O Tribunal de Stonehenge.
Snape os conduziu até a seu habitual escritório, perto das masmorras. Não os deixou voltar a seus quartos.
-O que irá acontecer conosco? – Perguntou Gina
-É óbvio que vão nos expulsar. Pelo menos a mim. – Respondeu Harry mal-humorado, não com Gina, mas com Snape – Ele me odeia.
Tiveram que passar umas duas horas esperando até que amanheceu. Snape apareceu um pouco furioso, as coisas pareciam que não tinham ocorrido como o planejado:
-Tem sorte. Dumbledore disse – disse rangendo os dentes – Que SOMENTE sou um suplente, que isso, ele decidirá. Iremos ao tribunal de Stonehenge, onde ele está no momento. Vamos, andando. Sem perguntas.
Ele não os deixou nem ir tomar café da manhã. Apontou para a mesa com a varinha e apareceram quatro copos de leite e nada mais.
Talvez tivesse esperanças de que morressem de fome antes de chagar.
Aos empurrões ele os levou ao trem e aos empurrões ele os levou a Londres no fim da tarde.
Caminharam por várias quadras, enquanto os trouxas os olhavam por causa das vestes negras de Snape. Chagaram ao Beco Diagonal. Algo que os quatro alunos não haviam visto antes no local surpreendeu aos quatro. Um grande edifício branco surgia do lado de Gringotes. Snape os fez entrar e os levou a uma sala de espera, enquanto entrava numa porta acinzentada. Passaram-se meia hora e um bruxo baixinho de vestes brancas lhes indicou que podiam entrar.
Era impressionante entrar ali e ver uns cem bruxos vestindo cinza e verde, as cores de Stonehenge. (Cinza – Pedra e Verde – Grama) Os fizeram sentar-se em quatro bancos que se pareciam com o banco dos réus nos julgamentos trouxas e para a surpresa de Harry, correntes prendiam as mãos e pernas deles para que não se movessem.
-O que fizemos para que nos tratem como delinqüentes! – Protestava Harry em voz alta.
-Cale-se! – Gritou um mago que sentava onde fica o juiz dos julgamentos trouxas, parecia ser o presidente do grupo. – Professor Severo Snape, venha testemunhar. Relate sua versão, por favor.
-Certo, Vossa Excelência – começou Snape com um brilho de ódio no olhar – Essa aluna, Gina Weasley, levantou esta madrugada, as quatro da manhã para pegar livros na seção Restrita de nossa biblioteca, onde a surpreendi. A levei imediatamente para meu escritório. Mas o aluno Potter rondava o local com sua capa da invisibilidade e viu o corrido. Avisou a esses dois – referindo-se a Rony e Mione – e tentaram regatá-la, me atacando de uma forma que não acreditei. Proponho pena de expulsão a Potter, é o líder do grupo;
Harry não entendeu. Sabia que Snape o odiava, mas era capaz de mentir dessa forma somente para o ver fora do colégio? Tamanha injustiça o fez quebrar as correntes:
-MENTIRA! – gritou – Não foi isso que...
-Ordem! – gritou o presidente – os que estiverem a favor da pena proposta levantem a mão.
Harry observou com raiva todas as mãos, menos as de Dumbledore e a de Mc Gonnagall se levantarem.
-Muito bem – continuou o presidente – Então decreto expulsão para o Aluno Harry Potter. A cerimônia de quebra da varinha será marcada para o dia...
-Um momento, por favor! – gritou Dumbledore e todos os rostos se voltaram para ele – Tem algo aqui que deve ser revelado. Essa varinha não pode ser quebrada, pois contém o mesmo núcleo que a de Lord Voldemort.
O Corpo de Jurados se agitou; muitos taparam os ouvidos. Um bruxo do júri gritou na terceira fila:
-E daí? Estamos para sancionar alguém, não para discutir sobre sua varinha.
-Por Deus! – Gritou a Professora Mc Gonnagall – Achei que sabia mais sobre a ciência das varinhas, Dasinski! Se a varinha de Harry for destruída, toda a esperança de vencer Quem-Não-Deve-Ser-Nomeado será perdida.
Novo silêncio, o presidente refletia sobre o que a Professora Minerva acabara de dizer. No final deu o seu veredicto:
-Ela tem razão. A varinha não será quebrada, mas ele será expulso. Fim da sessão.
Os cem bruxos e bruxas da sala saíram. As correntes foram retiradas (Menos as de Harry que estavam quebradas) e Harry e seus amigos puderam se mover novamente, um pouco doloridos por causa da pressão das correntes.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!