A profecia começa a se cumprir



Capítulo 41: A profecia começa a se cumprir. (O Início do Fim)



No fim das aulas, todos foram pra sala comunal. Eles adorariam ter que sair e passear pelos terrenos, mas estranhamente, esse dia amanheceu com o céu completamente tapado por nuvens negras e durante a manhã tinha começado a chover.

-Essa chuva me dá um frio na espinha. – comentou Rony.

Gina e Harry estavam ali também, conversando.

-Por quê? – perguntou a irmã dele.

-Ontem à noite o céu estava limpo. Além do mais, já estamos quase no veroa e o ano foi seco, quase nem choveu nem nevou no inverno. E de repente aparece uma chuva torrencial. É muito estranho. – respondeu Rony.

-Você está certo... Mas por quê Jill e Mione não estão aqui? – Perguntou Harry.

-Hermione queria dormir um pouco... – respondeu Gina.

No quarto feminino...

-Eu vou dormir um pouco. Você continua revisando essa coisa – disse uma Hermione sonolenta, apontando o pergaminho que estava na mesinha de cabeceira dela. Jill o pegou, mesmo que pensasse que seria inútil. Sentou-se em sua cama, enquanto escutava o ruído da chuva sobre o cristal da janela, Parvati e Hermione roncavam em suas respectivas camas e Lilá estava com Neville na sala comunal.

-Não vale a pena... Não entendo nada... – disse enquando passava o dedo na frase “A poderosa magia perece”. O pergaminho brilhou por uma fração de segundo e Jill se deu conta de que algo mudou nele por um instante. – Hermione, acorda. – a remexeu – Acho que descobri algo importante!

-Jill, eu disse que queria... O que você disse? – ela acordou logo. Jill lhe mostrou o pergaminho, passou o dedo sobre a inscrição “poderosa magia” e esta mudou pra “grande bruxo”, repetiu a operação e o pergaminho voltou ao normal. As duas se olharam sem saber o que dizer. Prontamente Hermione pareceu entender algo... Tirou da gaveta de sua mesinha de cabeceira o livro “técnicas de espionagem trouxa internacional” e começou a procurar freneticamente entre as suas páginas. Quando terminou, estava mais branca do que papel.

-Olha isso... – murmurou, estendendo-lhe o livro a Jill. Ela leu o que Hermione lhe assinalava e ficou um pouco pálida.

-Impossível!

O parágrafo assinalado dizia o seguinte: “as combinações secretas são habitualmente usadas em códigos. Geralmente tem um significado: uma alegoria, uma data importante ou um símbolo. Por exemplo, o 666 se traduz como ‘seis de junho às seis da manhã (Ou da tarde)’”.

Hermione desceu rapidamente até a sala comunal seguida de Jill; Lilá e Neville já tinham subindo, só restara ali Rony, Harry e Gina. Ambas as garotas estavam pálidas e nervosas.

-Compreendemos a... Profecia – murmurou Hermione – o 666 é um codigo pra... 6 de junho às 6 da tarde... E a tradução tinha que ser “grande bruxo...”...

-E então? – perguntou Rony sem entender. Pelo que se notara, Gina entendeu e levantou rapidamente de onde estava e muito pálida. “Está chegando a hora...” ela pensou.

-O que você não entendeu?! – exclamou Hermione – um grande bruxo morrerá hoje as seis da tarde!

-Quer dizer... – murmurou Harry – Dumbledore?

Saíram dali imediatamente rumo ao escritório do diretor.

-Não conseguiremos chegar! – disse Hermione, ofegante, tentando olhar seu relógio enquanto corria. Faltavam dez minutos pras seis.

-Vamos, temos que conseguir! – a animou ronr, mesmo que ele próprio estava exausto.

-Ora, ora... Potter e companhia. – sussurrou uma voz próxima deles. Muito contra sua vontade, eles pararam e se viraram. Snape continuou caminhando, até ficar onde eles estavam.

-É... Olá professor – saudou Gina timidamente. Todos conheciam Snape demais pra querer problemas com ele, mas...

-Me pergunto o que fazem, com que direito correm pelos corredores, garotos.

-Bem... Nós...

-Vocês tramam algo, melhor dizendo, você Potter. Sempre metido em encrencas igual ao seu pai. – disse ele lentamente.

Harry fez como quem não ouviu a última frase, mas com relação ao primeiro, abandonou toda prudência e disse:

-Precisamos ver o diretor, professor.

-Ah, não o farão. O diretor está muito ocupado pra tomar conta de você Potter. – respondeu Snape. Os demais tentaram ir, Gina olhou em seu relógio e só faltavam cinco minutos pras seis horas. Mas pra Snape só existia Harry.

Faltavam três minutos pras seis e só agora, Snape os deixou ir, com quinze pontos menos pra Grifinória. Claro, como as coisas estavam não era o melhor momento pra pensae em pontos. Quando finalmente chegaram na gárgula, faltava um minuto pras seis. Murmuraram “Edro” e a gárgula com uma lentidão desesperadora pra eles abriu e os deixou passar. Nem se quer esperaram as escadas se posicionarem totalmente e subiram rapidamente as escadas. Eles pararam em frente à porta da sala.

-Maldição, está trancada! – gritou Harry, perdendo as estribeiras e chutando a porta, mesmo sabendo que isso não a abriria. Hermione procurou a varinha mágica no bolso e não achou. Ia chamar as outras, usando a telecinesia quando Jill disse:

-Vamos! Precisamos de algo mais rápido que isso – tirou um grampo do cabelo, mexeu na fechadura e esta se abriu com um “clic”, enquanto Rony, verificando o relógio murmurava:

-3... 2... 1...

