O ataque a King' Cross
N/a: Em primeiro lugar quero agradecer a Lari por tantos comentários! Valeu por fazer uma autora feliz!
Aviso importante. Este capítulo contém cenas não aconselháveis para crianças. Não que tenha algo explícito, mas se mesmo assim você não gosta de cenas que levam ao sexo, pule o capítulo.
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Capítulo 21:
O ataque a King' Cross
- Harry?
Harry ergueu a cabeça, desviando sua atenção do livro "Feitiços úteis e azarações complicadas" que lia antes de ser interrompido pela voz da senhora Weasley.
- Posso entrar, querido?
- Claro, sra. Weasley. - Disse ele, fechando o livro e o colocando de lado.
Ela entrou.
- Estamos indo buscar a Gina na estação de King Cross.
Harry fez mensão de se levantar.
- Já? - perguntou olhando no relógio na cabeceira de sua cama. Era verdade, estava quase na hora. Passou tanto tempo se distraindo com o livro que nem vira o tempo passar. E isso tudo, porque não aguentava mais ficar esperando a hora passar com Rony e Hermione na sala e resolvera tentar se distrair um pouco com o novo livro que comprara.
A bruxa sorriu.
- Pois é. Escute, querido. Sei que vocêm, o Rony e a Hermione gostariam de ir buscá-la, mas...
- Mas? - cortou Harry, sem entender. Estivera tão ancioso para voltar a ver a garota que o uso dessa pequenina palavra fizera seu coração acelerar significativamente.
- O profº Lupim acabou de chegar, e disse que precisava fazer uma reunião urgente. Ele pediu a sua presença e a dos garotos. Eu mesma serei a única a não participar porque vou buscar Gina. - Ela suspirou. - em pensar que íamos em um grupo tão grande da Ordem buscá-la.
- Uma reunião? - repetiu Harry. Gostava das reuniões da Ordem apesar de quase sempre receber más notícias nela. Mas pelo amor de Merlim! Não tinha um pior momento para se fazer uma reunião? Ele estivera tão ancioso por todo esse tempo esperando a hora de rever a sua ruivinha...
- É. Pelo visto é urgente. Todos jé devem estar se reunindo na cozinha a essa hora. É melhor você descer.
Tentando não demonstrar sua pouca vontade, Harry concordou com a cabeça.
- Mas a senhora vai sozinha até a estação?
Ela sorriu, entendendo a intenção do garoto.
- Não. Dois aurores vão me acompanhar. Agora... Acho que é melhor você descer, devem estar te esperando.
Infeliz, Harry saiu do quarto, acompanhado pela sra. Weasley.
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Os olhares de todos se voltaram para Harry quando ele entrou na sala, apesar de não interromperem o que estavam dizendo.
Harry entrou tentando não chamar ainda mais atenção, e se sentou ao lado de Hermione, que prestava atenção de sobrancelha franzida na conversa de Lupim e o sr. Weasley.
Harry também tentou escutar:
- ... foi difícil. Eu não sei o que acontece. Quando Greyback foi preso eles ficaram com medo, e estavam quase aceitando vir para o nosso lado.
- Mas Lupim, alguns deles já estão do nosso lado. É uma pequena porcentagem, eu sei, mas já é um começo.
- Eu não sei... Voldemort não está parado, pelo contrário! Está agindo cada vez mais na penumbra. Isso me assusta.
É assustava mesmo. Assustava Lupim, assustava a Ordem, assustava Harry. Ele se lembrava muito bem de seu quinto ano em Hogwarts quando quase não recebia notícias de Voldemort. Isso é pior do que saber de seus planos maléficos, muito pior. Pelo menos assim eles ficavam preprarados. Agora, nesse caso, quando Voldemort some e ficam muito tempo sem notícias, é porque algo ele estava tramando. E esse "algo", poderia ser indestruível. Horrível.
- Você acha que ele está mandando outros para se encarregarem dos lobisomens, Remo?
- Acho. Tenho quase certeza. Só não sei como... A nossa sorte é que agora não estou sozinho, tenho outros aliados entre eles, é mais fácil para tentar convencê-los... Bom, pelo menos corro menos riscos assim. Enfrentar um lobisomem, um igual, é uma coisa. Enfrentar um grupo é outra.
Ele suspirou, parecia bem infeliz, e Harry começou a esquecer que horas que poderia encontrar Gina e prestar mais atenção ao motivo pelo qual Lupim os recrutou tão de repente. Olhou ao redor e viu a mesa completamente lotada. A grande maioria dos membros estava ali.
Não deu tempo para que cumprimentasse os conhecidos, pois o maroto começou a falar:
- Bom, desculpem por marcar essa reunião tão em cima da hora, creio que a grande maioria de vocês tinha outros planos para hoje - E lançou um sigificativo olhar para Harry. - Mas eu não os chamaria aqui a toa. O assunto é complicado.
- Imagino - disseram várias vozes do grupo.
Lupim sorriu fracamente.
- Eu sei que ultimamente as notícias não têm sido muito boas, e acreditem, eu lamento mais que todos por ter que passá-las a vocês. Porém... Antes saber o que nos aguarda do que enfrentarmos o perigo despreparados.
Algumas pessoas concordaram com a cabeça, ou com murmúrios de aprovação.
- Bando de puxa-saco - comentou Rony baixinho no ouvido de Harry.
- Bom, o assunto é o ataque que farão os comensais em King' Cross. - disse Lupim, e o silêncio reinou de forma incômoda no local. - Já temos a data que resolveram ajir.
Todos esperaram inquietos pela continuação. Mas Lupim experimentou olhar um por um antes de continuar.
- Querem atacar em um momento em que a estação esteja lotada, tanto por bruxos, quanto por trouxas. E escolheram um ótimo dia, devo dizer.
- Que é? - impacientou-se Moody.
- A volta das férias de natal. Vão invadir King'Cross no dia em que todos vão estar voltando para suas determinadas casas, ou escolas. É claro - continuou Lupim, alteando a voz para que se sobressaísse nos atuais murmúrios. - Vamos estar lá. Nós, e toda a ajuda que conseguirmos reunir. Embora teremos que ser discretos, pois a informação de que sabemos sobre o ataque não pode chegar de forma alguma até o outro lado.
- Com certeza, Remo, não espalharemos. Embora será difícil conseguirmos ajuda assim. Como sabermos se não há um espião no ministério ou em outro lugar onde recrutarmos ajuda?
- Falaremos primeiramente com as pessoas mais confiáveis, de um por um. Eles sabem que nós não vamos ficar parados, e estão se preparando para uma batalha mesmo. Mas se ficarem sabendo que estamos preparados agora, colocamos em perigo o nosso espião...
- Ah, sim... - bufou Moody. - Aquele que nós nunca sabemos qual é, não?
- Sinto muito, olho-tonto - disse Lupim, com um sorrisinho para o outro. - Mas por segurança, é melhor que ninguém fique sabendo.
- Por segurança? - rosnou o outro. - Por acaso você acha que um de nós anda se contrabandeando para o outro lado?
Mais mumúrios, dessa vez indignados.
Lupim sorriu.
- Mesmo se achasse, Moody, eu não diria, não é? Mas não. Fiquem tranquilos, não desconfio de ninguém aqui. Apenas, como já disse, mantenho isso em segredo por segurança do nosso próprio espião, e... outros motivos também, que não quero discutir agora. Tudo bem?
Ninguém disse nada.
- Vou considerar isso como um sim, e por favor, deêm esse assunto por encerrado, temos outras coisas importantes para decidir agora.
Houve uma pausa. Harry notou que Lupim parecia cansado e tinha alguns arranhões no rosto, provavelmente era época de lua cheia, mas ele estava tão perdido que nunca sabia qual era a fase da lua. Se aprumou na cadeira e resolveu prestar mais atenção na conversa de Lupim quando este voltou a falar.
