A lily de dentro
Louie Armstrong - What a Wonderful World
Capitulo 8 - A lily de dentro do coração.
-Tum. – era como o tamborilar de um tambor de reggae.
-Tum.
-Tum. – ela fechou os olhos a fim de conseguir controlar os batimentos frenéticos.
-Tum.
Passou as costas da mão na testa suada e, num sinal de aceitação, tomou um grande trago de ar. Os olhos das pessoas estavam ali, incisivos, tristes, felizes ou emocionados. Mas a frente ela notou um par de olhos castanhos esverdeados; eram olhos.. meigos!? Claro que eram. Mas eles valiam à pena?
Não, não valiam. Ou valiam?
Ela deu um passo para trás chocando-se num peito cansado. Virou-se rapidamente encarando os profundos olhos esverdeados do pai. Um homem imponente, fora um dos mais ricos da Inglaterra, hoje tinha tanto quanto um homem comum; mas não era o dinheiro que fazia de George Evans um homem de classe, não, era muito mais, ele havia nascido com isso, classe, determinação, inteligência, nem sempre bem utilizada, mas ainda assim inteligência. Porque Lily não era como ele?
-Não faça isso. – ele ordenou autoritário. Sua voz era firme e fria, fria demais.
A ruiva suspirou e fechou os olhos para ouvir mais uma vez o compasso do “tum”; sua própria batida de reggae que só foi interrompida com a macha nupcial. Ela deu um passo a frente, cada perna deveria pesar pelo menos cinqüenta quilos, e ao mesmo tempo estavam moles e desinteressadas em seguir seu comando. O homem mais velho passou o braço pelo da ruiva. Uma coisa era enfrentar capangas e vilões que querem destruir o mundo, outra era se casar.
A igreja havia ficado maior? Não... Isso não seria possível, seria? Realmente parecia maior, um corredor cheio de olhos, era um pesadelo. Claro, essa é a única explicação. As mãos suadas, a respiração ofegante, os olhos famintos, o corredor largo...
-Lily? Você está se sentindo bem? – era um príncipe. Alto, cabelos negros, olhos castanhos, sorriso devastador; isso apenas confirmava a idéia de um sonho, não era mais um pesadelo.
-Eu... – antes que pudesse terminar ele lhe entrelaçou os dedos, era uma prova, uma prova para Lily de que não era um sonho.
-Tudo vai dar certo meu amor.
Ela sorriu, situando-se no tempo e espaço. Ela estava na igreja muggle que sua mãe freqüentava, o príncipe era seu noivo, James Potter, os olhos nada mais que convidados curiosos. Num suspiro ela olhou ao velho a sua frente, um padre.
****
Sirius passou a mão pelo cabelo e olhou-se no espelho lançando-lhe uma piscada.
-Gostoso. – ele disse a si mesmo numa auto afirmação. – Você é tudo o que as mulheres gostam, inteligente, bonito...
-Humilde. – uma loira entrou no banheiro. Ela estava linda, vestido palha, brincos de diamante, boca vermelha e chamativa...
-Ah, eu sabia que tinha me esquecido de alguma coisa. – o rapaz sorriu galante. Mas Marlene McKinnon sabia, por incrível que pareça, a única qualidade não aplicável ao rapa era a humildade, o resto, nada menos que a verdade diminuída.
-Tão convencido...
-Eu sei que você me ama, eu sei que você me que, eu sei que você quer me dar um beijo... – ele falou brincando, mas se imaginasse o quanto aquela oferta pareceu tentadora aos olhos de Lene, ele teria continuado.
-Eu sei que estamos atrasados e que nós vamos na sua moto porque meu carro precisa descansar depois de uma aventura como essa. – Ela sorriu e saiu do quarto, antes que Sirius lhe parecesse mais tentador do que o casamento da melhor amiga.
A moto era rápido e cortava a estrada barulhenta, poderiam ter ido voando, mas como explicar uma moto descendo do céu as quatro da tarde? Sirius era um bom motorista, ao menos parecia ser, até olhar no relógio que marcava quatro e meia e começar a acelerar.
-Droga Lene, estamos meia hora atrasados.
-Você acha que o James não vai esperar? – ela perguntou incrédula.
-Acho que não. Em que mundo você vive Lene? James não esperaria nem a rainha para se casar com Lily.
Ela sorriu e suas gargalhadas ficaram para trás, junto com a poeira e o asfalto. Porque mais a frente a igrejinha de San Diego mostrava-se pequena e cativante, muito parecida com a ruiva que lá iria se casar.
****
-Repita o que eu disser. Eu Lily Elizabeth Evans. – o padre começou.
