A greve (E as surpresas)
Desceram ao refeitório (Tudo bem, esse nome ficou escroto, mas tá bom assim) e tiveram uma surpresa. Toda Hogwarts estava esperando em frente as mesas. Se escutavam alguns protestos; e os professores... Mc Gonnagall estava tao séria que dava até medo, Snape parecia um vampiro mais do que nunca. Fleur levava seus cabelos meio desarrumados e Dumbledore parecia divertido. Ele se levantou da mesa dos professores, murmurou algo e abriu-se um alçapão no piso, a esquerda da mesa, nele tinha uma escada que dava pro subsolo. Ele entrou e desapareceu de vista. Os protestos reiniciaram com mais forca e os professores não pareciam os donos da situação.
-Mas o que aconteceu aqui? – exclamou Harry. Dino Thomas se virou e respondeu que ninguém sabia de nada, mas não lhes deram nada pra comer desde de manhã. Eles se se sentaram à mesa da Grifinória, a esperar como todos.
-Teria a ver com... – começou Jill e Hermione lhe respondeu antes que Jill terminasse a pergunta.
-Os Elfos! Oh não!
Dumbledore gritou do subterrâneo algo que ninguém escutou muito bem, mas Mc Gonnagall se levantou e anunciou aos alunos.
-Todos a Hogsmeade! Os do primeiro e segundo ano poderão ir excepcionalmente. – a ultima palavra ela disse como se o reprovasse – Ficarão lá até que os professores os busquem, tivemos problemas nas cozinhas. Vão comer no “Três Vassouras”, o colégio convida – se sentou, mexendo a cabeça. Parecia não ter gostado. Os alunos deram vivas e saíram atropelando pela porta de saída.
-Mas o que aconteceu? – perguntou Rony, que não havia escutado a conversa de Mione e Jill.
-Os elfos se rebelaram! – respondeu Jill.
-Se rebelaram? – repetiu Harry incrédulo. O trabalho de ir e dizer aquela quantidade de coisas, outra vez nas cozinhas, teve resultados! –E eu não acreditava que era possível com a quantidade de tempo que se passou e nada tinha acontecido.
-Mas eu não queria causar esse tipo de problemas! – exclamou Hermione – Só queria que fossem livres!
-Voce sabia Hermione. Sabia que ia acontecer. Tudo tem uma conseqüência nessa vida sabe?
-Agora em quem você acredita Jill? – perguntou Hermione irritada –Paulo Coelho?
-Quem é esse? – perguntou Rony.
-Esquece! – exclamou ela suspirando – o que está feito, está feito. Vamos, não quero correr o risco de nos escutarem e irmos para o escritório do diretor.
Atravessaram os terrenos até chegar ao portão de entrada. Saíram do castelo e foram para o povoado. Estava todo cheio e Jill olhava pra todas as partes como uma criança pequena.
-Bem, o que querem fazer primeiro? – perguntou Harry, desanimado. Agora entendia em parte a depressão que Rony sentiu em fevereiro e março. A doce e amarga lembrança de Gina o perseguia... “Você é um cínico Harry!”. A frase martelava sua cabeça sem parar e quando estava sozinho, ele chorava.
-Hum... Vamos comer no Três Vassouras! – propôs Rony. Os demais concordaram (E por pouco não concordaram com o estomago) com a proposta. Todos estavam mortos de fome. Quando finalmente chegaram no bar, este estava cheio até o topo de alunos. Conseguiram encontrar uma mesa vazia no fundo e depois de um bom tempo, Madame Rosmerta os atendeu com ares de cansada.
-Desculpem pelo atraso... O que vão pedir?
-Eu quero provar a cerveja amanteigada! – disse Jill imediatamente – E... O que tem pra comer?
Madame Rosmerta pediu um minuto pra trazer o cardápio, mas sem avisar que voltaria, saiu correndo até a outra ponta do estabelecimento: Alguns sonserinos a chamavam, provavelmente para reclamar de algo.
-Me pergunto o que aconteceu com Malfoy – comentou Hermione, olhando onde os sonserinos estavam. Rony a olhou com cara de poucos amigos e lhe perguntou:
-E o que é que te interessa esse estúpido?
-Quem é Draco Malfoy? – perguntou Jill, interrompendo Hermione, que ia lançar uma resposta que poderia ser um principio de briga. Harry respondeu.
