - respondeu o sr. Weasley. - Sabe... o movimento em Hogwarts...
- Ah, sim..
- Bom, acho que é só nós mesmo. Em primeiro lugar, obrigada por cederem de forma tão imediata o tempo de vocês. Em segundo, gostaria de me aproveitar um pouco mais da colaboração de vocês antes de dizer o real motivo dessa reunião, para que me digam como está andando o trabalho de cada um de vocês.
- Se isso é tão importante... - começou o sr. Weasley prontamente. - Gui me mandou notícias ontem mesmo sobre o plano em relação com os duendes, e ele não está obtendo sucesso. Eles estão muito desconfiados de nós, mas tem algum bom nisso. Eles também não estão com a mínima disposição de mudar para o lado de Você-sabe-quem. Então estão na mesma, em cima do muro. Quanto a mim e Molly, já recrutamos bem mais pessoas para a Ordem, secretamente, é claro. Eles só não vieram até essa reunião, porque eu não sabia se seria uma boa idéia, antes de falar com você.
- Muito bem, essa é uma boa noítícia, mais pessoas dispostas a entrar nessa luta é realmente muito bom. - Lupim suspirou. - Sempre soube que teríamos problemas com os duendes... Moody? Conseguiu recrutar alguns antigos amigos seus?
- Se consegui convencer dois dos trinta com que falei estamos bem. Alguns ainda ficaram de me dar uma resposta. Como se pudessémos chegar em Voldemort e dizer: Será que você poderia parar de agir um momento para esperarmos a respostas de pessoas que não sabem se querem derrotá-lo?
Algumas pessoas se arrepiaram ao ouvir aquele nome.
- Tonks... Como andam as supervisões?
- Tudo bem com os Granger, tudo bem com os Dursley. Eu pensei ter visto algumas pessoa encapuzadas na noite do aniversário de Harry, mas me desfarcei e fui conversar com os Dursley. Aliás, Harry, acho que seu tio desconfiou de mim outro dia, ele não pareceu ficar muito feliz...
Harry deu uma risadinha.
- Não se preocupe, ele nunca é muito feliz.
- Bom... As pessoas que estão andando por aí desfarçadas e tentando se aproximar dos comensais ficaram sabendo de muitas coisas úteis. Eu, felizmente, acho que estou tendo sucesso com alguns dos lobisomens.
Lupim olhou para Harry sorrindo.
- Já sabemos que foram vocês que capturam Greyback. Fico muito contente, Harry. Muito contente mesmo. Os lobisomens parecem que ficaram com medo dessa prisão, e estão aceitando melhor as minhas palavras.
Harry se constrangeu um poquinho com os olhares que todos lançaram a ele. Olhou para Rony e constatou que as orelhas do amigo estavam furiosamente coradas.
- Bom, Remo, mais quais são as notícias?
Lupim suspirou.
- Não são muito boas - disse. - Em primeiro lugar, descobrimos um dos planos dos Comensais da morte. Pretendem fazer uma "eliminação de trouxas" em breve. Um ataque, em plena luz do dia em Londres.
Algumas pessoas exclamaram. Harry mesmo ficou de boca aberta.
- Impossível!
- Como...? Em plena luz do dia!!
- O que pretendem com isso?
- O que pretendem não é difícil dizer - respondeu Lupim. - Sabemos que eles querem nos intimidar, nós, da ordem, e o ministérios também. Querem nos apavorar. E não há maneira melhor de conseguir isso colocando em risco a vida de pessoas inocentes e ameaçando o mundo bruxo ao mesmo tempo.
- E o que vamos fazer? - perguntou Tonks.
- Primeiro descobrir onde, quando, e como. E tentar impedir da melhor forma possível.
- VOcê vai separar essas funções, ou...?
- Não. Todos vão tentar descobrir alguma coisa. Esse ataque pode ser amanhã e estamos ainda sem saber o que fazer. Por isso quero que (sem parar o que estão fazendo) tentem descobrir o máximo que puderem... Apenas alguns de vocês irão se dedicar inteiramente e sem descanso a esse caso, (n/a: parece agente do FBI agora, não? hauhauahu) E com essas pessoas falarei depois. Agora... outra notícia, fiquei sabendo disso hoje, e com certeza anunciaram no jornal amanhã ou depois.
Ele fez uma pausa, passando os olhos por todos que estavam sentados ao redor da mesa de reunião. Parou olhando para Harry, mas desviou o olhar após alguns instante.
- O que é, Remo?
- Vocês se lembram do caso dos Malfoy?
Todos confirmaram ou exclamaram, ansiosos pelo resto da notícia.
- Então... aquele corpo... hãm... encontrado no rio, não era o de Draco Malfoy.
A exclamação mais alta dessa vez foi a de Harry.
- Hãm? Como assim? Então o que aconteceu com ele se aquele corpo encontrado não foi o dele?
- Bom, parece que ele seria castigado por não ter conseguido cumprir com as ordens de Voldemort. Acho que o Harry sabe melhor como aconteceu isso, mas parece que ele não queria realmente matar Dumbledore, e essa era a ordem de Voldemort. Mas antes, ele fugiu.

