O Amigo
The All Americans Reject - It Ends Tonight
Capítulo 8: O amigo
Suas sutilezas me sufocam, eu não posso me explicar e todas as vontades e necessidades, tudo o que eu não queria mais precisar. As paredes começam a respirar, minha mente se desembaraça, talvez seja melhor você me deixar sozinho. Um peso é levantado, nesta noite eu dou o último suspiro.
Quando a escuridão se tornar luz, isso termina essa noite.
Uma estrela cadente, pelo menos eu caio sozinho. Eu não posso explicar o que você não pode explicar, você está encontrando coisas das quais não sabia, eu olho pra você com tanto desprezo.
Quando a escuridão se tornar luz. Isso termina essa noite. Isso termina essa noite. Só um pouco de perspicácia faria isso certo, é muito tarde para lutar. Isso termina essa noite. Isso termina essa noite
Agora eu estou do meu próprio lado, é melhor do que estar do seu lado. É minha culpa quando você está cega, é melhor que eu veja através dos seus olhos. Todos esses pensamentos trancados aqui dentro, agora você é a primeira a saber .
Hermione sentia os lábios de Harry sobre os seus, a língua dele invadir sua boca, sentia as mãos dele delicadamente em sua cintura. O mundo todo pareceu parar. Não havia mais nada, apenas ela e ele. Correspondeu ao beijo na mesma intensidade, enquanto afundava os dedos nos cabelos negros do “amigo”. Ela não saberia explicar o quão agradável era sentir o corpo de Harry sobre o seu, o calor que emanava dele, ela não saberia explicar como poderia ficar tão enlouquecida com apenas um beijo... Um beijo do melhor amigo.
Harry afastou seus lábios dos dela, Hermione estava de olhos fechados, a boca levemente entreaberta, a respiração irregular.
Seu coração bateu mais forte diante dessa visão. Harry deslizou os lábios pelo pescoço dela. As mãos dela exploravam cada centímetro das suas costas. Voltou a beijar-lhe a boca, e ouviu um pequeno gemido quando mordeu de forma delicada, mas não menos sensual seu lábio.
Hermione apertou mais seus braços em volta dele. Ela o desejava, ela o queria... Queria cada centímetro daquele corpo. Era como se ela precisasse senti-lo.
Harry passou a distribuir beijos pelo rosto dela, seu corpo tremia de desejo ao contato com ela.
Hermione sentiu a respiração dele em seu rosto, o hálito quente, os lábios suaves tocar-lhe a pele. Estava entorpecida por ele, pelo seu calor. Não conseguia pensar em nada, ela apenas sentia...
- Eu te amo. _ Harry murmurou voltando a beijar-lhe os lábios.
Foi com se jogassem um balde de água fria nela. Hermione sentiu todo seu corpo tornar-se tenso e a mente retomar o controle
“O que estou fazendo?”
- Harry pare...
Mas ele parecia não ouvir, continuava a beijar-lhe.
Sem muito jeito, Hermione o empurrou saindo debaixo dele. Harry a olhava intrigado. Ele não entendia o porquê daquilo... Sabia que ela também queria.
Ela sentou-se na beirada da cama, de costas para ele.
- Não está certo Harry... Nada disso está certo. Eu sinto muito, sei que a culpa é minha.
Soltou um longo suspiro e saiu do quarto.
Harry a olhou partir, não falou nada. Não podia acreditar que aquilo estava acontecendo. Primeiro ela o provocava depois o repelia. Não podia acreditar.
Ele jogou-se na cama. Queria gritar, chorar, correr atrás dela e dizer qualquer coisa que provocasse nela metade da dor que sentia. Mas não fez nada disso. Não tinha animo de olhá-la novamente. E pela primeira vez, achou que fosse melhor nunca ter voltado. Talvez ele estivesse mais feliz longe dela.
