No Caldeirão Furado



Harry montou na sua Firebolt, pilotando baixo e lentamente para que pudesse ver algo até que se cansou. Descansou um pouco e continuou a pé, sempre indo ao norte, na esperança de encontrar alguma pista que pudesse levar a Gina. Chegou num bosque quando as estrelas começaram a aparecer no céu e exausto se recostou em uma árvore e dormiu...

Acordou quando sentiu que alguém remexia o corpo dele bruscamente, abriu surpreso os olhos e viu Rony e Hermione parados em seu lado.

-Por que me seguiram? – Perguntou Harry meio que furioso, Mione lhe lançou um olhar meio indeciso, mas Rony respirou fundo e respondeu:

-Nós nunca lhe deixaremos sozinho.

-Acredita que deixaremos que se perca aqui? – Perguntou Hermione, recuperando seu humor habitual – Vamos, volte conosco.

-Não. – Respondeu Harry afirmativo, pondo novamente a capa da invisibilidade, menos o capou, pois ele parecia uma cabeça flutuante.

-Não? – Perguntou Rony assustado.

-Não. – Respondeu Harry se dirigindo a Rony. – Vocês me receberam muito bem na Toca, mas em troca só trago más coisas! Não voltarei! Deixem-me sozinho vocês dois, eu não quero atrair mais problemas para vocês.

Nesse momento Edwiges pousou com dificuldade no ombro de Harry e deixou cair em suas mãos uma pedra cristalizada e redonda do tamanha de um ovo de dragão que havia trazido.

-O que é isso? – Perguntou Harry examinando a pedra.

Rony examinou a pedra por uns instantes, a pesou em suas mãos, girou ela e deu a resposta em tom solene.

-Acredito que seja uma Pedra da Alquimia.

-O que é isso se você sabe? – Harry olhava ansiosamente o norte, por onde foram os Comensais da Morte fugindo: estava perdendo tempo.

-Uma pedra mágica. – explicou Rony ao ver a cara desconcertante de Harry – Através dela, pode conversar com qualquer pessoa que tenha uma igual. São muito raras! Tinham outro nome e eram sete, mas sumiram todas, menos duas, você tem a penúltima! Quem pode tê-la mandado?

Nesse momento a pedra brilhou e apareceu um rosto refletido em seu interior transparente. O rosto de Dumbledore. Se ouvia também a voz dele.

-Harry, a Pedra da Alquimia se usa assim: Chegue a ela sem medo e converse normalmente.

Harry fez o que Dumbledore lhe pedia.

-Professor Dumbledore? O que aconteceu?

-Deve vir a Hogwarts. Não foi uma boa idéia lhe enviar a Toca.

-Soube o que aconteceu, não?

-Sim, as noticias voam. Vá para Londres. Amanhã comprará o material e na manhã seguinte pegue o expresso para Hogwarts.

-Como irei a Londres? O que acontecerá com Gina?

Mas o rosto de Dumbledore havia sumido da pedra.

Harry voltou a vestir a capa da invisibilidade e montou na sua Firebolt. Ia sair quando...

-O que pensa que está fazendo? – perguntaram Rony e Mione em uníssono.

-Estou indo? O que acham? – estranhou Harry num tom meio surpreso.

-Sem nós? – Mione sorriu ironicamente

-A Firebolt não aguentará o peso de três. Não numa viagem longa. – disse Harry sério.

-E suas coisas? – Mione retrucou.

-Não precisarei… Eu acho.

-É mesmo? – Perguntou ela sarcasticamente. – Eu não... Como carregaria um baú?

-É... – duvidou Harry

-Realmente não se importaria de ir sem a gente? – disse ela meio que pedindo.

-Ok! – cedeu ele olhando para trás de si mesmo para não ver os pulinhos de alegria de Mione. – Mas a Toca está muito longe.

-Ah, isso não é problema. – disse Rony. Diante da surpresa de Mione e de Harry, ele assobiou e um velho Ford Anglia azul turquesa apareceu diante deles atravessando o matagal. – Onde acham que estamos?

