Situação
Draco preferiu não ir a Madame Pomfrey, para ir direto, com machucado e tudo ver Gina, no lugar de sempre. Ele estava ansioso para contar tudo que tinha acontecido, queria que ela soubesse o quanto ele tinha se saído bem. Ah! Ela haveria de ficar muito impressionada!
- Malfoy! O que te aconteceu? - ela excllamou assim que ele apareceu - Minha nossa! Quem fez isso com você?
Ele teve um sentimento estranho quando Gina se levantou e se pôs na frente dele, apoiando a mão em seu ombro, para observar o corte mais de perto. Ele ficou levemente cor de rosa, e soube que estava encabulado. Não se lembrava de ter ficado “tímido” antes, mas tentou não dar atenção a isso.
- Ah, Weasley...Não foi nada... - estavaa tão entretido tentando voltar a cor normal que quase se esqueceu de porque tinha deixado o corte aberto. Corrigiu-se rapidamente. – Eu levei um soco!
- De quem? - a menina perguntou apreensiiva.
- Ah, Weasley! - ele se fez de impacientte, mas tinha adorado que ela chegasse nesse ponto. Antes de responder ele desvencilhou-se do feitiço de cura que Gina pretendia lançar - Quem você acha que foi, Weasley? Foi o Weasley, Weasley!
A única resposta que ele teve foi uma explosão de risadas. Uma risada altíssima e engraçada que descia e subia de tons muito depressa. Gina riu tanto que lacrimejou. Draco nunca imaginou que aquela “coisinha” pudesse rir daquela maneira. Se ele não tivesse tão ofendido com a mudança de atitude dela teria rido também.
- Malfoy! Eu juro que nunca vi tantos “WWeasley” juntos de uma vez só! - nesse momento Draco, teve uma inspiração, uma tirada engraçadíssima, que teria sido genial se Gina não a tivesse antecipado. - Ora! Nem na minha casa tem tantos “Weasley”!
Ver sua própria ironia na boca de uma Weasley foi a gota d´água. Ele riu também, antes de tentar voltar a sua postura séria e um pouco dramática.
- Começa de novo, Malfoy, porque eu não entendi nada...
- Bem, Weasley...- repetir esse nome cauusou uma nova crise de risadas em Gina. Ele cruzou os braços e bufou, irritado. Desse jeito ele não ia conseguir contar nada.
- Faz o seguinte – ela disse parando de rir – Me chama de Gina, senão não vai dar certo...
Sob alguns protestos (Draco não gostava muito de apelidos e insistia que “Gina” era um apelido especialmente estúpido), ele contou toda a historia, dando sua interpretação pessoal, e omitindo o que não era interessante.
- Foi muito errado o que você fez com a Hermione! - ela cruzou os braços, e suspirou desapontada. “Gina, Gina... é um Malfoy você não podia esperar nada diferente disso!”
- Você esta defendendo aquela sangue ruiim? - disse contrariado. “Os grifinórios tem que defender seus amigos sempre?”
- Ela é minha amiga! E Rony só estava quuerendo defender a namorada dele!
Draco lançou-lhe um olhar rancoroso.
- E onde estava seu irmãozinho defensor quando a Bulstrode quase te quebrou em duas? E onde estava sua amiga sangue ruim quando você precisou de ajuda em poções?
Gina corou violentamente. Como ele sabia daquilo sobre Mione? Sentiu uma dor no estomago e quis sair correndo.
- Eu achei que...
- Que eu ia acreditar naquele papo de “mmelhor aluno?” - ele deu um suspiro quase inaudível e prosseguiu olhando com desprezo para Gina - Você acha que eu sou tolo...
Sem pensar muito no que estava fazendo, a garota falou.
- Agora você sabe como eu me sinto todoss os dias...
Foram os minutos mais constrangedores que ambos já haviam passado. Draco olhava para a direção oposta de Gina, e pensava porque tinha ficado tão lisonjeado com a preocupação de Gina - “É só uma menina boba assustada com sangue...” - e ao mesmo tempo condenava sua capacidade de estragar tudo. Embora ele não tivesse certeza do que esse “tudo” significava.
Gina, olhava para os próprios sapatos, visivelmente envergonhada. Pensava que Draco não devia perder tempo e devia ir logo procurar Madame Pomfrey. Ela mesma teria fechado aquele corte, mas depois dessa historia toda ela ficara sem jeito...
- AI! - Draco exclamou terminando bruscaamente com as reflexões. - Eu mordi o lábio!
- Deixe-me ver! - quando disse isso ela viu um pouquinho de sangue escorrendo e limpou-o instintivamente com a ponta da manga das suas vestes. - Draco, você deveria ter ido a ala hospitalar! Agora esta sangrando muito!
- E o que isso te importa? - disse lançaando um olhar gelado para a ruiva.
- Claro que me importa! Esta sangranddo! - respondeu rispidamente. Ela apertava o pedaço da manga da blusa contra o corte na boca de Draco, numa tentativa desajeitada de estancar o sangue. Graças a isso as próximas palavras de Draco não puderam ser identificadas.
- Ah? - ela se afastou
- Pare com isso! - ele repetiu dando doiis passos para trás – Desse jeito você vai conseguir me sangrar até a morte!
- Como você descobriu meu plano? - ela ssorriu divertida e levou as mãos a cintura.
Ele não retribuiu o sorriso e ainda lançou um olhar desconfiado
- Não duvido...
- Ora que ingrato! Eu estou tentado te aajudar! - e avançando decidida para cima dele decretou - E tire essa mão daí que eu vou fechar esse corte antes que infeccione.