**
Hermione acordou as 4h00min da manhã. No pouco que dormiu teve uma série de sonhos que envolviam ela, Harry e uma espaçosa cama. Sentia-se suja e culpada. Não deveria ter começado aquilo. Sabia o quanto àqueles beijos significavam para ele e o quanto ele deveria estar enraivecido. Mas ela não pôde evitar. Harry havia se tornado demasiadamente sedutor, mesmo que não sentisse o mesmo que ele, ela tinha sangue correndo nas veias. Era uma mulher, e como qualquer outra, sujeita a desejos e carências.
Permaneceu na cama até as 7h00min, quando então se levantou. Arrumou-se e desceu o mais silenciosamente possível. Não queria acordar Harry, tinha medo de piorar mais ainda a situação entre eles.
Entretanto, encontrou um bilhete posto à mesa de refeições.
Fui ao ministério, não sei quando volto, portanto não me espere.
Harry.
- Seco, curto e grosso. É, ele deve estar irado. _ falou consigo mesma.
Não havia muito o que fazer, ela agora estava sozinha e assim deveria permanecer por todo o dia. Mas não ficaria assim.
Hermione tomou o café sozinha na biblioteca, enquanto lia um livro de turismo sobre Paris.
Era já quase a hora do almoço, com o livro dentro da bolsa e vestindo-se simples, porém impecavelmente, ela saiu rumo às bela e desconhecidas ruas de Paris.
Estava temerosa é claro, afinal o único guia que tinha naquela cidade, era o livro que encontrara, no entanto, precisava sair, distrair-se.
Estava encantada diante de tanta beleza e glamour. As ruas movimentadas, as lojas, os cheiros, as pessoas em suas poses sérias, os monumentos. Tudo a fascinava.
Resolveu parar para almoçar.
O restaurante era discreto, porém como tudo em Paris, com um certo ar refinado. Estava cheio, mas por sorte havia uma ultima mesa vazia. Hermione acomodou-se.
Não podia reclamar do passeio, a cidade era linda e ela estava maravilhada com cada novo lugar que conhecera. Mas havia feito todas essas descobertas sozinha, e não podia negar, isso não tinha sido assim tão divertido. Com certeza ela gostaria mais se Harry estivesse ali com ela, compartilhando cada sensação, cada momento.
O prato demorou alguns minutos para chegar, mas valeu a espera. A comida estava de fato divina, e ela tinha pedido vinho para acompanhar. O que de fato era uma surpresa, Hermione sempre foi fraca para bebidas, e beber em plena luz do dia tornava isso ainda mais inusitado.
Ela tomou ainda mais duas taças de vinho antes de se retirar.
Entrou em livrarias, comprou livros, foi em lojas de armarinhos e roupas, andou pelo parque, em museus e prédios históricos.
Lá pela tarde resolveu voltar para casa, mas não sem antes comprar uma torta de nozes que há semanas ela desejava.
Uma senhora lhe indicou uma padaria próxima e ela resolveu ir até lá.
Quando se aproximava do lugar indicado, reconheceu uma figura masculina sentada em uma das mesas do recinto.
Harry estava numa animada conversa com um homem desconhecido por ela.
Hermione parou e passou a observar cena. Ele não parecia triste, irritado ou qualquer outra coisa que ela havia imaginado, pelo contrário, ele parecia bem. E sem saber exatamente o porquê, Hermione sentiu-se ofendida por tal fato. Resolveu ir até lá, queria mostrar a ele que também não estava abalada, que ele não havia feito falta, mas parou seus passos antes mesmo de chegar ao lugar.
Uma mulher havia se aproximado da mesa e sentado ao lado deles. Uma bela mulher para ser mais exata. Hermione a reconheceu imediatamente e o sangue lhe subiu a cabeça. Ela cerrou os olhos e olhou um pouco mais aquela cena antes de virar e aparatar.
Sentada a mesa junto de Harry e mostrando total intimidade, estava Cho Chang.
**
Hermione entrou em casa irada. Não podia acreditar que ele estava com ela.
“Então é assim que ele faz. Tenta comigo, se não da certo, corre pros braços da Chang. Eu me enganei com ele... É igual a todos os outros homens! Que faça bom proveito, eu não me importo!”