- Temos que cercá-los por todos os lados - disse. - Precisamos garantir que façam o mínimo de mau possível. Não vamos ter como impedir que aconteçam mortes, mas temos como impedir que hajam muitas.
Esquecendo o contra tempo recente, as pessoas voltaram a concordar com a cabeça, naquela mesma atitude que Rony havia apelidado de "puxas-sacos" (N/a: Sou péssima em plural de palavra composta, então perdoem se errei).
- Estava pensando na melhor forma de entrarmos nessa batalha, e cehguei a seguinte conclusão: Quero que alguns fiquem na plataforma 9 3/4, para impedir os que chegarem de passar, e pedir que voltem para casa em segurança. Não deixem ninguém entrar na plataforma. Quando chegarmos na véspera da volta das férias, Hogwarts irá mandar uma carta adiando o trem da escola, mas ainda haverá aqueles que não a receberão, ou por algum motivo irão aparecer lá, então temos que garantir que não saíam feridos. São crianças.
- Porque não podemos avisar antes? - perguntou um bruxo com mania de charutos que Harry conheceu na última reunião. Era até simpático, mas na maioria das vezes, um pouco charlatão. - Assim evitaria que perdessem a viagem.
- Não - respondeu Lupim. - Isso preparia os comensais. Sabemos que nem todas as crianças que estão em Hogwarts são do nosso lado. Quero dizer, elas podem ser, mas há muitos pais...
Ele não precisou continuar a frase.
- Hum, ok - continuou ele. - Todos precisaram se desfarçar na medida do possível, principalmente quem for ficar na frente da barreira. Iremos fechá-la para que não corramos o risco de que alguém aparate lá e passe para o outro lado. É necessário também que haja alguém de vigia perto da barreira, para o caso de um comensal se aproximar e tentar lançar uma maldição imperdoável sobre quem estiver lá.
Mais acenos concordando.
- Depois iremos nos separar em grupos. Todos como trouxas inocentes que querem apenas pegar o trem para casa. Ficarão um em cada plataforma...
- Vamos precisar de um bom número, então, Remo - falou Tonks. Porque tenho certeza de que ainda precisaremos de pessoas em vários lugares, além das plataformas. E elas não são poucas.
- Eu sei - disse o lobisomem. - Daremos um jeito, acho que teremos gente suficiente, contando com a ajuda de todos que estão do nosso lado, claro. Além disso, também acho viável ter poucas pessoas no portão da estação, embora sei que a maioria irá aparatar, não podemos descartar a oportunidade de que alguns poderão atacar a frente. Alguns se colocaram no andar de cima, preparados para observar tudo de lá, e ajudar a alguém que precise. Arthur, você conversou com Fred e Jorge?
- Sim - respondeu o sr. Weasley prontamente. - Já encomendei tudo. Eles apenas não puderam vir porque estavam esperando um pacote de mercadorias chegar de Irã, então apenas me confirmaram.
- Ok - disse Lupim, se virando para as pessoas que não entendiam nada e exclarcendo. - Pedi a Arthur que encomendasse com Fred e jorge algumas das criativas invensões deles. São muito úteis, o ministério já pediu vários kits. Não vão protegê-los de maldições imperdoáveis, mas são escudos para os outros tipos de feitiços....
- É uma boa - disseram alguns dos presentes.
- Bom, está tudo certo então. Depois veremos quem ficará em cada grupo. Obrigada por comparecerem a essa reunião. Encerramos aqui.
Todos se levantaram para ir embora. Harry, o primeiro de todos. Olhou no relógio; Gina já teria chegado, estava louco para vê-la!
- Harry?
Ele se virou, Lupim permanecia sentado, fitando-o.
- Hum? - disse ele, com um olhar interrogativo.
- Será que você poderia ficar mais alguns minutos? Gostaria de falar com você em particular.
- Aff..
Não ele não disse, apenas pensou. Afinal a ocasião valia vários Affs.
- Claro, professor - disse no lugar.
- Bom, Harry, eu tenho certeza de que você não vai
gostar do que vou dizer, mas espero que entenda e leve isso em consideração.
Harry não pensou em nada que poderia dizer, então apenas esperou o restante do que o bruxo mais velho tinha para lhe contar.
- Você viu, Harry, no ataque de Hogwarts, que Voldemort está atrás de vc. Ele manda seus seguidores te procurar e atrair. É claro, fazer batalhas e ataques em Hogwarts é um dos desejos mais obcenos dele, mas mesmo assim, não posso fingir que não sei, e você também não, que tudo o que ele quer é te atrair. Ele já te conhece bem demais, Harry, e sabe que você não vai ficar parado enquanto ele destrói a vida de seus amigos. Você viu! Foi tudo um plano! Ele queria pegar você! Quer que seus seguidores te levem até ele! E mais cedo ou mais tarde, vai conseguir! Agora você é maior, pode fazer o que tem vontade, não tem mais a proteção de sua família no seu sangue.
- Onde quer chegar, professor? - perguntou Harry, tentando ser educado mas não obtendo muito sucesso, pois já imaginava onde, e não queria de forma alguma acreditar.
- Sei que sabe, Harry - disse ele. - Eu gostaria que você não fosse até King' Cross no dia da batalha.
Harry o encarou.
- E ficar aqui? De braços cruzados enquanto vocês enfrentam sozinhos uma das maiores batalhas dos últimos anos?
- Ficar aqui, para se proteger Harry. E ao mesmo tempo, nos proteger, afinal, você é a esperança de muitos. O que seriam deles se você fosse pego, ou até mesmo morto?
- Professor - disse Harry paciente. - Não posso ficar a minha vida inteira fugindo! Esse é o meu destino, tenho que encará-lo uma hora ou outra. O que está me pedindo é impossível! Não posso ficar aqui enquanto vocês lutam! Sei que sou um apenas, mas toda ajuda é necessária!
Lupim suspirou.
- Sei que não terei argumentos suficientes para te convencer, mas por favor, pense? Sei que um dia vc terá que enfrentá-lo, mas q seja um dia que estiver + preparado. Por favor? Promete que pensará?
- ok - respondeu ele, de má vontade. - Prometo que vou pensar, professor.
Eles se levantaram. Harry se despediu de Lupim e saiu quase correndo daquele cômodo.
Chegou até sala e não encontrou ninguém lá. Rony e Hermione teriam ido namorar em algum lugar provavelmente.
Suspirou. Pensou talvez que todos estariam na sala comemorando a volta de Gina, mas se não tinha ninguém...
Olhou novamente no relógio; Estranho... Gina deveria ter cehgado já. A sra. Weasley tinha falado que a auxiliaria na aparatação, para que chegassem mais rápido. Então pela lógica, já era para estarem em casa.
Aborrecido, Harry subiu as escadas. Sabia que não tinha culpa, mas se sentia mal. Gostaria de ter podido ir buscá-la na estação. Sabia também que ela entenderia o motivo, mas será que teria oportunidade de explicar? Conhecia Gina, e por isso tinha certeza de que ela não perguntaria nada a sua mãe sobre sua ausência. Se pelo menos a senhora Weasley tivesse tido o bom senso de explicar...
Subindo as escadas, se viu à porta do quarto de Gina. Não resistiu e bateu na porta.
- Entre - veio a voz de Gina.
Ouvir a sua voz fez algo nas entranhas de Harry revirar. Ele abriu a porta depressa.
Gina estava deitada na cama com os braços cruzados atrás da cabeça, parecia encarar o teto antes de virar o rosto para Harry.
Veja só
Sei que palavras não concertam nada
mas eu acho que é melhor
A gente conversar.
- Oi - ele disse.
Ela se sentou.
- Oi. - Uma pausa. - Achei que ía me buscar na estação.
Harry se surpreendeu pela forma tão "acho que vai chover" que ela falou, mas não comentou nada, aquilo lhe deixava com uma impressão ainda pior de que Gina estava chateada.
- Sua mãe não lhe contou? - tentou dizer, fechando a porta,
- Me contou? O que?