Tonks e o Sr. Weasley, entre outros do grupo ficaram olhando perplexos para Lupim, já Moody, soltou uma risadinha.
- Ora, Remo, como você imagina que um garoto consiga fugir do Lorde? Não faz sentido. Aquele corpo, não era dele, tudo bem. Mas ele está morto na certa!

- Não é bem assim, Alastor. Temos razões para acreditar que... - Lupim olhou para Harry, um brilho significativo no olhar. - que ele fez como Tiago e Líliam. Escolheu alguém como fiel do segredo, de onde está escondido, no caso.

- Então - começou Harry - De acordo com o senhor, Malfoy está escondido em algum lugar, com medo de ser capturado, e alguém, não se sabe quem, sabe de tudo. Ou existe alguma possibilidade de já se saber quem é essa pessoa.

- Bom... o mais exato é que seja alguém de sua família, mas todos já stão mortos...

Harry não sabia dizer porque, mas quando ouviu isso alguma coisa pesada pareceu ter caído no seu estômago. Ele também não tinha família... como Draco deveria estar se sentindo como um fugitivo tanto do bem quanto do mau, e ainda por cima sozinho? Sem pais? Sem família?

Opa... peraí... Sentindo pena de Draco Malfoy? Que isso, Harry!! Faça o favor de tomar vergonha na cara!

- Belatriz, não seria... afinal, ela não seria nem louca de quebrar a fidelidade por VOldemort. Então, realmente, não existe nenhuma hipótese de quem possa ser a pessoa!

- Bom, então...
- Então não temos pistas. Isso é o que precisamos descobrir também.
Harry não compreendia seus próprios sentimentos. Malfoy sempre fora seu inimigo, mas quando soube de sua morte, não podia negar que ficara chocado. E agora, Malfoy estava vivo... Porque algo dentro dele parecia aliviado?
- Mas porque o estão procurando? - perguntou antes que pudesse se conter. - Quero dizer, deveriam estar atrás de Snape, ele que matou Dumbledore.
Lupim lançou-lhe um olhar curioso.
- Você acha que queremos encontrá-lo para enfiá-lo na prisão e deixá-lo morrer como o próprio pai, Harry? - perguntou Lupim. - Não queremos, Harry. Ele está fugindo, correndo perigo, podemos trazê-lo para o nosso lado e protegê-lo, quem sabe até não conseguimos informações sobre os comensais ou algo que venha a ser útil. Talvez até podemos descobrir o paradeiro de Snape.
- Mas trazê-lo para cá, Remo? - perguntou uma mulher que Harry não conhecia. - Sinceramente, eu não acho uma boa idéia.
- Acho que Dumbledore faria o mesmo - disse Harry, e mais uma vez as palavras saíram antes que ele pudesse pensar no que dizia.
TOdos se voltaram para ele, que sentiu-se corar. Lupim era o único que mantinha uma expressão diferente de curiosidade.
- Bom, vamos nos concentrar em obter informações sobre seu paradeiro primeiro, depois decidiremos o que fazer. Alguém quer dizer alguma coisa?