Ela correu para seu quarto, batendo a porta com um grande estrondo.
Passou o restante da tarde lá. Não saiu nem mesmo ao ouvir a presença de Harry chegando em casa.
Estava irritada, decepcionada, mas principalmente, enciumada. Em sua cabeça não parava de passar imagens de Harry e Cho juntos, rindo e se divertindo, enquanto ela passava à tarde sozinha, entrega a sua solidão.
Teve seus pensamentos interrompidos por batidas na porta. Era Harry.
Hermione não respondeu, não queria vê-lo, muito menos ouvi-lo. “Ele deve estar impregnado pelo cheiro dela” _ pensou enojada.
Mas as batidas continuaram e ela não viu outro jeito a não ser mandá-lo entrar.
Harry estava vestido formalmente, como estava pela tarde. E ao contrário do que imaginava o cheiro que emanava dele não era o de Cho, mas o cheiro dele mesmo, aquele cheiro que sempre a entorpecia.
Ele entrou no quarto com um olhar frio. A encarou por alguns segundo, sua expressão era indecifrável. Mas Hermione sentia sua aversão a ela. E isso doeu.
- Teremos visita para o jantar. Gostaria que você descesse.
Hermione sentiu a raiva crescer em seu peito.
“Não acredito que ele trará aquela mulherzinha para cá!”
- E quem seria essa visita? Sua amiga Cho Chang por acaso?
- Andou me seguindo? _ perguntou com frieza.
- Não. Resolvi andar pela cidade e por acaso vi você numa lanchonete acompanhado por aquela mulherzinha.
- Veja bem como vai falar dela! _bradou Harry firmemente.
- Ohh, defendendo sua mulherzinha Potter?
- Ela não é minha mulher!
- Sei? Eu não sei de nada! Não te conheço mais. Você é como todos os outros Harry.
- Eu não lhe devo satisfações e não entendo a razão desse “showzinho”, você já deixou bem claro que não se interessa por nada que eu sinto!
- Não é assim Harry, você sabe que não, eu sinto...
- Apenas esteja no jantar. _ cortou Harry retirando-se em seguida.
Hermione sentia o peito dilacerado. Culpa e mágoa. Quando afinal eles parariam de se machucar? Um sempre tinha tanto ressentimento com relação ao outro. Hermione chegou a pensar que jamais se recuperariam de todas essas desavenças.
Sentiu algumas lágrimas percorrerem o seu rosto, mas ela não se enfraqueceria. Iria a esse jantar, iria encarar de uma vez por todas Harry e seu estúpido amor.
**
Hermione desceu para o jantar deslumbrante. Secou as lágrimas que tinha no rosto e as substituiu por uma linda maquiagem.
Harry já estava na sala de jantar ajudando Dobby na arrumação da mesa quando a avistou.
Hermione estava linda, uma verdadeira princesa, e Harry não pôde evitar uma batida descompassada de seu coração, afinal, apesar de tudo, ela ainda era mulher que amava.
Encararam-se por algum tempo. Um olhar cheio de palavras e pedidos.
Harry abriu a boca para dizer algo, mas foi interrompido por batidas na porta.
Era a tal visita que havia chegado. Hermione endureceu as feições rapidamente, enquanto Harry caminhava até a porta.
- Bom te ver... De novo! _ falou
- É bom te ver também cara. _ respondeu o outro entrando na sala.
**
Hermione esperava em pé na sala de jantar. Em sua mente um milhão de frases grossas e diretas passava. Qualquer coisa que pudesse ferir a chocar Chang.
Mas todos esses pensamentos se esvaíram quando Harry se pronunciou.
- Hermione, quero lhe apresentar alguém.
Hermione virou rapidamente, o rosto rubro de raiva.
- Este é Mathew Johnson um grande amigo.
A surpresa foi tanta que ela cambaleou retrocedendo alguns passos. Não era Chang afinal, era apenas o homem que estava com ele naquela tarde.