Ela parecia mesmo não saber de nada.
- Teve uma reunião da Ordem.
Gina ergueu as sobrancelhas.
- Eu fiquei sabendo quando já estava pronto para sair daqui e ir até a estação. Foi urgente.
Ela parecia mesmo surpresa.
- Achei que... Que não queria ir me buscar.
- Achei que vc tinha mudado de idéia sobre... Sabe, sobre a gente de novo...
- Como pôde pensar isso? - disse Harry, se aproximando da cama de Gina. - Eu ainda não quero te prejudicar, mas eu já entendi que longe de você vai ser pior! Eu não quero me afastar de você!
Afinal
O nosso caso não difere de outros casos
que acabaram mal
Só pra te lembrar
eu já sofri demais
Mas longe de você
Sofrerei bem mais
- Desculpa - pediu Gina se atirando em seu pescoço e quase o derrubando. - Eu acho que fiquei um pouco traumatizada com tudo o que já aconteceu. Não te vi na estação e quando cheguei em casa estava tudo tão silencioso. Vim direto para o quarto e como nem você, nem Rony, nem Mione apareceram, pensei que tinham ido embora de novo.
Preciso te dizer o que acontece com meu sentimento
Chego em casa não te vejo o meu desejo é te ligar correndo
E pouco a pouco a solidão e o silêncio me abraçam
Minha alegria passou
Só as lembranças de amor
Não passam...
Harry se afastou o suficiente para poder olhá-la nos olhos. Sorriu.
- Desculpa, Gina, eu estava contando as horas para ir te buscar, mas vieram com essa reunião...
- A mamãe falou algo sobre uma reunião, mas quando cheguei, soube quejá tinha acabado e não vi vocês. Foi então que pensei... Ah! Mas vamos esquecer isso.
Harry riu.
- É, vamos esquecer.
Ele sorriu, ainda a encarando fixamente. Queria gravar para sempre em sua memória cada traço, cada detalhe do seu rosto. Poderia ficar a noite inteira, o dia inteiro, horas seguidas apenas assim, observando-a.
- Está me deixando com vergonha - ela falou sorrindo.
Ele também sorriu em respota. O que estava acontecendo com ele? Nunca fora assim tão... tão romântico! Achou graça nas palavras de Gina e a forma em que ela as proferiu. Achou ainda mais graça ao vê-la corada com tanta observação.
- Você é linda - murmurou, desviando sua atenção para os olhos castanhos contornados com longos cílios ruivos.
Em outra ocasião, Gina teria feito alguma piadinha sobre o elogio, mas pareceu sentir a complexidade das palavras de Harry, e por seu olhar tão profundo.
Sem desfazer o contato visual, Harry se levantou lentamente do chão onde estava agaixado, e se sentou ao lado de Gina.
Passou um braço pelas costas da garota e com a outra mão brincava com um mecha de cabelo ruivo caída em seu rosto.
- Você é linda - repetiu. Dessa vez ela sorriu.
- Vai ficar só olhando?
Com esse convite irresistível, é claro que não.
Se aproximou lentamente e só fechou os olhos quando seus lábios se tocaram.
Queria mostrar, num beijo singelo, todo o sentimento que tinha dentro de si, todo o amor. Mas a saudade que sentia, a aproximidade dos corpos e o suave perfume floral que vazava por cada poro de Gina, transformou o que era pra ser um beijo inocente em um beijo avassalador, cheio de amor e desejo.
Depois de alguns segundos, sentia que Gina se inclinava para trás. Se fosse romper o beijo... Não, ele não queria interromper aquele contato, não queria se afastar, nem agora, nem nunca. Queria permanecer ali pelo resto de sua vida, ou pelo menos até o amanhecer.
Sentiu seus braços encostarem em alguma coisa fofa, e forçadamente afastou os lábios, abrindo os olhos.
Se assustou ao ver que tinham se inclinado o suficiente para estarem deitados na cama agora. Olhou para Gina, procurando sua reação, mas ela apenas sorriu e ele desistiu de fazer qualquer comentário. Voltou a beijá-la.
Passados alguns minutos ele se tocou do que seria se alguém abrisse a porta e os pegassem daquele jeito. Imaginou a cena... Isso fez com que ele novamente rompesse o contato de seus lábios e olhasse para a porta. Gina já entendendo a hesitação do rapaz, pegou a varinha na mesinha ao lado e apontou para a porta.
Com um "clic" a porta se fechou.
- Gina... - Harry a encarou.
- Hum?
- Eu... - Mas ele desistiu de falar qualquer coisa ao sentir o toque suave de Gina deslizando para o lado de dentro de sua camisa.
Se inclinou novamente sobre ela, tentando ajeitar melhor o corpo e passou a beijar o seu pescoço. Demorou alguns segundos ali, e se desviou para o lóbulo de sua orelha. Sentiu as unhas de Gina roçarem de forma mais intensa suas costas.
Desceu novamente até o pescoço e beijou ali como beijava seus lábios. Um gemido baixinho escapdo da boca de Gina o impulsionou a continuar, e ele desceu até o colo. Não pensava mais que a qualquer momento alguém poderia vir visitar Gina, nem no que seria deles se alguém como o sr. Weasley soubesse do que estava acontecendo ali. No momento sua concentração estava dividida entre a pele macia e perfumada do colo de Gina, e o toque intenso de suas mãos subindo por suas costas e afastando a camisa.
- Tira... - ela sussurrou.
Ele não pensou duas vezes, e obedeceu.
Se inclinou um pouco para trás e tirou a camisa, jogando-a no canto. Ergueu os olhos para Gina e viu um sorrisinho mal intencionado, fitando o corpo do rapaz.
Ficou satisfeito; desde criança sempre fora muito magro, mas o quadribol e os longos anos o fizeram enrijecer certos músculos e acabaram por fazer muitos milagres em seu físico. Inclinou-se novamente sobre Gina e passou a beijá-la fervorosamente, enquanto suas mãos tomavam um outro caminho, descendo as alças de sua blusa. Sentiria-se até envorganhado por esse ato, mas os dedos de Gina passeando pelo cós de sua calça e ameaçando abrir o botão o incentivavam a continuar...
Alguém bateu na porta....
Harry se levantou tão depressa que tropeçou e caiu no chão.
A maçaneta girou e Harry congelou.
- Gina? Você está aí? - veio a voz de Rony do outro lado.
Tentando se refazer, Gina fez sinal para que Harry se mexesse, e ele se levantou correndo, vestindo a camisa de qualquer jeito.
- Já estou abrindo, Rony, já estou abrindo! - ela berrou.
- Porque a porta estava trancada? - perguntou ele, quando Gina abriu a porta e ele entrou.
- Porque eu quis trancar - respondeu ela, ríspida. - Anda, diz o que você quer logo.
Ele lançou um olhar desconfiado para Harry.
- Estava te procurando.
- Ah, o Lupim... me enrolou um pouco lá embaixo. Depois eu subi para ver se sua irmã já tinha chegado.
- Hãm...
Rony continuou o olhando desconfiado, mas ele não teve coragem de o encarar, e desviou o olhar.
- Porque está com a camisa do avesso?
Harry percebeu tarde, que havia realmente colocado a camisa do avesso, na pressa de se vestir. Olhou para Gina pedindo socorro. Ele veio.
- Você vai ficar aí enrolando ou vai nos dizer porque veio aqui?
Rony bufou.
- Eu vim te ver - disse. - E avisar que o jantar já está servido. Estão todos te esperando lá embaixo.
- Hum... Ok! Vamos então, estou mesmo morrendo de fome!
Rony saiu na frente, e Gina piscou para Harry antes de se retirar.
Ele aproveitou e virou a camisa rapidinho antes de acompanhá-los também.
