De volta a A Toca



Já era tarde na Rua dos Alfeneiros Nº 4, mas Harry Potter ainda continuava acordado, no dia seguinte seria seu aniversário de 17 anos, tempo em que, no mundo bruxo, se tornaria maior de idade e o feitiço que o seu grande protetor Alvo Dumbledore havia colocado sobre a casa de seus tios acabaria e Harry estaria vulnerável a Voldemort.
Harry estava arrumando sua mala, não era possível que suas coisas pudessem se espalhar tanto pelo quarto em pouco mais de um mês. Enquanto procurava seus livros de feitiços, que poderiam ser úteis no futuro, ele encontrou o velho álbum de fotos que Hagrid havia lhe dado no seu primeiro ano de Hogwarts. Além de ter fotos dos seus pais tinha também fotos suas e de seus amigos em tempos mais felizes. Todos com a doce ilusão de que estava tudo bem, mas agora não, tudo havia mudado, Voldemort estava de volta, trazendo mais destruição do que da última vez, e eles estavam no meio de uma guerra, na qual Harry e Voldemort eram os lideres de exércitos inimigos.
Harry retomou sua atenção ao que estava fazendo, tinha que terminar de arrumar suas coisas ainda hoje, pois não sabia que horas Rony viria no dia seguinte para levá-lo para A Toca. Mas ele não conseguiu arrumar tudo pois caiu no sono meia hora depois. Teve uma noite perturbada, como todas desde a morte de Dumbledore. Sonhou de novo com a torre de astronomia, Snape de varinha apontada para o ex-diretor, uma voz suplicante "Severo...Por favor...", Harry imóvel, tentava se mexer, gritar,mas não conseguia, a sensação de ser inútil se apoderou dele...Harry acordou suado e ofegante não agüentava mais isso , toda noite o mesmo sonho, a mesma sensação de inutilidade.
Ele olhou para a janela, o Sol já estava aparecendo, e um pontinho preto vinha se aproximando da janela no quarto, olhando melhor Harry percebeu que era uma coruja. O garoto se levantou e abriu a janela para a coruja entrar. Era Pichí, a coruja de Rony, com certeza com a resposta da carta que ele havia mandado a três dias. Harry desamarrou a carta do pé da ave e a abriu.

" Harry,
Desculpa demorar pra responder, cara, mas as coisas aqui em casa tão uma loucura. Mamãe ta maluca com os preparativos do casamento do Gui, tem um monte de gente da família da Fleur hospedada aqui em casa. Mas voltando ao assunto da sua carta...Eu e papai vamos te buscarantes do almoço, voltamos pra almoçar aqui em casa e depois meu pai tem uma coisa pra resolver perto da casa da Mione, então ele deixa a gente lá.
Até mais tarde
PS: A propósito, Feliz Aniversário.
Rony “.
Harry se trocou e foi tomar café antes de seus tios acordarem. Quando ele estava subindo para o seu quarto novamente deu de cara com seu tio Válter, que, como todo dia, acordara de mau-humor .
-Deixou a cozinha arrumada?-Perguntou sem ao menos dizer bom dia.
-Sim, senhor
-Não comeu o bolo do Dudinha, não é?
-Não, senhor, até porque com tanto chocolate eu iria explodir. -Respondeu Harry com um sorriso malicioso no canto da boca.
-O que?-Perguntou o tio realmente sem entender.
-Nada não. –Disse Harry ainda sorrindo.
-Tá, agora sai da minha frente. –Harry obedeceu imediatamente, não queria ficar ali quando o tio entendesse que falou que Duda come demais.
Harry passou o resto da manhã arrumando o resto das coisas. Quando finalmente acabou foi tomar um banho. Quando saiu encontrou seu primo na porta do quarto, olhando assustado as coisas arrumadas.
-Posso ajudar,Duda?-Perguntou Harry dando um susto no primo.
- Ha! ah, não, quer dizer...- O primo balançou a cabeça pra reorganizar as idéias e continuou- Você já vai?
-Vou, daqui a pouco, dessa vez para sempre.
- Que bom, não agüentava mais você.
- Obrigado, agora me deixa entrar no quarto. – Disse Harry forçando a entrada, já que seu primo ocupava todo o espaço da porta, de tão corpulento.
- Vai, quanto mais rápido for melhor, para nós. - E saiu correndo para o quarto da mãe gritando- Mãe, você não imagina...O Harry vai embora pra sempre!

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