-É o equivalente do Franz, só que se metia com Rony, eu e Mione.
-Sério? E o que aconteceu com ele?
-Desapareceu em meados de novembro. Ninguém sabe e pessoalmente não me importa nada. Decidiram-se por algo?
-Pastel de abóbora – disse Rony.
-Poderia ser um sanduíche – Mione disse.
-Guisado de frango e verduras – respondeu Jill – e você?
-Quero provar algo novo... Não acham que em Hogwarts repetem um pouco as comidas?
Madame Rosmerta voltou à mesa para tomar os pedidos. E enquanto os anotava, comentava as ultimas noticias e criticava um pouco ao ministro da magia. Os garotos souberam por ela que o conselho de bruxos havia solicitado a demissão de Fudge.
-Sério? – perguntou Harry – e quem colocarão no lugar?
-Ainda não se sabe. Ele será demitido em um mês, assim terão tempo de se decidir. Vejamos... Quatro cervejas amanteigadas, uma porção de pasteis de abóbora, sanduiche de carne e tomate, guisado misto e... O que vai querer Harry?
Harry se decidiu por algo que parecia salmão com purê; (De onde eles tiraram peixes se estavam no meio das montanhas?). Madame Rosmerta saiu dali e trouxe o pedido deles depois de um tempo. Os garotos comenram, enquanto discutiam seus planos.
-Isso está ótimo – Jill elogiou – A propósito, o que vamos fazer agora? Já a traduzimos, mas não entendemos nada.
-Tem que decifrá-la Jill. Geralmente as profecias estão escritas em um código. Será fácil, eu acho. – respondeu Hermione.
-Isso é o que você acha. Pra você tudo é fácil, sabe tudo – espetou Rony.
-O que aconteceu com você Rony? E essa agressividade? – se surpreendeu Hermione.
-Não liga não Mione. Ficou com ciúmes apenas por mencionar Draco Malfoy. – Jill disse.
-Jill! – Harry exclama.
-Desculpe Harry! – desculpou-se Jill – sei que às vezes sou inoportuna, mas não posso evitar.
-Bem... Desculpada. E você Rony, trate de controlar seu gênio, por favor. – suspirou Harry – Será que não posso comer em paz?
-Tudo bem – respondeu Rony, meio furioso ainda. Harry retornou ao tom da conversa e perguntou:
-Então, o que faremos para interpretar a profecia?
-Nós voltaremos à câmara de Merlin. Lá deve ter mais material que possa nos ajudar. – Jill respondeu
-Nessa noite?
-Sim, nessa noite.
Terminaram o almoço e depois de pagar, saíram para passear em Hogsmeade. Entraram na Dedosdemel, cheia de alunos também e esperaram ser atendidos.
-Eu adoro chocolate – comentou Jill, olhando a prateleira correspondente.
-Eu não como chocolate desde o terceiro ano. Me fartei pra toda vida depois de tantas vezes que tive que comer a força. – disse Harry, lembrando do terceiro ano: cada vez que ele desmaiava ou tinha um acidente lhe traziam enormes barras de chocolate na enfermaria.
-Eu prefiro os Feijõeszinhos de todos os sabores – manifestou Rony – E os sapos de chocolate, as delicias gasosas e tudo mais...
-Como você come tanto e não engorda? – brincou Hermione, lembrando de como Rony se empanturrava de guloseimas nos anos anteriores. Rony apenas riu. Eles saíram da loja com o bolso cheio de doces.
-Aonde vamos agora? – perguntou Rony.
-Vamos a Zohko! – respondeu Hermione – Estou certo de que Jill gostará!
-O que é Zohko? – perguntou Jill.
-É uma loja onde vendem artigos de logros e travessuras. É genial, vai ver. – respondeu Rony.
-E se eu me vingasse de Snape ou de Sellers usando...?
-Esquece Jill – a cortou Hermione – Terá problemas.
-Problemas? Isso é a única coisa que tive desde que cheguei a Hogwarts, não é? – inquiriu Harry, rindo pela primeira vez em vários dias.
-Ou melhor, que problema você NÃO teve? – respondeu Rony, rindo também.
Quando chegaram no lugar, este parecia ter sido remodelado e estava recém pintado. Os quatro jovens ficaram de pedra ao ver um enorme letreiro que anunciava “Gemialidades Weasley”. Rony se dirigiu aos demais e perguntou:
-O que acham que passou?