- Quem me garante que você sabe o que essta fazendo? - ele a repeliu com as mãos estendidas sem, no entanto, encostar nela. Não sabia porque, mas algo lhe dizia que “tocar” numa Weasley não era um bom negocio.
- Eu tenho SEIS irmãos homens, e um delees é o Rony e o outro acha que cuidar de dragões é uma profissão. Acho que isso me qualifica.
- E quem me garante que você não vai me lançar uma maldição? - disse com teimosia infantil.
- Eu não sou você. - firmou um olhar tãoo obstinado quanto o de Draco. Por um segundo ela achou que tivesse exagerado.
Para sua surpresa ele sorriu, abaixou as mãos e ofereceu o rosto. Ela hesitou, mas acabou se aproximando e apontando a varinha para a fissura ano lábio dele. Curare! E em um segundo não havia mais corte nenhum.
- Bom... - Draco passou a mão na boca, ssatisfeito. Gina achou que ele ia agradecer, mas tudo que ele fez foi dizer - Mas eu mesmo poderia ter feito.
- Então porque não fez? - perguntou num tom que lembrava Hermione dizendo “Vocês não lêem não?”.
- Porque eu ia me cansar fazendo isso se você estava aqui pra fazer? - disse malicioso
- Ah é? Então pode deixar que eu abro dee novo! - ela apontou a varinha pra ele, com jeito de quem realmente ia abrir um novo corte. Alias, pela cara dela ia ser um corte bem maior.
- Nem pense! - ele sacou rapidamente a vvarinha e apontou para ela. - Eu sou um ano mais velho e sei feitiços muito interessantes...
Draco deu alguns passos ameaçadores na direção de Gina.
- Eu vou abrir um corte na sua TESTA Draaco Malfoy! - ela riu e recuou um pouco, à medida que ele avançava (ela não pode deixar de notar que ele tinha uma estranha expressão sádica). Depois de alguns passos lentos, Draco avançou depressa, Gina deu um gritinho e começou a correr.
Draco Malfoy correndo e apontando uma varinha para Gina Weasley, que também corria - uma pessoa mal intencionada certamente teria maus pensamentos. Um detalhe interessante é que eles estavam correndo em volta da árvore. Quem visse de longe não teria problemas em supor que fossem duas crianças do primeiro ano.
POFT! Gina prendeu o pé numa parte mais saliente da raiz e caiu de frente no chão. Ela se virou rapidamente, para evitar ficar de costas para seu perseguidor. Quando ergueu os olhos lá estava ele: sorrindo triunfante e encostando a varinha na testa dela.
- A-há! Te peguei senhorita Virginia Weaasley! Acho que alguém aqui vai ganhar uma cicatriz “a lá” Harry Potter...
- Você não faria isso... - ela murmurou sem convicção enquanto tentava decifrar o que ele estaria tramando por trás daquele rosto sem expressão. “Como ele faz isso?!” pensou se lembrando das caras e bocas que ela fazia o tempo todo.
- Não seja medrosa Virginia... - ele risscava distraidamente um raio invisível com a ponta da varinha -...Quem sabe se você tiver uma rachadura como a dele, ele percebe que você existe!
- Draco não...
As pernas de Gina estavam entre as de Draco, ela quase deitada no chão e ele totalmente em pé. Aparentemente Gina estava em desvantagem. Aparentemente.
POFT! Rapidamente Gina dobrou as pernas para junto do seu corpo, e para isso, elas tinham que se chocar com os joelhos de Draco - era essa mesmo a intenção. O resultado foi uma ruiva morrendo de rir abraçada aos próprios joelhos, e um louro caído de costas no chão.
- Humf...- ele resmungou enquanto se senntava - Se eu tivesse usando um feitiço para te “tatuar” agora você estaria sem cabeça!
- Eu sabia que você não ia fazer nada! -- ela ainda ria da cara constrangida de Draco.
- É, o seu olhar de pânico deixou isso bbem claro! - zombou - E se você “sabia” que eu não ia fazer nada... Veja bem, eu não estou dizendo que não ia, é só uma hipótese. Bem, se você “sabia”, porque diabos me derrubou no chão?
- Diversão... - ela riu-se mais ainda daa cara indignada que ele fez. Gina nunca tinha imaginado que um contido e frio Malfoy pudesse ir de tão imponente á tão bobo, num espaço de tempo tão curto. - Sabe, hoje você aprendeu uma coisa que meu pai sempre diz: Nunca abuse de um Weasley caído!
- E você aprendeu uma coisa que meu pai sempre diz também... - sua expressão mudara novamente. Agora ele sorria distante, como se não estivesse mais falando com ela e sim com alguém em outra dimensão, um fantasma que ela não podia ver.
- O que? - perguntou observando distraiddamente a luz do sol brincar com a cor dos olhos dele.
- “Draco seu idiota!” - Ela piscoou “acordando” muito surpresa, porque não era isso que ela esperava ouvir. Draco deu um sorriso levemente triste, antes de se levantar dizendo - É tarde...
Era mesmo. Tinham perdido a tarde toda com aquela conversa (ou seja lá o que tinha sido aquilo) e agora era hora de voltar para o castelo. Gina amaldiçoou as horas que passavam tão depressa. Ele parecia estranho...Triste. Ela nunca, nunca tinha visto, ou sequer imaginado que um Malfoy pudesse ficar triste. “Ora Gina! Ele é humano, claro que fica triste” aquela voz que parecia sua mãe ecoou na cabeça de Gina. Ela concordou silenciosamente, achando muito estranho que nunca tivesse notado isso antes.
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