- Muito prazer senhorita Granger. _ falou ele tocando em sua mão.
Hermione estava completamente desconcertada. Não sabia onde se esconder, ou o que falar, contentou-se em apenas retribuir o cumprimento.
Harry olhava a toda aquela cena com frieza inigualável. Esperava um pouco mais de educação e simpatia por parte dela. Nunca imaginou que Hermione pudesse ser tão mesquinha.
- Venha Mat, sinta-se a vontade, o jantar já será servido. _chamou com falsa animação.
Mathew Johnson era um homem de 32 anos, moreno de cabelos e olhos castanhos, alto, de voz forte e algumas cicatrizes pelo corpo. Um homem de olhar doce e profundo.
Conheceu Harry logo após a guerra, quando ele fugira da culpa e do remorso pela morte de Rony. Mathew o ajudou a se reerguer. Foi o único amigo dele durante anos e agora era sem duvida o melhor. Eram como irmãos. Ambos possuíam feridas profundas e dolorosas, coisas que marcaram suas almas, e que eles sabiam, jamais esqueceriam.
O jantar transcorreu normal, vez ou outra Mat e Harry trocavam conversas, mas no fim tudo terminava num silencio constrangedor.
Foi no meio desse silêncio que uma coruja vinda do escritório voou até Harry pousando no canto da mesa. Ele retirou o pergaminho da ave e começou a lê-lo.
Tomado por um ar sério ele se levantou.
- Com licença, mas precisarei responder a esta carta agora.
- Tudo bem cara, fique a vontade, faça de conta que a casa é sua. _ falou Mat descontraidamente.
Harry esboçou um sorriso e retirou-se.
Hermione tremeu por dentro, agora teria que ficar sozinha na presença daquele a quem ela tratara tão friamente.
Ambos terminavam seu jantar em silêncio, até que Mathew se pronunciou.
- Então senhorita Granger, gostando de Paris?
Hermione levantou os olhos para encará-lo. Essa era sua chance de desmanchar a má impressão que causara.
- Ah sim, muito! É uma cidade belíssima, um clima maravilhoso. Harry tem me levado há muitos lugares interessantes. _ falou ela amigavelmente.
- Paris é realmente encantador. Acho que um dos lugares que Harry mais gosta.
- Vocês se conhecem há muito tempo?
- Conheci Harry logo após a guerra. O encontrei em Londres, sujo e ferido. Eu ainda não acredito que ele sobreviveu à tamanha dor.
Hermione sentiu-se constrangida. Ela sabia que era a razão de grande parte da dor que Harry sentia.
- O senhor me parece o homem certo para se ter por perto em momentos difíceis. _ falou tentado descontrair o clima.
- Faço o que posso. Mas para falar a verdade, acho que com Harry foi uma troca de ajuda. Ajudamos-nos mutuamente.
- Eu fico feliz de saber que Harry encontrou alguém como o senhor. Me tranqüiliza saber que ele está em boas mãos.
Mathew encarou Hermione por algum tempo.
- Acho que ele estaria melhor se estivesse com você! E por favor, não me chame de senhor, me chame de Mat!
Hermione corou. Ele com certeza sabia de sua história com Harry e era muito constrangedor ter um desconhecido discutindo sobre sua vida.
- Harry e eu somos amigos.
- Amigos não se beijam... Pelo menos, não como vocês.
- Você está sendo inconveniente.
- Estou sendo sincero.
- Entre Harry e eu não há nada.
- Ele te ama. _ falou seriamente.
Hermione não teve resposta. Mathew a olhava intensamente. E ela sentia uma necessidade absurda de fugir dali.
- Ora, por favor, Hermione. Eu cuidei dos ferimentos de Harry, vi ele se culpar todos os dias pela morte do amigo, vi ele remoer a cada instante suas palavras, vi ele chorar de amor. Eu sei o que ele passou, eu sei o que ele está passando. E me dói muito ver que você seja tão cega ao ponto de não perceber que também o ama.
