As Entrevistas
A noticia dos cinco pontos de Gina se alastrara rapidamente, e por algumas semanas ela foi uma celebridade na grifinória, embora até lufa-lufas e corvinais viessem perguntar se era mesmo verdade. O dia seguinte do acontecimento foi um dos mais agitados que ela já havia tido.
- Eu disse que você não precisava se preeocupar! Eu disse! - Neville estava tão contente que parecia que ele mesmo tinha conseguido os tais cinco pontos.
- Ora! Não é para tanto! Foram só cinco pontos... - Gina respondia timidamente.
- Mais do que eu já consegui nos últimoss sete anos! - disse Hermione com uma pontinha de ciúme, mas ainda sim orgulhosa da amiga.
Mas não era só seu recente feito na aula de Poções que tinha causado comentários entre seus colegas. Sua intrigante reação ao namoro de Harry Potter tinha surpreendido a todos e mudado a postura de muita gente em relação a Gina. O patético “Gininha” tinha sido quase que abandonado, agora ela só era chamada assim por Rony, que nunca percebia mudança nenhuma mesmo.
De vez em quando, ela era interrogada pelas amigas mais intimas, que desconfiaram da frieza de Gina em relação ao namoro de Harry. Afinal, até outro dia ela se desmanchava em lagrimas quando ele não lhe dizia um bom dia. “Ah se elas soubessem...” era o pensamento que ocorria a Gina nesses momentos.
- Mas Gi, você não gosta mais dele? - Leenina parecia não acreditar
- Ele gosta da Parvati, eles combinam....Acho que finalmente entendi que ele não é pra mim... - ela tentava imitar o tom desinteressado de Draco. E apesar dela não ter nem ao menos um terço do talento dele para essas coisas, as amigas pareciam não notar. Afinal, fosse o que fosse, era bastante diferente da Gina que elas conheciam.
- Mas você não esta triste? - Mione a ollhava preocupada
- Fiquei no começo - disse se lembrando da crise de choro que tinha tido quando recebeu a noticia - Mas agora já estou bem melhor! Tenho outras coisas para pensar, e isso esta me ajudando!
Era a mais pura verdade. Gina tinha se concentrado tanto em seus estudos (e aquelas aulas particulares estavam seriamente incluídas nisso) que quase não tinha tempo de pensar em Harry - na verdade não tinha nenhum tempo de pensar em nele. Claro que ela fazia o possível para não encontrar o casal pelos corredores, mas quando isso acontecia, ela dava um aceno simpático e saia logo dali com o coração apertado. Novamente seguindo uma máxima da sua mãe: [i]Longe dos olhos, longe do coração[/i].
As duas colegas de Gina nem pensaram em estudo quando deram risinhos abafados.
- Hum...Outras coisas, é? Talvez um outrro garoto... - sugeriu Mione divertida
- Que nada! - Gina ficou cor de rosa. Daa onde elas tinham tirado essa idéia?
- Ah! Aposto que eu sei que é! - Lenina bateu palmas, divertida - MALFOY! Ele bem que quis tirar uma foto com você!
- Leny! - Gina ficou púrpura até a raiz dos cabelos - Ele só queria aparecer!
- Ei! Que negocio é esse de foto com o DDraco?! - Mione olhava para Gina severa, como se ele tivesse transgredido as regras da escola.
- Não é nada disso Mione! - Gina tropeçaava nas palavras e suava frio. Tudo que ela NÃO precisava era que Mione achasse que ela estava a fim do Draco. “Ora, mas que droga de idéia boba essa da Lenina!”.
Lenina riu-se do embaraço da amiga e contou a Hermione, detalhadamente, os acontecimentos da manhã anterior.
- Esse Malfoy esta perdendo a noção do rridículo! - Mione torceu o nariz. - Ele não está pegando no seu pé, né?
- Não! - Gina respondeu imediatamente. NNão queria nem pensar na possibilidade de seu irmão ir tomar satisfações com Malfoy e ficar sabendo que eles estavam, se encontrando depois das aulas. Ela tinha certeza de que Rony nunca iria acreditar que ela estava só estudando, ela duvidava até que ele fosse deixar ela explicar. “Humf, certamente ia mandar um berrador pro papai, pro Gui, pro Carlinhos e até pros gêmeos.”
- Melhor mesmo! Se aquele idiota te impoortunar...
Nesse momento, a fala de Mione foi interrompida por Parvati, que cumprimentou a todas e falou, parecendo contrariada.
- Mione, os meninos estão te chamando....
- Oh! - ela levantou apressada e Parvatii tomou seu lugar na cadeira - Tchau meninas!
Depois que ela saiu, Lenina e Gina olharam para Parvati que estava de braços cruzados e fazendo “bico”.
- E então...- Lenina quebrou o silencio - O que conta de novo Parvati?
- Ah...- ela deu de ombros - Tudo bem....Estudando como sempre, o namoro vai bem também (ao dizer isso olhou para Gina, que não mostrou sinais de afetação)... Só esses assuntos particulares que tomam metade do tempo livre do meu namorado...
“Seu namorado... Pode ENGOLIR seu namorado” Gina ficava imensamente feliz em saber que os assunto inadiáveis e particulares do trio também incluíam deixar a “namoradinha” de lado um pouco.
Os “assuntos do harry” aliás, pareciam ir a todo vapor porque volta e meia eles recebiam uma carta misteriosa no café da manha, sumiam (deixando a pobre Parvati sozinha!) e quando voltavam pareciam preocupados e abatidos isso sem contar as diversas saídas noturnas que faziam (Gina desconfiava delas porque era comum vê-los com sono durante o dia e com enormes olheiras negras). Ouvir fragmentos de conversa sobre “a ordem”, “as novidades” também era muito comum naqueles dias.
Gina ligava esse comportamento “suspeito” às noticias ruins que não paravam de chegar através do “Profeta Diário”. Mortes inexplicáveis, antigos aurores desaparecidos, outros convocados pelo Ministério, ex-comensais se voltando contra o ministro da magia. Até noticias de abusos contra trouxas não era raras (Gina imaginava como seu pai devia estar triste!).
Todos diziam que Lord Voldemort estava voltando com força total e tudo indicava que só podia ser isso. Diziam também, que para consolidar definitivamente seu poder, Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado estava recrutando um novo grupo de Comensais da Morte – Mais jovens e mais poderosos do que os hesitantes e decadentes seguidores que ele tinha.
Gina tinha arrepios só de imaginar. Esteve perto demais de Voldemort para não ter medo da sua volta “triunfal”. Tinha medo por Harry, Rony e Mione, que sempre estavam metidos em coisas perigosas. Tinha medo também porque sabia que havia dezenas de sonserinos terríveis o suficiente para se juntar a Voldemort se ele pedisse. E claro que havia outra coisa - a expressão “Jovens Comensais da Morte” lhe trazia uma visão muito clara; Draco Malfoy sorrindo triunfante. Esse pensamento era estranhamente incomodo.
E dava mais medo que todos os outros juntos.
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