Bum! Um flash cegante de luz branca se sentiu na torre. Os cinco amigos conseguiram ver uma figura vestida de preto que sumia no nada, quando uma que reconheceram, caía no chão.

Dumbledore estava em um estado lastimante. A pele estava amarelada e as veias incharam, deixando rastros azuis por toda cara e o que a veste deixava ver das mãos. Respirava com dificuldades e entre curtos intervalos, e ainda assim consiguiu virar o rosto pra ver quem tinha entrado. Ele apenas conseguiu articular:

-Hemorrefillum...

-O quê? – Harry e seus amigos se aproximaram, rodeando Dumbledore.

-Hemorrefillum! – Hermione parecia chocada – Não pode ser! É?

Dumbledore confirmou levemente. Rony parecia não entender, mesmo que supunha que devia ser algo realmente terrível.

-É uma maldição horrível... – disse Hermione – temos seis minutos pra ajudar ele, dando o antídoto, se não...

Houve uma pausa onde podia se escutar a respiração de Dumbledore, mais agitada ainda. Uma chaga se abriu em sua testa e um fino rastro de sangue resbaldava em seu rosto. Horrorizada, Jill perguntou:

-E qual é o antídoto?

-Passim... Árabe... – murmurou Dumbledore, enquanto outra chaga se abria em sua bochecha.

-O trarei! – gritou Jill e saiu batendo a porta da sala. As chagas do diretor cresciam em número e o sangue já formava uma pequena poça no chão. Fawkes cantava e tentava inutilmente curá-lo cin suas lágrimas, sem nenhum resultado. A chuva lá fora estava mais intensa e se ouviu o estrondo de um trovão. Haviam se passado cinco dos seis minutos fatais.

-Não conseguirá chegar... – Gina murmurou, mexendo a cabeça, enquanto todos apressavam mentalmente Jill. A poça de sangue estava cada vez maior e Dumbledore estava bem diferente. A pele dele estava irreconhecível, cheio de chagas, em carne viva.

-Tem... Razão... Ela não chegará... – murmurou Dumbledore com dificuldade, meio que concordando com Gina. – Não importa... Outros ocuparão... Meu lugar. Minerva o explicará Harry.

-Ao que se refere? – perguntou Harry. Dumbledore não respondeu e se o fez não se escutou a resposta. Jill entrou correndo no escritório, com um frasco na mão.

-Cheguei! É... Muito tarde? – quase não se atreveu a perguntar. Rony olhou seu relógio como se não quisesse e...

-Sim...

Jill estourou:

-Maldição! Se não fosse por causa desse desgraçado do Snape! Ele me deteve nas masmorras quando eu já tinha o frasco!

-Se... Ve... Ro? – inquiriu Dumbledore, abrindo muito os olhos, mas só ouviram o que ele disse.

-Sim! Esse maric...! – Hermione deteve Jill com um tapa nas costas. Não era o momento pras essas coisas na verdade. Dumbledore parecia estar indo dessa pra uma melhor, tinha perdido muito sangue... “Só irei de verdade – pensou Dumbledore – quando ninguém mais precisar de mim. Boa sorte meu irmão”. Mas não conseguiu dizer.

Uns segundos depois só estava ali um cadáver seco e irreconhecível no chão, no meio de uma poça de sangue. Os cinco amigos reprimiram um choro, mesmo que só tivessem conseguido porque estavam impressionados demais pra dizer alguma coisa. Enquanto isso, o processo se acelerava e como se vivessem muitos anos em um, o cadáver se decompunha... Só restavam as cinzas. Escutou-se um grito afogado, por trás deles. Os garotos se voltaram e Hermione quase desmaiou.

Minerva Mc Gonnagall estava na porta do escritório.

Harry sentiu que o chão meio que se mexia (Expressão apenas). Ninguém disse absolutamente nada. Enquanto buscava alguma desculpa que pudesse salvá-los da expulsão, a professora Mc Gonnagall murmurou:

-Mas... O que... Fazem... Vão... Pro... Maldição! Fora daqui! Ao meu escritório!

Ao julgar pelo tom dos gritos, as três últimas frases soaram seguras. Desceram as escadas e chegaram ao escritório dela. A professora sentou-se atrás de sua mesa e fez aparecer uma xícara de chá, onde colocou um pouco de poção de valeriana (pra acalmar os nervos). Moveu a varinha mágico e cinco poltronas apareceram de frente pra mesa. Ela os convidou a se sentar e mais calma disse:

-Agora vão me contar o que aconteceu, o que faziam ali?

Jill se adiantou e preferiu “omitir” sobre a profecia a dizer a verdade:

-Faz uns dias que Harry sonhou que o diretor morreria professora. Queríamos lhe avisar e nos encontramos com o corpo dele já no chão, a beira da morte. Não pudemos fazer nada.

-Viram quem fez?

Os garotos negaram com a cabeça. Harry lembrou de algo, não pôde se conter e disse o que todos pensavam no momento:

-Snape! Nós topamos com Snape, ele nos impediu de chegar a tempo! E impediu Jill de chegar com o antídoto!

A professora Mc Gonnagall estranhou:

-Severo Snape? Impossível!

Hermione levou as mãos à cabeça:

-Como pude ser tão estúpida! – gritou – Snape não poderia ser, está de férias porque contraiu câncer!

Um silêncio muito gelado invadiu o escritório depois que Mione disse as últimas palavras. Minerva Mc Gonnagall murmurou com voz rouca:

-Isso quer dizer... Que o assassino anda solto.

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