Fim da Busca



Capítulo 33: Fim da Busca (E o começo de uma nova tempestade)



Passaram antes de comer no grande salão. Na entrada, no quadro de avisos avisava que no dia vinte e oito de maio teria uma visita a Hogsmeade para os alunos a partir do terceiro ano.

A masmorra estava cheia. Os alunos tomavam como uma benção estar na sombra, pois lá fora fazia um calor insuportável, estranho até para o verão. Snape lhes entregou uma lista de exercícios de revisão e ordenou que trabalhassem nela durante a aula.

-Vocês viram o calor que faz lá fora? Acham que tem relação o aquecimento global e o furo na camada de ozônio? – comentou Jill, para riso de seus colegas. Snape a olhou com uma expressão que Harry conhecia muito bem: era idêntica a que ele fazia (Snape) quando o via.

-Senhorita Sadjib, por mais interessante que seja a atual situação mundial, a sua será pior se não se calar! – grunhiu Snape – lembre-se de que eu te reprovei em poções. – desde esse momento, Snape não parou de falar os defeitos de Jill, enquanto dava espaço para que os sonserinos rissem.

Na saída da aula, Snape anunciou que os reprovados teriam que tentar salvar suas notas nun segundo teste no dia vinte e nove de maio. Jill já sabia o que lhe esperava: Snape colocaria uma prova ultra difícil só para ela, para que fosse reprovada e pudessem expulsá-la. Mas isto não a incomodou muito. “Bem, se acha que pode me vencer Snape, você não sabe com quem se meteu”. Ela pensou.

-Ah Sadjib... O que Snape falou está certo? Foi reprovada no exame mais fácil da história de Hogwarts? – perguntou uma voz carregada de malicia, quand eles iam subindo a escada. Jill, sem se voltar, respondeu:

-Esse, Sellers, é meu problema.

-Ah, então adimite.

-Sim, só que acho que é melhor ser reprovado do que ser aprovado por puxa-saquismo do professor. Sabe? Eu nunca desceria tão baixo como você. Tenho dignidade, diferente de você. – respondeu Jill, começando a se enfurecer.

-Você não tem dignidade alguma Sadjib. Alguém que mente e se disfarça para conseguir algo, não a tem. Sabe o que eu digo sobre a sua dignidade? Você e sua mãe são somente duas imigrantes asquerosas. – disse Sellers.

Algo aconteceu nesse instante e nem para Harry e nem para os demais passaram mais de um segundo, quando Jill já estava em cima de Franz, golpeando-lhe. Tiveram que separar ela dele, do contrário, ela não o teria soltado.

-Jill, o deixe ou terá problemas! – exclamou Mione.

-Ele merece! – gritou Jill transtornada, lutando para soltar-se de Harry, que a segurava. – me solta Harry!

Um Franz totalmente pasmo se levantava do chão nesse momento. Olhou Jill, histérica por suas tentativas de se safar e ele gritou:

-Você está louca!

-Louca, eu?! – gritou Jill.

-Sim, e bem louca!

Conseguiram tranqüilizar Jill, o que levou muito tempo. Sellers continuava ali, sem saber por que não ia. Uma vez que Jill se acalmou e pararam de segurar ela; Franz disse um baixo: “Vou indo agora” que Jill respondeu:

-Você não vai a nenhuma parte Sellers, não te disse tudo ainda. Continuo pensando que você é um maldito desgraçado, igual ao meu primeiro dia em Humstall. Agora, CAI FORA!

Sellers não escutou duas vezes a ordem, saiu correndo a toda velocidade. Os amigos dela parguntaram a ela por que ela tinha se descontrolado assim, e ela respondeu:

-Quatro anos de humilhações não ficam assim. E que isso lhe sirva de lição, ninguém insulta minha mãe!

-Espera Jill! – exclamou Hermione – Sellers dirá a Snape e te expulsarão.

-Eu estou com Jill – manifestou Rony – Fez tudo o que quis fazer durante todo esse tempo com Malfoy! Hey! Onde Mione foi?

