Os refugiados.
No dia seguinte, Sirius levantou cedo os garotos (Lembre-se que às vezes quando me referir a garotos, me refiro a Rony, Harry e Hermione ou Harry, Rony, Mione e Gina). Disse-lhes que depois de tomar o café da manhã, iriam buscar Remus na Poça.
-Remus conhece a existência da Poça? – perguntou Harry.
-Claro, ele me ajudou a encontrá-lá.
O caminho estava igual à outra vez, exceto que grande parte da Estrada Sem Nome estava destruída. Mas não havia dano algum à Floresta, pois talvez esta era tão mágica que não podia ser destruída.
Percorreram o caminho no mais completo silencio. Inclusive Mione, que morria de vontade de saber mais do lugar estava calada.
Ninguém se dava ao ânimo de dizer nada.
Harry também observou que o túnel estava mais largo do que na primeira vez e que também parecia ter sido transitado. O perguntou a Sirius:
-Sirius, o túnel parece que foi transitado mais do que na ultima vez. O que aconteceu?
-Hm... Não sei... – respondeu Sirius, examinando o túnel de cara fechada – não vim aqui desde o mês passado.
Continuaram andando e admiraram a poça. Mas ela não estava vazia: Havia aproximadamente 150 pessoas, de todas as idades acampando ao redor da poça. Alguém agarrou Harry pelas vestes, gritando entusiasmada:
-Harry! Você está de volta!
Era Paty. Pouco a pouco ele foi observando todas as pessoas que estavam acampando na poça: eram todos os alunos da Escola Humstall.
-Paty!
-É... Quem é Harry? – perguntou Rony curioso.
-Uma amiga de Humstall. O que aconteceu no povoado? – ele perguntou a Paty.
-Há uns dois dias, chegou um grupo de partidários de você-sabe-quem, entre eles, três gigantes, um grande exercito de dementadores e muitos comensais – ela respondeu falando depressa. – E saquearam a cidade, assassinando muita gente, destrundo tudo... O de sempre – terminou ela fechando os punhos com ódio. – Depois, chegou Remus Lupin ao castelo e nos avisa o que aconteceu no povoado, transfigurou uma pedra em chave de portal e nos trouxe para cá. Esse lugar é lindo!
-Sei! – exclamou Hermione – e faz quanto tempo que...
-Garotos... – interrompe um homem.
-Remus! – exclamam eles em coro.
-Onde você se meteu seu cabeça oca? – exclama Sirius, dividido entre a raiva e a alegria – sabe o quanto eu fiquei preocupado? Além do mais, isso está tão cheio como um acampamento trouxa no verão!
-Estava aqui desde que você saiu anteontem Sirius. – respondeu ele – Dumbledore se comunicou conosco. Acredito que vocês irão a Hogwarts terminar o ano e fazer os NOM’S – ele disse a Paty.
-A Hogwarts? – perguntou paty interessada – quando ia começar a estudar, tentei entrar em Hogwarts, mas meus pais preferiram que ficasse aqui. Disseram que era mais tranqüilo! – exclamou rindo, fingindo que estava escandalizada.
-De onde você é Paty? – perguntou Hermione.
-Da Índia, mas vivemos aqui. Não quero falar disso. – respondeu rapidamente. – Não sabem onde estamos? – perguntou para mudar de assunto.
-Na verdade não.
-Acho que próximo de Cornualles, não estou certa, porque não me dou bem com os mapas trouxas. Mas o que fazemos falando de mapas e trouxas? Venham conhecer o resto da turma! – exclamou ela.
Paty apresentou Rony e Mione aos outros alunos do quinto ano de Humstall. Depois, os convidou alegremente a comer na sua barraca. Por fora parecia uma daquelas trouxas de dois por dois metros, mas por dentro era um amplo apartamento com um quarto, cozinha, sala de estar e de jantar e um banheiro.
-Exatamente igual ao que penso ter quando me fartar da vida em família! Que é estressante demais! – exclamou Patu, dando um pulinho – Claro, tenho que terminar a escola antes. Mas tenho pensado sair durante um ano sozinha e percorrer a Grã-Bretanha de moto.
-De Moto? Você é de família trouxa? – perguntou Hermione.
-Não, minha mãe trabalha no Departamento de Segurança Mágica do Ministério, maneja as informações sobre... – se deteve, como se pensasse que havia malado de mais e mudou de assunto – mas meu padastro é trouxa, é advogado.
-Advo... O que? – perguntou Rony.
Depois de Hermione explicar a Rony o que era um advogado, a conversa continuou durante a refeição. Sirius colocou a cabeça (No bom sentido é claro) para dentro da barraca:
-Me desculpe por entrar assim... Como você se chama?
-É... – ela vacilou por um momento – Paty. Paty Henderson.
-Certo Paty, preciso levar os garotos por um tempo? Pode ser?
-Claro, tudo bem. Você é Sirius Black, não? Genial. Mas espero nós terminarmos de comer.
-Você cozinha muito bem! – parabenizou-a Mione.
-Obrigado – agradeceu Paty – Prefiro eu mesma fazer as coisas, não me acostumo a cozinhar com magia. Quer comer algo Sirius? Desculpe, posso te chamar de Sirius?
Sirius aceitou e ficaram comendo. Quando terminaram iam saindo, quando uma mulher que eles não conheciam tapou os olhos de Sirius por detrás dele e exclamou:
-Advinha quem sou eu!
-Não sei – respondeu este estranhando.
A mulher se pôs na frente dele, sem destapar os olhos e o beijou. Depois, destapou e Sirius quase cai de susto:
-An... Anna? – murmurou ele.
-Ahá! – respondeu a mulher – levei dois anos te procurando Sirius. Sempre, sempre soube que conseguiria sair daquele lugar terrível.
-É... Desculpe, lamento interromper, mas, quem é você? – perguntou Harry.
-Oh, desculpe, não me apr... – respondeu a mulher se virando para Harry. O olhou de cima a baixo e exclamou – Harry! A ultima vez que te vi, você era um bebê! Está igualzinho ao Tiago!
-Agora sim eu não estou entendendo nada. – comentou Rony.
-Muito menos eu! – exclamou Hermione.
-Ela é Anna Patch – respondeu Sirius – A melhor amiga de sua mãe Harry. E também o amor da minha vida. – terminou, baixando um pouco o tom de voz e ficando vermelho, algo que Harry nunca o viu fazer.
-Ah sim – completou Anna – quando quiseram levar Sirius para Azkaban, tentei impedir, mas ele tinha todas as provas contra ele.
-E por pouco não levam ela também – completou Sirius – acreditaram que ela estava tramando comigo, você conheceu o tipo de “justiça” que Crouch aplicava. – concluiu ele com um pouco de raiva na voz.
Nessa noite, saiu do nada uma barraca que era por dentro igual à casa do penhasco de Remus e Sirius. Quando Sirius (ainda sem poder acreditar na sua sorte) perguntou a Anna onde ela ia acampar, ela respondeu que havia trazido sua própria barraca.
-Não se preocupe comigo – ela disse piscando um olho – trouxe uma barraca para mim – e lhe beijou – boa noite amor.
-Boa Noite An.
Sirius entrou na barraca (a dele) e os garotos lhe encheram de perguntas. Para se livrar delas, disse que estava cansado e foi dormir.
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