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Era incrível como o tempo passava rápido quando se estava com as pessoas que amava! Harry nem viu como, mas os dias foram se passando com extrema rápidez! O natal fora muito divertido, toda a família Weasley se reuniu, até mesmo Percy esteve presente, embora só tenha ficado 15 minutos e ignorado completamente qualquer outro que não fosse a sra. Weasley. Mas o importante foi que todos se divertiram muito, até pareciam ter esquecido o ataque que se aproximava cada vez mais e o que teriam que enfrentar lá.
A festa da virada de ano foi também muito divertida, com a presença de praticamente todos os membros da Ordem e ainda, alguns familiares afastados.
Mas o dia chegou, e tudo já estava combinado, não havia erro. Harry disse para Lupim que não ficaria e que era a sua palavra final, mesmo com os protestos de Gina e dos outros. Mais o que ele ia fazer? Tinha que lutar, é claro! Essa idéia de ficar parado e de braços cruzados enquanto um massacre que com certeza entraria para a história do mundo bruxo acontecia, não tinha o menor sentido!
Gina também dera trabalho. Ao saber que Harry iria de qualquer jeito, também bateu o pé, dizendo que queria ir.
A sra. Weasley foi firme. Não permitiu mais conversa. Disse que Gina não ia e pronto e acabou.
Emburrada, debatendo-se, berrando, ela teve que se conformar, pois não houve outro jeito.
O dia chegou... Bom, na verdade, Dia entre aspas, porque ainda era de madrugada quando acordaram e se prepararam para sair.
Estava muito frio, um vento gélido e cortante que congelava quaquer um quando uma janela ou uma porta era aberta. Mas além da neblina, não nevava. Pelo menos não há ponto de não enxergarem nada, e isso já era um começo.
Alguns dos membros da Ordem já haviam saído. Cada um em um horário diferente, desde a noite passada. Todos desfarçados também é claro. O mais importante, eram se fazer de simples passageiros trouxas. Por isso o combinado foi chegarem separados, e permanecerem assim lá. Cada um para um canto diferente, cumprindo sua parte na missão.
Harry saíria as 5:45 da manhã, acompanhado de Hermione, que após o desfarce nem parecia ela! Ficara morena, com um longo cabelo até a cintura e liso, óculos coloridos, e havia alguns enchimentos em sua roupa, deixando-a um pouco gordinha.
Ele teria rido, se não tivesse se olhado no espelho momentos antes; Fora obrigado a usar algo como um spray no cabelo, que o deixara meio amarelado, e ainda por cima colocara um daqueles bonés de times de futebol, tirando o fato da roupa de motoqueiro e os óculos de sol por cima dos de grau que não combinavam em nada com o resto do figurino. Mas fazer o que?
Mas foi preciso mais esforço para não rir quando Harry viu Rony. O garoto, coitado, fora obrigado a colocar o disfarce mais maluco que Harry já vira! Para começar, uma peruca meio acinzentada que o deixava parecendo um velho de uns 60 anos. Um chapeuzinho coco que lhe lembrou o ex ministro da magia, Cornélio Fudge, e ainda por cima, pra completar o seu visual, um aparelho daqueles estilo freio-de-burro.
Rony o encarou, como se o desafiasse a rir. Era difícil manter-se sério, mas ele se segurou, lembrando-se que sua imagem também não era das melhores.
Hermione também parecia segurar o riso.
- Fala sério... - Foi só o que Rony conseguira resmungar.
- Está pronto? - perguntou Moody entrando a sala e se dirigindo a Rony. Ele usava óculos escuros e um longo boné roxo tapando seu olho, e um cachecol bem grosso que cobria parte do seu rosto e suas cicatrizes.
- Sim - respondeu ele, aceitando um jornal que Moddy lhe oferecia. - O que é isso?
- É o nosso meio de comunicação. Você ficará com esse jornal e eu com essa revista - Moddy mostrou uma revista que Rony achou muito esquisita, já que as fotografias não se mexiam. - O Jonkison ficará com um livro e Rokmad com outra revista. As letras brilharão de vermelho se alguém estiver correndo perigo, de verde se avistarem o perigo perto de alguém, e desaparecerão se caso abandonarem seus postos para lutar. Entendeu?
- Hãm... Acho que sim...
- Ótimo. Agora são 4:30, está na hora de assumirmos nossos postos. Garotos - Moddy se virou para Harry e Hermione. - As 5:45 estejam em seus lugares. Seria bom que já aparatassem até lá perto agora, porque indo a pé demoraram a chegar. Eu e o Weasley vamos de carro trouxa. Alguma dúvida?
Harry e Hermione negaram com a cabeça.
- Muito bem, então, vamos, Weasley.
Rony se retirou com Moddy, mas não antes de um pequeno carinho na mão de Hermione, que até o momento segurava disfarçadamente.
A dupla se entreolhou.
- Vamos agora? - perguntou Mione.
Mas Harry não respondeu. A Sra. Weasley e Gina acabavam de descer as escadas.
- O Rony já foi?
- Acabou de sair.
- Ah, que pena... - Ela suspirou. - Pelo menos consegui encontrar vocês para me despedir. Eu e Gina estávamos enviando algumas cartas para conhecidos. Bom, já estão saindo?
- Íamos agora mesmo - respondeu Harry, olhando para Gina que lhe deu um sorrisinho fraco.
- Bom, então... Boa sorte, e cuidado! - disse a bruxa mais velha, dando-lhes um abraço de quebrar as costelas. Em seguida se virou para a filha, esperando que ela também se despedisse dos amigos.
Gina veio, e primeiro abraçou Hermione, depois Harry. Um abraço leve, mas ao mesmo tempo caloroso.
- Promete voltar? - sussurrou em seu ouvido.
- Claro - ele respondeu automaticamente.
E então ela se afastou.
Harry e Hermione se retiraram, e logo estavam às ruas movimentadas de Londres.
Chegaram na estação quase em cima da hora, e foram conversando alegremente em um sotaque meio americano, enquanto espurravam seus falsos carrinhos.
Sentaram-se num banco ao lado da plataforma que iria até Nova York dentro de duas horas, e continuaram a conversar sobre babagens.
Uma mulher alta, de pele negra e profundos olhos cor de mel, passou em frente a eles, rumo a próxima plataforma que iria para o Brasil, mas antes piscou discretamente para os dois.
Hermione se aproximou o suficiente do ouvido de Harry e murmurou algo que ele já desconfiara.
- Tonks...
Curioso por saber sobre o paradeiro dos outros, Harry começou a olhar discretamente para todos os lados. Avistou Rony numa espécie de ponte que havia em cima da estação, com o jornal aberto sobre os joelhos. E encontrou Moddy do lado oposto, folheando a revista vagarosamente.
Curioso por saber sobre o paradeiro dos outros, Harry começou a olhar discretamente para todos os lados. Avistou Rony numa espécie de ponte que havia em cima da estação, com o jornal aberto sobre os joelhos. E encontrou Moddy do lado oposto, folheando a revista vagarosamente.
Voltou a conversar com Hermione, as vezes avistando alguém que pensava ser membro da Ordem, mas permanecendo sempre discreto e fingindo-se de desinteressado.
O tempo passou com uma lentidão incrível. Harry não aguentava mais ficar ali sentado. Finalmente seu relógio anunciou que faltavam 15 minutos para o trem chegar, e os dois fingiram-se adormecer.
Graças aos óculos, Harry pode permanecer de olhos abertos e continuar observando tudo. O trem chegou, parou, e saiu, enquanto os dois faziam de tudo para ficarem o mais quietos possível. Depois de mais uns 10 minutos após a partida do trem, "acordaram" e fingiram um escândalo por terem perdido a viagem de volta para Nova York.
Eles continuaram esperando, esperando, esperando, e nada. Estavam cada vez mais impacientes. Que hora chegariam esses comensais? Não que ele estivesse com pressa, mas... Se teriam que enfrentar isso, que enfrentassem logo, não?
Mas alguma coisa aconteceu quando o relógio bateu anunciando 10 horas.