Depois de breves explicações e algumas dúvidas exclarecidas, todos foram dispensados. Harry não entrou no assunto com Rony sobre o que havia dito na reunião. Não estava certo... Droga! Malfoy era um comensal, deveria estar preso!
Resolveu deixar as suas dúvidas de lado, assim que se deitou. A Ordem saberia muito bem o que fazer...


No dia seguinte, foram em peso até o hospital buscar Hermione.
A garota estava muito animada para uma pessoa que tinha passado 20 dias no hospital, mas sua alegria se devia ao fato de estar indo embora, finalmente... pelo menos, assim pensava Harry até ela pedir para falar com os garotos a sós.
- O que foi, Hermione? Algum assunto importante?
- Claro que é importante - disse a garota olhando-os como se fossem seres de outro planeta. - Eu descobri o nome da... - Hermione olhou apreenciva para uma enfermeira que entrava no quarto, recolhendo algumas coisas fora de seus lugares. - Da herdeira de Ravenclaw...

Harry também olhou para os lados, esperando a enfermeira se retirar.

- Como você descobriu? - cochichou.

- Ah! Tenta adivinhar, Harry... - disse Rony em tom irônico.


O sorriso não se desfez no rosto de Hermione.

- Sim, Ronald, eu li... e achei o seu nome...

Ela mecheu nas páginas de um dos livros que estava ali, e leu:

- Olhem só esse nome: Elizabeth Antony Mc'cakle Colloy Rawenclaw. É o nome de solteira.

- Uau!! - exclamaram os garotos. - Que nome mais gigante!

- Bom - disse Harry. - Pelo menos temos o nome. Fica mais fácil descobrir o que aconteceu com ela agora.

O sorriso de Hermione ficou ainda maior.

- Eu já sei o que aconteceu.

- Sabe? - Harry levantou as sobrancelhas.

- Sim! Ela foi atingida com um feitiço super poderoso e acabou meio lelé, sabe? Está internada aqui! No St. Mungus!

- No St. Mungus? - repetiu Rony com a boa aberta.

- Isso. Mas acho que teremos grande dificuldade em falar com ela. Deve ter alguém de olho nela, apesar do tempo que já se passou, a família ainda deve estar super preocupada.

- Que família? Não morreram todos?

- Sim, mas ela era casada e tinha uma filha.

- Casada e tinha uma filha?

- Exato.

- Você sabe em que andar ela está? - perguntou Harry.

- Bom... estavam dizendo que ela foi atingida por um feitiço irreversível. Deve estar no quarto.

- NO quarto?

- É, Rony! - concordou Hermione já enfesada.

- Acho que a gente pode tentar... Podíamos falar com a Chô, ela trabalha aqui, se não nos deixarem entrar podemos ir falar com ela, quem sabe...

- A Chô? - disse Hermione. - É, é uma boa. Ela veio me visitar esses dias.

- Chô veio te visitar esses dias? - perguntou Rony.

- Sim. Ela está sendo legal até, perguntando como eu estou e tal. Estranho neh..?

- Estranho... - concordou Rony.

- Mas de qualquer forma ela pode nos ajudar. Como vamos fazer para ir até lá? E o resto do pessoal que está aí fora?

- Vamos subir dizendo que queremos comer alguma coisa, sei lá... É no
quarto andar mesmo?

- Isso. No quarto andar.

- Então, é só dizermos que vamos para o quinto e tentar fazer com que niguém nos acompanhe.

- Se caso quiserem nos acompanhar, temos que dizer que vamos aproveitar
para resolver alguns assuntos...

- Resolver alguns assuntos... - repetiu Rony.

- E é bom que ninguém desconfie de nada - continuou Hermione.

- Desconfiar de nada...

- Porque não é bom saberem que estamos indo atrás da herdeira de Ravenclaw...

- saberem que estamos atrás da herdeira...

- ...isso pode nos complicar...

- nos compllicar...

- ... ou pode causar perguntas embaroçosas...

- Perguntas embaraçosas...

- Não podemos nem usar desculpas como curiosidade para Hogwarts, porque não estudamos mais lá...

- Não estudamos mais lá...

- Então, fica decidido... Vamos descer e procurar não comentar absolutamente nada com ninguém.

- Nada com ninguém...

- CALA A BOCA, RONY!

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