Dito isso, se ouviu um pequeno estalo na escada precedido por uma voz: “Obliviate!” Ouviu-se a voz de Sellers, perguntando onde estava. Harry e os outros foram até a escada.

-O que fazem aqui fora? – exclamou Sellers ao lhes ver – não sabem que a aula de smape começa em cinco minuots?

-Eu já te expliquei Franz – respondeu Hermione, tranqüila – A aula foi suspensa. Volte a sua Sala Comunal agora. Ah, e pare de incomodar Jill.

Franz saiu correndo na direção oposta. Tinha uma cara de abobado, que era mais do que normal e também se percebia sua tradicional expressão de antipatia com o mundo. Jill parecia não acreditar:

-Por que você fez isso? Eu havia lhe dado uma lição e não queria que ele esquecece.

-Desculpe Jill – começou Hermione – mas terá que ser outra vez. Esse é o aluno favorito de Snape e você não tem necessidade de passar o resto da sua vida. E como ele sabia que você... Do seu segredo?

-Eu contei pra ele. – respondeu Jill, com amargura.

-Como? Impossível!

-Sim, eu contei. No primeiro dia de aula em Humstall e acho que foi a pior coisa que fiz nos últimos quatro anos. Como poderia saber que era um desses que...?

-E por que? – Mione perguntou.

-Queria ter em quem confiar, um amigo... Na verdade não tinha amigos de verdade. O pessoal de Humstall era divertido, gosto de conversar com eles, mas não eram pesoas em que podia confiar. Sentia-me muito sozinha, até agora... – terminou um pouco triste.

-Não fique triste Jill! – exclamou Hermione surpreendida.

-Claro, adoramos ser seus amigos. É a quarta que faltava no grupo. – a apoiou Rony.

-Obrigado pessoa. Agora – Jill continuou, recuperando o ânimo normal – o que acham de fazermos uma visita ao nosso pergaminho esopansotos em quem-sabe-em-qual-idioma?

Alguns minutos depois já estavam na Sala Comunal, vazia, cada um com um jarro enorme de suco de abóbora gelado, relendo mais uma vez o pergaminho. Hermione, que geralmente tinha idéias para todo, estava muito nervosa, devido a frustação de não poder descifrar a indescifravel profecia.

-Não é poddivel! Supõe-se que nas aulas de Runas nos ensinaram a forma de traduzir tudo isso... Tem que ter uma forma! – exclamava relendo em voz alta uma e outra vez a profecia.

-Se acalme Mione – disse Jill para a acalmar.

-Quer que eu me acalme? Não! Tem que ter uma forma! “Linnod ele lastho beth lamen. Ale Quendi rinvalanë ne guldur.” – de repente, algo iluminou seu rosto e começou a repetir uma palavra cada vez mais alto – Quendi! Quendi!

-O que aconteceu agora? Por que... Ah! Já entendi! Quendi! Acha que... – continuou Jill.

-Estou certa! Rápido, vai pegar o livro! – quando Hermione disse isto, Jill saiu em disparada ao quarto das garotas. Rony olhou Harry com cara de quem não entendeu nada e Harry fez o mesmo.

-O que acontece com vocês duas? – perguntou Rony.

-Ah, já verá. Esperem e saberão. Nunca pensei que... – não disse mais nada. Pois Jill já estava ali com o livro. Hermione foi folheando rapidamente as páginas.

-Qual é o livro? – perguntou Harry.

-“História da terra média e seu legado. Tomo sete: Dicionário de idiomas” – respondeu Jill. – Hermione me emprestou quando acabou de ler o tomo três.

-Eu encontrei! – interrompeu Hermione – essa profecia está em élfico. Como começa?

-“ Enned Leth istä rim deth gaür. Eth arineth-istari gurthë ale gwathó. Miriel ó aglar perianneth. Hamröd estel iuvé edäin.”- repetiu Jill, dando o pergaminho a Hermione.