- Eu não o amo! _ falou exaltada, talvez mais para convencer a si mesma do que a ele.
- Não mesmo?
Hermione calou-se. Em tão pouco tempo aquele homem introduziu uma conversa dura e difícil. Ela não sabia o que fazer ou o que falar, ele parecia sempre ter uma resposta pronta.
- Eu não quero que ele sofra, acredite, eu odeio vê-lo sofrendo.
- Eu acredito em você, mas acho que você poderia fazer mais para evitar esse sofrimento. Sabe, ele te ama de verdade, e eu acho que sobreviveu todos esses anos pela esperança de um dia ter seu amor correspondido.
- Eu estou tão confusa... _ desabafou, escondendo o rosto nas mãos.
Mat esboçou um singelo sorriso e tocou em seu braço.
- Não deixe esse amor passar Hermione. Harry é a sua chance de ser feliz.
Hermione ficou tão surpresa diante dessas palavras. Levantou o rosto e o encarou, era como se naqueles poucos minutos ele tivesse desvendado toda a sua alma, como se lesse as páginas rasgadas de sua vida.
Harry entrou novamente na sala de jantar. Não pôde deixar de notar o clima constrangedor que se abatia.
- Problemas? _ perguntou Mat.
- Digamos que o Ministro está desesperado por que rejeitei sua proposta de trabalho. _ respondeu cansado.
- O Ministro lhe ofereceu emprego? _ perguntou Hermione curiosa
- Sim.
- Porque não me falou?
- Achei que você não se importaria. _ respondeu friamente.
**
Harry e Mathew passaram o restante da noite conversando enquanto jogavam xadrez bruxo. Hermione se retirou logo após o jantar. Foi para seu quarto, e agarrada ao travesseiro chorou como uma criança. Chorou toda a dor que sentia, chorou até que as lágrimas se secassem.
Algumas horas depois, ouviu os passos de Harry pelo corredor. Já era madrugada, Mathew devia ter ido embora. Ela levantou e saiu, era hora de esclarecer as coisas.
Harry ainda estava no corredor quando o encontrou.
Ele lhe dirigiu um olhar áspero, e ela sentiu os olhos marejarem diante de tal olhar.
- Não me olhe assim. _ suplicou
- É inevitável.
- Porque não me perdoa?
- Porque não se cansa de ferir-me?
- Não faço porque quero você sabe. _ sua voz já era desesperada.
- Eu não sei de mais nada Hermione, e pra ser sincero, acho que nada mais me interessa saber.
Hermione olhou bem em seus olhos, e lembrou-se de algo que ele disse na noite anterior.
- Não pense que dizendo isso irei desistir de você ou do meu amor. Por que eu posso não sentir o que você sente, mas eu te amo Harry. Você é e sempre será meu melhor amigo.
- Não sei se posso me contentar apenas com a sua amizade.
- Pensei que nossa amizade significasse algo. _ falou tristemente.
- Também pensei... Mas não consigo ficar perto de você sem me machucar. E estou cansado disso.
Harry passou por ela caminhando em direção a seu quarto.
- Eu não vou desistir Harry. _ falou ela firmemente virando-se para encará-lo.
Harry estava diante da porta de seu quarto. Parou por um instante e virou-se para ela.
- Sabe qual é o seu problema? Você não me ama, mas também não quer me perder.
Quer que eu viva sempre à sua espera, à seus pés, para que assim nunca se sinta sozinha. Porque eu sei que você odeia a solidão em que vive. E eu odeio você por fazer isso comigo, e me odeio mais ainda por ser incapaz de te abandonar. Você não vai desistir? Ótimo. Faça como quiser. Nada mais me importa, no fim eu sempre estarei à mercê de suas vontades. _ falando isso ele entrou em seu quarto.
Hermione olhava o vazio onde há pouco ele estava. Não podia acreditar no que ouvia. Não podia acreditar que no fundo, isso era um pouco verdade. Ela estava fazendo tudo errado, e não fazia a mínima idéia de como mudar.
Continua...
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