- Eu Lily... – a ruiva parou olhando rapidamente para trás, um eco de um palavrão correu por toda a igreja, Sirius Black nunca mudaria...
-Padfoot! – James brigou num sussurro.
-Foi sem quere cara. – o outro gritou. Definitivamente ele nunca tinha entrado numa igreja.
Marlene revirou os olhos dando ao namorado um grande beliscão no braço e puxando-o correndo pela a lateral da igreja.
-Desculpe o atraso, você sabe como é o sirius em frente ao espelho. – Lene sussurrou a noiva que sorriu. Logo sendo repreendida pelo padre que estava apenas tentando acabar o casamento antes das bolas de ouro.
-Hu-hu.
-Prossiga excelência.
-Eu Lily Elizabeth Evans aceito de bom grado James Potter...
-Eu James Potter aceito de bom grado Lily Elizabeth Evans...
-...para ama-lo e respeita-lo,
-...para ama-la e respeita-la,
-...na alegria e na tristeza...
-...na alegria e na tristeza...
-...na saúde e na doença...
-...na saúde e na doença...
-...na riqueza e na pobreza...
-...na riqueza e na pobreza...
-...por toda a minha vida....
-...por toda a minha vida.... e além dela também...
-...até que a morte nos separe – o casal falou em uma única voz, como se naquele momento houvessem acabado de se fundir, agora eles eram um só.
- Pelos poderes a mim investidos, eu os declaro marido e... – James não conseguiu esperar e enlaçou a ruiva num caloroso beijo. – Ainda não senhor Potter. Eu os declaro... – dessa vez foi a ruiva, que ansiando mais uma vez o beijo do rapaz agarrou-lhe o colarinho da camisa. – Por favor, deixe-me fazer meu trabalho... Eu os declaro marido e mulher... – o padre olhou antônimo o jovem casal. – Andem, agora sim, pode beijar a moça rapaz.
Sem esperar uma segunda ordem James agarrou a mulher num caloroso beijo. Ainda no calor do momento Lily entrelaçou as pernas em volta do marido, ali mesmo, na igreja, sem quere para com o momento ela e James foram a tropeços e solavancos para a porta da igreja; sendo finalmente saldados com uma chuva de bolhas de sabão “arroz é muito perigoso, pode furar o olho de alguém” a ruiva dissera para a organizadora do casamento.
-Lily! – Lene ainda conseguiu gritar antes da amiga entrar no carro. – o buquê!
Num sorriso cúmplice a ruiva jogou o buquê nas mãos da loira. – Esse é todo seu.
James piscou a Sirius, antônimo com a possibilidade, mas deixou-se dar outra piscada ao mais novo casado do pedaço.
-Você acha que vai dar certo?
-Claro que vai James, já viu previsão de noiva não dar certo? – a ruiva sorriu com um beijo no marido. – O que acha de champanhe senhor Potter?
-Me parece bastante agradável senhora Potter.. – ele pulou em cima da mulher dentro da limusine fazendo suas mãos explorarem cada fenda do vestido branco..
-James...
-Lily. – ele gemeu.
-James. – ela falou mais serio.
-Lily. – ele brincou.
-Você viu o Remo? – assustado com a pergunta numa hora tão.. inapropriada, James caiu de costas no chão da limusine.
-Eu não ouvi o que eu acho que ouvi.
-Não seja bobo, eu estou preocupada, ele saiu antes do casamento acabar...
-E você não notou que Dorcas também...
-Dorcas? Que Dorcas? Oh meu deus Dorca Meadowes!? Onde.. Como eles....
-Segredos de marotos. – ele disse calando-a com um beijo.
-James? – ela chamou mais uma vez.
-Sim lily. – ele falou paciente.
-Obrigada. – ela sorriu.
-Obrigado? Porquê?
Ela o beijou, devagar, e apaixonadamente. – Por não esquecer o nosso amor...
Ela a entrelaçou nos braços e continuou, mais um de muitos dos intermináveis beijos apaixonados que viriam a partir daquele momento.
=--=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-THE END=-=-=-=-=-=--=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-
N/A: obrigada a quem acompanhou a fic até aqui, e desculap a demora, mas eu não sabia como escrever o final, bloquei total, então hoje bateu aquela saudade e aqui estou eu. Eu realmente espero que vocês tenham apreciado tanto quanto eu. Obrigado pelos comentarios e pelo apoio.
Bjak
Amo todos vocês
Não me matem pela demora certo?
Bjus
Acho que vou chorar...
não! Acho melhor manda mil e um beijos!
Conto com vocês nas minhas outras fics!
Obrigado mais uma vez a quem comentou.
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