-Não em Hogwarts. – disse Mione. – Ou estaríamos?

-Não. Se nota que Geografia não é seu forte Mione – riu Rony – Estamos no limite sul da Floresta Proibida. E não me perguntem a quanta distancia de Hogwarts, pois é um bosque muito grande. Certo?

Eles entraram no carro e ao entardecer já estavam na Toca. Harry explicou o que Dumbledore e eles compreenderam. Pegaram o Noitebus Andante e logo cada um alugou um quarto no Caldeirão Furado.

Harry foi para seu quarto e pensou: “Esta aí uma péssima forma de passar o meu aniversário, mesmo longe dos Dursley”. Dormiu em sua cama sem se trocar.

Na manhã seguinte, quando Harry desceu com seus amigos para o café da manhã, havia um grande alvoroço onde todos os hóspedes estavam comendo. Mas ao ver Rony uma atmosfera sombria e um silêncio mortal se instalou em todos os presentes. Tom, o atendente se aproximou de Rony com um recorte do jornal.

-Leia senhor e, por favor, não se assuste.

Rony ficou abismado ao terinar de ler o seguinte:



“OS NOVOS SUMIÇOS”. Era o título.

Pelo que se vê, Cornélio Fudge, Ministro da Magia, continua cometendo seus erros, empenhado como está em não acreditar cada vez mais sobre os freqüentes rumores que alertam sobre o retorno de Quem-Não-Deve-Ser-Nomeado. Ou ao menos do retorno constante dos grupos de Comensais da Morte, quem, com total impunidade continuam cometendo seus crimes dentro e fora da comunidade mágica. Citamos por exemplo:

Arabella Figg e Mundungo Fletcher: Estes ex-professores da Academia Superior de Aurores foram atacados faz poucos dias. Suas casas foram invadidas por grupos de quinze e vinte Comensais da Morte, respectivamente. O paradeiro deles e a situação são desconhecidos.

Gina Weasley: Esta garota de catorze anos foi seqüestrada ontem. Foi encontrada nesta madrugada em um bairro trouxa de Briston. Não se sabe com ele chegou até lá, pois está num estado de coma profundo. Atualmente está em tratamento no Hospital St. Mungus Para Doenças e Acidentes Mágicos.

Phoebe Martí: A famosa medibruxa cubana, radicada em Londres há 15 anos (Desde 1988). Ela teve excelentes resultados com poções de cura e que retardam o envelhecimento. Os Comensais da Morte invadiram seu laboratório e assim que o saquearam, a seqüestraram.

E a Lista continua... Esparamos em breve ter um ministro qye se preocupe de verdade com a segurança do mundo mágico. Sem duvida, logo em breve o Conselho de Bruxos convocará eleições internas para nomear um novo ministro.

Por Tari Reeteks.

Rony estava branco como uma tigela de leite com cereais, devido a noticia. Subiu correndo as escadas com Mione logo atrás (Por favor, Rony, tem que ser forte agora – Ela falava para ele) e foram para o quarto conversar. Harry suspirou, pelo visto esse ano não seria nada fácil. Voltou a seu quarto, pegou a Pedra da Alquimia e começou a falar. No começo não havia nenhuma imagem na pedra, esta apareceu logo depois.

-Professor Dumbledore, está aí? Quero saber se posso adiar a viagem para depois de amanhã. Quero visitar Gina. Você sabe o que se passa, não?

-Harry, é terrível. Te autorizo sim, mas os acompanharei. No podemos nos arriscar.

Sim, professor, sem querer lembrar, mas, nao posso deixar de pensar que tudo isso que aconteceu com Gina é minha culpa.

-Não Harry, não é culpa sua. Mas... Posso te pedir que fique longe dos problemas?

-Claro – disse Harry – Mas, não se preocupe tanto.

-Harry, sei que gosta de Gina e que seu amigo Rony não está bem. Mas não deve se arriscar lembre se: Não deve se arriscar.

