Feliz aniversário, Harry
Mistérios e Paixões (HP7)
Capítulo um
Feliz aniversário, Harry
Debruçado sobre o parapeito de uma das janelas da rua dos Alfeneiros 4, um rapaz de profundos olhos verdes, cabelos negros e despenteados observava estranhamente a paisagem a sua frente.
Harry Potter mirava atentamente as estrelas... Ops! Eu disse estrelas? Não, não... Receio ter me enganado, não havia estrelas naquela noite, apenas uma leve neblina que deixava sua vista estranhamente embaçada... Pois bem, voltemo-nos ao inicio e corrigimos este nosso erro... quero dizer, o "meu" erro...
Ok, vamos recapitular...
Já sabemos que o nosso querido, gatíssimo, fofo e corajoso herói estava debruçado sobre a janela do seu quarto e que olhava atentamente para algum lugar... Mas o que nao sabemos, era que ele não olhava para lugar algum, apenas deixava seus olhos perdidos em algum ponto fixo que não podia ver graças aos pensamentos que invadiam sua mente. Várias imagens e lembranças surgiam, e se repetiam cruelmente na mente e no coração do nosso amado Harry.
Um lampejo, uma luz verde, Dumbledore caindo da torre de astronomia... Snape! Aquele ser repugnante, covarde e traidor! Ah! Ele ia pagar! Harry não descansaria enquanto não desse a esse nojento o que ele merecia pela morte do seu professor...
Ao pensar em Severo Snape, harry inflou de fúria e apertou mais fortemente o medalhão que tinhas nas mãos: A falsa horcruxe. Mas o pensamento que veio a seguir o fez afrouxar os dedos daquele objeto frio...
Era ela! a sua ruivinha! A garota que ele tanto amava, que o fizera tão feliz em situações de tão grande sofrimento. Sua maior fonte de fortaleza e consolo...
Harry chegara a se perguntar várias vezes durante aquele mês que passou em companhia dos Dursley se realmente fizera a coisa certa terminando com Gina. É claro que assim ela estava mais segura... mas e ele? Ele nunca ficaria bem sem ela... nunca. Sentia muito a sua falta e só de pensar que a veria novamente dentre pouquíssimo tempo, seu coração se reconfortava e ameaçava saltar janela a fora...
Harry deu um pulo quando um apito agudo e baixo entrou pelo seu quarto, despertando-o de seus devaneios... Com a respiração ofegante, ele se virou e desligou o despertador que anunciava meia noite. Enfim, Harry Potter poderia considerar-se um bruxo adulto, pois acabara de completar 17 anos.
Isso era um grande alívio, significava que não precisava mais ficar ali com os tios, que agora podia fazer magia quando quisesse e ainda tinha permissão para aparatar até "A Toca" naquele mesmo dia. Harry passara com êxito no teste de aparatação, juntamente com Rony.
Espreguiçando, Harry se jogou na cama e ficou olhando para o teto. Assim que o sol desse seus primeiros "sinais de vida" ele iria voando para toca... Não, não estou me contradizendo, ele não irá em sua firebolt, como já disse irá aparatando. Voando era apenas mais uma de minhas tão confusas expressões. Mas voltando ao assunto, antes de voar, quero dizer, aparatar, ainda tinha algumas "brincadeirinhas" para aprontar com os Dursley...
Foi pensando no melhor feitiço para atingir Duda que Harry levou seu segundo susto em poucos minutos. Edwiges que saira mais cedo para caçar, pousara do seu lado, não com um rato morto no bico como pensara, mas com um pesado pacote preso às pernas.
Pensando que no próximo susto um enfarte seria inevitável, Harry soltou o pacote e acariciou a coruja, que estalou o bico, orgulhosa, e foi se encarrapitar em sua gaiola.
Antes, porém, de terminar de terminar de abrir o embrulho, uma bonitinha corujinha também pousou em sua cama, e Harry sorriu ao reconhecer Píchi.
- Olá, Píchi, trouxe uma c... - Mas antes de terminar, um movimento atrás dele o fez se virar e se abaixar bem em tempo:
Um bonita coruja das torres entrou correndo (quero dizer, voando, corujas tem asas, oras) mas não veio só; mais uma, duas, três, quatro... Merlim! Eram muitas!
-Caracas!- Harry exclamou, quando soltou todos os embrulhos e as corujas abandonaram o seu quarto.
A de Píchi continha uma carta de Rony onde ele lhe desejava um feliz aniversario e dizia ter algo a lhe contar, um convite de casamento de fleur e gui, o presente de Rony que era uma caixa de sapos de chocolate e os costumeiros doces da sra Weasley.
A outra coruja era de Hermione, a outra de Lupim, de Moody, Tonks, Hagrid, da prof. McGonagall, de Fred e Jorge...
Harry estava espantado. Nunca recebera tantas cartas assim! E todos os pacotes tinham um presente maneiro. Uau!
Quando terminou de abrir os presentes, percebeu que ainda havia um com o embrulho meio rasgado. Era aquele que Edwiges trouxera e ele deixara de lado no momento em que Píchi entrou.
Com uma pontada no coração, já desconfiado de quem seria o embrulho (desconfiado ou com esperanças?) Foi acabando de rasgar o pacote. Só podia ser... era a única que não tinha mandado nada...
Dentro havia uma grande caixa de bombons da Dedosdemel e uma carta.
Não foi preciso abri-la para adivinhar de quem era. O perfume floral que vinha daquele pedaço de pergaminho já havia lhe dito que suas suspeitas estavam corretas.
Sentindo seu coração pular aceleradamente e seus dedos formigarem, Harry abriu a carta e leu:
"Harry;
Feliz aniversario. Espero que esteja bem, aqui todos estão, quero dizer, todos menos eu, e acho que não será necessário explicar o porquê.
Harry, não entendo você, juro que não. Por que tem me evitado assim? Compreendo tudo o que me disse, mas tem necessidade de ignorar todas as minhas cartas, e... meus sentimentos?
Quando vc chegar aqui, teremos que conversar. Você não vai fugir de mim dessa vez.
Oh! Harry! Não me ignore mais... por favor! Não sabe o quanto eu sofro cada dia que não tenho notícias suas!
Não insista em me machucar assim, por favor.
Nos vemos... saudades..."
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