não beba!!!
- Conte-me, Mal... Draco! Conte-me, só isso!
- Certo! ...
Ele agora não conseguia encarar ninguém. Uma gota pingava no carpete de seu quarto enquanto Draco estava com a cabeça baixa, fitando o chão.
- Diga Draco, pelo amor de Deus!
- Hermione... Você tem que ser forte, sei que ele foi muito importante para você, mais do que talvez eu mesmo... Mas você vai ter que aceitar e esquecê-lo!
- Draco... Por favor, eu lhe suplico! Conte-me!
- Claro, eu vou contar... Mas tenho que arranjar forças para isto! Se para mim já foi uma pancada; pra você...
- Eu vou agüentar, eu juro Draco! Vou agüentar!
- Não... Não vou contar agora! – ele já saía do quarto de Hermione, quando ela, não vendo outra solução, o segura pelo braço e dá-lhe um beijo, que Draco insiste em aprofundar e Hermione, tendo que aceitar.
- Me conte agora! Exijo! – dizia ela, já brava e batendo os pés no chão.
- Ah... Hermione! Como senti fatal de você! E como todos vão sentir falta de você também; todos aqueles que não estão mais presentes; entre nós! – dizia ele, agora abraçando a cabeça de Hermione, que já aceitava a carícia.
- Do que falas, Draco? – erguera a cabeça em um ato rápido e não muito gentil.
- Bom... Sempre tem a hora, entende? E não há ninguém que possa fazer nada para evitar que ocorra o que tinha que acontecer!
- A hora de quê?
- A hora... Do adeus; a hora em que o corpo já não agüenta mais e...
- Você fala da hora da morte, não?
- É... É! – novamente, Draco abaixava a cabeça, evitando Hermione.
- Quem morreu? Harry? Rony? Gina? Quem?
- Ronald Weasley...
- Rony morreu? – berrava ela, com lágrimas aos olhos – hunf... – ela agora já não sabia nem mais falar direito. – Saia! Por favor, saia!
- Tudo bem, Hermione! Já esperava por esta reação! – obedecia ele.
***********************************
Um velho trouxa curtia seus últimos dias trabalhando em seu bar, meio movimentado às noites, mas de dia era deserto. Esta manhã estava ainda mais deserto, as ruas estavam mais diferentes, bem menos movimentadas, mas isto não o importava; limpava seu balcão com uma flanela, com muito capricho, passando nas beiras, quando de repente o sininho de gente entrando apitou e tirou-lhe a concentração; e em sua direção veio uma bela moça de cabelos ondulados e expressão bondosa no rosto; parecia meio abatida, mas os óculos escuros escondiam os olhos inchados por tanto chorar à noite.
- Sim? O que deseja?
- Por favor... Dê-me uma dose dupla de whisky!
- Claro! – A moça degustou-o com muito gosto e rápido demais para o gosto do velho barman.
- Outro! – o velho não esperava esta palavra saindo da boca de tão delicada donzela; mas não hesitou e entregou-lhe outra dose.
- Desculpe-me meter-me, Senhorita! Mas você brigou com seu namorado?
- Quem dera que fosse isto! Quem dera...
- Hum... Mas o que aconteceu então?
- Não... Não, você está entrando em minha privacidade! Por favor, sirva-me e não me pergunte nada!
- Claro! Desculpe-me, senhorita!
Hermione continuou bebendo, não se importando com pessoas fora do bar; dizendo:
- Aquela é Hermione Granger? Professora de Hogwarts? Bebendo? Nossa! – eram bruxas. Ela já estava muito bêbada e não chegou a pensar que se fossem trouxas não a conheceriam ela.
Também não notou uma ruiva muito conhecida por ela, a olhando abismada e segundos seguintes; aparatando no Ministério.
*************************************
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!