-Como souberam? – perguntou Rony.

-“Quendi”. O povo dos elfos em élfico. E “Calaquendi”, Elfos Reais, ou “Elfos da Luz”. – explicou Hermione pegando o pergaminho – Isso nos deu a chave. Leth: Numero. Gaur: Besta. Gurthé: morte. Gwathó: Escuridão (Ou Trevas). Arineth-istari: Grande Bruxo. – começou Hermione, traduzindo as palavras dos primeiros versos. – Perianneth: gente pequena, pode ser crianças. Edäin: humanidade

-Como poderia ser o resto então? – perguntou Harry.

-Deixe-me ver – disse Hermione, consultando o dicionário – “O numero da besta se cumpre? A escuridão (Ou as Trevas) avança? O grande bruxo cai. A volta? Sim, volta, está certo, dos inimagináveis, as pequenas pessoas. (Ou crianças) Se aproxima para assombrar a humanidade, ou para assombrar a todos.

-Ótimo! – exclamou Rony – já temos quase tudo.

-Bem Rony, já viu que aquele livrão que Hermione me emprestou serviu. – comentou Jill em tom de gozação.

Eles continuaram nessa tarde, até que ficou o seguinte:

O número da besta se (Cumpre?).

A escuridão (avança?) (Ou as trevas avançam?), o grande bruxo cai.

A volta dos inimagináveis, as pessoas pequenas.

Se (...) para a todos assombrar.

E (...) trio desde (...) anos.

Da (...) geração de (...)

Que um (...) poder receberão (...)

Mas não (...) para ao rei (...) destronar.

O (...) está (...), talvez (...)

Mas isso (...)

(Nota: Esses (...) foram partes que os nossos heróis não conseguiram traduzir)

Na verdade eles não entenderam muito o que eles tinham traduzido: Ou Hermione conseguia um dicionário melhor, ou continuavam mal com esse. Ainda faltava uma estrofe e quase nada que Hermione tinha no livro era capaz de traduzi-la. Os quatro amigos averiguaram por todos os meios, se houvesse um outro dicionário melhor na biblioteca. E pediram uma autorização a Fleur para ir à seção restrita, pediram ajuda a Madame Prince, dedicaram quase todo o seu tempo livre a buscar entre as estantes. Sem nenhum resultado. Passou uma semana e o enigma ainda estava na cabeça dos quatro. Harry decidiu contar tudo a Gina, ele ainda não tinha a visto durante esses dias e ela devia estar preocupada. Pediu a ela que estivesse naquela mesma arvore, próxima as margens do lafo, as seis da tarde de sábado. Ela estava lá pontualmente. E visivelmente furiosa.

-Olá Gina – disse Harry, tentando beijá-la, mas ela o evitou.

-Adoraria saber por onde você anda Harry! Duas semanas e não vi nem sua sombra!

-Não, Gina, com ninguém, só que...

-Ah! Aposto que é com Jill! É ela? Confessa!

-Não Gina – repetiu Harry, começando a ficar nervoso (E um tanto desesperado) – não arme uma cena, por favor. Não...

-Que não arme uma cena? – ela disse furiosa – o que ia dizer? Que já não me quer mais?

-Não, não é isso! Só queria te contar que tive um sonho muito estranho, e de uma profecia em runas! E Hermione...

-Hermione?! – disse ela mais furiosa ainda – Então é Hermione! E onde fica meu irmão! Você é um cínico Harry! Adeus! – e lhe deu uma bofetada bem na cara, antes de sair correndo e se perder de vista.

-Mas que bicho mordeu ela? ? – exclamou Harry. Levou a mão ao lado esquerdo do rosto, que ardia. Ele estava com um nó na garganta e estava muito triste, com princípios de depressão, mas não quis prestar atenção nisso. Depois, voltou a sala comunal. Ele não entendia o comportamento de Gina, seria melhor perguntar a Rony, que levou uma vida inteira com ela.

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