-Que tal irmãozinho! Amanhã abriremos! – Rony se virou e como já esperava, um dos gêmeos estava na porta. O outro saiu da loja também, com uma enorme caixa.
-São seus irmãos? – se surpreendeu Jill.
-Olá Harry! Aqui é o novo lugar das “Gemialidades Weasley” e... Quem é a sua amiga? – saudou Fred, dirigindo um olhar malicioso a Jill e outro a Harry. Esta corou quando entendeu ao que se referia.
-E eu? Não existo? – exclamou Hermione brincando.
-Claro que sim! Venham, entrem! – saudou Jorge, deixando a caixa no chão da loja.
Entraram na loja e encontraram um espaço cheio de prateleiras com artigos de logros e travessuras. Sobre a mesa no fundo, um grosso catalogo de pedidos. No local se notava uma bagunça, coisa normal pros gêmeos. Jorge disse que a bagunça era pra dar o “ambiente” ao local.
-A vantagem é que ninguém perdeu com a troca. – disse Fred ou Jorge.
-E o que aconteceu com Zohko? – perguntou Hermione.
-Nosso grande mestre! – suspirou Fred.
-Devemos tanto a ele! – disse Jorge no mesmo tom – mas o dono do local era solteiro e já estava um pouco velho.
-Pobre Magnus Zohko! Disse que queria se retirar e compramos o local – finalizou Fred.
-Com que dinheiro? – perguntou Rony.
-Com o prêmio do torneio tri-bruxo. – responde Harry – eu dei o prêmio a eles.
-Uau! – exclama Rony surpreso.
Eles continuaram conversando por um bom tempo. Os gêmeos eram ambiciosos, queriam aumentar a loja e a quantidade de logros e travessuras disponíveis. Eles saíram de lá bem tarde, com os bolsos cheios de caramelos que fazem a língua crescer, biscoitos de canário, uma torta de creme que fazia e meia dúzia de fogos de artifício, que lançavam um gás que variava seu efeito em cada pessoa. Em Rony provocaram um ataque de riso e em Harry, uma ligeira perda de memória: não lembrava de nada do que aconteceu depois que saíram do Três Vassouras.
A voz da professora Mc Gonnagall soou pelas ruas de Hogsmeade:
-Todos os alunos de volta ao colégio! Repito, todos os alunos de volta ao colégio!
-Acham que resolveram o problema dos elfos domésticos? – Rony perguntou.
-Não, não sei. Melhor voltarmos ou tirarão pontos. – Hermione respondeu.
Quando eles chegaram no colégio, os elfos iam aos pares e Dumbledore continuava nas cozinhas. Os professores estavam de péssimo humor e os mandaram dormir. É claro que eles foram até a câmara de merlin com a capa da invisibilidade, pra procurar algo que servisse de apoio à interpretação da profecia.
Os corredores estavam desertos e escuros. Eles não se animaram a usar o Lumos e foram apressados até o armário das vassouras. Filch fazia a ronda próximo dali e tiveram que esperar um bom tempo até que filch e sua gata saíssem dali.
-Eu juro que ouvi passos tesouro – sussurrava. É claro que Madame Nor-r-ra estava bem ao lado dele. – Bem, vigie este lugar. Eu irei por lá.
A gata repugnante ficou parada no lugar, justamente de frente para os garotos, que estavam muito nervosos debaixo da capa. Parecia que a gata podia sentir a presença deles, mas não podia vê-los.
-Vá... – sussurrou Harry, mas conforme o esperado, a gata não se moveu nem um milímetro. De fato, moveu uma de suas orelhas como se tivesse escutado um som.
-Não tem alguma forma de distraí-la? – cochichou Rony. Jill sabia muito bem como fazê-lo, mas não podia... Jurou guardar segredo.
-Se quebrássemos algo... – murmurou Hermione, concentrada. Mas não. Era materialmente impossível aproximar-se a uma prateleira e também era impossível tirar a varinha e quebrar algo. Repentinamente ouviu-se um estalo: Um frasco caiu de uma das numerosas prateleiras. Madame Nor-r-r-ra correy até o local, deixando os garotos livres pra continuar avançando.
Chegaram ao armário de limpeza e como antes, Jill os fez esperar do lado de fora. Depois lhes avisou que podiam entrar e todos entraram na câmara, pra continuar trabalhando no pergaminho que eles tinham na cabeça faz tempo
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