Alguém gritou... Um grupo de seres mascarados e encapuzados apareceram na rampa em cima, um daqueles ergueu a varinha e apontou para uma criancinha em uma das plataformas. Porém, uma luz vermelha veio em sua direção e ele se dobrou sobre o ferro, caindo com um estampido grotesco no chão há metros de altura. Outros estampidos e outros grupos foram aparecendo, em lugares alternados.
Harry olhou lá para cima, e pelo que pôde ver, Rony estava nervoso. O combinado era que ele apenas vigiasse aqueles estavam em perigos, e não se mexesse enquanto fosse possível, mas com certeza não era agradável a idéia de ficar parado.
Mas os comensais não ficaram parados; era lógico que não ficariam; nem se importaram com o comensal que havia se estraçalhado no chão e começaram a marchar, as varinhas erguidas, enfeitiçando todos que ficavam na sua frente, deixando-os rodopiando pelos ares e... e os deixando cair! Há uma altura de mais de cinco metros! Alguns até pisavam em cima daqueles que caíram em seu caminho!
Harry assistia a tudo isso horrorizado, sua raiva aumentando cada vez mais... Cadê a Ordem que não chegava enquanto trouxas inocentes morriam? Mas isso não durou muito tempo; Logo feitiços e raios coloridos começaram a voar até os comensais e atingí-los.
Pronto, agora a batalha começara, definitivamente. Depois de terem atacado alguns, os membros apareceram para duelar, cara a cara; Harry desviou sua atenção para o outro grupo mais perto dele, já mais aliviado; e todos os lugares agora a ordem se revelara. Era sua hora.
Viu Tonks lhe fazer um sinal com a cabeça, e ele repetiu esse sinal para Hermione.
Eles se levantaram de um salto, pegando a vainha ao mesmo tempo em que dois comensais se voltaram para eles, talvez pensando que fossem trouxas comuns que ainda pensavam que aquilo era uma peça de teatro do grupo de Londres.
Não teve tempo de ver a surpresa de todos, gritou:
- Expiliarmus!
Ao mesmo tempo que Hermione também desarmava o outro, e duas varinhas voariam longe se Tonks não as tivesse aparado e partido-as no meio. Mas esses dois comensais, ao se verem sem varinha, desaparataram antes de serem presos.
Mais quatros membros da Ordem se juntaram a eles, e cada um pegou um comensal para duelar.
- Explia...
- Protejo! Ora rapaz, não quer me pegar com esses feiticiozinhos (puts qto erro de gramática numa palavra só) infantis, não?
- Você acha que eu venci seu mestre há mais de dois anos atrás como?
O comensal se paralizou, e Harry sorriu.
- Como assim? Você é...?
- Com certeza, eu sou... Estupefaça!
Harry sorriu quando o comensal caiu desmaiado a seus pés. Se revelara, mas não tinha problema, ninguém mais o escutara.
Um membro da Ordem havia sido atingido, o que significava que havia um comensal livre. Olhou ao redor e encontrou Hermione tentando lidar com dois comensais ao mesmo tempo, o que estava sendo difíci. Se dirigiu até ela, desviando de um feitiço que o adversário de Tonks lançara.
Ao vê-lo, um deles deixou a garota e foi até o seu encontro.
- Cruc...
Harry desviou.
- Rictussempra!
Pego desprevinido o comensal foi atingido em cheio na barriga, e se dobrou no chão,rindo de se acabar.
Harry sorriu, satisfeito.
- Tire... esse... feitiço... de mim! - falou o comensal, enquanto batia com as mãos no chão, gargalhando.
- Porque? Você me parece tão feliz com ele! - zombou Harry, enquanto olhava ao redor para analizar a situação.
Estava tudo um completo caos. Havia muitos trouxas caídos e muita correria dos que restavam.
viu Rony, já não mais permanecia em posto. Tirara o freio-de-burro para facilitar o seu duelo com m dos comensais; sua peruca acinzentada caía da cabeça e já tornava-se possível reconhecê-lo.
Harry desviou sua atenção para seu atual adversário, que agora rolava no chão, perdendo o fôlego de tanto rir.
- Por favor... eu não... agüento mais...
- Já lhe disseram que rir é bom para a saúde? - perguntou Harry em tom zombeteiro. - Devia praticar mais esse ato.
E ele tirou a varinha das mãos do bruxo, que tentou enfrentá-lo, mas não teve forças.
Foi até dois comensais que com um feitiço faziam uma criancinha rodopiar no ar. Pegou um deles com um "Petrificus Totallus" e após encerrar o feitiço que prendia a garota, começou a duelar com o outro.
Esse foi bem mais difícil. Harry não soube quanto tempo ficara duelando com ele, conseguira não ser enfeitiçado, mas suas forças concentravam-se em bloquear e desviar os feitiços que eram lançados, e nunca enfeitiçar.
O braço da varinha já estava ficando dolorido. Os dois se afastavam do lugar onde começaram a duelar e já estavam subindo a rampa.
- E aí? - Falou o comensal, ofegante como ele. - Quem... é você?
Harry não respondeu. Como conseguiria se o outro não parava de lançar feitiços?
- Não vai responder? Já sei... Sua cordenação motora não basta para isso, não?
- Não... te interessa! - ele conseguiu berrar, após desviar um raio vermelho.
- Uhuhuulll! Ele sabe falar! Será que conhece bons feitiços também? Até agora não vi nenhum!
- Taran...
- Protejo! Esse não serve, não tem um melhorzinho, não?
- Ric...
- Protejo! Caramba, a coisa está feia, heim? Eu conheço um. Quer que eu lhe mostre?
Sem perceber muito bem, Harry foi atraído pelas grades de segurança da rampa, e em um segundo, viu o comensal o esmagando ali...
- Vamos ver se te conheço agora - disse ele, e com extrema rapidez, viu o comensal lhe tirando o boné e os óculos escuros.
Congelou por alguns segundos ao mirar os olhos verdes esmeraldas que o fitavam firmes, apesar da situação desavantajada.
- Harry Potter... - murmurou baixinho, mirando a cicatriz do garoto.
- Prazer. E você é?
A raiva do comensal pareceu ter se dobrado e ele apertou o garoto contra a grade. Essa grade era pequena, e se Harry fosse um pouco mais forçado a se inclinar, imitaria os gestos daquele comensal e cairia lá embaixo.
Essa parecia ser a intenção do homem, que segurando seu pescoço começou a incliná-lo para baixo.
- Avada Kedavra!
A voz soou baixa, e Harry se assustou. Pôde ver, apesar da falta de óculos algo que o surpreendeu. O homem que até agora lhe empurrava paralizara e quando caiu, viu umoutro ser de capuz com a varinha ainda em punho.
Ele se aproximou de Harry, que estava congelado, surpreso e assutado. Apontou a varinha para o pescoço de Harry, e ele viu, a mão metálica que saía da manga da capa.
- Agora estamos quites, Potter - murmurou Rabicho, logo em seguida, desaparatando.
Harry ainda ficou pregado no chão, com os sentimentos confusos, pensando no que acabara de acontecer.
Desgrudou as costas congeladas daquela grade, e se endireitou.
Buscou olhar para os lados, analizando mais uma vez a situação de todos.
Era a imagem mais horrível que ele podia ver. Chegou a imaginar no que seria se tivesse ido na guerra, da outra vez. Pensou que seria a mesma coisa. Trouxas caídos, mortos, feridos, desesperados, enquanto raios e mais raios voavam para toda direção. Craques de pessoas desaparatando, sumindo, aparatando...
Respirou fundo e voltou para a batalha, era necessário sua ajuda.
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As horas se passaram, mas a batalha continuava; Não sabiam há quanto tempo estavam lá, lutando, mas sabiam que não podiam parar. O cansaço tomava conta, a fome, mas eles não podiam parar, não podiam...
Todo o momento que pensavam ter acabado, que pensavam que a luta estava quase ganha, mais alguém aparecia... Um outro grupo de comensais apareciam, e começavam a lutar. Por causa disso, estavam começando a ficar em desvantagem, afinal, os comensais chegavam descansados, cheios de energia, enquanto eles eram sempre os mesmos; cansados, doloridos, desanimados...