E a imagem desapareceu da pedra. Harry sentou na cama e reclamou:

-Ah! Mais um com aquilo de – imitando a voz de Olho-Tonto Moody – ALERTA PERMANENTE! – Voltando ao tom de voz normal – Como se eu não soubesse me cuidar! – Então se lembrou de seu ultimo encontro com Voldemort. Cedrico Diggory havia sido assassinado. “Dumbledore tem razão” Pensou. “Não posso me arriscar tanto assim ou vou causar sofrimento a mais pessoas”

Logo em seguida uma coruja avermelhada ebtrou voando pela janela. Trazia a lista de materiais:

Caro Senhor Potter:

Por causa da sua situação, sua volta a Hogwarts acontecerá antes do 1º de setembro. Em anexo está a lista de materiais (livros) que você precisará para o ano letivo.

Atenciosamente.

Minerva Mc Gonagall.

Diretora Adjunta.

· Livro padrão de feitiços do quinto ano;

· Transfiguração, nível avançado;

· Líquidos Mágicos, de Charles Schulz;

· Advinhação: Passado, presente e futuro, de Morgana Loch;

· Estranhos seres mágicos do mundo, de Icarus Krammer;

· Guia de Autodefesa contra o Mal, Autor desconhecido;

· A magia das plantas, de Moon Lê Noux.

Harry leu a lista de materiais e saiu de seu quarto. Talvez Rony quisesse sair e respirar um ar fresco. Bateu na porta, mas ninguém respondeu. Entrou e... Estava vazia! Harry temeu outro ataque e saiu correndo do Caldeirão Furado. Andou meio Beco Diagonal e esbarrou em alguém e não parou nem pra pedir desculpas e voltou desesperançoso ao pub. De repente teve a idéia genial de perguntar a Tom, o atendente, se havia os visto sair:

-Ah, sim! Os vi sair faz um tempo. Devem estar no Beco Diagonal.

-Mas eu venho de lá!

-Bem, não acho que foram a Londres Trouxa.

-Olá Harry – eram Rony e Mione entrando.

-Onde se metaram? Estão bem? – Perguntou ele – Me preocupei, cheguei a pensar que alguém havia os atacado.

-Como Pôde! – Rony exclamou.

-Estavamos procurando isso – disse Mione lhe entregando um pacote quadrado – Ontem foi seu aniversário, não?

Harry abriu o pacote e sorriu.

-Ah, não precisava amigos!

A caixa tinha a inscrição: “O indispensável para o jogador de Quadribol, posição: Apanhador”. Harry se lembrou de algo:

-Ah, quase me esqueci! Dumbledore falou comigo, amanhã poderemos ver Gina.

Se pensava que isso animaria Rony, se enganou feio; seu olhar estava sombrio e tinha uma expressão de preocupação.

-Parece que não devia ter dito isso – sussurou Harry a Mione.

-Não – disse Rony que escutou o que Harry tinha dito – Só estou preocupado, não sei como ela estará.

Essa noite eles jantavam alegremente e Harry esquecera pelo menos naquele momento as desgraças dos dias anteriores. E nessa noite a insônia não lhe atacou.

-Acorda Harry, já são oito da manhã!

Uma mão remexia Harry enquanto ele dormia. Harry abriu os olhos e não destinguiu mais do que formas borradas. Como todas as manhãs, dirigiu sua mão direita à mesinha de cabeceira, encontrou seus óculos e os pôs. Era Dumbledore que o despertava numa hora não muito natural para as férias. Quando desceram a sala de comer, Rony e Hermione o esperavam ali. Dumbledore os reuniu em frente à lareira e pegando uma sacolinha de couro do bolso lhes disse:

-Cada um pegue um pouco e me sigam – Em seguida entregou um pouco de Pó de Flu aos garotos, pôs um pouco em si mesmo e entrou na lareira dizendo – Hospital Saint Mungus!

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