Emily e Thomas



Draco acorda com um chamado que sempre o perturbava seu sono:
- Papaai; acorda papai! – chamava Emily. – Bom dia papai! – dizia a garota que aparentava não tem mais do que 5 anos. Tinha cabelos cheios, enrolados e castanhos; seus olhos eram castanhos; quase mel.
Sentindo o peso da garota sobre seu abdome, ele tira a menina de cima e logo levanta dizendo:
- Bom dia Emily! Que horas são? A babá já chegou? E o seu irmão, cadê? – dizia ele, indo em direção ao banheiro, ainda conversando com a filha.
- O Thomas? Ele estava correndo atrás de mim e eu entrei aqui e te vi ainda dormindo. – dizia ela, ainda sentada na cama do pai. – E a babá já está preparando o nosso café!
De repente entra no quarto um garoto que parecia ter 10 a 11 anos; de cabelos loiros claríssimos e olhos quase cinzas.
- Aháá; finalmente te achei pirralha!
- Papai! O Thomas está aqui!
- Ê, pirralha, por que você mexeu nas minhas gavetas? – perguntava ele com um olhar de superior para a garotinha. – Hein?
- Ai... Eu queria ver!
-... – ele só olha para ela com um olhar de desaprovação – Tá bom, pirralha! Só porque você é uma pirralha, mas não abusa!
- Ah... Tom! Eu adoro você!
- Também te adoro, Emi!
Os irmãos se abraçam e o pai volta do banheiro e vê a sena. Pareciam ele e Hermione. Por um momento ele lembra dela. Como ela fazia falta na vida dele. Não havia comparação.
- Filhos, vão tomando o café que o papai já vai certo?
- Tá bom! – Emily saiu correndo do quarto, deixando Draco e Thomas se olhando.
- Pai...
- Sim, Tom? – dizia ele, passando um pouco de perfume.
- Você não sente falta da mamãe?
- Muita falta! Nunca deixo de pensar nela, em como nossa vida estaria se ela estivesse junto; aqui!
- E como você acha que estaria?
- Eu creio que... Ela... Ah, Tom! Vá tomar seu café, vai!
- Você não gosta de falar dela, não é?
- Eu... Não é que eu não goste; é que eu não consiga... É meio difícil sabe? Mas deixa pra lá!
- Só por hoje, hein pai!
- Outro dia eu falo sobre isso! – diz ele, voltando para o banheiro; batendo a porta.
Ele ouve o filho sair de seu quarto e ele sai do banheiro; vai até a porta e a tranca. Senta na cama com ar de angústia. Ele olha para a escrivaninha do seu lado e vê a foto dos dois juntos; felizes como algum tempo fora. Depois que ela foi; ele vivera apenas para os filhos; às vezes a madrinha deles; Lya Parkinson (agora casada com Diogo Dantas, um garoto que namorara ela quando pequenos e ela fora perdidamente apaixonada) ia visitá-los e trazendo sempre uma surpresa ou outra; seja um passeio ou um presente qualquer; nas vezes em que ela os levava para passear, ela ficava só na casa. Só pensando nela, era seu passatempo preferido; pensando em onde ela esteja ela estaria pensando nele também ou não? Ficava na dúvida. Não havia maneira de perguntar a ela. Não havia ninguém para perguntar isso para ela por ele. Não havia mais saída. Não havia mais vida; sem ela; não havia mais NADA para ele.
Draco abre a gaveta e pega uma foto de Hermione
- Ah... Hermione! Como eu sinto a sua falta! Eu te amo tanto!


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