Mas uma hora, algo aconteceu, algo que os ajudou. Grupos de pessoas que Harry nunca vira na vida, pessoas na maioria ruivas, aparataram, e começaram a duelar também, os ajudando. ´Harry se lembrou do que a sra. Weasley lhe falara pela manhã, sobre mandar cartas para alguns conhecidos.
Os membros do ministério também já estavam em peso, mas com a ajuda, todos pareceram se empolgar e voltaram a lutar com mais intensidade e vontade.
Foi aos poucos, mas a situação foi se amenizando, finalmente parecia que o bem prevalecia, e o mal era derrotado.
Harry não estava cansado, estava apenas preocupado, mas agora, com a vitória que parecia conquistada, voltara a se animar, e venceu rapidamente o adversário que tinha já fazia um longo tempo.
Olhou ao redor e não achou muito o que fazer, quando ia ajudar Tonks, mesmo sem ela estar precisando, viu uma coisa que fez seu coração acelerar...
Não. Isso não podia estar acontecendo... Como era possível? Será que horas e mais horas lutando contra comensais da morte o enfraquecera o cérebro?
Começou a andar, rumo a cabeleira ruiva que se agitava a sua frente, mas ela começou a correr, e ele acompanhou, estavam se afastando muito dos demais, mas isso não importava, importava apenas a imagem que ele tinha a sua frente! Como era possível...?
Harry chegou a uma parte isolada da estação, mas não viu ninguém. Oras... Que coisa mais confusa... Onde estaria Gina? Ela estava ali agora mesmo! Mas... será que estava mesmo?
Como?
Como ela sumiu?
Como ela fora parar ali?
Aquilo estava muito estranho, e Harry estava começando a cair na real. Gina? Na estação?
O que ela estaria fazendo lá? E porque o idiota foi atrás? Porque ele se afastou dos outros?
Quer saber? O melhor, e atitude mais sensata era sair correndo dali, e foi o que ele fez...
Ou pelo menos, tentou fazer...
- Com pressa porque, Harry?
Ele congelou, ao mirar aquelas pupilas vermelhas, que o encaravam.
- Surpreso, Harry? - voldemort falou, em uma voz melosa, que não combinava nada com ele.
- Não mentiria se dissesse que sim - falou Harry, na voz mais tranquila que conseguia fazer. Mas não pôde deixar de reparar que Voldemort tinha a varinha preparada enquanto ele fora pego desprevinido.
A boca quase sem lábios de Voldemort se entortou em uma espécie de sorriso irônico.
- Cadê ela? - perguntou Harry, pensando novamente na imagem que o fizera chegar até ali.
- Ela quem? - perguntou Voldemort, descontraído.
Harry mordeu os lábios.
- Sabe de quem estou falando. Onde ela está? Eu a vi!
- A viu? Então foi uma jovem. Uma garota?
A idéia de aquilo fora uma enrascada insistia em buzinar na cabeça de Harry, ele teve a sensação de que era um completo inútil, e burro. Deveria começar a usar mais o cérebro nessas ocasiões.
- Como foi que fez isso? - perguntou sem abrir muito a boca.
Voldemort soltou uma daquelas gargalhadas sombrias.
- Um simples feitiço ilusório, Harry Potter, ele faz com que você enxergue a pessoa que mais ama naquele que o enfeitiçou. Foi assim que o atraí até aqui, e você, como sempre, caiu que nem um patinho...
A raiva de Harry não tinha tamanho. Ele morria de vontade de erguer a varinha e atirar um Avada Kedavra naquele momento mesmo, mas só se segurou ao pensar que não iria para a cadeia por fazer uma coisa mal feita, já que não adiantaria nada destruir Voldemort agora, se ele ainda tinha as horcruxes muito bem guardadas mas ainda inteiras consigo.
- Anda cuidando bem da Weasley, Harry?
O coração de Harry fez uma viagem em todo o seu organismo naquele momento, e decepcionado, ele percebeu que nem desfarçar conseguiria, acabara de revelar toda a verdade com sua própria reação.
Voldemort continuou rindo e se aproximou mais, o empurrando com a varinha.
- Estou atrás de você há muito tempo... - ele murmurou. - Eu contei os dias que faltavam para o seu aniversário, afim de lhe fazer uma surpresinha, mas você parece ter sido mais esperto que meus próprios amigos. Muito sagaz, Harry Potter. Fugiu antes que alguém pudesse te trazer até mim. Mas o que importa isso? Você está aqui agora, nas minhas mãos...
- E o que te faz pensar que estou nas suas mãos?
Voldemort começou a gargalhar novamente.
- Ora, Potter! Vejo que insiste em se fingir de corajoso! Diga a verdade! Você está morrendo de medo de ficar aqui!
- Bom - disse Harry, encolhendo os ombros. - Não posso dizer que sua compania seja das mais agradáveis, mas passou a época em que eu tinha medo de você. E acredite, em breve mais ninguém terá.
Os olhos ofídios faíscaram.
- Você é muito atrevido, Harry Potter. Sabe, atrevimento é muito bom, mas não para ser usado comigo. Espero que esteja ciente disso quando pensar em se referir a mim novamente.
- Pode deixar. Serei bonzinho de agora em diante.
Harry não sabia dizer de onde tirava a coragem para dizer todas aquelas coisas. Mas parecia que finalmente ele resolvera encarar a situação. Encarar o que normalmente as pessoas sensatas não encarariam...
- Paremos com a enrolação e vamos ao que interessa. Sei que você não vai ficar parado sabendo que quero matá-lo, Harry, mas estou me surpreendendo com sua demora para agir. O que está tramando? Ainda acha que pode me vencer? Como?
- "Se" eu estivesse tramando alguma coisa, não acha mesmo que eu lhe contaria, não é?
Voldemort ergueu a varinha até apontar para a cicatriz de Harry.
- Vamos acabar logo com isso... - murmurou, com os olhos faíscando. - Vamos aproveitar sua previlegiada presença, já que meu servo encarregado não consegue trazê-lo até mim...
Harry estava começando a perder a confiaça. Voldemort estava ali com a varinha preparada, pronto para matá-lo a qualquer momento, e ninguém viria socorrê-lo, ninguém sabia onde ele estava...
Mas francamente! Ele era um verdadeiro imbecil! Porque Diabos fora imaginar que Gina estaria ali? Porque não ficara quieto em seu canto e procurava uma outra forma de tentar descobrir sobre o atual paradeiro da garota?
Quem o encontraria antes que fosse tarde? Quem? Não havia ninguém ali perto, e ele ainda nem sabia se havia mais alguém em toda a estação, ja que ficara tarde e aquela hora tudo estava quase resolvido.
- O que houve com sua coragem, Harry? Está tão diferente do que estava há minutos atrás... perdeu a confiança, foi?
Harry engoliu em seco. Muito seco. Quase engasgou...
Voldemort, percebendo o "leve" desespero do garoto começou a rir.
- Sabia que sua coragem era apenas faxada, Harry. No final, vc teme a morte. Todos temem.
- Inclusive você... - deixou escapar Harry.
- Não, Harry, eu não tenho medo da morte. Sabe porque? Porque eu não preciso temê-la, ela não pode comigo. Não vou te explicar porque sei que sua cabeça não entenderia, mas basta você saber que a morte não pode me vencer.
Harry não se segurou, quando viu, um sorriso já esticava seus lábios, e ele percebeu que Voldemort o encarava, levemente surpreso.
Não deu tempo de falarem mais nada, no instante seguinte "craques" soaram de todos os lados e membros de todo o ministério apareceram, com luzes que cegavam as vistas de qualquer um.
Tentando enxergar direito, Harry olhou para os lados, fazendo com que os olhos se acostumassem com a repentina iluminação em um lugar que antes estava escuro.
- Onde ele está? Cadê ele? - Alguém perguntou.
- Aparatou - respondeu um outro. - Mas eu o vi. Estava aqui! Você é maluco garoto?
Ele se sobressaltou ao ver que se dirigiam a ele.
- Eu?
- Não! Quem estava com você-sabe-quem em um lugar afastado de todos? Eu que não era!
- Ora, Alfred, não acha mesmo que Potter estava aí por sua livre e espontânea vontade, não é?
Harry olhou, era o sr. Weasley quem falava.
- Tudo bem, Harry?
- Tudo - respondeu ele automaticamente, enquanto olhava para os lados. - Como nos acharam aqui?
- Uma denúncia.
- Denúncia?
- Isso. Alguém avisou Lupim, que nos avisou.
Será que isso teria alguma coisa a ver com o tal de espião? Pois Harry tinha certeza de que ninguém o vira, só teriam como ter avisado se soubessem que os dois estariam ali, naquele momento.
- Vamos para casa, Harry? - perguntou o sr. Weasley, tirando-o de seus devaneios. - Acho que você deve estar cansado, todos estamos.
- E a luta?
- Muitas mortes. Mas ganhamos. Graças a Merlim.
Harry concordou. Aliás, não via a hora de voltar para casa...
Chegou na sede, acompanhados por todos que estavam cansados mais satisfeitos...
Apesar de que... Harry não podia deixar de notar que todos estavam um pouco triste; talvez pelos trouxas que não puderam salvar; talvez pelo fato de terem voltado apenas com a metade dos que foram... Mas a vitória não os deixara tão felizes quanto deveriam.
Depois de um bom banho quente e uma boa pratada de sopa, todos começaram a dar boa noite e se retirarem para dormir.
Restaram apenas Harry, Rony e Hermione, que após conversarem um pouco, também resolveram subir e descansar um pouco.
- Vão vocês. Eu não estou a fim de dormir agora, depois eu subo.
- Ok, então. Boa noite.
- Boa noite.
Harry ficou olhando os amigos se afastarem, enquanto se lembrava de tudo o que acontecia. Caramba! Fora um dia tão longo! Quantas surpresas! Quanta coisa aconteceu! Voldemort, Rabicho... Tudo era tão estranho!
Parece que a realidade do que o aguardava finalmente deu uma amostra de como seria sua vida até que ele destruísse Voldemort definitivamente.
Isso, os acontecimentos daquela noite, significavam que a guerra estava próxima. Hoje fora apenas King' Cross. Amanhã... poderia ser o que? E será que seria um único lugar?
Não, claro que não. Voldemort tramaria muito mais. Agiria em todos os lugares ao mesmo tempo.
E ele teria que estar preparado. O quanto antes fossem atrás dessa horcruxe melhor! Teria que destruí-las o mais depressa possível e acabar de vez com esse sofrimento.
Suspirou, e apesar de não sentir o mínimo de sono, resolveu subir para sua cama. Ter uma noite de sono, quem sabe quando teria outra novamente...
Foi aí que passou em frente ao quarto de Gina, e pensou...
Uma última noite como um garoto normal?
Pensou em Voldemort, e quase deu meia volta... Ele sabia...
Mas algo dentro de si falou mais alto, e ele abriu a porta.
Encontrou Gina deitada em sua cama, vestida com um robe por cima da camisola de seda. A primeira impressão era de que dormira enquanto esperava alguma coisa, ou alguém... Quem sabe não estaria esperando que chegassem?
Harry se reconfortou ao vê-la ali, e por um momento permaneceu a porta do quarto, sem se mexer. Sabia que ela estava segura desde antes entrar no quarto, mas vê-la lhe trouxe uma tranquilidade imensa, e é claro, alguns outros sentimentos também, que tentou ignorar...
Mas o que diabos estava fazendo no quarto de Gina aquela hora? E se alguém chegasse ali?
Porque entrara, pra começar?
Relutante, Harry se virou para ir embora, mas...
- Harry?
A voz soou baixa e sonhadora. Ele se voltou novamente e encontrou Gina, com olhos de sono, o encarando como se não acreditasse no que via.
- Harry! - dessa vez foi mais firme, ela se levantou correndo, deixando o rob escorregar de seu corpo. - Eu estava tão preocupada!!! - disse o abraçando fortemente.
- Calma Gina, ta tudo bem - ele disse correspondendo ao abraço, com uma repentina tremedeira nas pernas
- A que horas vc chegou? - perguntou, afastando o rosto para olhá-lo mas sem desfazer o abraço.
- Acabei de chegar - respondeu, encarando aqueles olhos tão adoráveis.
Gina sentiu algo estranho dentro de si quando encarou aqueles olhos verdes. Em um momento estava tão preocupada em tê-lo perdido que agora que viu que ele estava ali, abraçando-a, sentiu necessidade de nunca se afastar, de estar sempre ali agarrada com ele para que nunca pudesse correr o risco de se afastarem...
Ela tornou a abraçá-lo ainda mais forte.
- Nossa que desespero! - Harry brincou, apenas para aliviar o que estava sentindo. Sentia tanta falta de gina que não conseguia evitar um sentimento tão já conhecido ao ver em seus braços aquela garota que ele tanto amava... Mas estava mais forte dessa vez... Depois do longo dia de lutas e surpresa, ele queria esquecer tudo... Ao lado de Gina.
Não era bom permanecer agarrado a ela naquele momento, naquelas condições, poderia não se controlar... e se isso acontecesse? Não, não poderia, Gina tinha uma cambada de irmãos ciumentos que eram seus amigos e aqueles pais que muitas vezes foram os seus pais... ELe tinha a confiança de todos os Weasley... Mas... Nossa! como aquela garota tinha o talento de encantá-lo a ponto de esquecer da fidelidade que tinha aos seus amigos?
Ele também apertou o abraço, fazendo movimentos circulares com as mãos em toda a região das costas de Gina, que era o máximo que seu respeito permitia chegar.
Estavam colados; apertavam-se como se quizessem ultrapassar os limites do corpo, como se quizessem chegar à alma... à algo mais significante do que o corpo...
Gina deslizou os dedos pela face de Harry e tirou seus óculos, se aproximando lentamente e beijando-o com todo o sentimento que conseguiu reunir... Afastou-se depois e sussurrou em seu ouvido,
- Eu te amo...
Seguido por um leve toque úmido e quente de sua língua macia, no lóbulo sua orelha...
Completamente seduzido Harry inverteu as posições e encostou Gina na parede, beijando desesperadamente seu pescoço.
Ela jogou a cabeça para atrás, e suspirando, permitiu-se curtir aquele momento, nem ligou para o sentimento que não queria assumir que sentia...
- Eu também amo você..
Harry retribuiu, imitando os gestos de Gina, que sentiu-se arrepiar da nuca os pés naquele momento.
Deslizou os dedos pelo abdômen do rapaz, sentindo de uma forma mais ampla o seu corpo, o que o fez sentir fortes pulsações no baixo ventre... Ela o estava enlouquecendo!!!
Harry queria fazer com que Gina também sentisse o que estava sentindo naquele momento, ao mesmo tempo em que perdia a noção, o juízo, e sentia-se feliz por isso.
Deslizou também as mãos até a cintura, e da cintura, desceu pelas laterais de seu corpo até onde seus braços podiam alcançar... ela se encolheu, graças ao arrepio que lhe subiu pelo espinha, e ele se excitou mais, apesar de não ter feito aquilo com esse mesmo intuito...
Gina sorriu, enquanto seu corpo emitia um repentino tremor. Harry sentiu que poderia estar começando a ultrapassar os seus limites, se já não estaria ultrapassando os de Gina.
A ponta se seus dedos roçavam suavemente a pele aveludada das coxas de Gina enquanto as palmas de suas mãos covardemente permaneciam tocando o tecido de sua camisola.
Gina beijou-o; não era um beijo delicado como os que estava acostumados a receber, mas caloroso e malicioso. Sentiu um arrepio gostoso percorrer-lhe a espinha enquanto os dedos da ruiva invadiam sua camisa e desligavam por seu peito. Voaram alguns botões, mas o que lhe importava isso? Nada mais agora importava, nada do seu futuro, nada de Voldemort, apenas a mulher maravilhosa que tinha em seus braços.
Despiu a camisa, sem exata consciência do que estava fazendo e sem se afastar muito de Gina. Voltou-se novamente com um beijo singelo em seus lábios e os deslizou até o queixo, enquanto suas mãos voltavam a posição anterior.
Passou do queixo ao pescoço, e ela, que estava momentaneamente imóvel, apenas curtindo a sensação que lhe era fornecida naquele momento, pendeu sua cabeça para o lado, deixando desprotegido um frágil pescoço nú. Harry entreabriu os lábios e permitiu-se experimentar o sabor daquela pele fresca e perfumada. Notou, por um suspiro falhado de Gina, que era um ponto sensível, mas isso apenas lhe agradou mais ele continuou, deslizando os lábios por toda a extensão do seu pescoço, descendo ao colo, e com incrível coragem até o decote, entreabrindo-os de vez em quando e arrancando ainda mais suspiros de Gina. Ela continuou deslizando seus dedos por suas costas, que íam e vinham, conhecendo cada centímetro seu, até o cós da calça e o pescoço.
Então, tomado por um impulso, num desses momentos em que ela descia os dedos por uma camada de pêlos particularmente sensíveis em sua coluna, um pouco acima o cós de sua calça, ele voltou a entreeabrir os lábios na parte visível de seus seios, e sua pele quente e pulsante fez contato com sua língua úmida e tímida, ao mesmo tempo em que suas mãos subiam, levando consigo o tecido da camisola, e voltavam a descer, encontrando a pele nua.
O corpo inteiro de Gina tremeu violentamente, e por alguns segundos o abraçou mais forte, mas sem aviso, ela o empurrou abruptadamente.
A ausência repentina do calor do corpo de Gina o assustou, e ele olhou-a assustado. Encontrou-a muito corada e com uma expressão em que se misturavam confusão, surpresa.
Os olhos se encararam.
- Desculpe, Gina... - pediu Harry, a vergonha tomando conta de si novamente. - Perdi o controle. Acho que forcei a barra... Não forcei?
Gina sorriu.
- Não, você não forçou pode ficar sossegado.
Harry não entendeu o significado das palavras de Gina. Não conseguiu interligar o que havia acabado de dizer com o que havia feito em poucos minutos.
- Como assim? Eu... você não...? Eu não forcei você?
- Não - respondeu ela ainda sorrindo. - Não precisaria me forçar para... - Ela parou, enrubescendo. - É que... acho que não é assim. Eu amo você e você me ama, certo?
- Claro! - respondeu Harry, quase indignado.
- Então... isso é... É tão complexo! É um ato de amor tão profundo que eu não quero que se baseie apenas... no sexo. Conheci casais que acabaram terminando por terem se viciado no prazer e no desejo e acabaram se esquecendo do amor que sentiam um pelo outro. Não quero que isso aconteça com a gente.
Harry ficou por alguns segundos tentando absorver o significado daquelas palavras, então, como um jato, ele se aproximou de novo da garota, que estava cabisbaixa, e tomou-lhe as mãos.
- Isso nunca aconteceria com a gente! - disse forçando-a a encará-lo. - Eu sempre vou amar você, por mais longe ou mais perto que esteja! Acho melhor ir embora se isto por enquanto está te incomodando, mas não se preocupe, nada que aconteça pode abalar o amor que sinto por você.
Gina egueu os olhos, e seus lábios se encontraram em um beijo suave, até que Harry se afastou.
- É melhor e ir. Boa noite.
- Não.
Gina o reteve pela mão.
- Eu nunca disse que queria que fosse embora.
Harry franziu as sobrancelhas. Francamente as mulheres as vezes eram tão complicadas!
- Uai... mas então, o que foi isso agora pouco?
- Eu só queria ouvir o que me disse - falou, sorrindo.
Harry estava perplexo demais para dizer alguma coisa, mas não foi preciso dizer nada, pois Gina se levantou e se aproximou dele.
- Fique.
Harry encarou-a. Aquilo era um convite? Ao pensar que sim, suas entranhas formigaram. Entendeu agora as palavras de Gina; ela queria ter apenas a certeza de que ele não insistiria, queria ouvir que seu amor não enfraqueceria por nada no mundo.
Gina começou a deslizar o seus dedos pelo cós de sua jeans, causando-se formigamentos por toda aquela região, e abriu o botão.
Harry ergueu os olhos e a olhou novamente, sorriu ao ver que estava ainda mais corada. Passou os dedos por entre os cabelos sedosos dela...
- Tem certeza de que...
Fui calado por um beijo.
- Eu... quero... que... isso... seja... especial... - Gina sussurrou, entre beijos, ao mesmo tempo que descia suavemente o zíper da calça de Harry, que estremeceu.
Ela se afastou dois curtos passos...
Eles se encararam...
Harry volto a se aproximar, e puxou o lacinho de fita que prendia a camisola. Olhou para Gina, que apenas sorriu o encorajando, e ele continuou a puxar os outros, até que a libertou completamente do tecido fino.
Ele se congelou momentâneamente, e atordoado pelo que preenchia a sua visão, não conseguiu deixar de admirá-la, mesmo sabendo que isso a constrangeria.
Ela revelara belas curvas, e uma pele branquinha que brilhava a cor de seus cabelos ruivos; A imagem mais bela que Harry já vira... Poderia ficar a noite inteira, a vida inteira, apenas a admirando...
Tentou se controlar... não conseguiu.
Desviou suas atenções novamente aos olhos de Gina, e se aproximou num repente, tomando-a nos braços e beijando-a apaixonadamente.
- Vai ser... - murmurou em seu ouvido, quando seus lábios se afastaram para tomar ar.
- Harry... O quê...?
Ele a pegou no colo e delicadamente a colocou na cama, enquanto ela ria pela atitude inesperada.
Ficou mais alguns segundos, apoiado com um dos cotovelos no colchão, a admirando... não conseguia controlar isso, sabia que ela estava ficando embaraçada, constrangida, mas seus olhos pareciam ter vontade própria, não esperavam comando...
Lhe deu um beijo suave nos lábios, deslizando pela bochecha, queixo, pescoço, colo...
<><><>
- Vem aqui...
Harry obedeceu, e voltou a beijá-la nos lábios, enquanto tentava se ajeitar, sem machucá-la, com seu peso...
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Transpirando e ofegante, Harry depositou um beijo no ombro de Gina, e sorriu, deitando-se ao seu lado e a acolhendo em seus braços.
Nenhum dos dois comentaram nada, por um longo tempo, até que seus corações pareceram voltar aos batimentos normais, e suas respirações voltaram a se controlar.
Em breve amanheceria...
- Te amo, Harry...
Ele sorriu. Como não a amaria? Seu amor ultrapassava qualquer sentimento que ele conhecia.
- Eu também te amo... - respondeu após alguns segundos, mas achou que ela não havia escutado, pois sua respiração mudara o ritmo, enquanto suas pálpebras permaneciam semicerradas.
Adormecera...
É isso ae pessoal! Espero que tenham gostado. Próximo capítulo, mistérios começam a ser revelados... E é importante dizer que essa fic pode ter semelhanças com o séitmo livro, (não sei se tem e o que tem) mas fiquem avisados que foi escrita antes do livro sair, então nada maiis é do que EU esperava que fosse. Nada de spoiler, semelhanças foram pura dedução e acaso...
Bjosssss
E posto assim que comentarem! (além da Lary, claro) Valeu! Até o próximo capítulo!
PS: Entrem nessa comu se você gosta da fic!
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=33686033
Tem muitas fics minha lá... please, dêem uma força!
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